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Fundações Superficiais:
3 – Fundações superficiais: (ou rasas ou diretas)
3.2 - Sapatas:
São elemento de fundação superficial de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele produzidas são
suportadas pelo emprego de uma armadura de aço. Pode possuir espessura constante ou variável, sendo que sua base em planta é
normalmente quadrada, retangular ou trapezoidal.
Profundidade mínima de assentamento igual a 1,50m (salvo para fundações de pequena dimensão, ou sobre rocha, onde podem ter sua
cota de assentamento menor que 1,50m);
Menor dimensão recomendada pela NBR 6122 = 0,60m;
Recomenda-se a execução de regularização do fundo da escavação com concreto magro;
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Fundações Superficiais:
3.2.1 Tipos de Sapatas:
- Sapata Isolada: Este tipo de sapata, transmite as ações de um único pilar para o solo, as cargas deste pilar podem ser centradas ou
excêntricas. Sua base pode ser retangular, quadrada, circular, com altura constante ou altura variável, conforme figuras abaixo.
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Fundações Superficiais:
- Sapata de Divisa: São sapatas, que devido a sua geometria com relação ao pilar, estão sujeitas à ação de uma carga excêntrica, o efeito
de excentricidade, pode ser observado também em estruturas de fundação com a ação de momento fletor.
-Viga alavanca ou viga de equilíbrio: É um elemento estrutural que serve para equilibrar a excentricidade da carga que chega na
fundação, transmitindo esta carga de maneira centrada ao elemento estrutural da fundação.
A utilização de vigas de equilíbrio é comum em pilares de divisa, pois a excentricidade da ação do pilar sobre a sapata de fundação
resulta em um momento fletor alto, gerando sapatas com tamanho exagerado, quando comparadas à sapatas com carga centrada.
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Fundações Superficiais:
- Sapata Corrida: São sapatas sujeitas à ação de uma carga distribuída linearmente proveniente de paredes, ou concentradas,
provenientes de pilares ao longo de um mesmo alinhamento.
- Sapata associada: É a sapata comum a mais de um pilar, sendo também chamada sapata combinada ou conjunta. Transmitem ações de
dois ou mais pilares e é utilizada como alternativa quando a distância entre duas ou mais sapatas é pequena.
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Fundações Superficiais:
3.3 Detalhes construtivos:
A base de uma fundação deve ser assente a uma profundidade tal que garanta que o solo de apoio não seja influenciado pelos agentes
atmosféricos e fluxos d’água. Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo quando a fundação for assente sobre rocha, tal profundidade não deve
ser inferior a 1,5 m. (NBR 6122/96 (2010), item 6.4.2). A figura abaixo mostra alguns detalhes construtivos sugeridos para as sapatas.
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Fundações Superficiais:
Para: CA = CB:
A – ap = B – bp
A – B = ap – bp
O centro de gravidade (CG) do pilar deve coincidir com o centro de gravidade da base da sapata para qualquer forma do pilar.
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Fundações Superficiais:
3.3.2 Classificação quanto à rigidez:
Conforme a NBR 6118/14 (item 22.6.1), a sapata será considerada rígida quando verificar a seguinte expressão nas duas direções:
A altura h, também deve ser suficiente para permitir a ancoragem da armadura de arranque do pilar.
Se esta condição não for atendida, a sapata é considerada flexível.
h – é a altura da sapata;
A – é a maior dimensão da sapata;
ap – é a dimensão do pilar na mesma direção;
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Fundações Superficiais:
3.3.4 Distribuição de tensões no Solo:
As principais variáveis que afetam a distribuição de tensões são: características das cargas aplicadas, rigidez relativa
fundação-solo, propriedades do solo e intensidade das cargas. A distribuição real não é uniforme, mas por simplificação, na
maioria dos casos, admite-se a distribuição uniforme, conforme recomenda NBR 6122 (6.3.2) e admite a NBR 6118 ( 22.6.1),
exceto no caso de fundações apoiadas sobre rocha e em casos especiais.
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Fundações Superficiais:
3.4 Projeto de Sapatas isoladas:
Dimensionamento estrutural de sapatas isoladas, com maior ênfase às sapatas rígidas
Os métodos de projeto abordados:
- NBR 6118;
- Método das Bielas;
Fases:
1) estimativa das dimensões da sapata
2) dimensionamento das armaduras de flexão
3) verificações: das tensões de compressão diagonais, da punção (para as sapatas flexíveis), da aderência da armadura de flexão e do
equilíbrio referente ao tombamento e ao deslizamento
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3.4.2 Dimensionamento da Armadura Inferior:
Os momentos fletores são calculados, para cada direção, em relação a uma seção de referência (S1A e S1B), que dista 0,15 vezes
a dimensão do pilar normal à seção de referência, e se encontra internamente ao pilar (Figura 02).
O momento fletor é calculado levando-se em conta o diagrama de tensões no solo, entre a seção S1 e a extremidade da sapata,
como indicado na Figura 03.
Pra cargas centradas:
σ1 = σ2 = σ = 1,05.N
A.B
M = q . L² ⃗ M1A = σ . S1A². B
2 2
M1B = σ . S1B². A
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Figura 02 – Seção de referência S1. Figura 03 – Diagrama de tensões para o calculo do momento.
Ca = (A – ap )/2 Cb = (B – bp )/2
S1A = Ca + 0,15. ap S1B = Cb + 0,15. bp
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Fundações Superficiais:
- Cálculo da armadura de aço:
- A ancoragem das armadura deve ser feita com gancho de 90°e comprimento reto maior que 8.θ (min. 10cm).
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3.4.5 Verificação ao Cisalhamento:
A sapata rígida fica inteiramente dentro do cone de punção, a ruptura se da por compressão diagonal.
Em sapatas flexíveis, verificar a punção e utilizar armadura contra colapso progressivo.
- Deve-se compara a tensão solicitante de cisalhamento com a tensão resistente de compressão diagonal do concreto na
superfície crítica C .(NBR 6118, 19.5.3.1)
ƬSd < ƬSd2
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3.5 - Método das Bielas e tirantes:
O Método das Bielas e tirantes para o projeto de sapatas foi proposto por Lebelle (1936), tendo sido elaborado com base nos
resultados de numerosos ensaios experimentais.
Por modelo de bielas (tirantes) se entende uma idealização estrutural na qual a estrutura real se assemelha a uma treliça
equivalente.
Aplica-se às sapatas corridas ou isoladas,
com o seguinte limite para a altura útil:
Considerando somente a direção x, como se fosse uma sapata corrida, tem-se as equações para definição da força de tração na
base da sapata (Tx):
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Fundações Superficiais:
1.5.1 – Verificação da Biela comprimida:
A máxima compressão ocorre nas bielas mais inclinadas e a tensão máxima ocorre no ponto A, onde a seção da biela é a
mínima
- A tensão máxima resulta:
- As armaduras são:
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1.6 - Verificação da estabilidade da sapata:
Nas sapatas submetidas a forças horizontais e/ou momentos fletores é importante verificar as possibilidades de
escorregamento e tombamento
- Segurança ao tombamento:
A verificação ao tombamento é feita comparando-se os momentos fletores em torno de um ponto 1:
ɣ esc. = 1,5
θ= 2/3 do θ do solo.
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1.7 – Exercício 01.
Dimensionar uma sapata de fundação para um pilar com seção a=20cm x b=75 cm e com carga N = 1.500kN (Mx e My =0).
A tensão admissível no solo é = 0,3MPa (σsolo = 300kN/m²);
Concreto C25;
Aço CA 50;
Armadura longitudinal do pilar com diâmetro = 16mm;
ɣc = 1,4;
Cobrimento de concreto = 4,5cm.
1 - Área da sapata:
Ssap = 1,05 . N / σsolo = 1,05 . 1.500kN / 300kN/m² = 5,25m²
ap = 20cm bp = 75cm A = √ 5,25m² ~ 2,2m
A – ap = B – b p 2,2m – 0,2m = B – 0,75m B = 2,75m
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Fundações Superficiais:
1 - Área da sapata ( usar múltiplos de 5cm) = 2,20m x 2,75m = 6,05m²
Tensão aplicada no solo: σ = 1,05 . 1500kN / 6,05m² = 260 kN/m² < σsolo ( 300kN/m²) 0k!
2 - Altura da sapata:
Para concreto C25 e barras d = 16mm h = 38 . d = 60,8 cm ⃗ 65cm. (comprimento de ancoragem da barra.)
h0 > (A – ap ) / 3 ⃗ h > (2,20m – 0,20m)/3 = 0,67m ⃗ 0,7m (adota esta medida por ser maior.)
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AsA = Md > As min.A MdA = 379,3 kN.m . 1,4 = 531,0kN.m
0,85.d . fyd fyd = 50kN/cm²/1,15 = 43,5kN/cm²
AsA = 531,0kN.m = 22,1cm² > Asmin. d = 0,7m – 0,05m = 0,65m.
0,85 .0,65m . 43,5kN/cm²
5 - Verificação ao cisalhamento: tensão solicitante de cisalhamento X tensão resistente de compressão diagonal do concreto.
ƬSd2 = 0,27.αv . Fcd ⃗ 0,27. 0,9 . 19,85MPa = 4,82MPa αv = (1- (25/ 250)) = 0,9.
ƬSd2 = = 0,482 kN/cm² fcd = 25MPa/1,4 = 19,85 MPa.
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6 - Detalhamento:
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