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ROTEIRO DE ESTUDO

Professor: Hélio Nery Junior


E-mail: prof.hnj.geo@gmail.com
Disciplina: Geografia
Ano/série: 3º anos A, B e C
Aulas referentes aos dias: Semana 1 – 25 e/ou 26/06 Semana 2 - 02 e/ou 03/07
Habilidades:

Devolutiva: Envio por E-MAIL ATÉ 06/07.


*exclusivamente pelo e-mail : prof.hnj.geo@gmail.com
Enviar as atividades nos formatos Word, PDF ou foto.
Atendimento no chat: 5ª feiras - 3º ano A - 10:20 h.
6ª feiras - 3º ano B - 09:15 h.
5ª feiras - 3º ano C - 11:05 h.
AULA – semana 01 25 ou 26/06/2020

Tipos de migração
Existem vários tipos de migração, que se relacionam com elementos econômicos, sociais, culturais e até
mesmo afetivos.

Migração é o deslocamento de pessoas de uma determinada cidade, estado ou país (migração


internacional) para outro local. Essa mudança pode ser definitiva ou temporária, voluntária ou forçada,
individual ou em grandes fluxos.
As pessoas migram pelos mais distintos motivos, desde guerras, perseguição religiosa, conflitos étnicos,
perseguição política e ideológica ou simplesmente porque buscam condições melhores de vida em outra
localidade. Essas condições podem estar relacionadas com trabalho, estudo, saúde, bem-estar, entre
outros fatores, e são os maiores motivadores para as migrações na atualidade.
Tipos de migração
 Migração pendular: é um fenômeno que não se trata propriamente de uma migração, pois é uma
transferência momentânea, diária. É caracterizada pelo deslocamento diário de pessoas para
estudar ou trabalhar em outra cidade, estado ou país. Ocorre comumente nas regiões
metropolitanas.
 Transumância: nesse tipo de migração, um grupo de pessoas muda de cidade, estado ou país
por um determinado período, geralmente alguns meses, e continua tendo como referência de
moradia o local de origem. É o caso de trabalhadores rurais que vão todos os anos para outros
estados trabalhar no corte de cana-de-açúcar, por exemplo, e, encerrado o período de colheita,
retornam para seus estados de origem.
 Êxodo rural: é o deslocamento de pessoas do campo para as cidades. Essa mudança é
permanente e, geralmente, ocorre porque os habitantes do campo buscam na cidade melhores
condições de vida. Entretanto, essa migração pode ser involuntária, quando acontece, por exemplo,
em decorrência da mecanização do trabalho no campo.
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 Êxodo urbano: é mais raro de acontecer, mas é o oposto do êxodo rural. Acontece quando
pessoas que vivem na zona urbana (cidades) mudam para a zona rural (campo).
 Nomadismo: apesar de ser muito rara na atualidade, essa modalidade de migração é
caracterizada pela ausência de fixação permanente. As pessoas nômades mudam de lugar
periodicamente e não estabelecem moradia fixa em nenhum lugar.
 Diáspora: é a rápida dispersão de um grupo populacional de um território. Em geral, essa
migração é involuntária ou forçada. Temos como exemplos mais expressivos a diáspora africana
(ocorrida por força da escravidão colonial) e a diáspora judaica (expulsão dos judeus da Palestina
pelo Império Romano).
As migrações, independentemente das classificações, possuem papel preponderante na organização do
espaço, nas relações sociais e na construção da cultura. As pessoas, quando migram, carregam consigo
todos os elementos que a constituíram, como sua história, memória e cultura. Ao chegar ao novo local de
moradia, esses elementos interagem com a cultura e história locais e daí surgem novos e ricos tipos de
relações entre as pessoas e das pessoas com o espaço vivido.

1. O deslocamento diário de pessoas para estudar ou trabalhar em outra cidade, estado ou país não se
trata propriamente de uma migração, pois é uma transferência momentânea. Ocorre comumente nas
regiões metropolitanas.
A que movimento migratório refere-se o fragmento acima?
a) nomadismo
b) transumância
c) diáspora
d) êxodo urbano
e) migração pendular
2. Sobre o êxodo rural, julgue as proposições a seguir:
I) O êxodo rural é o deslocamento de pessoas do campo para as cidades.
II) O êxodo rural é um movimento migratório unicamente voluntário, sempre motivado pela vontade das
pessoas que migram.
III) Em geral, o êxodo rural ocorre porque os habitantes do campo buscam na cidade melhores condições
de vida.
IV) As pessoas que vivem no campo optam por morar nas cidades para ter acesso a serviços de
educação, saúde, saneamento básico e lazer.
Estão corretas as alternativas:
a) II e III.
b) I, III e IV.
c) I, II e III.
d) Todas as alternativas.
e) Apenas a alternativa IV.

3. Acerca da transumância, estão corretas as afirmativas a seguir, exceto:


a) No Brasil, esse deslocamento é comum entre o Sertão Nordestino e a Zona da Mata.
b) É um movimento sazonal que é determinado pelas estações do ano.
c) Nesse tipo de migração, um grupo de pessoas muda de cidade, estado ou país permanentemente.
d) O deslocamento, em geral, dura alguns meses, mas o migrante continua tendo como referência de
moradia o local de origem.
e) É o caso de trabalhadores rurais que vão todos os anos para outros estados trabalhar no corte de cana-
de-açúcar, por exemplo, e, encerrado o período de colheita, retornam para seus estados de origem.

4. O deslocamento expressivo de habitantes da África ocorrido por força da escravidão colonial foi um tipo
de migração que se caracterizou pela rápida dispersão de um grupo populacional de um território. Esse
movimento migratório é conhecido como:

a) êxodo urbano
b) transumância
c) migração pendular.
d) diáspora
e) nomadismo

AULA – semana 02 02 ou 03/07/2020

Migrações no Brasil - tema ENEM


O termo ”migrações” corresponde à mobilidade espacial da população, ou seja, é o ato de trocar
de país, de região, de estado ou até de domicílio. Esse fenômeno pode ser desencadeado por uma série
de fatores: religiosos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos e ambientais.
No Brasil, os aspectos econômicos sempre impulsionaram as migrações internas. Durante os
séculos XVII e XVIII, a intensa busca por metais preciosos desencadeou grandes fluxos migratórios com
destino a Goiás, Mato Grosso e, principalmente, Minas Gerais. Em seguida, a expansão do café nas
cidades do interior paulista atraiu milhares de migrantes, em especial mineiros e nordestinos
No século XX, o modelo de produção capitalista criou espaços privilegiados para a instalação de
indústrias no território brasileiro, fato que promoveu a centralização das atividades industriais na Região
Sudeste. Como consequência desse processo, milhares de brasileiros de todas as regiões se
deslocaram para as cidades do Sudeste, principalmente para São Paulo.
Outra consequência do atual modelo de produção é a migração da população rural para as
cidades, fenômeno denominado êxodo rural. Essa modalidade de migração se intensificou nas últimas
cinco décadas, pois as políticas econômicas favorecem os grandes latifundiários (empréstimos
bancários), além da mecanização das atividades agrícolas em substituição da mão de obra.
A Região Sudeste que, historicamente, recebeu o maior número de migrantes, tem apresentado
declínio na migração, consequência da estagnação econômica e do aumento do desemprego na região.
Nesse sentido, ocorreu uma mudança no cenário nacional dos fluxos migratórios, onde a Região Centro-
Oeste passou a ser o principal destino.
As políticas públicas de ocupação e desenvolvimento econômico da porção oeste do território
brasileiro intensificaram a migração para o Centro-Oeste. Entre as principais medidas para esse
processo estão: construção de Goiânia, construção de Brasília, expansão da fronteira agrícola e
investimentos em infraestrutura. O reflexo dessa política é que 30% da população do Centro-Oeste são
oriundas de outras regiões do Brasil, conforme dados de 2008 divulgados pela Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad).
Outro aspecto das migrações internas no Brasil é que os fluxos são mais comuns dentro dos
próprios estados ou regiões de origem do migrante. Esse fato se deve à descentralização da atividade
industrial no país, antes concentrada na Região Sudeste e em Regiões Metropolitanas.

Assistam ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=MjQGfbXP3Qs&feature=emb_logo

5. As migrações realizadas dentro de um país são classificadas como:


a) Migrações internacionais

b) Migrações pendulares

c) Migrações internas

d) Migrações espontâneas

e) Migrações definitivas

6. João Maria trabalhava na colheita de cana de açúcar, na Zona da mata açucareira da região Nordeste,
quando resolveu migrar para São Paulo em busca de uma melhor qualidade de vida e de empregos que
pagassem melhor. João Maria realizou uma migração interna do tipo:

a) Migração intrarregional

b) Migração pendular

c) Migração inter-regional

d) Migração intermunicipal

e) Migração interestadual

7. O principal fluxo migratório do Brasil, ocorrido durante os séculos XIX e XX, tinha como direção e
motivação:

a) Do nordeste para a região norte, em razão, principalmente, do ciclo da borracha.

b) Da região sul para a região centro-oeste, em consequência da expansão da fronteira agrícola.

c) Da região norte para a região centro-oeste, em razão da carência de infraestrutura básica que atenda a
população.

d) Da região nordeste para a região sudeste, em virtude da decadência econômica do nordeste após o
início da corrida do ouro.

e) Da região centro-oeste para a região sul, pois os imigrantes estrangeiros que chegaram no centro-oeste
não se adaptaram ao clima seco e quente do interior do Brasil, migrando para o Sul do país, onde o clima
era mais próximo dos seus países de origem.

8.(UFF-2008) “Os fatores de conservação transformaram o semiárido em uma região aparentemente sem
história, dada a permanência e imutabilidade dos problemas. Como se com o decorrer das décadas nada
tivesse se alterado e o presente fosse um eterno passado. A cada seca, e mesmo no intervalo entre uma e
outra, milhares de nordestinos foram abandonando a região. Sem esperança de mudar a história das suas
cidades, buscaram em outras paragens a solução para a sobrevivência das suas famílias. Foi nos sertões
que permaneceu inalterado o poder pessoal dos coronéis, petrificado durante o populismo e pela migração
de milhões de nordestinos para o sul” (VILLA, Marco Antônio. Vida e morte no sertão: história das secas
no Nordeste nos séculos XIX e XX. São Paulo: Ática, 2000, p. 252).
Com base no trecho acima, é possível concluir que:

a) a grande evasão das populações do Nordeste em direção à região Sudeste resultou no “boom” da
borracha ocorrido na década de 1970;

b) as secas nordestinas não podem ser historicamente explicadas, já que decorrem de fenômenos
estritamente geográficos;

c) a “indústria da seca” no Nordeste beneficiou diretamente as grandes capitais da região, estimulando sua
industrialização em inícios do século XX;

d) as secas do Nordeste, resultando na multiplicação de fortes correntes migratórias, transformaram o


homem nordestino em sinônimo exclusivo de flagelado;

e) a grande mobilidade dos nordestinos, mais que uma decorrência das secas, foi fruto de um sistema de
dominação baseado na propriedade da terra que marginalizava homens livres e pobres.

9. De acordo com o IBGE, o nordeste foi a região com maior retorno de migrantes do Brasil na primeira
década do século XXI. As principais causas para essa tendência são:

a) A diminuição do potencial atrativo da região sudeste e a recente recuperação econômica da região


nordestina.

b) A diminuição do potencial atrativo da região sudeste e a política de governo atual que incentiva o
regresso dos nordestinos para sua região, objetivando diminuir a violência nas grandes cidades da região
sudeste.

c) A recuperação econômica da região nordestina e a crise econômica que o restante do país vive
atualmente, que faz com que a região nordestina seja a região mais atrativa do país atualmente.

d) A política de governo atual, que incentiva o regresso dos nordestinos para sua região, objetivando
diminuir a violência nas grandes cidades da região sudeste.

e) A descoberta do pré-sal na região nordestina, que atrai muitos nordestinos para a sua terra natal
visando trabalhar nas refinadoras de petróleo e a diminuição do potencial atrativo da região sudeste.

10. ENEM - O movimento migratório no Brasil é significativo, principalmente em função do volume de


pessoas que saem de uma região com destino a outras regiões. Um desses movimentos ficou famoso nos
anos 80, quando muitos nordestinos deixaram a região Nordeste em direção ao Sudeste do Brasil.
Segundo os dados do IBGE de 2000, este processo continuou crescente no período seguinte, os anos 90,
com um acréscimo de 7,6% nas migrações deste mesmo fluxo. A Pesquisa de Padrão de Vida, feita pelo
IBGE, em 1996, aponta que, entre os nordestinos que chegam ao Sudeste, 48,6% exercem trabalhos
manuais não qualificados, 18,5% são trabalhadores manuais qualificados, enquanto 13,5%, embora não
sejam trabalhadores manuais, se encontram em áreas que não exigem formação profissional. O mesmo
estudo indica também que esses migrantes possuem, em média, condição de vida e nível educacional
acima dos de seus conterrâneos e abaixo dos de cidadãos estáveis do Sudeste.

Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 30 jul. 2009 (adaptado).

Com base nas informações contidas no texto, depreende-se que

A) o processo migratório foi desencadeado por ações de governo para viabilizar a produção industrial no
Sudeste.

B) os governos estaduais do Sudeste priorizaram a qualificação da mão-de-obra migrante.

C) o processo de migração para o Sudeste contribui para o fenômeno conhecido como inchaço urbano.

D) as migrações para o sudeste desencadearam a valorização do trabalho manual, sobretudo na década


de 80.
E) a falta de especialização dos migrantes é positiva para os empregadores, pois significa maior
versatilidade profissional.

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