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O sistema educativo responde às necessidades resultantes da realidade social, contribuindo

para o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos indivíduos, incentivando a


formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários e valorizando a dimensão
humana do trabalho.

A educação promove o desenvolvimento do espírito democrático e pluralista, respeitador dos


outros e das suas ideias, aberto ao diálogo e à livre troca de opiniões, formando cidadãos
capazes de julgarem com espírito crítico e criativo o meio social em que se integram e de se
empenharem na sua transformação progressiva.

É esta a educação que é preconizada pela Lei de Bases ( Lei nº 49/2005 de 30 de


Agosto) e que exige uma mudança do Sistema Tradicional de Ensino.

A ESCOLA INFORMADA: APRENDER NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

   

As medidas a tomar para adaptação da comunidade à nova sociedade da informação


são: Instalar em todas as Bibliotecas Escolares do 5º ao 12º anos um computador
multimédia ligado à Internet; Criar conteúdos e serviços de informação na rede
para suporte à população escolar; desenvolver projectos escolares em telemática
educativa; Promover a formação de professores; Promover a revisão dos programas
escolares; Avaliar o impacto dos programas em tecnologias da informação;
Promover a Língua e Cultura Portuguesas no estrangeiro.

Embora as consciências se encontrem despertas para esta nova realidade e o poder


disponível para a enfrentar, não podemos esquecer que os recursos materiais por
vezes não são suficientes o que compromete a participação efectiva de todos os
cidadãos na sociedade da informação.

Pilares do Conhecimento

Segundo Delors 2001; Aponta "como principal consequência da sociedade do


conhecimento a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda vida,
fundamentada em quatro pilares, que são, concomitantemente, pilares do
conhecimento e da formação continuada.".

É necessário tornar prazeroso o acto de compreender, descobrir, construir e


reconstruir o conhecimento para que não seja passageiro, que se mantenha através
do tempo, que valorize a curiosidade, a autonomia e a atenção, permanentemente. É
preciso também pensar o novo, reconstruir o velho, reinventar o pensar. Precisamos
cada vez mais na educação de uma resposta quantitativa a necessidade de
aprendizagem.

Aprender a Conhecer

Aprender a conhecer, isto é adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a


fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de
participar e cooperar com os outros em todas as actividades humanas; finalmente
aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes. (DELORS 2001, p.
89-101).

Aprender a Viver Juntos, Aprender a Viver Com os Outros

É justamente na escola que os alunos aprendem as regras básicas de convivência


em sociedade. O que cada professor precisa fazer é abrir espaço a fim de que eles
aprendam a conviver, se conheçam e se respeitem. Para que todos possam viver
juntos e aprender a viver com os outros, a educação tem um papel importantíssimo,
e um grande desafio, já que a opinião pública toma conhecimento através dos meios
de comunicação e nada pode fazer.

CONCLUSÃO

A educação não se apoia exclusivamente, numa fase da vida ou num único lugar. Os
tempos e as áreas da educação devem ser repensados, completar-se e
interpenetrar-se de maneira a que cada pessoa, ao longo de toda a sua vida, possa
tirar o melhor partido de um ambiente educativo em constante ampliação.

Não se ensina só pelas respostas dadas, mas principalmente pelas experiências


proporcionadas, pelos problemas criados, pela acção desencadeada.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA

DELORS, Jacques.Educação: Um Tesouro a Descobrir. Relatório para a UNESCO


da Comissão Internacional sobre educação para o século XXI - 6 Edição. - São
Paulo:UNESCO, MEC, Editora Cortez, Brasília, DF, 2001, p. 82-104.

Na Conferência Mundial de Educação para todos - UNESCO, realizada em Jomtien,


na Tailândia, em 1990, foram definidos quatro pilares da educação, que deveriam
ser a meta para o desenvolvimento educacional em todos os países signatários de
seus documentos.
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… o professor devia funcionar como um recurso, como um animador e um regulador
dos seus processos de aprendizagem – capaz de estar atento ao universo cultural de
origem dos seus alunos e provocar neles um processo de articulação com a cultura
dominante na escola, enquanto instrumento da sua promoção.

a igualdade de oportunidades no acesso só ganharia verdadeiro sentido com a


criação de condições para o sucesso de todos os alunos, através de medidas
compensatórias para os mais desfavorecidos do ponto de vista económico e social.

A IDEIA DE ESCOLA PARA TODOS NO PENSAMENTO PEDAGÓGICO


PORTUGUÊS
Joaquim Pintassilgo
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Centro de Investigação em Educação
Maria João Mogarro
Escola Superior de Educação de Portalegre

Livro verde
Medidas:
Desenvolver conteúdos educacionais, culturais e meios de auxílio e pesquisa destinados a
suportar as actividades docentes e o processo de aprendizagem nos estabelecimentos escolares
em todas os graus de ensino.

Criar nos programas de formação inicial e contínua de professores valências de capacitação em


tecnologias da informação e comunicação. A sociedade da informação tem evoluído rapidamente
e os professores não se têm actualizado ao ritmo adequado. A formação deve ser dirigida ao
ensino das tecnologias desta sociedade emergente e aos meios que faculta para uma
aprendizagem continuada.
Rever e adaptar os programas escolares no sentido de melhor contemplarem o estudo das
temáticas associadas à sociedade da informação. Incluir o ensino experimental das tecnologias
da informação e reformular os programas escolares para contemplar a problemática do ensino
tecnológico das tecnologias da informação.
Avaliar o modo como as tecnologias da informação e das comunicações podem ser usadas
como suporte aos programas das diferentes disciplinas e promover o seu uso alargado.

O usufruto dos benefícios relevantes da sociedade da informação pressupõe, por um lado, a


existência de condições de acesso individual, que incluam as decorrentes do custo dos
equipamentos e de ligação à rede digital, e, por outro, a ultrapassagem de um limiar mínimo de
literacia informática. A não verificação destes dois pressupostos pode conduzir a fenómenos
claros de info-exclusão.

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