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Eliane M.

Octaviano Martins

CURSO DE
DIREITO MARÍTIMO
Volume I – TEORIA GERAL

Marinha Mercante brasileira na era Pré-sal


Sujeitos e auxiliares da navegação marítima
Propriedade e armação de navios e plataformas

Prefácio de Ignacio Arroyo Martínez


Apresentação de Matusalém Gonçalves Pimenta
Eliane M. Octaviano Martins

CURSO DE
DIREITO MARÍTIMO
Volume I – TEORIA GERAL

Marinha Mercante brasileira na era Pré-sal


Sujeitos e auxiliares da navegação marítima
Propriedade e armação de navios e plataformas

4ª edição atualizada e ampliada

Prefácio de Ignacio Arroyo Martínez


© Editora Manole Ltda., 2013, por meio de contrato com a autora.

editor gestor: Walter Luiz Coutinho


editora responsável: Sônia Midori Fujiyoshi
produção editorial: Luiza Bonfim, Mariana Castelo, Rodrigo Botelho
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Octaviano Martins, Eliane Maria


Curso de direito marítimo, volume I: teoria geral / Eliane Maria
Octaviano Martins. – 4. ed. – Barueri: Manole, 2013.

Bibliografia.
ISBN 978-85-204-3482-6

1. Direito marítimo 2. Direito marítimo – Brasil I. Título.

12-09716 CDU-347.79

Índice para catálogo sistemático:


1. Direito marítimo 347.79

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“Ainda farei a disciplina resplandecer como
a aurora e farei brilhar bem ao longe.
Ainda derramarei a instrução como uma profecia
e a transmitirei às gerações futuras.
Vede: não trabalharei só para mim,
mas para todos que procuram a sabedoria da lei.”

Eclesiástico, 24, 32-34


Aos meus pais, José e Jeanette, e ao meu filho Enzo, com todo o meu amor.
Ao Paulo Sérgio Vaz, por acreditar nos meus sonhos
e me conceder o apoio para transformá-los em realidade.
Aos livre-docentes Paulo Roberto Colombo Arnoldi,
Umberto Celli Junior, Maria Cristina Cacciamalli e
José Augusto Fontoura Costa, com toda a minha admiração e gratidão.
Aos Almirantes Ilques Barbosa Junior e Murillo Barbosa do Rego,
à guisa de homenagens à Marinha do Brasil.
Ao Desembargador Paulo Miguel de Campos Petroni
na pessoa de quem presto reverência ao Poder Judiciário.
Ao Dr. Rodrigo Lyra, em homenagem à Ordem dos Advogados do Brasil.
Aos Drs. Artur Carbone, Pedro Calmon, Leonardo Goulart,
Osvaldo Sammarco e Antonio Carlos de Sá Mendes Vianna (in memoriam),
em tributo aos decanos da advocacia maritimista.
A Deus, “estrela dos navegantes, porto seguro dos náufragos”.
sumário

Apresentação.....................................................XV aquaviário ..........................................................39


Prefácio............................................................. XVII 3.4.2  Convenções internacionais ratificadas
pelo Brasil ..........................................................41
1 Direito marítimo contemporâneo........................1 4  Fontes do direito marítimo .......................................46
1  Aspectos conceituais ..................................................5
2  Classificação do direito marítimo ...............................8 2 Marinha Mercante (Merchant Shipping)........48
2.1  Direito público marítimo ....................................9 1  Política marítima .......................................................50
2.1.1  Direito internacional público marítimo .....9 1.1  Sistemas estatais de política marítima............52
2.1.2  Direito do mar .........................................10 1.1.1  Reservas de mercado ..............................53
2.1.3  Direito internacional marítimo 1.1.2 Subsídios .................................................53
de exploração e produção (e&p) de petróleo 1.2  omc, defesa comercial e transporte marítimo ...54
e gás ..................................................................12 2 Indústria shipping .....................................................56
2.1.4  Direito internacional marítimo 3  Mercado de fretes marítimos (shipping freight) ......58
ambiental ...........................................................12 3.1  Navegação marítima regular (liner shipping
2.1.5  Direito marítimo público interno .............15 industry)....................................................................60
2.2  Direito marítimo privado ..................................17 3.2  Navegação marítima tramp (chartering
2.2.1  Direito marítimo privado internacional ...18 & shipping industry) ................................................61
2.2.2  Direito internacional do petróleo e gás 3.2.1  Vendas marítimas e fretamento
ou direito do comércio internacional do petróleo de navios ...........................................................62
e a lex petrolea ..................................................18 3.2.2  Afretamento de navios pelas empresas
2.2.3  Direito privado interno ou direito de navegação ....................................................62
empresarial marítimo ........................................21 3.2.3  Modalidades de fretamento ...................63
2.2.4  Direito do petróleo e gás ........................21 3.3  Concorrência marítima .....................................65
3  Regulação do direito marítimo .................................21 3.3.1  Defesa da concorrência no shipping
3.1  Direito marítimo nas Eras medieval market ................................................................67
e moderna ...............................................................23 3.3.2  Defesa comercial e transporte marítimo
3.2  Direito marítimo contemporâneo .....................25 na omc ................................................................76
3.3  Interferência das organizações internacionais 4  Mercado de fretes derivativos (freight derivative
na regulação internacional do direito marítimo .....28 market) ..........................................................................81
3.3.1  Organização Marítima Internacional ......29 4.1 Contratos otc (swap agreements) ....................82
3.3.2  Comitê Marítimo Internacional (cmi)........32 4.2  Mercado de fretes futuros (freight futures
3.3.3  Organização Internacional market) ....................................................................83
do Trabalho (oit)..................................................33 5  Regime jurídico da Marinha Mercante ....................85
3.3.4  Interferência de organizações e outras 6  Navegação marítima ................................................86
instituições no comércio marítimo 6.1  Áreas marítimas (navigation area) e tipos
internacional ......................................................34 de navegação ..........................................................88
3.4  Codificação do direito marítimo no Brasil .......35 6.1.1  Navegação de mar aberto (high seas
3.4.1  Antaq e regulação do transporte ou deep sea) ......................................................89
VIII  Curso de Direito Marítimo    Volume I  Teoria Geral
n

6.1.2  Navegação interior (interior navigation, 3.2.2  Navegação de travessia (crossing


waterway ou inland navigation) ........................93 navigation) .......................................................118
6.1.3  Navegação de apoio marítimo (maritime 3.3  Navegação de apoio portuário (port support
support navigation) e navegação offshore navigation) .............................................................118
(platform support) ..............................................93 3.4  A política de apoio ao desenvolvimento da
6.2  Tipos de navegação, áreas de navegação Marinha Mercante brasileira ................................119
e posição do navio no espaço geográfico ...............94
6.2.1  Navegação em alto-mar (open sea) ........94 4 Estatuto jurídico dos navios mercantes
6.2.2  Navegação costeira (coastal navigation e das estruturas offshore......................................120
ou coastal voyage) .............................................94 1  Conceito de navio mercante (merchant ships) .......121
6.2.3  Navegação oceânica, navegação em águas 1.1 Navio versus embarcação no Direito
restritas, navegação fluvial e lacustre e navegação brasileiro ...............................................................123
de travessia (crossing navigation) .................... 95 2  Natureza jurídica do navio mercante......................125
6.3  Dos métodos de navegação: navegação 3  Navegabilidade do navio (seaworthiness)..............126
estimada (dead reckoninge), astronômica 3.1  Navegabilidade (seaworthiness) e flutuabilidade
(astronomical) e navegação inercial (inertial (floatation) .............................................................130
navigation system – ins) ..........................................96 3.2  Navegabilidade absoluta (physical
6.4  Zonas marítimas e tipos de navegação: exterior seaworthiness).......................................................131
(exterior navigation), extranacional, interior (interior 3.3  Navegabilidade relativa (cargo worthiness)...131
navigation, waterway ou inland navigation), de 4  Estrutura física do navio..........................................134
cabotagem (cabotage ou coasting) e de apoio 4.1  Tipos de navios (types of ships)......................135
portuário (port support navigation) .........................96 4.2  Navios de Estado ou públicos (public ships)...135
6.4.1  Navegação interior e a zona marítima 4.2.1  Navios de guerra (war-ships) ................136
interior ...............................................................97 4.3  Navios mercantes ou privados (merchant ships
6.4.2  Navegação exterior (exterior ou ou privateer)...........................................................136
international maritime navigation) e interior ....97 4.4  Navios cargueiros (cargo ships)......................137
6.4.3  Navegação extranacional .......................98 4.4.1  Navios cargueiros quanto ao projeto
6.4.4  Navegação de apoio portuário (port support de construção ..................................................138
navigation) .........................................................98 4.4.2  Navios cargueiros especializados em carga
6.5  Navegação marítima sustentável ....................98 líquida: navios-tanque (tankers ship)...............139
4.4.3  Navios cargueiros especializados
3 A Marinha Mercante brasileira na era no transporte de grãos: navios graneleiros
Pré-sal......................................................................101 (bulks)...............................................................140
1  Mercado de fretes marítimos (freight market) .......103 4.4.4  Navios cargueiros segundo o sistema
1.1  Cadeia logística de transportes no Brasil ......105 de carregamento..............................................141
1.2  Sistema portuário brasileiro ..........................106 4.4.5  Navios cargueiros quanto ao equipamento
1.3  Das perspectivas da Marinha Mercante para içamento de cargas .................................142
do Brasil no cenário mundial ................................106 4.4.6  Navios cargueiros quanto ao tipo
2  Mercado de construção naval e venda de navios (sale de navegação e à nacionalidade (bandeira)....142
and purchase, newbuilding) ........................................109 5 Estruturas offshore e plataformas marítimas.........143
2.1  Indústria de construção e reparo naval no Brasil 5.1  Conceito e classificação das plataformas
e desafios do Pré-sal .............................................110 (platforms)..............................................................145
3  Navegação marítima no Brasil ...............................111 5.2  Tipos de embarcações de apoio offshore.......146
3.1  Navegação em mar aberto (high seas navigation 5.3  A natureza jurídica das estruturas offshore...147
ou deep sea) ..........................................................113 5.4  Arresto de plataformas...................................150
3.1.1  Navegação de longo curso 5.5  A natureza jurídica das plataformas offshore
(long range) ......................................................114 no Direito brasileiro...............................................151
3.1.2  Navegação de cabotagem
(cabotage) ........................................................115 5 Formas de individualização dos navios
3.1.3  Navegação de apoio marítimo mercantes................................................................154
(maritime support navigation, platform support 1  Nacionalidade (nacionality), registro (ship register)
ou offshore) .....................................................116 e bandeira dos navios mercantes (flag ship)...............155
3.2  Navegação interior (interior navigation) ........117 1.1  Espécies de registro (type of registration)......155
3.2.1  Navegação fluvial e lacustre (inland 1.2  Registros nacionais (maritimal register
navigation) .......................................................117 ou national flagship)...............................................156
Sumário IX

1.3  Regimes abertos (open ship register).............158 2.7.1  Sociedades Classificadoras (Ship
1.3.1  Da hegemonia das potências marítimas às Classification Societies)...................................188
bandeiras de conveniência (flag of convenience 2.7.2  Do sistema de classificação de
ou flag out)........................................................159 embarcações no Brasil.....................................190
1.3.2  Vantagens da adoção de bandeiras de 2.8  Borda-livre (freeboard)....................................192
conveniência.....................................................160 3  Da identidade dos navios mercantes......................192
1.3.3  Desvantagens da adoção de bandeira 3.1  Documentos e livros de bordo .......................192
de conveniência................................................161 3.1.1  Livro de carga.........................................194
1.3.4  Do segundo registro ou registro 3.1.2  Diário de navegação (log book)..............194
internacional (second register).........................164 3.1.3  Diário de máquinas ...............................195
1.4  Princípio da nacionalidade dos navios 3.1.4  Diário do serviço de comunicações ......195
mercantes...............................................................165 3.1.5  Livro de receitas e despesas..................196
1.4.1  Estatuto dos navios (status of ships).....168 3.1.6  Livro de registro de óleo........................196
1.4.2  Dever do navio de ostentar a bandeira 3.1.7  Rol de equipagem (crew list).................197
do Estado de Registro (Flag State)...................168 3.2  Número de identificação de navios da imo
1.4.3  Deveres do Estado de Registro (imo ship identification number)..............................197
(duties of the Flag State)..................................169
1.4.4  Desnacionalização, suspensão e perda da 6 Propriedade de navios: construção, prescrição
nacionalidade do navio....................................170 aquisitiva e usucapião...........................................199
1.5  Registro da propriedade no Brasil .................171 1  Das formas de aquisição de propriedade de navios
1.5.1  Registro Especial Brasileiro (reb)............173 originária ou primitiva .................................................201
1.5.2  As vantagens do reb ..............................174 2  Da aquisição de propriedade originária de navios
1.5.3  Procedimentos de registro e pré-registro por construção.............................................................201
no reb................................................................176 2.1  Da construção por conta própria ...................202
1.5.4  Projeto Pró-reb........................................178 2.2  Processo de aquisição de navios construídos
1.5.5  Desnacionalização e perda em estaleiros ou construtoras navais ...................203
de nacionalidade de navio brasileiro...............179 2.3  Players da indústria de construção naval ......204
1.6  Navios em laid-up...........................................180 3  Contratos de construção de navios (shipbuilding
1.7  Inscrição e porto de inscrição dos navios contracts) ....................................................................206
mercantes...............................................................180 3.1 Contratos standard ........................................209
2  Individualidade dos navios mercantes....................181 3.2  Newbuildcon 2007..........................................210
2.1  Nome (ship name)...........................................181 4  Da construção de navios no Direito brasileiro .......212
2.2  Tonelagem e arqueação .................................182 4.1  Dos procedimentos de construção e registro
2.2.1  Tonelagem (tonnage)..............................182 de navios novos .....................................................213
2.3  Arqueação ou tonelagem de arqueação 4.2  Contratos de construção de navios ...............214
(register tonnage)...................................................183 4.3  Contrato de construção de navios por
2.3.1  Arqueação bruta (ab) ou tonelagem de empreitada ............................................................215
arqueação bruta (tab) (gross tonnage)..............184 4.3.1  Das obrigações e direitos do estaleiro
2.3.2  Arqueação líquida (al) ou tonelagem de empreiteiro.......................................................216
arqueação líquida (tal) (net tonnage)...............184 4.3.2  Da construção de navios por empreitada
2.3.3  Documentos comprobatórios de de lavor ou de mão de obra .............................217
arqueação.........................................................184 4.3.3  Da construção de navios por empreitada
2.4  Capacidade (capacity).....................................185 mista ................................................................218
2.5  Deslocamento (displacement)........................185 4.3.4  Direitos e obrigações do comprador,
2.5.1  Deslocamento carregado, máximo ou o dono da obra .................................................218
a plena carga (loaded displacement)...............186 4.3.5  Da garantia legal ...................................219
2.5.2  Deslocamento leve (light displacement)...186 4.3.6  Da extinção do contrato de construção
2.5.3  Porte bruto (pb) ou tonelagem de porte de navios por empreitada ................................224
bruto (tpb) (deadweight – tdw)..........................186 5  Aquisição de propriedade originária de navio
2.5.4  Porte líquido (itlp ou deadweight cargo por prescrição aquisitiva ou usucapião ......................225
tonnes – tdwc)..................................................187 5.1  Aquisição de navio por ocupação, salvamento
2.5.5  Porte operacional ou tonelagem de porte e por prescrição no Direito brasileiro ...................225
operacional (tpo ou operational deadweight – 5.2  Da prescrição aquisitiva por usucapião .........226
tdwop)................................................................187
2.6  Velocidade (ship velocity)...............................187 7 Formas derivadas de Aquisição de Propriedade
2.7  Classe (ship class)...........................................188 de Navios do Direito Civil......................................229
X  Curso de Direito Marítimo    Volume I  Teoria Geral
n

1  Compra e venda de navios (sale and purchase Claims – llmc-76) – Londres, 1976, e Protocolo de
ship)..............................................................................230 1996 (Protocol of 1996 to Amend the Convention on
1.1  Norwegian Saleform (nsf) ..............................231 Limitation of Liability for Maritime Claims, 1976 –
1.1.1  Norwegian Saleform 1993 ....................232 llmc Protocol 96) ....................................................290
1.1.2  Da elaboração do Memorandum of 4.4  Responsabilidades do proprietário do navio
Agreement (moa)...............................................233 pelas avarias a carga transportada ......................293
1.1.3  Obrigações do vendedor 4.5  Sistema de limitação de responsabilidade do
e comprador......................................................234 proprietário no Direito brasileiro ..........................294
1.1.4  Da venda condicionada a inspeção ......235 5  Seguro de embarcações .........................................296
1.1.5  Do preço e condições de pagamento ....238 5.1  Seguro de embarcações em construção ........297
1.1.6  Da entrega e execução do Saleform......240 5.2  Embarcações em serviço ...............................298
1.1.7  Resolução de litígios .............................242 6  Hipoteca naval ........................................................299
1.2 O Nipponsale .................................................243
2  Vendas de navios e o Direito brasileiro ..................246 9 Armação de navios (ship owning)..................302
2.1  Venda voluntária ............................................246 1  Armador (owner) .....................................................303
2.1.1  Venda judicial ........................................248 2 Armação versus propriedade ..................................304
2.1.2  Dos trâmites de escritura e registro .....249 3  Armador-proprietário (ship-owner, vessel owner
3  Aquisição de propriedade de navios por permuta ou head owner) ...........................................................306
ou troca, doação e dação em pagamento ..................250 3.1  Coproprietários (co-proprietors) .....................307
4  Da aquisição de propriedade de navios pelo confisco, 3.2  Coarmadores (co-ownership) e joint-owner
perdimento e incorporação .........................................251 ou part-owner ........................................................307
4.1  Do confisco e perdimento de navios ou 3.3  Armadores-administradores e managing owner
embarcações e os crimes de tráfico de entorpecentes ou ship’s husband ..................................................308
e contrabando........................................................255 3.4  Responsabilidades dos armadores-proprietários
4.2  O caso Wega...................................................258 pelas avarias marítimas e pelos acidentes e fatos
4.3  Da pena de perdimento de navios ou da navegação ........................................................309
embarcações por infrações tributárias e 4  Armação, empresas de navegação e empresas de
administrativas ......................................................261 transporte.....................................................................310
4.4  Das infrações à segurança do tráfego aquaviário, 4.1  Contratos de utilização do navio (contracts on
a venda judicial ou incorporação utilization of ships) ................................................311
da embarcação aos bens da União........................268 4.2  Armação e contratos de transporte (contract of
carriage by sea) .....................................................311
8 Formas derivadas de Aquisição de Propriedade 4.3  Armação e contratos de fretamento (contract of
de Navio do Direito marítimo................................271 freightment) ...........................................................313
1  Aquisição de Propriedade de Navio por 4.3.1  Fretamento e repartição da gestão do
salvamento...................................................................271 navio ................................................................313
2  Aquisição de Propriedade de Navios por presa, 4.3.2  Armação e subfretamento ....................315
ocupação ou tomada ...................................................272 4.4  Armação, locação, arrendamento e leasing
2.1  Guerra marítima (ou guerra naval) .................272 de navios ...............................................................316
2.2  Presa bélica (occupatio bellica), presa marítima 4.4.1 Armação versus locação (location) .......316
ou presa naval........................................................276 4.4.2 Armação versus leasing (arrendamento
2.3  Da captura e apreensão .................................279 mercantil) .........................................................318
2.4  Direito de presa de mercadorias ...................281 4.5  Armador-Estado (state owner) .......................321
3  Abandono liberatório e sub-rogatório.....................282 4.6  Da obrigatoriedade do registro de armador
3.1  Abandono sub-rogatório ou assecuratório ....282 no Brasil ................................................................321
3.2  Abandono liberatório .....................................285 4.7  Responsabilidades dos armadores pelas avarias
4  Responsabilidade dos proprietários de navio ........287 marítimas e pelos acidentes e fatos
4.1  Limitação da responsabilidade dos proprietários da navegação ........................................................322
de navios ...............................................................288 5  Representatividade das empresas armadoras........323
4.2  Convenção Internacional para a Unificação 5.1  Agências marítimas (owner’s agency) ...........323
de Certas Regras Relativas à Limitação da 5.2  Agentes de navios e agente protetor ............324
Responsabilidade dos Proprietários de Embarcações 5.3  Consignatários ou comissários de navios .....325
Marítimas (Bruxelas, 1924 e 1957) .......................289 5.4  A agência marítima no Brasil ........................325
4.3  Convenção Internacional sobre a Limitação das 5.4.1  Responsabilidade da agência marítima no
Indenizações Relativas às Reclamações Marítimas Direito brasileiro pelas avarias de carga ........328
(Convention on Limitation of Liability for Maritime 5.5  Operadores de navios (ship operator) ............330
Sumário XI

6  Armador operador ou armador virtual – nvocc........330 1 O status jurídico do comandante no Direito
6.1 Do nvocc como transportador e armador........332 brasileiro......................................................................383
6.2  nvocc como operador de navios......................334 1.1  Dos direitos do comandante ..........................384
6.3  nvocc e freight forwarders...............................335 1.2  Faltas disciplinares.........................................385
7  Armação de embarcações e plataformas 2  Das funções do comandante...................................386
marítimas.....................................................................335 2.1  Das funções de direito privado do
comandante ...........................................................387
10 Empresas brasileiras de navegação (ebn)....337 2.1.1  Das funções do comandante na gestão
1  Processo de outorga de autorização para operação comercial do navio...........................................387
de ebn ...........................................................................339 2.1.2  Da preposição do armador.....................388
2  Concessão da outorga de autorização para prestação 2.1.3  Da representatividade do dono
de serviços de transporte pela Antaq .........................340 da carga............................................................389
2.1  Requisitos jurídico-fiscais ..............................341 2.1.4  Da representatividade do dono da carga
2.2  Requisitos econômico-financeiros .................342 vis-à-vis à preposição do armador...................390
2.3  Requisitos técnicos ........................................344 2.1.5  A emissão de clean on board bill of lading
3  Afretamento de embarcações por empresas brasileiras e o unclean bill of lading..................................390
de navegação ..............................................................346 2.1.6  Contrato de risco marítimo ou câmbio
3.1  Dos procedimentos para afretamento de marítimo...........................................................394
embarcação para a navegação de longo curso ....350 2.1.7  Navegabilidade do navio.......................396
3.1.1  Liberação de embarcação estrangeira para 2.1.8  Gestões náutica e administrativa .........397
o transporte de carga prescrita .......................350 2.2  Das funções de direito público do
3.1.2  Liberação de embarcação em relação ao comandante............................................................402
transporte de carga prescrita ..........................352 2.2.1  Do poder de polícia do comandante......402
3.1.3  Penalidades e infrações ........................354 2.2.2  Da função notarial..................................403
3.1.4  Acordo operacional para troca de espaços 3  Da responsabilidade do comandante......................405
no transporte marítimo internacional, na 3.1  Das responsabilidades civil e administrativa do
navegação de longo curso ...............................356 comandante por avarias e incidentes
3.2  Dos procedimentos para afretamento de da navegação.........................................................405
embarcações na navegação de cabotagem ..........358 3.2  Das responsabilidades civil e administrativa do
3.3  Dos procedimentos para afretamento de comandante pelos atos praticados pela equipagem
embarcações para navegação interior ..................359 (tripulação).............................................................407
3.4  Dos procedimentos para afretamento de 3.3  Da responsabilidade do comandante em
embarcações na navegação de apoio portuário ...360 acidentes advindos de sugestões do prático.........408
3.5  Dos procedimentos para afretamento de 3.4  Da responsabilidade civil do armador pelos
embarcações para navegação de apoio marítimo atos do comandante...............................................409
(offshore) ...............................................................362 3.5  Responsabilidade penal..................................409
4  Da operação da ebn na Marinha Mercante ............364 4  Do imediato ............................................................410
4.1 Deveres ..........................................................365 5  Oficiais de náutica e contramestre..........................413
4.1.1  A comprovação da operação comercial
de embarcações ..............................................365 12 O trabalho marítimo na Marinha Mercante...414
4.1.2  O dever de informação ..........................368 1  O trabalho marítimo na navegação ........................415
4.2  Da extinção da autorização ...........................368 2  A regulamentação internacional do trabalho
4.3  Da extinção da autorização pela Antaq por marítimo ......................................................................417
anulação, cassação ou revogação ........................369 2.1  Organização Internacional do Trabalho (oit)
5  Regulação e fiscalização da ebn...............................370 ou International Labor Organization (ilo)................418
5.1 Infrações administrativas e penalidades ........373 2.1.1 Convenção oit n. 147/76 sobre as normas
5.2  Auto de infração e termo de ajuste de mínimas para a Marinha Mercante ................423
conduta...................................................................375 2.1.2 Convenções oit ns. 108/58 e 185/2003
5.3  Processo Administrativo Contencioso............375 sobre os documentos de identidade dos marítimos
5.3.1  Instauração e instrução..........................376 ou da “gente do mar” (seaman’s book) ...........423
5.3.2  Indiciamento e decisão..........................377 2.1.3  Convenção sobre Trabalho Marítimo
5.3.3 Penalidades............................................378 (Maritime Labour Convention, 2006) ...............426
5.3.4  Recurso administrativo..........................381 3  Contratos internacionais de trabalho marítimo .....430
3.1  Contratos internacionais de trabalho e o princípio
11 Comandante e imediato...................................382 da autonomia da vontade .....................................432
XII  Curso de Direito Marítimo    Volume I  Teoria Geral
n

3.2  Litígios trabalhistas e competência jurisdicional 1.5.5  Convenção internacional sobre normas de
internacional .........................................................433 formação, de certificação e de serviço de quartos
3.3  Conflitos de normas trabalhistas no para os marítimos (stcw) .................................483
espaço ...................................................................437 1.6  Da validade dos documentos de identidade
4  Conflito de normas trabalhistas marítimas no dos marítimos estrangeiros (seaman’s books)
espaço .........................................................................438 no Brasil.................................................................484
4.1  Conflito de normas trabalhistas marítimas 1.7  Da contratação de estrangeiros como
no Direito brasileiro ..............................................441 tripulantes de embarcação brasileira....................485
4.2  Da teoria da primazia da lei da bandeira.......443 1.8  A exigência de visto temporário para
4.3  Da teoria da primazia da lei da bandeira tripulantes estrangeiros ........................................486
no Direito brasileiro ..............................................446 1.9  Processualística: mandado de segurança e
4.3.1  Teoria da extensão do território violação de direitos de marítimos estrangeiros....487
ou “território flutuante” e o princípio da 2  O empregado marítimo............................................490
extraterritorialidade ........................................446 2.1  Dos direitos trabalhistas da tripulação..........491
4.3.2  Bandeira de conveniência e fraude à lei 2.2 Remuneração .................................................492
trabalhista .......................................................448 2.2.1  Remuneração dos contratos internacionais
4.4  Princípio da territorialidade e lex loci de trabalho marítimo........................................494
executionis ou lex loci laboris ...............................449 2.2.2  “Etapas” de alimentação.......................495
4.4.1  Lex loci executionis e contratos 2.3  Jornada de trabalho dos marítimos................497
marítimos .........................................................450 2.3.1  Férias, repouso e horas extras...............498
4.5  Lex loci contractus .........................................452 2.3.2 Compensação ........................................499
4.6  Lex fori ...........................................................456 2.4  Deveres e relações disciplinares....................500
4.7  O princípio da proximidade (the proper law 2.4.1 Subordinação.........................................501
approach), da conexão mais significativa (the 2.5  Faltas e penalidades disciplinares
most significant connection) ou da relação mais trabalhistas............................................................502
significativa (the most significant relationship) 2.5.1  Faltas e penalidades disciplinares
e a teoria da análise de interesse governamental administrativas.................................................502
(governmental interest analysis) ...........................457 2.6  Abuso de poder, direito de recurso, danos morais
4.7.1  Princípio da proximidade no Direito e assédio moral......................................................505
brasileiro ..........................................................459 2.7  Trabalho marítimo e responsabilidade civil....506
4.8  Lex voluntatis .................................................460 2.8  Assédio moral no trabalho marítimo .............508
4.9  Princípio do favor laboriis ou da norma mais 2.9  Dos crimes contra a organização do
benéfica .................................................................462 trabalho..................................................................510
4.10  Depeçage ou fracionamento do contrato 3  Do empregador-armador..........................................514
internacional de trabalho marítimo ......................464 3.1  O armador-empregador e as relações
laborais marítimas em navios fretados.................515
13 Direito do trabalho marítimo no Brasil...........466 3.1.1  Da responsabilidade do fretador
1  A relação contratual do trabalho marítimo.............468 proprietário e do afretador ..............................516
1.1  Regime jurídico do trabalho marítimo............469 3.1.2  Da responsabilidade trabalhista
1.2  Dos trâmites de contratação de marítimos subsidiária do afretador...................................518
no Brasil.................................................................471 3.1.3  Da responsabilidade trabalhista
1.3  O contrato de trabalho ou de emprego solidária do afretador ......................................520
marítimo ................................................................472 3.1.4  Da responsabilidade do agente
1.3.1  Da duração do contrato..........................474 marítimo...........................................................521
1.4  Da tripulação ou equipagem brasileira..........475 4  Trabalhadores da indústria petrolífera ...................523
1.4.1  Nacionalidade da tripulação de navios 4.1  Do regime trabalhista da tripulação das
brasileiros.........................................................476 unidades marítimas................................................525
1.5  Categorias de marítimos (seaman) ................478 5  Trabalho na construção naval..................................527
1.5.1  A seção de convés ou departamento 6  Procedimentos de inspeção do trabalho marítimo
de convés (deck department)...........................479 no Brasil.......................................................................528
1.5.2  A seção de máquinas ou praça de máquinas
(engine department) ........................................481 14 Praticagem ou pilotagem
1.5.3  A seção de câmara e a seção de (marine ou maritime pilotage)...............................532
saúde................................................................482 1  Da regulação e organização do serviço de
1.5.4  Tripulação de segurança (crew member’s praticagem ou pilotagem marítima.............................534
safety)...............................................................482 2  Prático ou piloto (pilot)............................................537
Sumário XIII

3  Da praticagem no direito marítimo 15 Rebocagem marítima (marine towage).........578


contemporâneo............................................................539 1  Rebocadores (tugs ou tugboat)................................579
4  Do comando do navio e da responsabilidade 1.1  Natureza jurídica do rebocador......................580
do prático ....................................................................540 2  Da atividade de reboque marítimo..........................581
4.1  O sistema da English Law Jurisdiction: 3  Das categorias e métodos de reboque marítimo
The Master’s Orders, Pilot’s Advice ......................541 ou rebocagem .............................................................583
4.2  A limitação de responsabilidade do prático 3.1  Métodos de rebocagem .................................583
na Espanha, no Canadá, em Hong Kong, na Nova 3.2  Rebocagem portuária ou de porto .................584
Zelândia e nos eua .................................................544 3.2.1  Procedimentos de rebocagem portuária
4.3  A responsabilidade do prático perante o no Brasil............................................................586
armador e o comandante: os sistemas da França 3.3  Rebocagem de alto-mar ou rebocagem
e de Cabo Verde.....................................................546 oceânica ................................................................587
4.4  Responsabilidade do prático na Argentina, 3.4  Rebocagem de salvatagem marítima ............588
no México e no Panamá ........................................547 3.5  Rebocagem de apoio offshore .......................590
5  Da praticagem no Brasil .........................................549 3.6  Rebocagem de apoio e manuseio de
5.1  Regulação e fiscalização da atividade de âncoras ..................................................................590
praticagem no Brasil .............................................550 4  Do contrato de reboque marítimo ou rebocagem...590
5.2  Do Conselho Nacional de Praticagem 4.1  Da formação do contrato de rebocagem........592
(Conapra) ...............................................................552 4.2  Da obrigação das partes e a execução do
5.3  Das zonas de praticagem ...............................553 contrato .................................................................594
5.3.1  Da dispensa de prático nas zonas de 4.3  Natureza jurídica dos contratos de
praticagem........................................................554 rebocagem..............................................................598
5.3.2  Navios de guerra e de Estado 5  Contrato de reboque marítimo no Direito
estrangeiros em visita a portos brasileiros brasileiro .....................................................................600
em tempo de paz .............................................555 5.1  Da incidência do cdc nos contratos de reboque
5.4  O prático no Direito brasileiro .......................555 marítimo ................................................................601
5.4.1  A atuação dos práticos .........................557 5.2  Da incidência do imposto sobre serviços (iss)
5.5  Atalaias (estação de praticagem) ..................558 sobre o serviço de reboque marítimo....................602
5.6  Lanchas de prático e de apoio........................559
5.7  Projeto de Lei do Senado n. 117/2010...........560 16 Auxiliares da indústria shipping: brokers,
6  Contratos ou acordos de praticagem......................562 freight forwarders, despachantes aduaneiros
6.1  Contrato ou acordo máster (master agreement e comissárias de despachos................................607
ou master contract)................................................564 1  Freight forwarder, cargo forwarders ou forwarding
6.2  Preço do serviço de praticagem......................566 agent (transitários de carga) .......................................608
6.3  Da formação e execução do acordo ou contrato 2  Brokers ....................................................................610
de praticagem .......................................................569 2.1  Cargo brokerage e freight brokerage .............612
6.3.1  Dos deveres do comandante da embarcação 2.2  Ship brokerage ...............................................613
em relação ao prático.......................................571 3  Despachante aduaneiro (custom agent ou custom
6.3.2  Dos deveres da praticagem no Brasil....573 broker)..........................................................................613
6.3.3  Condições desfavoráveis e 4  Comissária de despachos (commissioner)..............616
impraticabilidade .............................................574
6.4  Responsabilidades civis e administrativas Referências bibliográficas...............................618
do prático no Direito brasileiro..............................575 Índice alfabético-remissivo.............................645
Apresentação

Com muita satisfação e alegria aceitei o honroso convite para apresentar esta obra de
quilate e preciosidade distintos, mesmo na certeza de que, para a escolha do apresentador,
a autora não tenha se utilizado do critério meritório, mas se deixou trair pela afetividade.
Com a ressalva, prossigo.
O que já era completo ficou melhor, em tarefa restrita às mentes que gozam de genia-
lidade! A quarta edição do Curso de Direito Marítimo (v.1), da festejada professora doutora
Eliane Octaviano Martins, indubitavelmente, é hoje a maior concentração de saber jurídico
na área do Direito marítimo, sendo material obrigatório na preparação dos conteúdos pro-
gramáticos das instituições de ensino que ministram a matéria.
O Brasil, em tempos passados, pôde orgulhar-se de penas antológicas que produziram
doutrina imarcescível, ainda hoje a servir de supedâneo aos maritimistas. Se tivéssemos uma
academia brasileira, reservada às letras marítimas, certamente, teriam lá se assentado os ilus-
tres mestres: Sampaio de Lacerda, José da Silva Costa e Caminha Gomes.
Infelizmente, os preciosos legados desses jurisconsultos não foram atualizados, tam-
pouco reeditados com as ampliações necessárias. O mundo mudou, e o comércio marítimo
de igual modo passou e ainda passa por transformações significativas que clamam por no-
vas produções doutrinárias. Aguardávamos, já há um bom tempo, que surgisse alguém com
envergadura e paixão pelo mar tais que suprisse o silêncio deixado pelo escol de escritores
do passado. É nesse cenário que, corajosamente, se apresentou a respeitada jurista, autora
desta obra, quando de sua primeira edição já em 2005.
A profundidade e a densidade do seu trabalho fazem com que Eliane Octaviano cami-
nhe enfileirada com os imortais desse intrigante ramo do Direito. Dona de invulgar currí-
culo, ela é, a par de outras titulações, mestra e doutora em Direito, dedicando-se ainda ao
magistério na área do Direito marítimo e portuário. Impulsionada por sua vocação acadê-
mica, trabalha, como ninguém, para divulgar o Direito marítimo no Brasil, organizando fre-
quentemente concorridos congressos, conseguindo reunir os maiores experts brasileiros e in-
ternacionais para saudáveis discussões sobre valiosos temas afetos aos profissionais do mar.
No que respeita ao conteúdo desta edição, mais especificamente, sou adepto da ideia
de que quem apresenta não deve tentar resumir o trabalho do autor, sob pena de apoucá-
XVI  Curso de Direito Marítimo    Volume I  Teoria Geral
n

-lo. Penso haver absoluta desnecessidade, vez que o leitor, quando deseja, socorre-se ao su-
mário por simples consulta.
Contudo, entre as pérolas capitulares, dá-se destaque à terceira: “A Marinha Mercan-
te brasileira na era Pré-sal” em que a autora, na cadência da atualidade, brinda o leitor tra-
duzindo aquilo que muito se ouve nos meios midiáticos, mas que poucos conhecem. A essa
altura, faz importante alerta, asseverando: “A constatada dependência do Brasil com o mar
acaba revelando vulnerabilidades que poderão se intensificar face às recentes descobertas
do pré-sal, em especial as reservas localizadas em zonas marítimas brasileiras”.
Ainda, enriquecedoras foram as ampliações feitas no Capítulo 4, com minuciosa pes-
quisa em relação aos serviços de praticagem. Ao comentar doutrina e jurisprudência nacio-
nais e estrangeiras, deixa transparecer que os rumos encontrados pela autoridade marítima,
para definir o modelo de praticagem brasileiro, seguem o padrão estabelecido pela maioria
dos países de tradição marítima. Em contrapartida, o direito comparado, trazido à colação,
dá conta do atraso do ordenamento jurídico pátrio, no que toca à responsabilidade civil dos
nossos práticos, apontando para uma necessária e urgente atualização de sua lei de regência.
Pela erudição e pelo ineditismo das teses apresentadas, permite-se dizer que a comu-
nidade marítima brasileira será agraciada, uma vez mais, com esta nova criação da lavra
desta que me é colega em três dimensões. Explico a razão da triplicidade: somos advoga-
dos que militam no mesmo ramo do direito, dividimos o múnus do magistério universitário
na mesma especialidade e, por último, teimosamente, decidimos trilhar o árduo, mas gra-
tificante, caminho dos doutrinadores. Importante gizar que, para além do relacionamento
profissional, fomos unidos pela amizade de espécie imorredoura, como a cantada em ver-
sos pelo poeta contemporâneo: “amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito”.
À minha amiga, portanto, desejo que a mão do Criador repouse sobre ela, para que con-
tinue a luciluzir como um farol para os amantes do Direito marítimo, sem, contudo, deixar
de, com muito mais fausto, luzir, também, e máxime, como mãe e mulher. Para tanto, dei-
xo-lhe a bênção araônica: “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o
Seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o Seu rosto, e te dê
a paz” (Números 6: 24-26).

Matusalém Gonçalves Pimenta


Titular do escritório Matusalém Pimenta Advogados Associados
Professor de Direito Marítimo e Portuário (Unigranrio/Unisantos)
Escritor na área do Direito Marítimo e da Responsabilidade Civil
Prefácio

I
Acepto gustosamente la amable invitación de la autora para prologar la cuarta edición
de su Curso de Direito Marítimo. Lo hago por tres motivos principales.
En primer lugar porque es de justicia, aunque innecesaria, presentar a los lectores de
habla hispana a la profesora Eliane Maria Octaviano Martins. En segundo lugar por ser de
justicia, necesaria, proclamar la importante contribución de la doctrina académica brasi-
leña más autorizada al desarrollo del Derecho marítimo. Y en tercer lugar porque es justo, y
conveniente, respaldar y difundir una obra que permite seguir de cerca la evolución del or-
denamiento marítimo en uno de los países con mayores cotas de desarrollo económico ac-
tualmente. En definitiva, resulta imposible declinar una invitación semejante.
La profesora Eliane Octaviano tiene acreditado un curriculum vitae extraordinario.
Master por la Universidad Estatal Paulista Julio de Mesquita y Doctora por la Universidad
de São Paulo, es en la actualidad la titular de la cátedra en Derecho marítimo y portuario
en el Curso de Doctorado en la Universidad Católica de Santos, e invitada frecuente en un
sinfín de otras universidades brasileñas donde, además, imparte cursos de Derecho econó-
mico internacional y Derecho empresarial.
Miembro titular de las asociaciones jurídicas más reconocidas en el continente iberoame-
ricano (iidm, ila, abdm, feiei, entre otras), es autora de una prolífica obra escrita que sobre-
pasa los doscientos títulos. Pero su obra principal son los dos tomos que componen este Curso
de Direito Marítimo, cuya primera edición vio la luz en el año 2005 y la tercera en el 2008. Ade-
más, es colaboradora corresponsal en Brasil del Anuario de Derecho Marítimo, en cuyo vol.
XXVIII publicó “Una visión del derecho marítimo brasileño contemporáneo” (pp. 311 a 334).
Estas breves referencias permitirán al lector comprender mejor lo superfluo de esta pre-
sentación a modo de prólogo, y explicar, por otra parte, lo innecesario de presentar a una
personalidad relevante en el mundo académico, aunque no esté de más recordarlo.
La segunda razón que justifica estas líneas tiene relación con la decisiva aportación de
la profesora Octaviano al desarrollo y consolidación del Derecho marítimo brasileño. A mi
juicio, este apartado sí es necesario destacarlo. Un repaso de la bibliografía brasileña sobre
la materia nos descubre que ha sido necesario el transcurso de 30 años para que, por fin,
XVIII  Curso de Direito Marítimo    Volume I  Teoria Geral
n

se reescribiera el Derecho marítimo brasileño. Lo digo porque hay que remontarse a la hoy
superada obra de J.C. Sampaio de Lacerda, titulada Curso de Direito Privado da Navegação,
vol. I, Direito Marítimo, Rio de Janeiro, 1984, 3ª edición al cuidado de Aurelio Pitanga Sei-
xas Filho, para encontrar un libro parangonable al que hoy presentamos. A este respecto
conviene hacer dos precisiones.
Por un lado, salir al paso del equívoco de entender que la bibliografía brasileña sobre
la materia ha estado huérfana de todo tratamiento. Tal afirmación no sería rigurosamente
cierta. Porque desde la obra del citado Sampaio de Lacerda se han publicado algunos títulos
de naturaleza general, llámense manuales, cursos o compendios. Pero ninguno de ellos reú-
ne la extensión, profundidad, método, sistema y claridad expositiva de las dos obras citadas.
Por otro lado, afirmar que la concepción y, por tanto, planteamiento, del curso de la
profesora Eliane Octaviano es de rabiosa actualidad. Lo digo, no porque coincidamos en el
mismo concepto: ambos entendemos el Derecho marítimo como “el conjunto de las rela-
ciones jurídicas que nacen o se desarrollan con el mar”, y por tanto, la exposición de la ma-
teria debe incluir tanto el denominado derecho del mar o de los océanos, el tradicional de-
recho internacional público marítimo, como el conocido como derecho privado comercial
marítimo, el derecho marítimo en sentido estricto. Esta concepción, que se va abriendo bre-
cha entre la doctrina más autorizada, exige analizar en los libros institucionales una mate-
ria ciertamente mucho más extensa que la tradicional, reducida, bien al derecho del mar, l 1
Prefácio XIX

brasileños denominan Pré-sal. Se trata de las reservas de petróleo que se encuentran a una
profundidad superior a los 7.000 metros, bajo una extensa capa de sal, motivo por el cual se
la denomina área de camada o zona Pré-sal, situada en la plataforma continental brasileña.
Según los geólogos marinos, la capa de sal de la zona conserva la calidad del petróleo,
situando el producto en la gama alta, equiparable al mejor producido en Oriente Medio.
Las estimaciones prudentes calculan el equivalente a 1,6 trillones de metros cúbicos de gas
y petróleo, y a partir del año 2017 se espera una producción diaria de más de 1.300.000 bar-
riles de petróleo. Brasil pasará a ser la cuarta mayor reserva petrolífera del mundo y podrá
convertirse en una gran potencia mundial.
La respuesta del Derecho a tamaño reto social no puede esperar y, consecuentemen-
te, el Derecho marítimo brasileño evoluciona rápidamente, presionado tras el reciente des-
cubrimiento de reservas de petróleo en la zona de Pré-sal. Especialmente en lo referente al
régimen jurídico de los espacios marinos, la explotación de los fondos, los contratos que se
anudan a esa utilización, el transporte, los servicios portuarios, el seguro y el derecho mari-
no medioambiental. Es decir, todas las instituciones que integran el Derecho marítimo, pú-
blico y privado, nacional e internacional, tienen cita en ese encuentro. Es decir, el Derecho
marítimo tal y como lo concibe la autora y que se ofrece en esta obra al beneplácito del lector.
Para terminar quisiera recordar que, paradójicamente, Brasil es uno de los países rea-
cios a la ratificación de los Convenios internacionales marítimos. No creo equivocarme si
afirmo que Brasil viene practicando una política ajena a la ratificación, y consiguiente in-
corporación a su ordenamiento interno, de buena parte de los instrumentos unificadores
referidos al Derecho marítimo mercantil. Me refiero, entre otros, al de competencia civil en
materia de abordaje, embargo preventivo de buques por créditos marítimos, protocolos de
reforma sobre responsabilidad civil y constitución del fondo de limitación para la respon-
sabilidad civil por daños de hidrocarburos, lucha contra la contaminación del mar por sus-
tancias nocivas y peligrosas, responsabilidad por contaminación de combustible, código de
conducta de conferencias marítimas, privilegios e hipotecas marítimos, transporte maríti-
mo de mercancías, transporte marítimo de sustancias nucleares, transporte de personas,
transporte multimodal, registro de buques, patrimonio cultural sumergido y limitación de
la responsabilidad del naviero por créditos marítimos.
Ante ese panorama, parece legítimo preguntarse si no habrá llegado el momento para
que Brasil abandone esa política legislativa autárquica y se sume a la corriente unificadora.
Pues unificación no significa avalar sin más los textos uniformes, sino trabajar también en
favor de su reforma, pero sin renunciar al objetivo de la unificación marítima supranacional.
No me queda sino felicitar efusivamente a la autora y desearle que el colosal esfuerzo
desplegado en esta obra tenga la compensación de seguir actualizándola durante muchos
años. Y que nosotros podamos verla.

Prof. Ignacio Arroyo Martínez


Catedrático en la Universidad Autónoma de Barcelona
Presidente de la Asociación Española de Derecho Marítimo

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