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Desde 1990 no Brasil vem sendo executada medidas no campo educacional muitas das

quais implicam na atuação dos governos estaduais e seus papéis na implementação e


administração da oferta da educação básica pública. O investimento na educação
brasileira vem sendo feita através de recursos advindos dos estados, municípios e da
União sendo gerenciados e redistribuídos pelo Fundeb, criado em dezembro de 1996
após a extinção do Fundef. Apesar do esforço democrático para proporcionar educação
aos estados com baixa arrecadação nem todo o alunado possui um ensino igual e de
qualidade. Segundo Anderson, 2005,um grande volume de recursos destinados à
educação suscita questões relativas à eficácia dos investimentos neste setor e impõe
uma aferição cada vez mais detalhada da qualidade da educação oferecida.

No final dos anos 80 indicadores revelavam os altos índices do fracasso escolar e uma
das questões debatidas era a não existência de dados sobre o desempenho dos alunos.
Após realizações prévias de pesquisas e avaliações, em 1993 o Ministério da Educação
articulado com as Secretarias Educacionais põe em ação o SAEB - primeira iniciativa
brasileira de avaliação externa ou avaliação em larga escala-, tendo como base provas
objetivas e questionários informativos. Em 1995 a Teoria da Resposta ao Item é
adotada, segundo especialistas as informações eram mais seguras e havia condições de
comparabilidade em escala o que não se tinha antes.

As avaliações se transformam no eixo central das ações políticas educacionais, inclusive


a nível federal vinculando financiamentos de programas aos resultados do (IDEB)
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Este criado em 2007, funciona como
indicador nacional o que viabiliza o acompanhamento da qualidade da educação pela
população através de dados que permitem a mobilização da sociedade na busca por
melhorias. Ele se compõe do fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações
nacionais (Gatti,2014), sendo calculado para o ensino fundamental nos anos iniciais (1º
ao 5º ano),anos finais (6 º ao 9º) e médio. Ao ser implementado o IDEB passou a
servir para que as Secretarias de Educação e escolas tendo um parâmetro de seu
desempenho, redirecionem suas ações a partir deste indicador e com isso elaborem
estratégias educativas com vistas a sua melhoria ( Lobo, 2014).

A necessidade por maiores informações referentes aos resultados dos sistemas escolares
tem sido atendida pela implementação de políticas de responsabilização. - O modelo de
accountability que implícito ao IDEB aproxima-se dos pressupostos das novas formas
de gestão dos serviços públicos, disseminadas nos países ocidentais - pelas quais as
informações sobre trabalho das escolas tornam-se públicas além de considerar
responsáveis pelos níveis de desempenho atingido pela instituição os gestores e
co-responsáveis os membros da equipe escolar.
Referência Bibliográfica

BROOKE, N . O FUTURO DAS POLÍTICAS DE RESPONSABILIZAÇÃO


EDUCACIONAL NO BRASIL , p. 2, 2006.

Lobo G.M.O - A POLÍTICA DE AVALIAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO


EDUCACIONAL: EFEITOS NAS PRÁTICAS ESCOLARES, p. 1-2, 2014

MP Schneide , O IDEB e a construção de um modelo de accountability na educação


básica brasileira, 2014.

O que é o Ideb? <http://www.ebc.com.br/educacao/2014/09/o-que-e-o-ideb>


Acesso em:19 abril, 2018

Avaliação Externa- Disponível em: < http://www.portalavaliacao.caedufjf.net/pagina-


exemplo/tipos-de-avaliacao/avaliacao-externa> Acesso em: 26 abril.2018

Ideb - Apresentação http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-basica/programas-


e-acoes?id=180 Acesso em: 26 abril.2018

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