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Apostila Teórica de
Química Geral
Ciências Biológicas
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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
Ciências Biológicas -1º período - Química Geral – Ana Claudia S. de Almeida
1. SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 1
2. FUNÇÕES QUÍMICAS 4
3. SOLUÇÕES 11
4. ÁTOMO 14
5. ÉLETRONS 18
6. PERIODICIDADE QUÍMICA 34
7. LIGAÇÕES QUÍMICAS 40
8. OXIDAÇÃO E REDUÇÃO 47
9. EQUILÍBRIO QUÍMICO 50
10. SOLUÇÕES AQUOSAS: EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE 54
11. SOLUÇÃO TAMPÃO 58
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Ciências Biológicas -1º período - Química Geral – Ana Claudia S. de Almeida
I- INTRODUÇÃO
Química é a ciência que estuda os materiais que constituem a natureza, sua composição e
preparação, as transformações que sofrem, as energias envolvidas nesses processos e a produção de novos
materiais. A química está presente em todas as atividades humanas. Muitas vezes informações imprecisas,
como “este alimento não contém química”, ou alarmistas, como “a energia nuclear mata”, levam o
homem à “Ter uma visão distorcida” da Química. É necessário, portanto, fazer uma análise dos benefícios
e malefícios que essa ciência traz.
Você já parou e analisou sobre alguns problemas que ocorrem no meio ambiente e começou a
questionar o por quê? Como por exemplo:
• Qual a influência da chuva ácida e como ocorre;
• A destruição da camada de ozônio;
• Efeitos causados pelo uso de alguns herbicidas e pesticidas;
• Uso de produtos não biodegradáveis;
• Aumento da concentração de CO2 e outros gases na atmosfera provocando o efeito estufa e
conseqüentemente aumentando o nível dos oceanos;
• Como cuidar dos rejeitos industriais, antes de jogar nos rios;
• É aconselhável ou não utilizar alguns elementos radioativos para tratamento de saúde,
esterilização de alimentos, pesquisas arqueológicas, etc.
Esses questionamentos levam algumas pessoas estudarem a Química a fim de satisfazer suas
próprias curiosidades ou pura e simplesmente compreender melhor a realidade física presente no nosso
universo. É impossível imaginarmos um mundo privado de combustíveis, medicamentos, fertilizantes,
pigmentos, alimentos, plásticos,etc.
Os problemas que podem surgir dependem da forma de produção e aplicação desses produtos, e o
homem, como articulador, deve estar consciente de seus atos. Vamos então buscar conhecimentos na
Química e exercitar o pensar para melhor aproveitamento dessas informações.
ESTADOS DA MATÉRIA
A matéria pode existir em três estados: sólido, líquido, e gás. No estado sólido conserva o seu
volume e sua forma, portanto não dependem do tamanho e da forma de seu recipiente. No estado líquido
conserva seu volume, mas adquire a forma de seu recipiente. No estado gasoso o volume e a forma são
variáveis, isto porque os gases se expandem e adquirem a forma do recipiente os quais foram colocados.
Os gases e os líquidos podem fluir, podem ser chamados de fluidos.
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ELEMENTOS E COMPOSTOS
Elemento é uma substância simples, fundamental e elementar, que não pode ser separado ou decomposto
em substâncias mais simples. Exemplos de elementos: sódio, bromo, cloro,, oxigênio, urânio,e outros. Os
elementos são representados por símbolo químico.
Compostos são constituídos de dois ou mais elementos combinados em uma relação definida, são
substâncias mais complexas do que os elementos e podem ser decompostos Exemplos de compostos:
cloreto de sódio (sal de cozinha), dióxido de carbono, ácido acético (vinagre), água. Os compostos são
representados por fórmulas químicas.
FASES
É uma região distinta e definida, na qual todas as propriedades são as mesmas.
Ex.: água pura 1fase
água + gelo 2 fases
água + óleo 2 fases
SUBSTÂNCIA
Todo o tipo de matéria que apresenta características próprias. Exemplos: água, cloreto de sódio,
sacarose (açúcar comum), cloro, etc. Cada substância pode ser caracterizada pelo conjunto de átomos
unidos numa determinada proporção, esse conjunto é denominado molécula ou, conforme o caso retículo
cristalino. Apresentam uma composição definida, não pode ser separada por processos físicos, apresenta
temperatura constante durante a mudança de estado. De acordo com os elementos formadores das
substâncias, estas podem ser:
• Simples: quando formadas por átomos de um só elemento químico. Exemplos: oxigênio (O 2), ozônio
(O3), hidrogênio (H2),etc.
• Composta: quando formadas por átomos de dois ou mais elementos químicos. Exemplos: água
(H2O), ácido sulfúrico (H2SO4), vinagre (CH3COOH), etc.
MISTURAS
É um sistema formado por duas ou mais substâncias. Apresenta composição variável, podem ser
separadas por processos físicos, temperaturas variáveis durante a mudança de estado. São classificadas
em:
• Homogêneas: apresenta uma única fase, podem também ser chamada de monofásica. São separadas
por processos físicos, tais como: cristalização, destilação, liquefação fracionada e fusão fracionada.
Exemplos: água salgada, gasolina, ar, água e álcool, etc.
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• Heterogêneas: apresentam duas ou mais fases bem distintas, podem também se chamadas de bifásica,
trifásica, depende de quantas fases existem na mistura. São separadas por processos mecânicos, tais
como peneiração, separação magnética, filtração (simples ou a vácua), levigação (em que corpos mais
densos são separados pelo arraste causado por um líquido que leva os corpos menos densos),
decantação (que utiliza a deposição conforme a densidade), centrifugação, que explora a decantação
com auxílio mecânico, e outros. Exemplos: pó de carvão na água, óleo na água, sangue, óleo + água +
gelo, etc.
MOLÉCULAS
É composta de partículas que consistem em dois ou mais átomos ligados quimicamente um com
outro. Eles estão presos através de fortes ligações.
Água Amônia
Massa Atômica
Uma importante propriedade do átomo, portanto é a massa do átomo.
Unidade de medida, abreviada µ Dalton
Massa Molecular
É a massa de uma molécula, ou seja, a soma das massas dos átomos componentes.
Massa de Fórmula
Soma das massas de átomos representada em qualquer fórmula, podendo ser empírica ou
molecular.
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Estequiometria
É a relação entre a fórmula de um composto e a proporção de seus elementos constituintes. Pode ser:
*Qualitativamente fórmula substância
*Quantitativamente fórmula molécula, nº átomos, fórmula unitária
Análise Elementar
Através da fórmula empírica ou molecular, podem-se determinar as análises elementares de um
composto, podendo também conhecer sua composição percentual em massa.
Mol
Um único átomo é tão pequeno que, para que uma amostra possa ser vista e manipulada, esta precisa
consistir em um enorme número de átomos. Por essa razão, é necessário especificar um número total de
átomos em uma amostra, não como átomos individuais, mas, preferencialmente em termos de “pacote”
consistindo em um certo número de átomos, do mesmo modo que indicamos o número de ovos em uma
cartela por dúzia. A “dúzia química” é, entretanto, um número grande.
Número de Avogadro
È um valor fixado, ou seja, qualquer elemento apresenta 6,02x1023 átomos. Vamos tomar como exemplo
o oxigênio, este apresenta massa atômica 16µ. Agora, considere um número grande do átomo oxigênio,
lembrando que a massa do grupamento inteiro é 16 gramas. O número de átomos desse grupo será
enorme: 6,02X1023 átomos. A massa do oxigênio é pequena, e assim deve-se ter um número grande de
átomos em 16 gramas. Resumindo o átomo de oxigênio apresenta uma massa de 16µ, e um grupo ou
coleção de 6,02X1023 átomos de oxigênio que tem uma massa de 16 gramas.
II – FUNÇÕES QUÍMICAS
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2.1.1.Hidrácidos.
Observe a fórmula dos seguintes ácidos: ácido iodídrico, HI; ácido sulfídrico, H2S; ácido clorídrico,
HCl.
Observe que esses ácidos não possuem átomos de oxigênio. Os hidrácidos são, portanto, os ácidos que
possuem átomos de hidrogênio.
2.1.2.Oxiácidos
Considere agora os seguintes ácidos: ácido carbônico, H2CO3; ácido sulfúrico, H2SO4; ácido nítrico,
HNO3. Como você pode percebe, esses ácidos apresentam átomos de oxigênio. Os oxiácidos são,
portanto, ácidos que possuem átomos de oxigênio.
2.1.3.Nomenclatura
O nome do ânion sofre alteração em sua terminação
de eto para ídrico
de ato para ico
de ito para oso
Ácido + nome do ânion alterado
Exemplos:
Br- brometo HBr ácido bromídrico
NO3- nitrato HNO3 ácido nítrico
-
NO2 nitrito HNO2 ácido nitroso
2.2.Função de base
Vamos considerar as seguintes substâncias: hidróxido de sódio ou soda cáustica, NaOH; hidróxido
de cálcio ou cal de pintura, Ca(OH)2; hidróxido de potássio, KOH.
Como você pode notar, estas substâncias tem em sua estrutura química o radical OH -. Elas são
denominadas bases ou hidróxidos.
Assim, podemos definir a função base da seguinte forma:
Função base é o grupo de compostos que em solução aquosa se dissociam em íons, sendo o íon
negativo o radical OH- (hidroxila ou hidróxido).
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2.3.Função sal
Considere as substâncias: cloreto de sódio, NaCl; iodeto de cálcio, CaI2; sulfato de potássio
K2SO4; nitrato de sódio, NaNO3.
Todas as substâncias constituídas por um cátion diferente de H+ combinado ionicamente com um
ânion diferente de OH- são denominados sais.
Podemos então definir a função sal da seguinte forma:
Função sal é o grupo de substâncias iônicas que possuem um cátion diferente de H+ e um ânion
diferente de OH-.
Os sais apresentam as propriedades relacionadas abaixo:
• Tem sabor salgado. O cloreto de sódio, por exemplo, é uma substância que apresenta essa
propriedade.
• Conduzem bem a eletricidade, quando em solução.
• São obtidas pelas reações de ácido com bases. Essa reação é denominada de reação
neutralização ou de salificação.
Os sais são classificados em dois tipos: oxigenados e não-oxigenados.
Sais oxigenados: são os sais que contem oxigênio em sua fórmula. Exemplos: sulfato de
potássio, K2SO4; carbonato de cálcio, CaCO3.
Sais não oxigenados: são os sais que não contem oxigênio em sua fórmula. Exemplos: cloreto
de sódio, NaCl, iodeto de cálcio, CaI2, sulfeto ferroso, FeS.
2.3.1. Nomenclatura
Na nomenclatura dos sais usa-se o nome do ânion seguido do nome do cátion. Quando necessário,
sua valência é indicada é indicada por meio dos numerais romanos ou dos sufixos OSO e ICO.
(Consulte a tabela de cátions e ânions)
Exemplos:
NaCl cloreto de sódio
Na2S sulfeto de sódio
NiBr3 brometo de níquel III ou brometo niquélico
NiBr2 brometo de níquel II ou brometo niqueloso
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2.4.1.Nomenclatura:
Exemplo:
Exemplo:
FeO –
Óxido de
prefixo prefixo Nome do elemento
Exemplo:
• Óxidos ácidos ou anidridos: reagem com água, formando ácido, ou reagem com base, formando
sal e água. São óxidos formados por elementos que possuem alta eletronegatividade como os
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ametais ou, ainda, são aqueles formados por metais de baixa eletropositividade e nox alto. São
óxidos acentuado caráter covalente.
• Óxidos básicos: reagem com água, formando base, ou reagem com ácido, formando sal e água.
São óxidos formados por metais que possuem baixa eletronegatividade e, portanto, alta
eletropositividade . São óxidos de acentuado caráter iônico. O nox do elemento ligado ao oxigênio
é baixo: 1+,2+,3+.
• Óxidos neutros: não reagem com água, ácido ou base, não possuem caráter básico nem caráter
ácido, são todos covalentes.
• Óxidos anfóteros: ora se comportam como base, ora se comportam como ácido. São óxidos de
caráter intermediário entre iônico e o covalente. São formados por elementos de
eletronegatividade média, que podem ser metais ou semimetais.
• Óxidos mistos: comporta-se como se fossem formados por dois outros óxidos. Apresentam
fórmula geral E3O4(em que E é um metal genérico), formados teoricamente pela associação de
dois óxidos diferentes do elemento E
Exemplos:
• Peróxidos: Reagem com água, produzindo base e peróxido de hidrogênio (H2O2) e reagem com
ácido, produzindo sal e peróxido de hidrogênio. São compostos que apresentam a seguinte
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estrutura: (-O1--O1--)2-, na qual cada oxigênio possui nox igual a 1-. Os elementos que formam
peróxidos são: hidrogênio, metais alcalinos, metais alcalino-terrosos, família IB da tabela
periódica, principalmente a prata, e família IIB da tabela periódica, principalmente o zinco.
Exemplos: H2O2, Na2O2, MgO2, Ag2O2, ZnO2. De todos os peróxidos, apenas o H2O2 é molecular; os
demais são iônicos.
Nomenclatura: peróxido + de + nome do elemento
TABELA DE CÁTIONS
MONOVALENTES BIVALENTES TRIVALENTES TETRAVALENTES
Li+ Al3+
Na+ Mg2+
K+ Ca2+ Bi3+
Rb+ Sr2+ Cr3+
Cs+ Ba2+
NH4+ amônio Zn2+
Cd2+
Ag+
Cu+ cuproso Cu2+ cúprico
Hg+ (Hg22+) mercuroso Hg2+ mercúrico
Au+ auroso Au3+ áurico
Fe2+ ferroso Fe3+ férrico
H+ Co2+ cobaltoso Co3+ cobáltico
Ni2+ niqueloso Ni3+ niquélico
Sn2+ estanoso Sn4+ estânico
Pb2+ plumboso Pb4+ plúmbico
Mn2+ manganoso Mn4+ mangânico
Pt2+ platinoso Pt4+ platínico
TABELA DE ÂNIONS
III SOLUÇÕES
As partículas dispersas:
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Na suspensão:
sólidas
o
líquidas
o
gasosas
o
eletrolíticas ou iônicas: o soluto é formado por uma substância iônica ou ionizável. exemplo: soluções aquosas de ácidos, bases e sais.
o
Essas soluções denominam-se eletrolíticas, pois são condutoras de corrente elétrica.
não-eletrolíticas ou moleculares: as partículas do soluto são moléculas que não se carregam eletricamente. Exemplo: solução aquosa de
o
glicose ou sacarose. essas soluções são não-eletrolíticas, pois não conduzem corrente elétrica.
diluída: a quantidade de soluto na solução é considerada pequena. Tem-se como parâmetro que as soluções diluídas são aquelas que
o
possuem no máximo um décimo de mol (0,1mol) de soluto por litro de solução. Exemplo: Sabendo que a massa molar do NaCl é
58,5g/mol, toda solução de NaCl que tiver 5,85g de NaCl por litro de solução ou menos que isso é considerada diluída.
concentrada: a quantidade de soluto na solução é considerada grande. Tem-se como parâmetro que as soluções concentradas são
o
aquelas que possuem mais que um décimo de mol de soluto por litro de solução. Exemplo: Soluções aquosas de NaCl que apresentam
mais de 5,85g de NaCl por litro de solução são consideradas concentradas.
insaturada: uma solução é dita insaturada quando contém, a uma determinada temperatura, uma quantidade de soluto inferior ao
o
coeficiente de solubilidade nessa temperatura. Exemplo: Será insaturada toda solução de NaCl e água que contiver a 50ºC uma
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quantidade inferior a 37,0g de NaCl por 100g de água. graficamente pode-se observar que todos os pontos do gráfico que estão abaixo
da curva de solubilidade indicam soluções insaturadas.
saturada: uma solução é dita saturada quando contém, a uma determinada temperatura, uma quantidade de soluto dissolvido
o
exatamente igual ao coeficiente de solubilidade nessa temperatura. A solução saturada pode ou não apresentar precipitado (corpo de
fundo). Exemplos: a) uma solução de NaCl e água a 50ºC, que contém exatamente 37,0g de NaCl por 100g de água, será saturada sem
presença de precipitado; b) uma solução de NaCl e água a 50ºC, com 39,0g de NaCl por 100g de água, será saturada com presença de
precipitado, isto é, 37,0g se dissolvem totalmente em 100g de água e 2,0g precipitam para o fundo do recipiente. Graficamente, todos
os pontos do gráfico que estão na curva de solubilidade indicam soluções saturadas sem presença de precipitado. Os pontos que estão
acima da curva de solubilidade indicam soluções saturadas com presença de precipitado (sistemas bifásicos)
supersaturada: uma solução é supersaturada quando contém, a uma determinada temperatura, uma quantidade de soluto dissolvido
o
superior ao coeficiente de solubilidade da substância nessa temperatura. A solução supersaturada é instável e a mínima perturbação do
sistema faz com que ela se torne uma solução saturada com presença de precipitado. Exemplo: a solução supersaturada pode ser
preparada da seguinte forma: dissolvem-se 39,0g de NaCl em 100g de água a 100ºC, obtendo-se assim uma solução insaturada. Deixa-
se o sistema em repouso absoluto até 50ºC. O resultado é uma solução supersaturada, contendo 2,0g de NaCl dissolvidos, acima do
coeficiente de solubilidade nessa temperatura. Submetendo-se o sistema nessas condições a qualquer perturbação, ou acrescentando-se
ao sistema um cristal de NaCl, por menor que seja, imediatamente os 2,0g em excesso se precipitam para o fundo do recipiente.
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Diluição e titulação
Diluição é uma operação em que se acrescenta solvente à solução. A quantidade de soluto permanece constante.
Titulação é uma operação de laboratório através da qual se determina a concentração de uma solução A medindo-se o volume de uma solução B
de concentração conhecida, que reage completamente com um volume conhecido da solução A.
Colóides
Estado coloidal - A passagem de sol a gel é reversível. As partículas dispersas têm película de solvatação, que estabiliza o colóide.
Exemplos: proteínas em água, amido em água, gelatina em água e a maioria dos colóides naturais.
Colóide irreversível ou liófobo ou hidrófobo - os processos vitais estão associados ao estado coloidal.
IV-ÁTOMO
Cronologia
450 a.C. - Leucipo
A matéria pode se dividir em partículas cada vez menores.
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Modelo atômico fundamentado na teoria dos quanta e sustentado experimentalmente com base na
espectroscopia. Distribuição eletrônica em níveis de energia. Quando um elétron do átomo recebe
energia, ele salta para outro nível de maior energia, portanto mais distante do núcleo. Quando o
elétron volta para o seu nível de energia primitivo (mais próximo do núcleo), ele cede a energia
anteriormente recebida sob forma de uma onda eletromagnética (luz).
1916 - Sommerfeld
Modelo das órbitas elípticas para o elétron. Introdução dos subníveis de energia.
1920 - Rutherford
Caracterização do próton como sendo o núcleo do átomo de hidrogênio e a unidade de carga
positiva. Previsão de existência do nêutron.
1924 - De Broglie
Modelo da partícula-onda para o elétron.
1926 - Heisenberg
Princípio da incerteza.
1927 - Schrödinger
Equação de função de onda para o elétron.
1932 - Chadwick
Descoberta do nêutron.
Conclusão: A matéria é eletricamente neutra, seus átomos são neutros, a saída de partículas
elétricas só ocorrerá se sofrer divisão. Logo o átomo é divisível.
* 1897 - Átomo de Thomson
Tentando explicar esses fenômenos, o cientista Thomson propôs um novo modelo atômico,
onde sugeriu que o átomo é uma esfera positivamente recheada pelos elétrons de carga negativa. Com
isso começa a admitir a divisibilidade do átomo e a natureza elétrica da matéria.
-
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- - -
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A
X
Z
A=Z+n
• Se um elétron recebe energia suficiente, ele pula para uma camada mais externa; dizemos que
passou para um estado excitado (estado ativado).
• No estado excitado, o elétron tende a voltar para a camada de origem, devolvendo a energia
recebida na forma de energia radiante, principalmente luz.
V- ELÉTRONS
Eletrosfera- distribuição eletrônica com base em níveis e subníveis.
Carga elétrica
Natureza Valor relativo Massa relativa
Próton Positiva +1 1
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Camadas eletrônicas
camada
K L M N O P Q
núcleo 1 2 3 4 5 6 7
nível
K L M N O P Q
2 8 18 32 32 18 2
Subníveis de energia
Subnível s p d f
Subnível 1s 2s 2p 3s 3p 3d 4s 4p 4d 4f 5s 5p 5d 5f 6s 6p 6d 7s
1 2 3 4 5 6 7
Nível
K L M N O P Q
1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p 5s 4d 5p 6s 4f 5d 6p 7s 5f 6d
Os subníveis são preenchidos sucessivamente, na ordem crescente de energia, com o número máximo de
elétrons possível em cada subnível. (Regra de aufbau)
Os números quânticos indicam a energia do elétron no átomo e a região de máxima probabilidade de se
encontrar o elétron.
O número quântico principal (n) indica o nível de energia. Varia de n = 1 a n = , respectivamente, no
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K L M N O P Q
1 2 3 4 5 6 7
O número quântico secundário ou azimutal ( )indica a energia do elétron no subnível. Nos átomos
conhecidos, no estado fundamental, há quatro subníveis, representados por s, p, d, f, em ordem crescente
de energia.
Subnível s p d f
Orbitais
Os subníveis são formados de orbitais. Orbital é a região da eletrosfera onde há maior probabilidade de
estar localizado o elétron do átomo. O número máximo de elétrons em cada orbital é 2.
A cada orbital foi atribuído um número quântico magnético (m) cujo valor varia de - a + , passando por
zero.
subnível f sete orbitais f (-3) (-2) (-1) (0) (+1) (+2) (+3)
O orbital s tem forma esférica. Os orbitais p têm forma de duplo ovóide e são perpendiculares entre si
(estão dirigidos segundo três eixos ortogonais x, y e z.
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L = 0
1s
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2s
3s
4s
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L = 1
2px
2py
2pz
3px
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3py
3pz
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4py
4pz
L = 2
3dz2
3dyz
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3dxz
3dxy
3d 2
x -y2
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4d z
2
4d yz
4d xy
4d xz
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4d 2
x -y 2
L = 3
4f 3
z
4f xz2
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4f yz2
4f xyz
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4f 2 2
z(x -y )
4f 2 2
x(x -3y )
4f 2 2
y(3x -y )
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ORBITAIS ATÔMICOS
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O número quântico spin: é representado por s ou ms, indicando o sentido de rotação do elétron em torno
do eixo. O sentido pode ser horário +1/2 ou anti-horário -1/2. A representação dos elétrons no orbital faz-
se por meio de setas que indicam o spin.
Seta ascendente ↑ spin -1/2
Seta descendente ↓ spin +1/2
Em um mesmo átomo, não existem dois elétrons com quatro números quânticos iguais.
Como conseqüência desse princípio, dois elétrons de um mesmo orbital têm spins opostos.
Um orbital semicheio contém um elétron desemparelhado; um orbital cheio contém dois elétrons
emparelhados (de spins opostos).
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Regra de Hund
Ao ser preenchido um subnível, cada orbital desse subnível recebe inicialmente apenas um elétron;
somente depois de o último orbital desse subnível ter recebido seu primeiro elétron começa o
preenchimento de cada orbital semicheio com o segundo elétron.
VI PERIODICIDADE QUÍMICA
Histórico
• 1864 Meyer elaborou uma tabela baseando-se principalmente nas propriedades físicas dos
elementos
• 1869 expandiu sua tabela para mais 50 elementos
• 1871 Mendeleev sugeriu uma tabela em que colocava os elementos químicos em ordem crescente
de suas massas atômicas, agrupando-os de acordo com suas propriedades físicas e químicas. Nela, os
elementos eram distribuídos horizontalmente de tal forma que as colunas formadas (grupos)
apresentavam elementos de propriedades semelhantes. Assim, obteve 8 grupos e 12 linhas. Com esta
tabela Mendeleev previu que faltavam elementos que poderiam ser descobertos, por isso, existia
algum espaço vazio. Um desses elementos descobertos foi gálio e germânio.
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*De acordo com a distribuição eletrônica, os elementos químicos podem ser classificados em:
• representativos: são elementos cuja distribuição eletrônica termina em s ou p.
Ex.: 12Mg: 1s22s22p63s2
Si: 1s22s22p63s23p2
14
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4s13d10
Observação: Não confundir elétron de maior energia, neste caso 3d7 com elétron mais
externo, neste caso deve observar o nível (camada) 4s2
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4. Nos Grupos cuja a soma é 11 e 12, os elementos têm o subnível d completo e pertencem
aos grupos 1B e 2B
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Propriedades periódicas
Propriedades aperiódicas - Os valores somente crescem ou decrescem à medida que aumenta o número
atômico. Exemplos:massa atômica e calor específico.
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d=m/V
É a energia necessária para remover
um elétron do átomo do elemento m = massa do átomo-grama
químico no estado gasoso. V = volume ocupado pelo átomo-grama, que
depende do tamanho do átomo.
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V = m/d
Passagem do estado físico sólido para o
m = massa do átomo-grama estado líquido do elemento químico.
d = densidade do elemento
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FAMÍLIAS 1A 2A 3A 5A 6A 7A
Nº de elétrons na camada 1e 2e 3e 5e 6e 7e
de valência
Metais (perdem elétrons) Não-metais(ganham elétrons)
Cátion (+1, +2, +3) Ânion (-3, -2, -1)
Exemplo ..
x
.. . Cl : -
Na . Cl : Na [ x .. ] Na+Cl- ou NaCl
+
..
2) Ligação entre Li e O
Li 1s22s1
3 3 Li+ 1s2 (perde 1 elétron)
Li 1s22s1
3 3 Li+ 1s2 (perde 1 elétron)
O 1s22s22p4
8 O-2 1s22s22p6 ( ganha 2 elétrons)
8
Li+Li+O-2 ou Li2O
Esquema de Lewis
.. -2
+
Li x O : Li ..
.. xO :
Li x + x ..
Li
43
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3) Ligação entre Ca e Cl
20 Ca 1s22s22p63s23p64s2 20 Ca++ 1s22s22p63s23p6 (perde 2 elétron)
17 Cl 1s22s22p63s23p5 Cl- 1s22s22p63s23p6 (ganha 1 elétron)
17
Ca++Cl-Cl- ou CaCl2
Esquema de Lewis
..
. Cl : -
x .. ++ . ..
Ca x .. Ca x Cl :
. Cl : 2 ..
..
4) Ligação entre H e Na
11 Na 1s22s22p63s1 11 Na+........1s22s22p6 (perde 1 elétron)
H 1s1
1 1 H- 1s2 (ganha 1 elétron)
Esquema de Lewis
Nax .H +
. -
Na
xH
* Ligação Covalente
Ocorre quando átomos de não-metais ou hidrogênio compartilham pares de elétrons.
Podem ser comum ou dativa.
Ligação Covalente Comum
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O 1s22s22p4
8 seis elétrons falta dois elétrons para atingir a estabilidade
3) Ligação entre H e Cl
H 1s1
1
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Existem compostos moleculares em que o número de átomos presentes não pode ser
explicado considerando-se apenas a ligação covalente comum. Nesse caso, ocorre
compartilhamento de pares de elétrons provenientes de um único átomo. Esse tipo de
ligação recebe o nome de covalente dativa ou coordenada e eqüivale a duas unidades de
valências. Na fórmula estrutural, representa-se a ligação dativa por meio de uma seta.
Exemplos:
1) SO2
Fórmula Eletrônica
xx x . .. xx
xxOx . S : O xx
xx
Fórmula Estrutural
O S O
Fórmula Molecular
SO2
2) CO
C 1s22s22p2 (4 elétrons, Grupo 4A)
6
Fórmula Eletrônica
..
x x.
xC x . O
Fórmula Estrutural
C O
Fórmula Molecular
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CO
Polaridade de Ligações
Ligações Apolares quando se tem uma ligação covalente entre átomos iguais, o par de
elétrons é igualmente atraído pelos átomos da ligação ou podem ocorrer também entre
átomos diferentes que possuam eletronegatividades iguais.
Ex.: H H Cl Cl S C O
Ligações Polares são formado por átomos que apresentam eletronegatividade diferente.
Surgem na molécula regiões com cargas parciais positivas (δ +) e negativa (δ -), que
correspondem respectivamente aos pólos positivo e negativo.
Exemplo.:
O
H H H Cl
Ligação Metálica
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GEOMETRIA MOLECULAR
LIGAÇÕES INTERMOLECULARES
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moléculas ou átomos a também formarem dipolos. São de intensidade fraca. Ex.: H2; N2; O2; I2; Br2; CO2;
BF3; He; Ne; Ar.
Obs.: Na prática as forças intermoleculares podem atuar em conjunto, e a interação entre as moléculas é
calculada pela soma dos diversos tipos de forças intermoleculares atuantes. Por exemplo na água a
principal força de interação molecular são as pontes de hidrogênio, embora também haja interações do
tipo dipolo permanente. Entre as moléculas com interações do tipo dipolos permanentes existem também
interações do tipo forças de Van der Waals.
Reações de Oxi-redução
Antes de entender reações de oxi-redução é necessário introduzir o conceito e a importância do
número de oxidação, vejamos:
*Em composto iônico binário (dois elementos químicos)
O número de oxidação do elemento é a própria carga de seu íon simples.
Exemplo:
Cloreto de sódio (NaCl)
Fórmula iônica: Na+Cl-
Número de oxidação do sódio: +1
Número de oxidação do cloro: -1
Observe que a soma dos números de oxidação de todos os átomos num composto é igual a zero.
*Em composto covalente
O número de oxidação do elemento é a carga que ele adquiriria se houvesse completa separação
dos átomos da molécula, considerando-se que o átomo mais eletronegativo iria receber o par eletrônico da
ligação.
Exemplo:
Ácido clorídrico(HCl)
Fórmula iônica: H+Cl-
Número de oxidação do hidrogênio: +1
Número de oxidação do cloro: -1
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• Íons compostos:
Neste caso (íons compostos), como determinar o número de oxidação do enxofre no íon SO4- ou do
nitrogênio no íon NO3-? Ë o que faremos a seguir, com a ajuda das regras práticas de determinação dos
números de oxidação.
Regras práticas para determinação do número de oxidação (Nox)
OXIDAÇÃO
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Inicialmente, a palavra oxidação referia-se apenas a reações nas quais participava o oxigênio. Por
exemplo, na reação representada pela equação
2Mg +O2 2MgO, dizia-se que , por ter reagido com oxigênio, o magnésio havia sofrido uma
oxidação.
Hoje em dia, o conceito ampliou-se a ponto de afirmarmos que um elemento sofre oxidação sem
haver necessariamente presença de oxigênio na reação. Essa ampliação do conceito deve-se à semelhança
eletrônica que há entre as primitivas reações chamadas de oxidação e outras.
.. .. 2-
Mg : + ..O: Mg2+ : ..O :
Na formação do óxido de magnésio, o elemento magnésio transfere dois elétrons para o oxigênio.
Desta maneira, ampliamos o conceito da palavra oxidação, que passa a significar perda de elétrons. O
magnésio sofreu oxidação.
Em contraposição à oxidação, usamos a palavra redução, significando ganho de elétrons. O
oxigênio neste caso sofreu redução.
Oxidação: perda de elétrons
Redução: ganho de elétrons
2Mg + O2 2 MgO
zero zero +2 -2
redução
oxidação
Assim, o magnésio perdeu elétrons e seu número de oxidação aumentou. O oxigênio ganhou
elétrons e seu número de oxidação diminuiu.
REAÇÕES DE OXI-REDUÇÃO
São as que se processam com variação do número de oxidação de alguns elementos. A oxidação e
a redução sempre ocorrem simultaneamente.
Agente oxidante é a substância que contém o elemento que produz a oxidação, sendo receptor de
elétrons. No exemplo acima, o oxigênio é o agente oxidante.
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Agente redutor é a substância que contém o elemento que produz a redução, sendo portanto o
doador de elétrons. No exemplo acima, magnésio é o agente redutor.
-Equilíbrio Químico: através do gráfico observa-se que no tempo t3 as concentrações dos reagentes e
produtos não mais se alteram com o tempo. Dizemos que a reação atingiu o equilíbrio químico.
CO2(g) + H2(g) CO(g) + H2O(g)
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- Reações Irreversíveis: através do gráfico observa-se que no tempo t0, somente pode ocorrer no sentido
de formação dos produtos
CO2(g) + H2(g) CO(g) + H2O(g)
- Reações Reversíveis: são as que podem ocorrer nos dois sentidos: à medida que os produtos são
formados, também reagem formando os reagentes.( Pode-se observar no gráfico nos tempos t1 e t2 )
PRINCÍPIO DE LE CHÂTELIER
Hemi Louis Le Châtelier (1850-1936) enunciou, em 1884 o princípio de Le Châtelier quando
sistemas em equilíbrio são submetidos a qualquer perturbação exterior, o equilíbrio desloca-se no sentido
contrário de modo a procurar minimizar esta perturbação.
- Fatores que influem as perturbações no equilíbrio:
a) pressão sobre o sistema
b) temperatura
c) concentração
a) Pressão sobre o sistema
Quanto maior é a pressão aplicada sobre o sistema em equilíbrio, maior é o deslocamento para onde
ocorre a contração de volume, este será o lado que contiver menor número de mols de substâncias
gasosas. O inverso ocorre quando a pressão é diminuída.
desloca
Aumento de pressão Menor volume (menor nº de mols)
CONTRAÇÃO
desloca
Diminuição de pressão Maior volume (maio nº de mols)
EXPANSÃO
1
Exemplo: N2 + 3H2 2NH3
2
4 mols
53
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desloca
Aumento de temperatura Absorção de calor
SENTIDO ENDOTÉRMICO
desloca
Diminuição de temperatura Liberação de calor
1 SENTIDO EXOTÉRMICO
Exemplo: N2 (g) + 3H2(g) 2NH3 (g) ∆ H = -26 Kcal
2
O sinal negativo de ∆ H mostra que esta reação é exotérmica no sentido direto. Conseqüentemente
a reação é endotérmica no sentido inverso.
Aquecendo o sistema, há absorção de calor e o equilíbrio desloca-se no sentido inverso (sentido 2)
. Isto provoca aumento das concentrações N2 (g) + H2(g). Resfriando o sistema, isto é, retirando calor, o
equilíbrio desloca-se no sentido direto (sentido 1). Isto provoca aumento nas concentrações de NH3 (g).
c) Concentrações
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desloca
Diminuição de concentração Mesmo lado onde está a
substância
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HA (aq.) + + -
H (aq.) A (aq.)
Ka =
[ H ][ A ]
+ −
[ HA ]
Ka constante de dissociação, pode também ser chamada de Ki que é constante de ionização.
Bronsted- Lowry
A equação de Bronsted-Lowry para a dissociação enfatiza o fato do ácido transferir um próton
para a água.
+ + + -
HA (aq.) H2O (aq.) H3O (aq.) A (aq.)
+
H
Ka =
[ H O ][ A ]
3
+ −
[ HA][ H 2O]
Em soluções diluídas, a concentração de moléculas de água é a mesma do que em água pura, por
isso, considerando constante, o qual, pode ser escrita:
Ka =
[ H O ][ A ]
3
+ −
[ HA ]
A força de um ácido está ligada com o seu grau de dissociação em solução que está ligada com a
constante de dissociação. Quanto menor a constante de dissociação de ácidos fracos, menor será a força
do ácido.
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(b) Bronsted-Lowry
Acético (a) + -
1,8 X 10-5
HC2H3O2 H C2H3O2
Cianídrico + - 4,0 X 10-10
(b) HC 2H3O2 H2O+ - H3O C2H3O2
(a) HCN H + CN
+ -
Hipocloroso (b) HCN + H2O + H- O + CN 3,2 X 10-8
(a) HOCl H + OCl 3
+ -
(b) HOCl + H2O H3O + OCl
Ácidos Monopróticos
São ácidos que apresentam apenas um próton disponível. Exemplos: HCl, HBr, HOCl, etc.
Ácidos Polipróticos
São ácidos que apresentam mais de um próton disponível. Exemplos:
a) H2SO3 chamados de dipróticos
H2SO3 (aq.) +
H (aq.) + HSO3 (aq.)
-
Ka =
[ H ][ HSO ]
+
3
−
1
[ H SO ] 2 3
Ka1 = 1,3 X 10-2
Ka2 =
[ H ][SO ]HSO3-
+ −2
+
H + SO3-2
[ HSO ]
3
−
3 Ka2 = 6,3 X 10-8
b) H3PO4 chamados de tripróticos
+ -
H3PO4 H + H2PO4
Ka1 =
[ H ][ H PO ]
+
2 4
−
- + -2
H2PO4 H + HPO4
[ H ][ HPO ]
+
4
−2
Ka2 =
[ H PO ]2 2
−
Ka2 = 6,3 x 10-8
-2 + -3
HPO4 H +PO4
[ H ][ PO ]
+
4
−3
Ka3 =
[ HPO ] 4
−2
Ka3 = 4,4 X 10-13
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A dissociação de uma base fraca quando colocada em água, também estabelece um equilíbrio
iônico, porém é focalizada na produção de íons OH-.
Kb =
[ B ][OH ]
+ −
[ BOH ]
+ -
BOH B + OH
Arrhenius
+ -
a) NH4OH (aq.) NH4 + OH
Kb =
[ NH ][OH ]4
+ −
[ NH4OH ]
Na dissociação da base fraca de Arrhenius, verifica-se que dissocia em cátions do tipo NH 4+ e
ânions do tipo OH-, porém é importante ressaltar que NH4OH não pode ser isolado como substância pura,
por isso, as moléculas NH4OH não existem, nem em solução.
Bronsted – Lowry
+ -
b) NH3 (aq.) + H2O (aq.) NH4 + OH
Kb =
[ NH ][OH ]4
+ −
Kb = 1,8 X 10-5
[ NH3 ]
Algumas constantes de dissociação de bases fracas (25º)
Base Reação de dissociação (Bronsted-Lowry) Kb
Dissociação da Água
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Kw =
[ H ][OH ]
+ −
[ H 2O ]
Kw (constante de dissociação da água)
A concentração [H2O] permanece praticamente constante. Assim sendo, para descrever o
equilíbrio químico da água fica:
Kw = [H+] [OH-]
A 25ºC, Kw = 10-14
pH e pOH
Para determinar, na prática, a acidez ou a alcalinidade de soluções aquosas diluídas de eletrólitos,
utiliza-se a escala de medidas: pH e pOH.
Define-se pH e pOH por:
pH = -log [H+] pOH = -log [OH-]
Para o meio neutro, sendo [H+] = [OH-] = 10-7 mol/l, resulta:
pH = -log 10-7 pOH = -log 10-7
pH = 7 pOH = 7
Para o meio ácido, as características ácidas predominam sobre as básicas:
[H+] > 10-7 [OH-] < 10-7
pH < 7 pOH > 7
Para o meio básico, a características básicas predominam sobre as ácidas:
[H+] < 10-7 [OH-] > 10-7
pH > 7 pOH < 7
Soluções neutras
Soluções básicas
Soluções ácidas
Aumento da [H+]
Aumento da [OH-]
pH 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
59 13 14
pOH 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
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XI SOLUÇÃO TAMPÃO
Um tampão ou solução tampão é uma solução que sofre apenas pequena variação de pH quando a ela são adicionados
íons H+ ou OH-.
É uma solução que contém um ácido fraco mais sua base conjugada como por exemplo H2CO3 e o HCO3-, ou base
fraca com seu ácido conjugado como por exemplo NH4OH e NH4+, em concentrações aproximadamente iguais.
Observe a tabela abaixo e verifique o pH:
Solução pH
Água pura 7,0
Água pura + 0,01 mol/L de HCl 2,0
Água pura + 0,01 mol/L de NaOH 12,0
Solução Tampão 7,0
Solução Tampão + 0,01 mol/L de HCl 6,8
Solução Tampão + 0,01 mol/L de NaOH 7,2
TAMPÃO ÁCIDO
A solução tampão é formada por um ácido fraco (HA) e por um sal desse ácido (BA). Temos então:
HA H+ + A- (1) BA B+ + A- (2)
Se adicionarmos um ácido HX, termos na solução, além dos íons acima, os íons H+ e X- proveniente da ionização de
HX:
HX H+ + X- (3)
Porém, estes novos íons H+, provenientes do ácido HX, vão encontrar na solução os íons A -, proveniente do sal BA do
tampão, e como HA é um ácido fraco a tendência desses íons é se juntarem para formarem moléculas HA.
Se adicionarmos uma base MOH, teremos na solução, além dos íons acima 1 e 2, os íons M + e OH- provenientes da
ionização de MOH (reação 4)
MOH M+ + OH- ( 4)
Porém, estes novos íons OH-, provenientes da base MOH, vão encontrar na solução os íons H +, vindos do ácido HA
do tampão, e eles vão, então, se juntar para formar água; simultaneamente novas moléculas de ácido HÁ se ionizam para
substituir os íons H+ permanece constante o pH não se altera.
[ sal ]
pH = pKa + log
[ ácido ]
TAMPÃO BÁSICO
A solução tampão é formada por uma base fraca (BOH) e por um sal desse ácido (BA). Temos então:
BOH B+ + OH- (1) BA B+ + A- (2)
Se adicionarmos um ácido HX, termos na solução, além dos íons acima, os íons H+ e X- proveniente da ionização de
HX:
HX H+ + X- (3)
Porém, estes novos íons H , provenientes do ácido HX, vão encontrar na solução os íons OH-, vindos da base BOH
+
do tampão, e eles vão, então, se juntar para formar água, simultaneamente novas moléculas da base BOH se ionizam para
substituir os íons OH- retirados da solução pelos íons H+ provenientes do ácido conjugado.
Se adicionarmos uma base MOH, teremos na solução, além dos íons acima 1 e 2, os íons M + e OH- provenientes da
ionização de MOH (reação 4)
MOH M+ + OH- ( 4)
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Porém, estes novos íons OH-, provenientes da base MOH, vão encontrar na solução os íons B+, vindos do sal BA do
tampão, e eles vão, então, se juntar para formar BOH, simultaneamente novas moléculas da base BOH se ionizam, para
substituir os íons B+ retirados da solução pelos íons OH- provenientes da base adicionada.
Como podemos ver, nos dois casos, a concentração de OH- da solução original (solução tampão) vai permanecer
praticamente constante e se a concentração de OH- permanece constante o pH não se altera.
[ sal ]
pOH = pKb + log
[ ácido ]
[H+] [HCO3-]
= K1
[CO2 + H2CO3]
Como a maior parte do CO2 não está combinado sob forma de H2CO3, escreve-se normalmente
[H+] [HCO3-]
= K1
[CO2]
e o equilíbrio como
CO2 (aq) + H2O H+(aq) + HCO3-(aq)
Portanto, a adição de CO2 à água produz uma solução ácida, e o CO2 dissolvido mais o HCO3- contituem um
sistema tampão. As células do corpo humano produzem CO2, que dissolve no sangue venoso retornando ao coração e pulmões.
Nos pulmões, parte do CO2 é perdido por meio de exalação e, assim, o pH aumenta um pouco. Na realidade, se não houvesse
outros sistemas de tampões no sangue, a mudança de pH seria excessiva. A respiração é estimulada pela presença de CO2 no
sangue. Se tivermos uma hiperventilação isso pode acarretar um aumento de pH do sangue cerca 0,05 unidades, podendo
produzir leves tonturas, dores fortes no peito. Porém o inverso, ou seja, um acúmulo de CO 2 no sangue acarreta em uma
diminuição de pH que poderá produzir pneumonia.
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