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Padroeiro: 

S. Sebastião.
Habitantes: 7.805 habitantes (I.N.E. 2011) e 7.220 eleitores em 05-06-2011.
Sectores laborais: Indústria, construção naval, comércio, pesca fluvial e hotelaria.
Feiras: Aos domingos, de quinze em quinze dias.
Tradições festivas: S. Sebastião, Senhora da Saúde, Senhora das Oliveiras,
Senhora das Areias e S. Brás.
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial, Capela da Senhora
das Areias, praia do Cabedelo, Quinta de Santoinho e Monte do Galeão.
Gastronomia: Sarrabulho, arroz de lampreia, debulho de sável e bacalhau.
Artesanato: Miniaturas em madeira.

A primeira referência conhecida a Darque data de 985, encontrando-se num


documento de doação do conde Telo Alvites: “in punto de Darque media portione
integra” (“Arch. Port.”. XXVII). No século XI continua a referir-se-lhe abundante
documentação.

Nas Inquirições afonsinas, em 1220 e 1258, é citada sob a designação “De Sancta
Maria de Arenis”, localizando-se na Terra de Neiva.

Vem mencionada nas primeiras Inquirições do rei D. Dinis, feitas em 1290, com a
categoria de freguesia, pertencendo ao julgado de Neiva. Na taxação de 1320, a
igreja de Santa Maria de Areias, da Terra de Aguiar de Neiva, foi tabelada em 90
libras. No registo da cobrança das “colheitas” dos benefícios eclesiásticos do
arcebispado de Braga, efetuado por D. Jorge da Costa, entre os anos de 1489 e
1493, o seu rendimento importava em 20 libras, o correspondente, em dinheiro
com “morturas”, a 1520 réis.
Em 1528, o Livro dos Benefícios e Comendas atribui a Santa Maria das Areias 20
mil réis de rendimento. Fazia ainda parte da Terra de Aguiar de Neiva. Esta
freguesia passou a chamar-se Areias, voltando depois ao antigo topónimo Darque,
tomando São Sebastião por orago.

Unia imagem do século XIII de Nossa Senhora das Areias, no lugar e capela da
mesma invocação, recorda o primitivo orago e igreja.

Segundo o Padre António Carvalho da Costa a freguesia de Darque, à qual ele


atribui Santo André por orago, era vigairaria da apresentação do abade de Anha. A
“Estatística Paroquial” e o “Dicionário Manuscrito”, contudo, dizem que a
apresentação pertencia à Basílica da Sé de Lisboa, no termo de Barcelos. Passou,
mais tarde, a priorado.

Em termos administrativos, pertenceu, em 1839. à comarca e concelho de


Barcelos e. em 1852. à comarca de Viana do Castelo. Foi elevada a Vila em 3 de
Julho de 1986.

o topónimo Darque derivará etimologicamente da palavra celta Darik, evocativa do


culto druídico da floresta de carvalhos

A evocação sintética de figuras e factos quase míticos como a provável passagem


do exército de Decius Junus Brutus no cais de S. Lourenço e a lenda do rio
Lethes ; as visitas reais de D. António Prior do Crato em 1580 que terá acostado
clandestinamente no cais do Cabedelo , em fuga para Inglaterra, com a ajuda dos
darquenses ; a do rei D. Luís, em 1887, para bater a primeira estaca para o
desassoreamento do Lima ; a pesqueira real dos Duques de Bragança ou a
evocação de episódios de mobilização popular nas Invasões Francesas ou na
falhada desanexação da praia do Cabedelo de Darque para Viana ; a evocação de
figuras populares como os Bateladas ou os Camisões , barqueiros de rio acima
cuja actividade resistiu até aos anos 50 – 60 ; a carismática Taipeira , maestrina de
gigantones e cabeçudos verdadeiros ícones da Romaria da Agonia ; o Manica ,
actor que alimentou o gosto dos darquenses pelo teatro popular ; o Costureirinha
que afinal era barbeiro ; o Fivelas , poeta popular ; o Nelinho dos jornais ou as
parteiras do povo Micas Barroselas, Apolónia ou Joana Pepina ou ainda a
evocação de figuras mais ilustres como o generoso farmacêutico Dr. Vieira ou o
pioneiro da radiologia em Portugal , Dr. Carteado Mena e sua mulher Guilhermina
Suggia , violoncelista de reconhecido mérito internacional ou o Comendador
Carteado Monteiro que em 1913 foi presidente do Clube Republicano de Darque e
membro da direcção da Cruz Vermelha ou ainda a síntese da imprensa darquense
e dos seus poetas mais dilectos , dos quais transcreve significativos poemas de
louvor a Darque e ao Lima , figuras que residem na memória colectiva deste povo
e lhe dão identidade …
Darque é uma freguesia portuguesa do município de Viana do Castelo, com 6,62 km²; de
área e 7 817 habitantes (2011)[1]. A sua densidade populacional é 1 180,8 hab/km².
Também conhecida como vila das cebolas e do bacalhau, devido à existência de uma
antiga seca do bacalhau existente na freguesia, Darque é terra que dá origem à louça de
Viana. Em Darque também existe uma cultura desportiva muito forte, sendo a canoagem
um dos desportos mais praticados e com grandes resultados a nível nacional. Também
não esquecendo o futebol que bravamente se joga nos campeonatos regionais.

Embora durante muito tempo tenha sido atribuída a origem do seu nome ao facto de ter
existido uma vila romana junto ao rio, dirigida por um grande senhor chamado ARQUIUS,
a verdade é que nada aponta nesse sentido. Não terá existido qualquer vila romana junto
ao rio, nem por aqui existiu esse senhor Arquius.
Darque foi em tempos remotos um lugar de Santa Maria das Areias. Sabe-se que já no
século XIII(13) a paróquia de Santa Maria das Areias existia, dividida por 26 casais
(corresponderiam a quintas, em linguagem atual) distribuídas pelos lugares da Igreja,Rio,
Cabedelo, Darque Maior(hoje lugar da Nossa Senhora das Areias) e Darque Menor(área
que corresponde actualmente ao centro da freguesia).
Por falta de capacidade para sustentar o abade, a freguesia de Darque foi governada por
párocos de Vila Nova de Anha até 1594. Não se sabe em que ano aparece S.Sebastião
como padroeiro da paróquia.
Nesse tempo o padroado fazia parte da casa de Bragança. Diz-se que no Cais Velho ainda
existem hoje as ruínas dos paços dos Duques de Bragança, que não será o conhecido
Mirante, dizendo a tradição que foi ali o castelo e o solar dos Macieis- fidalgos que vieram
para para Portugal no século XII(12). Depois de pertencer ao concelho de Barcelos a partir
de 6 de Novembro de 1836 foi integrada em Viana do Castelo. Foi no Cais Novo lugar da
freguesia da Vila de Darque, que foi fundada em 1774 a famosa fábrica de Louça de Viana
e já no século XX a Seca do Bacalhau.
A vila de Darque esteve sempre ligada ao rio, sobretudo pela sua utilização como via de
transporte. Não está provado que, como se diz, tenha sido durante muitos anos um dos
principais centros agrícolas da região. Existem referências à existência de salinas desde
1085. Também existiram em época contemporânea, estando atualmente abandonadas. Os
barcos de água arriba, de velas altas, com 12 metros de comprimento, carregando até 15
toneladas, eram o meio de transporte privilegiado para o transporte e comércio de
produtos a montante do rio Lima.
Existem em Darque muitas belezas naturais como o Monte do Galeão, o mar e o rio. E as
suas principais atracções são a Quinta de Santoinho e a Praia do Cabedelo.
Esta é também a terra do escritor e poeta Herculano Pita Soares, que aqui nasceu 16 de
Fevereiro de 1900.

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