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Teor da Súmula 691 do STF: “Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de
‘habeas corpus’ impetrado contra decisão do relator que, em ‘habeas corpus’ requerido a
Tribunal Superior, indefere a liminar”.
Júlio Medeiros
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Interessante notar que a jurisprudência que deu substrato à construção da Súmula em exame
tinha como pilares precisamente as idéias bem condensadas pelo Min. MOREIRA ALVES,
segundo as quais “a admitir-se essa sucessividade de ‘habeas corpus’, sem que o anterior
tenha sido julgado definitivamente para a concessão de liminar ‘per saltum’, ter-se-ão de
admitir consequências que ferem princípios processuais fundamentais, como o da hierarquia
dos graus de jurisdição e o da competência deles” (HC nº 76.347-1/MS, DJ 08/5/98).
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Não por acaso, com incomum reiteração, assistimos tanto à prática de se abandonar o uso
do recurso ordinário em habeas corpus (RHC), com o manejo da impetração originária,
substitutiva daquele e, da mesma forma, à busca da liminar, solicitando a prestação
jurisdicional initio litis. Na esteira de Toron, fossem os tribunais mais céleres quer nos
julgamentos, quer na publicação das suas decisões (que não raro leva diversas semanas),
a questão da liminar seria menos preocupante, mais acadêmica, e a própria Súmula 691 não
viesse, talvez, a lume.
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Informações colhidas a partir do blog pessoal do Desembargador:
http://maierovitch.blog.terra.com.br.
Júlio Medeiros
5
STF, HC nº 95.009/SP, rel. Min.EROS GRAU, DJE 19.12.2008.
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Segundo entendemos, o habeas corpus enquanto ação de direito processual
constitucional é o mais eficaz instrumento de atuação da denominada “jurisdição
constitucional das liberdades”.
Júlio Medeiros
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No julgamento do HC nº 85.185/SP, o Pleno do STF rejeitou a proposta de cancelamento
da Súmula 691, formulada pelo relator, e reconheceu a possibilidade de atenuação do seu
enunciado para a hipótese de flagrante constrangimento ilegal.
Júlio Medeiros
Maior, aduzindo que não pode ser levado às últimas consequências o que nele
se contém a ponto de, configurado ato ilícito e existindo órgão capaz de
apreciá-lo, vir-se simplesmente a dizer da incompetência deste último (HC
nº 91.723/RJ).
8
RANGEL, Paulo. Direito processual penal, p.769.
9
STF, HC nº 85.185/SP, rel. Min.CEZAR PELUSO, DJ 01.09.2006.
Júlio Medeiros
BIBLIOGRAFIA