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LEILANE VERGA
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA:
CONCEITO, OBJETIVOS E DOUTRINA
Questões autorais.
Meu nome é Leilane, sou mentora e coordenadora do Mapa Concursos, Perita Criminal Oficial
do IGP-RS, e sou a responsável pela produção deste material.
A seguir, te passarei algumas instruções para obter um melhor aproveitamento destas questões:
• Conceitos da Criminalística
• Objetivos da Criminalística
• Postulados da Criminalística
• Princípios da Criminalística
• Doutrina Criminalística
Dúvidas? Recursos contra o gabarito? Pode entrar em contato diretamente comigo no e-mail
loja.concurshop@gmail.com
Bons estudos!
- Leilane Verga
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qualquer material ou conteúdo dele obtido, sem prévia e expressa autorização do criador.
CURSO DE QUESTÕES – CRIMINALÍSTICA PROFª. LEILANE VERGA
Juiz de instrução e professor de Direito Penal, em 1893, ao publicar seu livro como sistema de
Criminalística, Manual do Juiz de Instrução, consagrou-se como o pai da Criminalística. Estamos
falando de:
A) Gilberto Porto
C) Eraldo Rabello
D) Hans Gross
E) Juan Vucetich
B) Não há um consenso entre os acadêmicos da Criminalística se ela seria uma ciência em si, ou
se uma disciplina que se utiliza dos demais ramos da ciência.
C) O nome Criminalística foi utilizado pela primeira vez por Gilberto Porto, ao publicar seu livro
Manual do Juiz de Instrução.
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D) Gilberto Porto conceituou Criminalística como “disciplina que tem por objetivo o
reconhecimento e interpretação dos indícios materiais extrínsecos relativos ao crime ou à
identidade do criminoso”.
E) Hans Gross conceituou Criminalística como “disciplina autônoma, integrada pelos diferentes
ramos do conhecimento técnico-científico, auxiliar e informativa das atividades policiais e
judiciárias de investigação criminal, tendo por objeto o estudo dos vestígios materiais extrínsecos
à pessoa física, no que tiver de útil à elucidação e á prova das infrações penais e, ainda, à
identificação dos autores respectivos”.
A) As técnicas da Criminalística poderiam ser utilizadas para analisar também vestígios não
materiais, como as variações emocionais de um determinado documento escrito.
C) A Criminalística fornece bases para corretas e justas decisões do Juízo por meio da busca dos
vestígios materiais, captação e acondicionamento, na sua identificação, esclarecimento da
origem e, ainda, na objetivação das conclusões periciais relativas à vinculação de determinados
vestígios com o instrumento do crime.
E) Nem todo objeto tem características gerais e específicas que possibilita sua identificação
precisa. Assim, encontra-se uma limitação da Criminalística como ciência da individualização.
A) José Del Picchia conceitua Criminalística como ciência que tem por objetivo o reconhecimento
e interpretação dos indícios materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do
criminoso.
B) Hans Gross conceitua Criminalística como disciplina que tem por objetivo o reconhecimento
e interpretação dos indícios materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do
criminoso.
D) Gilberto Porto conceitua a Criminalística como uma ciência, aplicando dados fornecidos por
diversas ciências, artes e outras disciplinas, utilizando os próprios métodos inerentes a essas
ciências.
A) Princípio da unicidade
B) Princípio da análise
C) Princípio da individualização
D) Princípio da constatação
E) Princípio da produção
A) Praticamente inexistem ações em que não resultem marcas de provas, apesar de ainda ser
muito lenta e, e em certos aspectos, atrasada, a evolução e pesquisa do instrumental científico
capaz de detectar esses vestígios.
B) O princípio da cadeia de custódia é baseado na documentação do material, que diz que toda
amostra deve ser documentada, desde seu nascimento no local de crime até sua análise e
descrição final.
C) A identificação, segundo o princípio da unicidade, deve ser sempre enquadrada em três graus,
ou sejam: a identificação genérica, a específica e a individual, sendo que os exames periciais
deverão sempre alcançar este último grau.
E) As conclusões de uma perícia criminalística são independentes dos meios utilizados para
alcança-las.
A) Princípio da observação
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B) Princípio da análise
C) Princípio da produção
D) Princípio da documentação
E) Princípio da descrição
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Gabarito Comentado
Questão Gabarito
1 D
2 B
3 A
4 E
5 C
6 E
7 E
8 C
Juiz de instrução e professor de Direito Penal, em 1893, ao publicar seu livro como sistema de
Criminalística, Manual do Juiz de Instrução, consagrou-se como o pai da Criminalística. Estamos
falando de:
A) Gilberto Porto
C) Eraldo Rabello
D) Hans Gross
E) Juan Vucetich
Gabarito: alternativa D, Hans Gross (Alemanha). Gilberto Porto, José Del Picchia e Eraldo Rabello
são estudiosos da Criminalística. Juan Vucetich é conhecido pelos tipos fundamentais da
Datiloscopia.
B) Não há um consenso entre os acadêmicos da Criminalística se ela seria uma ciência em si,
ou se uma disciplina que se utiliza dos demais ramos da ciência.
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CERTO. Alguns autores argumentam que a Criminalística é uma ciência, e outros que se trata de
uma disciplina ou sistema. Trata-se de uma discussão acadêmica dos peritos em geral.
ERRADO. A Criminalística também está imbuída do fator da dinâmica, com a análise dos
vestígios materiais, as interligações entre eles, bem como dos fatos geradores, a origem e a
interpretação dos vestígios, os meios e modos como foram perpetrados os delitos, não se
restringindo, tão somente, à fria estática narrativa.
ERRADO. Tanto peritos quanto papiloscopistas e fotógrafos são responsáveis pela elaboração
de trabalhos criminalísticos oficiais. Os papiloscopistas são responsáveis pelo processo de
identificação da população humana por meio das papilas dérmicas, enquanto os fotógrafos
criminalísticos são responsáveis por objetivar, perpetuar e demonstrar as provas fotográficas
dos vestígios criminalísticos, tanto de peças de laboratório como de fotografias em locais de
crime.
Referências: Livro Perícia Criminal e Cível (Alberi Espindula), 4ª edição, Editora Millennium.
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ERRADO. São sinônimos de Criminalística: polícia científica, polícia técnica, ciência policial,
policiologia. Não é um “ramo de estudo”, de acordo com Gilberto Porto.
C) O nome Criminalística foi utilizado pela primeira vez por Gilberto Porto, ao publicar seu livro
Manual do Juiz de Instrução.
D) Gilberto Porto conceituou Criminalística como “disciplina que tem por objetivo o
reconhecimento e interpretação dos indícios materiais extrínsecos relativos ao crime ou à
identidade do criminoso”.
ERRADO. Quem cunhou este conceito foi José Del Picchia, e não Gilberto Porto.
E) Hans Gross conceituou Criminalística como “disciplina autônoma, integrada pelos diferentes
ramos do conhecimento técnico-científico, auxiliar e informativa das atividades policiais e
judiciárias de investigação criminal, tendo por objeto o estudo dos vestígios materiais extrínsecos
à pessoa física, no que tiver de útil à elucidação e á prova das infrações penais e, ainda, à
identificação dos autores respectivos”.
ERRADO. Quem cunhou este conceito foi Eraldo Rabello, mestre e perito criminalístico do Rio
Grande do Sul.
A) As técnicas da Criminalística poderiam ser utilizadas para analisar também vestígios não
materiais, como as variações emocionais de um determinado documento escrito.
CERTO. Alguns vestígios, quanto à materialidade, não se enquadram nessa natureza material,
mas não deixam se constituírem vestígios relacionados com o fato que é examinado, e serão,
como tal, analisados.
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Ainda, de acordo com Alberi Espindula, a Criminalística pode extrair informações de qualquer
vestígio encontrado em um local de infração penal ou em objetos quaisquer sob exame – não
apenas os vestígios materiais.
CERTO. Partindo-se da premissa de que tudo na vida é único e, assim, pode ser individualizado,
pode-se chegar à identificação de qualquer fato delituoso, por meio dos exames periciais que as
técnicas criminalísticas disponibilizam.
C) A Criminalística fornece bases para corretas e justas decisões do Juízo por meio da busca dos
vestígios materiais, captação e acondicionamento, na sua identificação, esclarecimento da
origem e, ainda, na objetivação das conclusões periciais relativas à vinculação de determinados
vestígios com o instrumento do crime.
CERTO. Essa relação está ligada a toda gama de subsídios científicos emprestados pelo campo
da Criminalística ao ramo da investigação policial de exame e esclarecimento de uma infração
penal.
CERTO. A análise física das marcas causadas pelo instrumento é um dos objetos de estudo da
Criminalística.
E) Nem todo objeto tem características gerais e específicas que possibilita sua identificação
precisa. Assim, encontra-se uma limitação da Criminalística como ciência da individualização.
Gabarito. ERRADO. Todo objeto TEM características gerais e específicas que possibilitam sua
individualização, se devidamente analisadas com critérios rigorosamente técnico-científicos.
Porém, na prática, nem sempre é possível alcançar o rigor técnico-científico para se chegar a
essa conclusão – ou seja, a limitação está na aplicação prática das técnicas, que muitas vezes
são inviáveis na realidade da Criminalística, e não nas características do objeto.
Referências: Livro Perícia Criminal e Cível (Alberi Espindula), 4ª edição, Editora Millennium.
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A) José Del Picchia conceitua Criminalística como ciência que tem por objetivo o reconhecimento
e interpretação dos indícios materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do
criminoso.
(disciplina)
B) Hans Gross conceitua Criminalística como disciplina que tem por objetivo o reconhecimento
e interpretação dos indícios materiais extrínsecos relativos ao crime ou à identidade do
criminoso.
Gabarito.
D) Gilberto Porto conceitua a Criminalística como uma ciência, aplicando dados fornecidos por
diversas ciências, artes e outras disciplinas, utilizando os próprios métodos inerentes a essas
ciências.
(sistema)
Referências: Livro Perícia Criminal e Cível (Alberi Espindula), 4ª edição, Editora Millennium.
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A) Princípio da unicidade
B) Princípio da análise
C) Princípio da individualização
D) Princípio da constatação
E) Princípio da produção
A) Praticamente inexistem ações em que não resultem marcas de provas, apesar de ainda ser
muito lenta e, e em certos aspectos, atrasada, a evolução e pesquisa do instrumental científico
capaz de detectar esses vestígios.
B) O princípio da cadeia de custódia é baseado na documentação do material, que diz que toda
amostra deve ser documentada, desde seu nascimento no local de crime até sua análise e
descrição final.
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C) A identificação, segundo o princípio da unicidade, deve ser sempre enquadrada em três graus,
ou sejam: a identificação genérica, a específica e a individual, sendo que os exames periciais
deverão sempre alcançar este último grau.
ERRADA. Os resultados dos exames periciais são sempre baseados em princípios científicos e
não podem variar pela passagem do tempo, e o conteúdo de um laudo pericial é invariante com
relação ao perito criminal que o produziu.
E) As conclusões de uma perícia criminalística são independentes dos meios utilizados para
alcança-las.
Referência utilizada: Livro Criminalística (Victor Paulo Stumvoll), 6ª edição, Editora Millennium.
A) Princípio da observação
B) Princípio da análise
C) Princípio da produção
D) Princípio da documentação
E) Princípio da descrição
Gabarito: C
O princípio da produção se caracteriza pela ação dos agentes na produção dos vestígios, de
maneira que estes indicam as suas respectivas ocorrências da multiplicidade de formas,
estruturas, naturezas e morfologias.
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Assim, mesmo que o sapato utilizado pelos suspeitos seja igual, eles não são usados do mesmo
modo por pessoas diferentes (ex.: pressões diferentes, distância do passo, variações
anatômicas). Essas diferenças, em tese, são impressas no vestígio, auxiliando-o na busca pela
caracterização do princípio da unicidade.
Note que a questão pergunta qual o princípio mais relevante na diferenciação (e não o único).
Como princípios fundamentais, os demais também se aplicam ao caso criminalístico, no entanto,
é o princípio da produção que fornece o embasamento teórico para diferenciação do vestígio
no caso em tela.
Referências utilizadas:
Espero que tenha gostado e aprendido mais um pouco com essas questões!
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