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Contextualizar – Contextualização histórica; conhecer a sua contextualização histórica da obra (imagens). Consiste
em relacionar a obra com a história da arte e outras áreas conhecimentos.
Fruição/descodificação – Leitura da obra de arte; apreciação imagens artística e crítica: consiste em descortinar a
análise da obra, estimular a capacidade de pensar sobre a arte, não que é certo ou errado, apenas leitura do objeto
para interpretação da obra e não o artista.
Experimentação – fazer arte; fazer artístico; trabalho prático artístico: consiste na estimulação a criação. Aqui
baseia-se na criação da arte, não como uma cópia, mas sim trabalhando a releitura da obra, a qual foi interpretado,
transformando em algo novo.
Ora, nas disciplinas de Educação Visual, Educação Tecnológica e Artes Visuais a planificação pressupõe uma
abordagem por temas / situações / fenómenos / assuntos, com o propósito de flexibilizar os saberes científicos
solicitados pelas unidades de trabalho / projetos nas diferentes áreas e domínios de aprendizagem.
Primeiramente é necessário saber definir o enunciado que vai despoletar todo o processo de aprendizagem. Cada
situação deverá ser construída coletivamente. Não existe uma receita pronta, mas, alguns caminhos para abordagem.
Por isso, as Planificações nesta área definem pontos de partida, não podendo, como alguns pretendem, estruturar e
pré-determinar todo o processo.
Os domínios organizadores de aprendizagem indicam a abordagem, as aprendizagens essenciais são definidas à
medida das ações estratégicas no desenrolar do processo sempre que suscitadas. Descrevem-se condicionalismos e
potencialidades de recursos, assim como momentos e instrumentos de avaliação continua.
Ao contrário de uma dimensão curricular baseada na prescrição de matérias e da ordem do ensino, os programas das
disciplinas da Área Artística e Tecnológicas fixam-se deliberadamente a um nível de grande abertura e
flexibilidade. Esta opção obriga a uma maior responsabilização dos professores na adequação, gestão e organização
programática visando o alargamento progressivo e integrado das aprendizagens dos alunos nos diferentes ciclos do
ensino básico.
A aplicação da linguagem plástica requer adequações de conceitos, meios e técnicas de aprendizagem nos diferentes
níveis de ensino que suscitam o desenvolvimento de processos:
mais analíticos e sequenciais, (uma necessidade percepcionada no mundo envolvente que é analisada,
definida, investigada, realizada e avaliada – resolução de problemas, e/ou
mais intuitivos e simultâneos, (um acontecimento provoca um sentimento ou uma sensação; sua definição
processa-se pela ação sobre o material; nesta interação estabelece-se o equilíbrio entre o «eu» e o mundo envolvente
– fruição-contemplação, produção-criação, reflexão-interpretação:
Os processos de ensino assumem uma grande importância didática porque a sua estrutura condiciona a relação dos
alunos com a tarefa, dos alunos entre si e do modelo de comunicação professor /aluno.
Decorre desta realidade a necessidade de contrariar rotinas que prolongam práticas profissionais que se traduzem na
aquisição de uma linguagem plástica, por parte dos alunos, unicamente centrada na exploração dos elementos
visuais.
Porque se tem medo de trabalhar em projeto?
Porque é um MODELO centrado nos alunos, faz mudanças na avaliação, altera o papel do professor, passa a dar
mais importância ao pensamento crítico, à criatividade, à comunicação e colaboração, ou seja, às habilidades
sociais. A abordagem está focada em projetos, combina-se num CURRÍCULO centrado no aluno com o programa
nacional, e tudo se interliga.
“Todos os PROJETOS começam com perguntas e questões feitas em conjunto, alunos e professores, para estimular
a imaginação e discussão. Por exemplo, – Como podemos usar o nosso dinheiro?
É feito um mapa numa parede com várias perguntas. O que aprender? O que fazer? Como fazer? Quando? Quem?
As ATIVIDADES são distribuídas e os alunos têm a palavra para dizer se concordam ou não quanto ao que farão
no projeto.
Se a ideia é, por exemplo, criar um mercado para falar de dinheiro, é preciso fazer etiquetas com preços, cartazes,
decorar o espaço, organizar o local, dispor os produtos, pensar e criar publicidade. É então feito um calendário para
ORGANIZAR o trabalho e o projeto é executado.
Todos os meses há uma assembleia para discutir desafios e ESTRATÉGIAS para a implementação de projetos.
Os projetos duram, regra geral, um mês, mas podem ser mais curtos ou mais longos.
A apresentação do projeto é uma celebração da aprendizagem. Os alunos fazem apresentações, teatro, vídeos,
eventos. Depois é hora de AVALIAR, o que os alunos mais gostaram, o que menos gostaram, o que poderia ter sido
diferente, o que se mudaria. É tempo de partilha no bloco de notas do OneNote, que está acessível a todos os
alunos… ” in Relatório da UNESCO sobre o Colégio Monte Flor, Portugal adaptação art. educare.pt
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* Ana Mãe Tavares Bastos Barbosa (Rio de Janeiro, em 17 de julho de 1936) educadora brasileira, pioneira
em arte-educação. Em 1987 desenvolveu, com apoio em sua Proposta Triangular ou Abordagem
Triangular[1] (também chamada erroneamente de Metodologia Triangular), o primeiro programa educativo do
gênero, à frente do MAC-USP.[2] A Abordagem possui influência das Escuelas Al Aire Libre mexicanas, do Critical
Studies inglês e do Discipline-Based Arts Education (DBAE) americano. Hoje ainda é a base da maioria dos
programas em arte-educação no Brasil, principalmente depois de ter sido referência nos Parâmetros curriculares
nacionais de Arte[3] dos Ensinos Fundamental e Médio brasileiros. Referências – Barbosa, Ana Mãe. A Imagem no
Ensino da Arte; Barbosa, Ana Mãe. Tópicos Utópicos
APEVT 2019