Segundo o filósofo Platão discorreu em passagem da obra intitulada “A
República”, é importante que os indivíduos se libertem das amarras do senso comum e saiam da escuridão da caverna para conhecer a realidade sem distorção. Nessa perspectiva filosófica, é possível afirmar que a presença da educação sexual nas escolas apresenta-se como uma questão no país, visto que ela atenua os índices de gravidez na adolescência e evasão escolar. À vista disso, é imprescindível analisar as transformações e efeitos da efetividade de sua implementação na grade curricular. É imperioso ressaltar que fornecer esse tipo de conhecimento aos jovens é essencial para controlar os altos índices de gravidez precoce. Dado que, ao adquirir consciência das consequências que suas experiências sexuais podem ocasionar, espera-se que o jovem adote uma postura diferente. Consequentemente, diante do uso de preservativos e métodos contraceptivos, também será possível perceber uma redução na incidência de DST’s e, por conseguinte, melhora na qualidade de vida desses cidadãos. Não obstante, outra dificuldade enfrentada é a questão do abandono dos estudos. Isso porque muitas meninas-mães, por não terem recebido a devida orientação, ocupam-se com a responsabilidade da maternidade e não conseguem se dedicar ao colégio. Com efeito, observa-se um grande contingente de adolescentes com ensino escolar incompleto, pois se viram incapazes de conciliar suas obrigações, algo que interfere diretamente em suas possibilidades de ingressar no mercado de trabalho. Portanto, é indubitável que a presença desse assunto nas instituições de ensino é essencial para a manutenção da qualidade de vida da população e redução das lacunas sociais. Outrossim, ao fomentar e debate acerca da sexualidade e gênero, espera-se refrear o impactos negativos que uma maternidade inesperada promova na saúde mental desses estudantes. Nesse contexto, como instituição social mediadora na formação de crianças e jovens, deve inserir essa temática e concretizar uma sociedade crítica e cidadã, pois como defendia o educador Paulo Freire “ Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.