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Qualidade em Saúde

QUAL DOS DOIS VEÍCULOS TEM MAIS


QUALIDADE?
Qualidade em Saúde

DEFINIÇÃO DO CONCEITO QUALIDADE

Procedimentos

Excelência Eficácia;
Organização QUALIDADE Eficiência;
Produtividade

Capacidade
determinados fins
Qualidade em Saúde

EVOLUÇÃO DO CONCEITO:

Código de Hamurabi (2150 a.c.)

“… Se um construtor ergue uma casa para alguém e seu

trabalho não for sólido e a casa desabar e matar o morador, o

construtor será imolado”…


Qualidade em Saúde

EVOLUÇÃO DO CONCEITO:

Na época dos Fenícios , os inspectores amputavam a mão do

fabricante do produto (defeituoso) que não estivesse dentro

das especificações governamentais.

Os Egípcios e Astecas nos seus azulejos já demonstram

conferir a forma de blocos de pedra barbante.

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CUSTOS DE QUALIDADE:

São atribuídos à falta de qualidade;

Ou ao esforço para a obtenção da mesma.

Os custos da qualidade são medidos com


indicadores financeiros ( transformados em euros)
Qualidade em Saúde

CUSTOS DA QUALIDADE:

•Especificações incompletas •Excesso de stock ou obsoleto

• Atrasos de fornecimento • Expedição errada

• Reclamações não atendidas • Avarias

• Falta de planeamento • Devoluções

• Alterações ao projecto • Perda de imagem

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Qualidade em Saúde

SUMÁRIO
MODELOS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE
CICLO DE MELHORIA CONTINUA PDCA / CICLO SHEWHART
PERCEÇÃO DA QUALIDADE / CONSUMIDOR
FERRAMENTAS BÁSICAS DE AVALIAÇÃO
SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE EM SAÚDE
CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
NORMAS ISO
ACREDITAÇÃO / CERTIFICAÇÃO
AUDITORIA CLINICA
RISCO CLINICO
NPS
HIMSS
Qualidade em Saúde

MODELOS DE AVALIAÇÃO DA
QUALIDADE
Acreditação
Tipos de abordagem

Por standards
Certificação

Auditoria Clinica

Por indicadores Medição de


indicadores*
Qualidade em Saúde

FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO
Shewhart – Ciclo de melhoria contínua . PDCA é um método
iterativo de gestão de quatro passos, utilizado para o controle e
melhoria contínua de processos e produtos

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Qualidade em Saúde

FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO
PERCEPÇÃO DA QUALIDADE (SERVQUAL)

A chave para um serviço de


qualidade determina em equilibrar
as expectativas e as percepções.
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PERCEPÇÃO DA QUALIDADE (SERVQUAL)

Capacidade para prestar um serviço


Fiabilidade de modo cuidadoso e fiável.

Disposição e vontade para ajudar os


Capacidade de utentes e proporcionar –lhes um
Resposta serviço rápido atendendo às datas
previstas.
Conhecimentos e atenção
demostrados pelos prestadores e a
Segurança sua habilidade para transmitir
credibilidade e confiança.
Atenção individualizada, que a
empresa oferece aos utentes.
Empatia Acessibilidade, Comunicação,
Compreensão.
Aparência das instalações físicas,
Elementos Tangíveis equipamentos, recursos humanos e
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meios de comunicação.
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FERRAMENTAS BÁSICAS DE
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE
São 7 as ferramentas básicas da Qualidade:
1. Fluxograma
2. Diagrama de Pareto;
3. Diagrama de Causa – efeito;
4. Folha de Verificação
5. Histograma;
6. Diagrama de Dispersão;
7. Carta de Controlo.
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FERRAMENTAS BÁSICAS DE
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE
Identificação do problema Análise do problema

Histograma
Fluxograma
Diagrama de
Pareto
Diagrama de
Diagrama dispersão
causa - efeito
Folha de
verificação
Carta controlo

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1 - FLUXOGRAMA: Representação gráfica das fases de um


processo , bem como das relações de dependência que existem
entre eles.

É constituído por passo


sequenciais de ação e
Permite detetar decisão, cada um dos
passos quais com uma
desnecessários, terminologia que ajuda
possíveis causas e a compreender o inicio a
origem dos decisão e o fim.
problemas.
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2 – DIAGRAMA DE PARETO – também chamado o método


ABC ou dos 20-80% ( a maioria dos defeitos é devida a um
número reduzido de causas).

Ajuda a identificar o reduzido número de causas que estão


muitas vezes por detrás de um problema.
Depois de identificado procede-se à analise, estudo e
implementação de processos que conduzam à sua redução
ou eliminação.
É na deteção das 20% das causas que dão origem a 80% dos
efeitos.
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Fonte:WWW.balancedscorecard.blogspot.com/2008/10/
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3 – Diagrama de causa efeito – ou diagrama de Ishikawa


Gráfico em forma de “espinha de peixe” que exibe a relação entre um
EFEITO e as suas CAUSAS POTENCIAIS.
Muito usada em qualidade, mostra a relação entre a característica
da qualidade em questão e essas causas que podem usualmente
ser de 5 naturezas diferentes ou “5 Ms”

MATERIAIS
MÉTODOS
MÃO-DE-OBRA
MÁQUINAS
MEIO - AMBIENTE
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Exemplo:
Liderança Local

alojamento
Pouca
flexibilidade
Alta
rotatividade
de
vencimentos profissionais

Falta de
carreira

Mercado
Benefícios
Criar ramificações nas causas
Causa – efeito e Pareto muito úteis na resolução de problemas encontradas- brainstorming
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Exemplo:
Tipo condução Mecânico

motor
Condução
Excesso irregular
velocidade
Excesso de
consumo de
combustível
óleo

Velas chuva

Manutenção
Ambiente exterior
Criar ramificações nas causas
Causa – efeito e Pareto muito úteis na resolução de problemas encontradas
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4 – HISTOGRAMA: Representação gráfica do número de vezes


que ocorrência ou fenómeno acontece. Permite a visualização
objetiva sobre a localização ou dispersão dos valores recolhidos.

Utilizado para controlo e


melhoria dos processos.

Fonte:WWW.balancedscorecard.blogspot.com/2008/10/
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5 – DIAGRAMA DE DISPERSÃO: ferramenta importante para


verificar se duas variáveis estão ou não relacionadas.

Fonte:WWW.balancedscorecard.blogspot.com/2008/10/
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6 – FOLHA DE VERIFICAÇÃO – É importante definir quais os


dados que são necessários recolher. Deve ser elaborada uma
ficha simples que permita identificar quais os itens a medir ou a
registar. Além de facilitarem a recolha de dados , facilitam a sua
organização. Devem ser elaboradas em função do fim a que
destinam.

Fonte:WWW.balancedscorecard.blogspot.com/2008/10/
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7 – CARTA DE CONTROLO - método muito utilizado para


conhecer como as causas comuns provocam variações como
também identificar causas especiais. Método gráfico que
marcam pontos representativos de várias fases de um processo
permitindo seguir a sua evolução.

Fonte:WWW.balancedscorecard.blogspot.com/2008/10/
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FERRAMENTAS BÁSICAS DE
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE
CONCLUSÃO
As ferramentas da qualidade são fundamentais no processo de
melhoria contínua da qualidade.
Permitem identificar problemas e/ou analisá-los de modo a
percorrer o caminho para a excelência.
A utilização frequente deve ser estimulada pois só assim é
possível adquirir experiência nesta metodologia.
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CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA DE
GESTÃO DA QUALIDADE
Qualidade em Saúde

O QUE É UM SISTEMA DE GESTÃO


DA QUALIDADE ?

“ É um sistema de gestão para dirigir e controlar uma

Organização no que respeita a Qualidade.”


Qualidade em Saúde

QUE VANTAGENS?
Para implementar um Sistema de Gestão da
Qualidade é necessário que um conjunto de acções
sejam concretizadas…..

VANTAGEM COMPETITIVA
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ACÇÕES A DESENVOLVER:

• Definição Clara da sequência e interacção de processos.

Orienta toda a estrutura da organização no mesmo sentido.

Simplifica circuitos e elimina repetição de tarefas.


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ACÇÕES A DESENVOLVER:
• Definição de metodologias para o planeamento,
execução, controlo e melhoria das atividades.

Elimina dúvidas sobre a realização das atividades;


Define e delimita responsabilidades e autoridade;
Diminui a possibilidade de erro;
Permite conhecer a evolução do desempenho (pesssoal e da
organização).
Qualidade em Saúde

ACÇÕES A DESENVOLVER:

• Definição e implementação de metodologias de melhoria

Aumenta a motivação e envolvimento dos colaboradores;


Incrementa o aperfeiçoamento das metodologias usadas.
Qualidade em Saúde

ACÇÕES A DESENVOLVER:
• Realização da gestão adequada dos recursos (humanos,
materiais, infraestruturas).

Aumenta o conhecimento da organização sobre os


colaboradores e as suas competências;
Diminui os custos de reparação ao apostar na prevenção
(manutenção de equipamento e infraestruturas).
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ACÇÕES A DESENVOLVER:
• Certificação da Organização (opcional)

Aumenta o reconhecimento público e a competitividade externa;


Promove a imagem junto do CLIENTE.
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A documentação de um Sistema de Gestão da Qualidade deve incluir:


• Declaração documentada quanto à Politica e aos objetivos da
Qualidade;
• Um Manual da Qualidade;
Sendo ainda exigido a documentação formal:
Controlo de documentos; Controlo dos registos;
Auditoria interna;
Controlo do produto não conforme;
Ações corretivas e preventivas.

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Missão: É a finalidade da existência de uma organização. É aquilo que


dá direção e significado a essa existência. A Missão da organização
está ligada diretamente aos seus objetivos institucionais, aos motivos
pelos quais foi criada, representando a sua razão de ser.

A Missão tem que responder às seguintes questões:

a) o que faz a organização;

b) porque faz;

c) a quem se destinam seus produtos e serviços.

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Qualidade em Saúde
Qualidade em Saúde

Visão : Define o que a organização pretende ser no futuro.

A visão identifica as aspirações da organização, criando um clima de


envolvimento e comprometimento com o seu futuro.

A definição de onde se pretende chegar permite entender com


clareza o que é preciso mudar na organização.

Uma visão partilhada une e impulsiona as pessoas para alcançarem


os seus objetivos.

Uma organização sem VISÃO é uma organização sem direção.

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Valores :

Ideias fundamentais em torno das quais se constrói a


organização.

Representam as convicções dominantes, as crenças aquilo em


que a maioria das pessoas da organização acredita.

São elementos motivadores que direcionam as ações das


pessoas na organização, contribuindo para a unidade e a
coerência do trabalho.

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Qualidade em Saúde
Qualidade em Saúde

BENCHMARKING:
Normas ISO: ISO 9000; 9001; 14001…
Certificação
Acreditação
Qualidade em Saúde

NORMAS ISO
( INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION)

Na Europa – Gestão da Qualidade Normas ISO;

Foram desenvolvidas para apoiar as organizações;

Implementação de sistemas de gestão de qualidade eficazes


independentemente do seu objeto ou dimensão;

A série das normas ISO 9000, surgiu em 1987;

Este sistema de gestão da qualidade assenta na garantia da


qualidade baseado no cumprimento dos requisitos previstos nas
normas.
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Qualidade em Saúde

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Qualidade em Saúde

CERTIFICAÇÃO / ACREDITAÇÃO
CERTIFICAÇÃO - Consiste no reconhecimento formal por um Organismo
de Certificação (entidade externa independente após a realização de
uma auditoria) de que essa organização dispõe de um sistema de gestão
implementado , que cumpre as Normas aplicáveis, dando lugar à
emissão de um certificado.

ACREDITAÇÃO - É o reconhecimento técnico da competência conferido


aos organismos que formam as infraestruturas institucionais de suporte
à Qualidade.
Qualidade em Saúde

ACREDITAÇÃO

Acreditação é um sistema de avaliação periódica, voluntária e


reservada, para o reconhecimento da existência de padrões
previamente definidos na estrutura, nos processos e nos
resultados com o objectivo de estimular o desenvolvimento de
uma cultura de melhoria continua de qualidade (Zanon, 2001).

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ACREDITAÇÃO NOS HOSPITAIS


É o melhor instrumento de motivação para a garantia da
qualidade nos hospitais;
Meio de excelência de monitorização da melhoria contínua da
qualidade na área da saúde;
Existe para a promoção do desenvolvimento do serviços;
Forma de regulamentação dos aspetos da prática profissional
através de uma instituição reconhecida pela profissão;
(JCAHO – Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organization)

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Qualidade em Saúde

ACREDITAÇÃO NOS HOSPITAIS

Uma instituição prestadora de cuidados quer provar de que responde a um


certo conjunto de especificações formais, isto é, de normas ou padrões e
nos seus procedimentos organizacionais.

ACREDITAÇÃO

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Qualidade em Saúde

ACREDITAÇÃO NOS HOSPITAIS


A instituição opta por se submeter a um exame periódico para avaliar o
seu grau de conformidade com esses parâmetros ;

o exame é realizado por uma organização externa reconhecida

É um processo voluntário;

“nós não sabemos se é verdade, só pensamos que é verdade…”

(não é possível fornecer uma prova de que todos os esforços valham

a pena, em relação ao objetivo pretendido) (permite motivar a

instituição a desencadear um processo de melhoria da qualidade

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Qualidade em Saúde

ACREDITAÇÃO NOS HOSPITAIS


VANTAGENS PARA OS DOENTES:

Fornecer uma sensação de segurança e um argumento suplementar


para a garantia da qualidade dos cuidados.

VANTAGENS PARA A ORGANIZAÇÃO:

Formaliza a qualidade; permite um reconhecimento oficial; é uma


maneira de motivar as equipas e melhorar as relações; demonstra a
toda a gente que o seu trabalho e empenho não são em vão;

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VANTAGENS PARA A ORGANIZAÇÃO: (cont)

É uma razão para se ganhar a lealdade do Cliente;

Atrai positivamente a atenção da comunicação social;

É uma arma ideal para uma organização se tornar competitiva.


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ACREDITAÇÃO NOS HOSPITAIS


FACTORES CRITICOS DE SUCESSO:
Mudança cultural / organizacional;

Aderência por parte de todos os profissionais

nas várias fases de implementação;

Apoio da Comissão Executiva;

Acesso a dados / informação;

Liderança – Vontade;

Persistência.
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STANDARDS CENTRAIS DA
ACREDITAÇÃO
Acesso e continuidade dos cuidados;

Direitos do doente e Família;

Avaliação de doentes;

Cuidados de Saúde prestados aos doentes;

Gestão e Melhoria da Qualidade;

Prevenção e controle de infeções;

Habilitação e formação do pessoal.


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JCI
Acreditação
Hospital Acreditado:
- garante a qualidade da assistência em saúde por meio de padrões
previamente estabelecidos;
- programa de educação continuada;
- Assume a responsabilidade e o compromisso com a segurança,
ética e qualidade do atendimento à população.
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JCI
A opção pelo modelo da JCI baseia-se nas seguintes razões:
• Orientado para o doente (Padrões Clínicos).
• A relevância dada à segurança do doente (patient safety) no contexto da garantia da
qualidade (Metas de Segurança).

• Acesso aos cuidados Continuidade de cuidados - ACC


• Direitos do doente e da família - PFR
• Avaliação do doente - AOP
• Cuidados ao doente - COP
• Educação ao doente e à família – PFE
•Gestão e utilização dos medicamentos – MMU
•Anestesia e Cuidados Cirurgicos - ASC
• Metas Internacionais de Segurança do Doente - IPSG
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METAS INTERNACIONAIS DE
SEGURANÇA DE DOENTES
Qualidade em Saúde
Qualidade em Saúde

Nome Data Correta


(2primeiros Nasciment Identificação
+ 2últimos) o do Doente

Nome (FILHO + Data


1º e 2 últimos Nasciment
nomes da
mãe) o
Nº quarto
Nome (FILHO Nº cama
PRIMEIRO/FILHO Data
SEGUNDO + 1º e Nasciment HC
2 últimos nomes
da mãe) o Diagnóstico
Localização
física
Qualidade em Saúde
Qualidade em Saúde

Termos a não
usar

Resultados
ISBAR
Críticos

Comunicação

Etapas da
Legibilidade
Comunicação
Qualidade em Saúde

Termos a Não Usar NÃO USAR USAR

U Unidade
Cc mL
x,0mg x mg
.0mg 0,x mg

μg (microgramas) mcg

@ at
l (litro) L
> Maior que

< Menor que


1000 mil
10000 10 mil
100000 100 mil

1000000 1 milhão
Qualidade em Saúde
Qualidade em Saúde

Identificados
com a sinalética

Armazenados de
forma uniforme

Constam na lista
de
medicamentos
de alto risco
Qualidade em Saúde

Estupefacientes
segregados de
Medicamentos
qualquer outro
Alerta
fármaco e com
(listagem)
acesso restrito
Qualidade em Saúde

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Verificação pré-cirúrgica

. Preenchimento assegurado

Marcação do local cirúrgico

Meta 4 – Cirurgia e Procedimentos


Corretos aos Doentes Corretos
Qualidade em Saúde
Qualidade em Saúde
Qualidade em Saúde
Qualidade em Saúde

AUDITORIA CLINICA
Qualidade em Saúde

AUDITORIA CLINICA

É uma atividade do sistema de gestão da qualidade que


pretende verificar o correcto funcionamento e eficácia
dos sistemas em causa.
Qualidade em Saúde

AUDITORIA CLINICA

Definição:
Auditoria clínica é um sistema simples de análise do
desempenho clínico, de reconhecer a boa prática, e
se necessário introduzir melhorias.
Qualidade em Saúde

AUDITORIA CLINICA
Ou ainda: CONSISTE NA ANÁLISE CRÍTICA SISTEMÁTICA DA
QUALIDADE DOS CUIDADOS MÉDICOS, INCLUINDO OS
PROCEDIMENTOS USADOS PARA O DIAGNÓSTICO E O
TRATAMENTO, A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS E OS
CONSEQUENTES RESULTADOS E QUALIDADE DE VIDA PARA OS
DOENTES.
FONTE: NATIONAL HEALTH SERVICE (1989)
Qualidade em Saúde

AUDITORIA CLINICA
AUDITORIA (ISO 9000)

É um processo sistemático, independente e


documentado para obter evidencias de auditoria e
respectiva avaliação objetiva com vista a
determinar em que medida os critérios de
auditoria são cumpridos.
Qualidade em Saúde

AUDITORIA CLINICA
• EVIDÊNCIAS AUDITORIA (ISO 9000)

Registos, afirmações factuais ou outra informação,


que sejam verificáveis e relevantes para os critérios de
auditoria;

• CRITÉRIOS DA AUDITORIA

Conjunto de políticas, procedimentos ou requisitos.

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Qualidade em Saúde

TIPOS DE AUDITORIA

1. Retrospectiva
•EX.: auditoria processo clínico

2. Operacional ou concomitante
•Ex.: observação, entrevistas, exame físico doente…)

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Qualidade em Saúde

CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA

Auditoria Interna

Realizada por profissionais da Instituição.

Auditoria Externa

Realizada por pessoal externo à organização.


Qualidade em Saúde

CICLO DA AUDITORIA CLINICA

1 – Observação da prática e avaliação da qualidade da prática;

2 – Estabelecimento de normas (reflectem a competência da


equipa na prestação de cuidados, e os cuidados específicos
requeridos para determinados tipo de doentes);
Qualidade em Saúde

CICLO DA AUDITORIA CLINICA

Cont:
3 – Comparação daquilo que é esperado com a realidade
(comparar com a prática, verificar onde estão as falhas e
estudar as mudanças);

4 – Introdução das mudanças necessárias ( é a parte mais


importante e tem de ser acordado com todos os profissionais).
Qualidade em Saúde

BENEFÍCIOS:

Maior continuidade dos cuidados para o doente;


A preocupação leva ao aumento de oportunidades para a
melhoria dos cuidados;
Reduz os erros clínicos ( por maior observação da prática);
Permite avaliar a competência dos profissionais;
Qualidade em Saúde

BENEFÍCIOS:

Permite detectar onde a prestação de cuidados é ineficaz;


Permite boas práticas;
Elimina desperdício de tempo;

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Qualidade em Saúde

BENEFÍCIOS:

Optimização da relação custo /beneficio (fazer bem à primeira);

Aumenta a satisfação pessoal e profissional ;

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Qualidade em Saúde

BENEFÍCIOS:

Estimula o auto-aperfeiçoamento profissional;

Se for efectuada por equipas multidisciplinar aumenta o


conhecimento do desempenho dos diferentes profissionais.
Qualidade em Saúde

PERFIL DO AUDITOR

Experiência profissional;

Conhecimentos técnico-científicos reconhecidos;

Competente e idóneo;

Capacidade de comunicação e relacional;

Experiências na área pedagógica.


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PERFORMANCE

CULTURA DE FIABILIDADE

Como gerir o
inesperado

Mundo
imprevisível
Qualidade em Saúde

• Performance: componente fundamental da


qualidade
• Motivação individual e cultura de qualidade –
fator dependente

• Avaliação através de indicadores (resultados)

• Resultados: para avaliar a performance


(sempre associado ao fator risco)
Qualidade em Saúde

• Complexidade

• Performance

• Outcome
Qualidade em Saúde

FACTORES DETERMINANTES DO
RISCO

• COMPLEXIDADE Risco

Performance

Outcome
Qualidade em Saúde

INDICE ESPERADO /
OBSERVADO
É um método de comparação de performance
relativa, onde o perfil de risco está sempre indexado
aos resultados.

• Taxas de mortalidade associado à morbilidade

• Sistemas de saúde

• Benchmarketing
Qualidade em Saúde

NET PROMOTER SCORE


Qualidade em Saúde

NPS – NET PROMOTER SCORE

https://www.youtube.com/watch?v=5CJpW8VF908&t=2s
Qualidade em Saúde

NPS – NET PROMOTER SCORE


Qualidade em Saúde

NPS – NET PROMOTER SCORE

https://www.youtube.com/watch?v=mVUi6YH_M5k

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Qualidade em Saúde

Healthcare Information and Management System


Society
“Enabling better health through information technology”

MELHORAR A SEGURANÇA DO DOENTE E A QUALIDADE


DOS CUIDADOS PRESTADOS
ATRAVÉS DO
USO EFETIVO E DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA
Qualidade em Saúde

O QUE É O HIMSS
Conformidade em 117 requisitos

•Integração da tecnologia e da informação no cuidado ao doente


•Partilha de comunicação entre o Hospital e outras entidades
•Plano de contingência para falha de sistema e falha de energia
•Documentação clínica
•Prescrições e requisições
•Implementação códigos barras
•Integração informação equipamento-desktops
•Bloodtrak® e Milktrak®
•Alertas
•Hard stops
•UCI | Urgência | Imagiologia | Farmácia
•Gestão da informação clínica
Qualidade em Saúde
Qualidade em Saúde

Porquê?
…7
• Ferramenta de benchmarking
• Fornece um road map estratégico de tecnologias de informação para
alcançar a excelência clínica e operacional
• Compromisso com os resultados, satisfação e segurança do doente
• Adoção de cultura de inovação no uso da tecnologia
• LEAN
• Eficiência
• Qualidade
• High Reliability Organization
• Data Analytics – identifica oportunidades/problemas, monitoriza a
conformidade e demonstra resultados
• Valor
• Comparative quality advantage
• Retorno de investimento
Qualidade em Saúde

TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO
CENTRADAS NO DOENTE
UMA APOSTA

“Ensuring the right people have the right information at


the right time to do the right thing at the right place…
and
…use technology to make it difficult for them to do the
wrong thing”

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Qualidade em Saúde

Hospital de Cascais | Care profile and overview

Camas

277
Portfolio One Portfolio Three Portfolio Five

População RH (FTE) 169.000


Urg. 2018
282,000 1,248
a

Medical Specialties Diagnosis and Treatment Surgical Specialties Medical-Surgical Emergency


Cardiology Respiratory Medicine Pathology (Anatomic) Immunohemotherapy General Surgery Orthopedics General Adult ER
Gastroenterology Neurology Anesthesiology Physical Medicine and Gynecology ENT Pediatric ER
Internal Medicine Psychiatry Clinical Pathology Rehabilitation Obstetrics Urology OB/GYN ER
Pediatrics/Neonatology Radiology Ophthalmology Dermatology
Qualidade em Saúde

Melhor Saúde
Melhor Experiência de Cuidados

Que desafios?
Qualidade em Saúde

Desafios | O “presente” é cada vez mais, um curto intervalo de tempo.

Sociedade em Avanço científico e Pessoas mais


constante mudança tecnológico da informadas e mais
Medicina exigentes
Qualidade em Saúde

Desafios | O que se impõe às organizações?


Qualidade em Saúde

Desafios | Tecnologia e Inovação

QUALIDADE

Tecnologia e Inovação
como suporte ao foco SEGURANÇA
principal:

CUIDADOS DE SAÚDE EFICIÊNCIA


CENTRADOS NO
DOENTE
SUSTENTABILIDADE

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Qualidade em Saúde

Desafios | Tecnologia e Inovação

Excelência Clinica e Melhores Outcomes…


Com a melhor experiencia para o utente…
Promover a eficiência e a sustentabilidade!
Como é que a tecnologia ajuda a uma estratégia de
Cuidados Centrados na Pessoa?
Qualidade em Saúde

Desafios | Mudança de Paradigma

HIGH TECH HIGH TOUCH


Tecnologia de ponta Saber cuidar
Inovação Respeito pela individualidade
Desenvolvimento empatia e compaixão
Investimento em tecnologia Investimento na relação humana

HIGH CARE
Qualidade em Saúde

Desafios | Mudança de Paradigma na Enfermagem

“ Se queres fazer algo novo, tens de


deixar de fazer algo velho. ”
Peter Drucker
Qualidade em Saúde

UMA NOVA
VISÃO
Qualidade em Saúde

Tecnologia | Futuro

A tecnologia em saúde
pode transformar e
melhorar os cuidados?
Qualidade em Saúde

High Care | Benefícios


Qualidade | Segurança | Eficiência | Satisfação

Tempo de cuidados diretos;


Proximidade ao doente;
Envolvimento na relação terapêutica;
Individualização dos cuidados;
Satisfação do doente e família;
Eficácia da comunicação multidisciplinar;
Qualidade da tomada de decisão em equipa;
Cultura de segurança (- duplicação, -
transcrição);
Eficiência (- deslocações, - tempo administração
medicamentos e na passagem turno, - papel).
Qualidade em Saúde

Tecnologia | Fatores para o sucesso


Uso da tecnologia centrado no doente
Tecnologia como incentivo ao conhecimento
Partilha de modelos, resultados e boas práticas – benchmarking
Alinhamento de processos
Gestão proactiva da mudança
Lideranças fortes e transformacionais
Qualidade em Saúde

Tecnologia | Como organizar

Método - Metodologia Processo de


Enfermagem

Arquitetura tecnológica - Desenvolver


Sistemas de Informação Integrados e
Estruturados

Linguagem classificada (Internacional)


Entender/ comparar / recurso

Conexão com a comunidade através da


informática - Entender/ comparar / recurso
Qualidade em Saúde

Tecnologia | Como acompanhar

Direções | Lideranças | Equipas

Visão e orientação | Envolvimento e Motivação


Compromisso com a Qualidade | Foco nos Resultados
Melhoria Contínua | Comunicação

A tecnologia permite mais segurança com


automatismos
que suportam a tomada de decisão do enfermeiro.
NO ENTANTO, NUNCA O SUBSTITUI.
Qualidade em Saúde

Tecnologia | Benefícios comprovados

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Qualidade em Saúde

Tecnologia | Exemplos

Performance e melhoria contínua

INDICADORES

Suporte à tomada de decisão

ALARMÍSTICAS

Relacionamento doente/família

TEMPOS DE ESPERA

Continuidade cuidados

PARTILHA DADOS SAÚDE


Qualidade em Saúde

Indicadores Tecnologia | Resultados

Neonatologia
Dados em tempo real;
T axa de aleitamento materno
Objectivo: atingir uma taxa de aleitamento materno s uperior a 30%
75%

Indicadores necessários para gestão e


57% 47% T otal 2016 Objectivo
50% 40%
41% 39% > 30%
33% 53% 32%
30%

Jan
15%
Fev Mar
28%

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov


24%

Dez
● > = 30% ● < 30%
padrões enfermagem;
Evolução Mensal Objectivo

T axa de infeção associada ao cateter central


Objectivo: não exis tirem infecções as s ociadas ao cateter central

Transparência para utentes e famílias;


3,0%
2,3% 2,5% T otal 2016 Objectivo
2,0% 1,4% 0,0%
1,5%
0,9%
0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
0%
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez ● = 0% ● > 0%

Indicadores multidimensionais: processo,


Evolução Mensal Objectivo

T axa de Incidência de Úlceras de P ressão


Objectivo: atingir uma taxa de Incidência de Ú lceras de P res s ão inferior a 7%

43%
25% T otal 2016 Objectivo
resultado, efetividade (das práticas, segurança,
satisfação, eficiência);
2% < 7%
50

7%
7% 0% 0% 0%0%0%
0% 0% 0% 0% 0% 00% 0%
0
Jan FevJan Mar Abr Mai JunFev 1 Jul Ago Set OutMar
Nov Dez ● < 7% ● > = 7%
Evolução Mensal
Series1
Evolução
denominador
Mensal Objectivo
Series2

Performance e atuação ao momento.


Qualidade em Saúde

Tecnologia | Suporte à Tomada de Decisão


Alarmísticas – Avaliação do Doente

Reavaliação Médico

Enfermeira
116
Qualidade em Saúde

SCORES | Risk assessment


117
Qualidade em Saúde

SCORES | EWS
The data is automatically recalled from the nursing interventions generating a score
118
Qualidade em Saúde

SCORES | EWS

Visualization of
the score and
recomendation
s on real time.
119
Qualidade em Saúde

ALERTAS
120
Qualidade em Saúde

ORDER SET
121
Qualidade em Saúde

Alertas no Sistema

In the emergency department the nurse can visualize in a global and quick way, the
“status” of the prescription: awaits administration or administered.
122
Qualidade em Saúde

Alertas

There are several symbols and colours, as in the previous slide, that show the “status”
of a prescription, which helps the
nurse quickly visualize what is pending and act on this/prioritize their work.
Qualidade em Saúde

Tecnologia | Continuidade Cuidados


Qualidade em Saúde

HIGH TECH + HIGH TOUCH = HIGH CARE

Saber tirar o melhor partido da tecnologia e dos sistemas de


informação;

Centrar o uso da tecnologia no doente;

Recolher os dados certos que permitam gerar a informação


necessária a um melhor cuidado e a uma melhor experiência;

Partilhar e comparar essa informação;

Garantir o compromisso com cuidados seguros e de qualidade.


Qualidade em Saúde

Tecnologia | Centrada no Doente


UMA APOSTA

“Ensuring the right people have the right


information at the right time to do the right thing
at the right place…
and
…use technology to make it difficult for them to
do the wrong thing”

125
Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Enquadramento


Em 2017 foram criadas 4 Fast Tracks na Urgência Geral do Hospital de
Cascais (Sépsis, Coronária, AVC, Fratura do Colo do Fémur), garantindo
o rápido acesso, acompanhamento e qualidade clínica nos cuidados
de saúde a estes doentes.

A maturidade tecnológica então atingida no Hospital de Cascais


permitiu introduzir elementos inovadores no processo, tendo como pilar
central o processo de Triagem de Manchester já existente.

Sessões de Brainstorming

126
Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Equipa


Foi criada uma equipa multidisciplinar para a
implementação do projeto:

Médicos dos Serviços de Ortopedia,


Cardiologia, Neurologia, Medicina Interna e
Anestesiologia;
Serviços de Urgência Geral, Bloco Operatório e
Imagiologia;
Direções Clínica e de Enfermagem;
Direções de Produção, Sistemas de
Informação e Eficiência e Melhoria Contínua

A equipa definiu medidas a serem implementadas, estimou


os impactos e os recursos necessários, elaborou o
cronograma do projeto e apresentou regularmente pontos
situação.
Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Implementação


Desenho dos Fluxogramas processuais:

3
Coronária FLUXOGRAMA VIA VERDE CORONÁRIA
3
Fratura C. Fémur
FLUXOGRAMA FAST TRACK C. COLO DO FÉMUR
AVC Sépsis
Doente é admitido Doente é admitido
no Hospital no Hospital
Timing recomendado da realização do ECG: até 10m após adnissão no Hospital

Doente triado na
Urgência
Doente triado na
Urgência Doente triado na Doente é admitido
Urgência na Urgência
Listagem
1
Listagem
Fluxograma – Dor Listagem
Segue fluxograma Não torácica 1
normal do doente SU + qualquer discriminador Tem todos os Critérios
1
da Listagem 1
Doente triado na 2 ou + dos Critérios
Segue fluxograma Não de suspeita de fratura Urgência Segue fluxograma Não de Presunção de
normal do doente SU do Cólo do Fémur?
Sim normal do doente Infeção presente?
(Listagem 1)
Listagem (Listagem 1)
Não 1
Caso SUSPEITA VVC
Sim Tem pelo menos 2
Segue fluxograma Não critério de inclusão? Sim Listagem
normal do doente SU (listagem 1)
Enfermeiro da Não Caso SUSPEITA 2
Triagem informa sala Doente é levado
Fratura C. Fémur 2 ou 3 dos Critérios
ECG (telefonema) +
de imediato para
o Gabinete de
Não de qSOFA
alarmística por sms ECG Sim presentes?
Enfermeiro toca o
Enfermeiro da (Listagem 2)
Timing máximo Objetivo VVC para saída do Hospital ( 60 m apósadmissãoa)

botão da Reanimação
Listagem Triagem pede RX Doente é levado Caso SUSPEITA
Técnico realiza ECG e e Doente é levado de
preenche tabela no
2 Bacia para de imediato para VV AVC imediato para

Timing máximo Objetivo VV AVC para trombólise ( 60 m apósadmissãoa)


o Imagiologia
sistema (Listagem 2) Imagiologia Reanimação
Também é possível iniciar VVC na realização do ECG Sim Aguarda
(mesmo que não tenha sido detetado na Triagem) observação
Não Tem um dos 2 primeiros Caso SUSPEITA VVS médica (não passa
Sai da Via Verde Coronária critérios da Listagem 2? Técnico realiza RX da Bacia Calibrado Listagem à frente) +
(tem Supra de ST ou Bloqueio
Reanimação: 2 alarmística Gab 5

Fluidoterapia (15m após suspeiita)


Completo do Ramo Esquerdo?)
Médico realiza avaliação do estado geral do

Timing aconselhado VVS para


Sim
Alarmística desencadeada pelo sistema - é enviado Não Resultados avaliados pelo doente + pedido de MCDTs (Listagem 2)

a
um sms chefe de equipa + médico Gab 5. Técnico: É confirmada uma
fratura proximal C. Fémur? Listagem
Listagem Escala 1 1ª Observação
3 Sim 3
Inicia-se 1ª Consulta Médica e iniciam-se os primeiros Listagem Médica GAB 5: 1 ou
pedidos: Simcríticos no contexto de Não Aplicação da Escala do NIHSS. Sai da Via Verde SEPSIS Sim mais dos Critérios

Timing Objetivo Fast Track para Cirurgia do Cólo do Fémur ( 48 horas apósadmissãoa)
4 Comunica "Resultados
1. Primeiras medidas gerais (monitorizações e
terapêutica) - Listagem 3 ortopedia" por telefone (+ sms Ortopedia) ao Sai da Via Verde AVC Total >= 6 ou / continua fluxograma de exclusão
2. Pacote de MCDTs - Listagem 4 Listagem Ortopedista + realiza RX Tórax Critérios 3 ou 9 >= 2 presentes?

Timing máximo obrigatório VVS para Antibioterapia ( 60 m após suspeiita)


3. Decisão de Reperfusão - Critérios de Exclusão - 5 (Listagem 3)
Listagem 5 Sai da Fast Track C. Fémur Sim
Inicia-se 1ª Consulta Médica: Avaliação inicial do Não
doente e tomada de decisão sobre cirurgia Caso CONFIRMADO
Cardiologia considera Contacto com Tem 1 ou mais
Cardiologia (interna ou
Sim VV AVC
que o doente deve critérios de Médico prescreve Fluidoterapia
permanecer como H. Sta. Cruz) para exclusão?
VVC? parecer final (Listagem 5)
e doente inicia de imediato
Não Manter doente
Não em Fast Track C. Doentes segue de imediato para realização da TAC
Sim Cólo do Fémur? (é pedido apoio Neurologia)
Caso CONFIRMADO Médico esclarece informações com familiares do Médico realiza/avalia:
VVC Sim doente e acompanha doente à TAC 1) Gasimetria
Caso CONFIRMADO 2) Pressão arterial
FTCF
Listagem
Listagem Médico aguarda relatório da TAC
2 e Patologia Listagem
6 Ainda em âmbito da 1ª consulta, iniciam-se os
Não
Qual o tempo de primeiros pedidos:
(Caso verifique hemoragia na 4
Não Tem 1 ou mais TAC, passa ao passo seguinte) Tem 1 ou mais
Evolução do 1. Terapêutica Inicial - Listagem 2 Listagem
critérios para Não
Doente?
2. Pacote de MCDTs pré-OP - Listagem 3 Fatores de
transferência?
Mais de (<6, 6-12, >12h) de 6 a 12 Horas 3
3. Outros pedidos - Listagem 4 Gravidade?
12 horas
Pedido de Consulta de Anestesia (papel + sms) Listagem Listagem (Listagem 4)
Sim Tração cutânea (se apropriado)
Segue indicações especiais Listagem 4 3
(em UCI ou SO) Consentimento informado cirúrgico
Listagem Pedido de sangue (Tipagem) + UCE
4 Tem 1 ou ma is cri térios Tem 1 ou ma is
Menos de 9 de excl usão para cri téri os de Sim
Continua terapêutica e Sim Sim
Listagem 6 horas MCDTs definidos + Trombectomia? excl usão para
Continua terapêutica e 7 Terapêutica (listagem 9) (Listagem 4) Trombólise?
MCDTs definidos +
Listagem
10 Enviada alarmística por SMS (Listagem 3) Caso CONFIRMADO
Terapêutica (listagem 7) Continua terapêutica e
MCDTs definidos + para Equipa de Anestesia Não VVS
Terapêutica (listagem 10) Médico formaliza pedido de transporte + para consulta Fast Track CF Sai da VV AVC mas segue com
transferência Não
Doente é transferido para Doente a guarda tra nsferência. indicações especiais para
Enfermaria Passou mais de 90 minutos Não Doente tem alta do Médico pede e doente
desde admissão? (Alerta do Nota importante: todos os esforços devem Hospital e é Listagem Internamento realiza de imediato a
Sistema e/ou decisão do próprio ser realizados para que o doente seja
Realizada Observação
transferido 5
médico
transferido em menos de 60 minutos (Consulta Interna) de Angio-TAC
Aparece alarmística com terapêutica
desde a sua chegada ao Hospital Anestesia e verificados Listagem
que surge por defeito para o doente.
Se o médico retirar a seleção desta
Sim requisitos cirúrgicos 5
Neurologista
Inicia Trombólise 1) Doente realiza pacote definido de
terapêutica, deve justificar. Deverá
Aparece uma mensagem com " presente e MCDTs (Listagem 5) +
aparecer a mensagem seguinte:
Listagem "Considerar Fibrinólise para este
assumida pelo
"terapêutica aconselhada para assume início de Sim possibilidade alarmística para Patologia
8 doente. Quer continuar e verificar se Neurologista
Doente Via Verde Coronária", deseja Aguarda resultados trombólise
manter? Se não, justifica. o doente tem critérios para MCDTs Mensagem de Recomendações para o Protocolo
Fibrinólise?" Listagem prescrição
doente que termina esta VV AVC: Não
Quando o médico está a prescrever 6 1
Listagem - Doentes com FA/Flutter devem realizar Não Não 2) Doente inicia no momento:
os medicamentos para a alta do Doente fica no SO ou no Internamento UCI aceita fazer trombólise Angio-TAC com Angio-TAC com
doente (exterior) também deve man Médico quer 5 anticoagulação; - Antibioterapia inicial
a aguardar condições favoráveis para a Não e receber doente? oclusão? oclusão?
ter as referências da Listagem 8. seguir com Não
Doente APTO - Promover profilaxia do TEV Sim (Protocolo prescrição 1)
(nota de alta) avaliação para cirurgia. Sugestão de alertas de
para Cirurgia? - Considerar prescrição de Antiagregantes
Fibrinólise? monitorização para Med. Interna / Não Sim Sim
Anestedia e Ortopedia (Listagem 6)
e Estatina
Sim Listagem Sim (Terapêutica no Internamento e na alta)
11
Tem 1 ou mais Enviada alarmística por SMS para Chefe Doente deve ser transferido para uma UCI tem vaga para Aguarda Resultados das Análises
Aparece uma mensagem com Continua Terapêutica e Doente deve ser
Critérios Absolutos
Sim "Fibrinólise contraindicada. continua-se a tentativa de de Equipa de Enfermagem com alerta Unidade com Equipa de receber doente?
de exclusão para transferido para UML
Promover com celeridade a contacto para transferência até do jejum necessário de 6h até cirurgia Trombectomia escalada
Fribrinólise?
Angioplastia Primária". aceitação da mesma.
Sim
(Listagem 11)
Não
Não Listagem Não
Não Doente precisa
2ª Observação médica
12
de Plaquetas?
Tem 1 ou mais Contacto com Cardiologia Escala
Critérios relativos
Sim Cardiologia (interna considera que o Sim
de exclusão para
ou H. Sta. Cruz) para doente fazer Transferência para SOFA
Fribrinólise?
parecer final Fibrinólise?
Anestesista gera pedido Plaquetas e
UCI
(Listagem 12) Não Tem pelo menos 1 SIM
Não Sim comunica (por telefone) à no SOFA Simplicado?
Listagem
Imunohemoterapia a necessidade de (Escala SOFA)
13 plaquetas (transporte gerido pela Imuno)
Deverá surgir uma janela com
as guidelines e alertas para a
realização da Fibrinólise. Imunohemoterapia providencia plaquetas e
avisa o Serviço Requisitante quando as Sim
Inicia Fibrinólise + monitorização plaquetas estão disponíveis.

CONTACTA UCI
Não positiva
Avaliação Doente a guarda ci rurgia.
dos critérios de Sim Doente deve ser transferido Não Doente entra na + ALARMÍSTICA
Passaram mais de 40 HORAS
reperfusão no máximo em 24h
desde admissão? (Alerta gerado Sala de Cirurgia
(Listagem 13) automaticamente no sistema )

Não
Sim
Deve proceder à
transferência imediata com
Envio alarmística por SMS para Equipa de Envio alarmística por email para Medicina
a máxima urgência Anestesia e Equipa Ortopedia com a Física e Reabilitação assim que a Cirurgia
mensagem "Doente HC _______ há 40 termine com a mensagem: "Doente_____
horas na Fast Track Cólo do Fémur e ainda da Fast Track do Colo do Fémur terminou
não foi realizada cirurgia." a cirurgia às __ horas".
Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Implementação


Elaboração dos procedimentos clínicos:
Coronária Fratura C. Fémur AVC Sépsis

a
Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Implementação - Triagem


A triagem foi o pilar central do projeto – deteção precoce dos casos potencialmente
suspeitos, através de triggers manuais (juízo clínico) e automáticos (algoritmos com base na
Triagem de Manchester)

ADMISSÃ
O UG
Trigger
manualapelo
ENTRADA

Enfermeiro
Fluxograma de
cada Fast
Triagem Trigger Track
Manchest automático
er pelo Sistema
informático (*)

(*) Com base na informação inserida na Triagem de Manchester 130


Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Implementação - Triagem


Exemplos das ferramentas implementadas:
Soluções de suporte à decisão clínica – triggers automáticos com base na informação inserida na
Triagem de Manchester (exemplo das Fraturas do Colo do Fémur) + Botões aceleradores

Triagem

Utente teste
Algoritmo dos casos suspeitos de Fast
a Track:
Idade ≥ 60 + mobilidade “cama” +
Fluxograma “Problema nos membros”
ou
Fluxograma “Queda”

Botão Acelerador:
Pedido de RX da bacia pelo enfermeiro da
Triagem

131

Acesso Rápido à Fast Track para


triggers manuais do enfermeiro da
triagem
Qualidade em Saúde

ICONOGRAFIA |Visão na lista de doentes - Triagem


Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Implementação


Exemplos das ferramentas implementadas:
Iconografia própria dos doentes das Fast Tracks para
acompanhamento em tempo real no workflow de trabalho dos
enfermeiros, técnicos e médicos.

Confirmad Cancelad
Suspeito
o o
Coronária

AVC

Sépsis

Fratura C. Fémur
Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Implementação


Exemplos das ferramentas implementadas:
Scores e Escalas integrados no sistema de triagem (como a Escala
de Cincinnati na Fast Track do AVC)

134
Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Resultados


Outcomes Clínicos:
Desde o início da implementação do projeto (novembro 2017) até março de 2018, foram
detetados cerca de 2.130 doentes pelas Fast Tracks, 9% foram casos clínicos confirmados,
dos quais 52% seguiram os protocolos clínicos estabelecidos.

184 casos
clínicos
confirmados
Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Resultados


Outcomes Clínicos:
Dos 184 casos confirmados, 89% foram desencadeados na triagem. Destes, 70% foram
despoletados por sugestão automática do sistema com base na informação introduzida pelos
enfermeiros na Triagem de Manchester.
Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Resultados


Outcomes Clínicos e de Eficiência:
Exemplos adicionais de outcomes clínicos decorrentes da deteção precoce e da rápida atuação
dos profissionais – Fast Track da Fratura do Colo do Fémur: redução em cerca de 50% no
tempo porta-cirurgia nos doentes da Fast Track do Colo do Fémur, sendo que praticamente
80% destes doentes são submetidos a cirurgia em menos de 48h, tal como preconizado em
guideline

137
Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Resultados


Outcomes Clínicos e de Eficiência :
Ainda na Fast Track da Fratura do Colo do Fémur: considerável diminuição na taxa de
mortalidade intra-hospitalar destes doentes, situando-a nos 2,2%, acompanhado por uma
igualmente relevante redução na demora média global destes doentes (em cerca de 4 dias)
Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Resultados

Tempo Médio de
Triagem:
A discreta diferença do tempo
médio de triagem para
doentes das Fast Tracks face
ao tempo para doentes
triados com pulseiras
amarelas e laranjas (2m26s),
é largamente compensada
pela criação de valor deste
processo no que respeita a
resultados em saúde para
estes doentes.
Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Conclusões

a
Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Ferramentas de Acompanhamento

Benchmarking Hospitais - ACSS


http://benchmarking.acss.min-
saude.pt/
Net Promoter Score
https://lusiadas.eu.qualtrics.com/login?
path=%2Fvocalize%2F&product=voc

Close Loop
http://lusiadasbi/Cascais/Cascais_Oper
acional/CloseLoop/Pages/Default.aspx
Qualidade em Saúde

Fast Tracks | Conclusões

Ferramentas que maximizam a deteção


precoce de casos suspeitos

Processos que
a
apoiam e uniformizam
a atuação clínica

Cuidados de excelência com impacto


na qualidade e segurança

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