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Departamento Científico de Dermatologia
(2019-2021)
Dermatoviroses –
Verrugas e Molusco Contagioso
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Dermatoviroses – Verrugas e Molusco Contagioso
A remissão espontânea das verrugas é des- Figura 2. Área de hiperceratose, cor da pele, arredondada,
crita em dois terços das crianças em perío- de 0,5 cm de diâmetro.
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– Verruga filiforme: é de formato mais alongado, O diagnóstico das verrugas é clínico2,4. Nos
protuberante, da cor da pele e perpendicular à casos excepcionais em que persistirem dúvidas,
superfície cutânea, localizada principalmente o exame histopatológico ou de reação em cadeia
na região perinasal (figura 4) e perioral4. da polimerase (PCR) podem ser utilizados4. A
dermatoscopia auxilia no diagnóstico2.
Figura 4. Pápula da cor da pele, protuberante, alongada e
Deve-se estar atento ao diagnóstico dife-
fina, na narina esquerda.
rencial quando houver aparecimento de carac-
terísticas atípicas como ulceração, crescimen-
to irregular, resistência ao tratamento e lesões
hiperpigmentadas2. No diagnóstico diferencial
podem ser incluídos: acrocórdon, líquen plano,
líquen nítido, melanoma amelanótico e outras
lesões malignas cutâneas2, nevo epidérmico3 e
condiloma plano sifilítico5.
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da quanto ao histórico de doença e examinada daquela idade, que reforçam a suspeita. Lesões
em busca de lesões de HPV, que se negativos, o físicas raramente estão presentes no exame clí-
PCR se faz necessário. É preciso levar em conta a nico de rotina. Se confirmado o abuso, ou manti-
possibilidade de abuso sexual se a investigação da a suspeita, a notificação deve ser feita aos ór-
da mãe for negativa. gãos de defesa e proteção legal, o tratamento da
criança efetuado, bem como os encaminhamen-
O encontro de lesões por HPV, em crianças
tos necessários para seu tratamento psicológico
maiores de 3 anos e adolescentes abaixo de 14
e de seus responsáveis não agressores.
anos, em região genital e anal, pode ser consi-
derado um indício de atividade sexual, que, pela Entrevistas com os cuidadores e a criança
lei brasileira é tida como estupro (artigo 217 e (adequada à capacidade conforme a faixa etária),
218 do Código Penal Brasileiro), por levarem em exame físico completo e rastreamento de outras
conta a imaturidade psíquica e sexual da criança doenças sexualmente transmissíveis devem ser
e adolescente, bem como a incapacidade de de- realizados. No caso de suspeita de abuso sexual,
fesa e autoproteção7,8. a criança deve ser encaminhada ao local de saú-
de de referência para estes atendimentos5. O se-
O contato da criança com casais portadores
guimento do caso pelo pediatra, de preferência
do vírus HPV, que mantém relações sexuais na
com a participação de equipe multidisciplinar,
presença da criança, pode ser outra fonte de con-
incluindo profissionais de saúde mental, com
taminação. O abuso pode ser considerado indire-
apoio de avaliações psicossociais, aumenta, em
to quando há somente o testemunho da criança
muito, o nível de precisão da decisão de conduta
ao ato sexual. Ou abuso sexual direto no caso de
destes casos10.
haver envolvimento da criança no ato sexual de
adultos, o que constitui violência gravíssima. Há que se ressaltar que toda suspeita de vio-
lência contra crianças e adolescentes deve ser
É preciso lembrar que o abuso sexual pode
notificada ao Conselho Tutelar, bem como ao
acontecer em todas as idades, gêneros, etnias e
Ministério Público, este, preferencialmente nas
grupos socioeconômicos e está associado a da-
situações mais graves, como é a do abuso sexual.
nos à saúde física e psicológica9 das crianças. Este
Trata-se de notificação compulsória pelo Minis-
fato gera sérias consequências ao desenvolvi-
tério da Saúde e obrigatória pelo artigo 245 do
mento da sexualidade na infância e adolescência.
Estatuto da Criança e do Adolescente11.
A presença de condiloma acuminado é um
desafio para o pediatra e uma investigação mi-
Prevenção
nuciosa é necessária para que dados que afas-
tem definitivamente, ou sustentem a suspeita de A prevenção primária é impedir o contato
abuso, sejam obtidos. É importante considerar o com as fontes de transmissão do HPV5. Evitar
histórico familiar e o tipo de cuidado e proteção manipulação das verrugas, usar calçados em lo-
que a criança recebe, bem como avaliar a exis- cais de banhos públicos e não compartilhar obje-
tência de outros sinais de violência. tos de uso pessoal são indicados como cuidados
preventivos2.
As alterações de comportamento são os sinais
psíquicos mais frequentes do abuso sexual, e se A vacina foi desenvolvida para proteger con-
manifestam como: medos dirigidos a pessoas tra a infecção pelo HPV e suas doenças conse-
do convívio da criança ou de determinado sexo, quentes, e tem se mostrado eficaz e segura12,13.
deslocamento de atenção, hiperatividade, hetero Tendo em vista que os tipos 16 e 18 causam apro-
ou autoagressividade, dificuldades de socializa- ximadamente 70% dos cânceres de colo uterino
ção, sinais de erotização precoce, sexualidade e os tipos 6 e 11 causam aproximadamente 90%
exacerbada, demonstração de conhecimento so- das verrugas anogenitais, a vacinação contra o
bre temas sexuais que não deveriam fazer parte HPV deve ser parte da rotina de imunização12.
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O Programa Nacional de Imunizações brasi- mais adequada2. Deve ser avaliada a capacidade
leiro disponibiliza a vacina quadrivalente HPV4 de colaboração da criança, fazendo com que ela
que contempla os tipos 6, 11, 16 e 18 de HPV. participe da escolha terapêutica conforme seu
São recomendadas duas doses com intervalo de grau de compreensão e evitando procedimentos
6 meses entre elas, para indivíduos entre 9 e 14 dolorosos em crianças de idade escolar e pré-
anos, e em três doses (0, 1 a 2 e 6 meses) para -escolar1,19.
maiores de 15 anos. Imunossuprimidos devem
O tratamento pode ser domiciliar ou em con-
receber as três doses14. Existe, fora do Brasil, a
sultório. Quando em consultório, geralmente
vacina 9-valente, que agrega mais tipos de HPV
são necessárias várias visitas17, deve ser realiza-
relacionados à oncogênese12.
do em local apropriado e por médico treinado e
A resolução de verrugas cutâneas após a ad- experiente4.
ministração da vacina HPV tem sido documenta-
Em nosso meio os medicamentos mais aces-
da, mas sua eficácia ainda não é comprovada2,15.
síveis são os colódios com ácido salicílico e lác-
tico (Tabela 1)4. Há fortes evidências científicas
Tratamento das Verrugas da eficácia do ácido salicílico1,2,20, entretanto ele
não deve ser utilizado na face1. Seu uso domici-
Uma opção é o seguimento com observação, liar deve ser orientado da seguinte forma17:
já que tem curso autolimitado, com dois terços
das verrugas em crianças resolvendo em até dois – deixe a verruga úmida por 5 minutos, gentil-
anos e três quartos em até três anos. Nas verru- mente desbaste a superfície com uma lixa de
gas genitais há remissão em 76% das crianças unha – de uso único. Lembrar que verrugas são
em até cinco anos do aparecimento1. virais e podem ser transmitidas para outros lo-
cais de pele ou mucosa,
Apesar das verrugas serem autolimitadas,
– proteja a pele ao redor com vaselina ou espa-
muitas não se resolvem rapidamente, sendo per-
radrapo,
sistentes ou recidivantes, o que pode compro-
meter a qualidade de vida do paciente, causando – passe o medicamento diretamente sobre a su-
constrangimento, ansiedade, dor ou desconforto perfície da verruga, espere secar,
local16, além do possível comprometimento fun- – cubra com esparadrapo,
cional da região acometida2. Pacientes imunos-
– repetir estes passos todas as noites até a re-
suprimidos apresentam verrugas em maior nú-
missão da verruga (por 2 a 4 meses).
mero e resistentes ao tratamento2.
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Pacientes infectados pelo VMC apresentam Figura 7. Eritema e descamação ao redor de lesão de
pápulas, arredondadas, firmes de 2 a 5 mm, em molusco contagioso periocular.
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Figura 8. Molusco contagioso com sinais inflamatórios e Erupções semelhantes à Síndrome de Gia-
crostas hemáticas. notti-Crosti foram relatadas em pacientes com
MC e também sugerem maior probabilidade de
melhora clínica iminente36.
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do paciente. Inclui principalmente doenças de Medidas gerais devem ser recomendadas aos
etiologias inflamatória, infecciosa e neoplásica, pacientes e familiares para evitar a dissemina-
por exemplo: verrugas planas, condiloma acu- ção do VMC. Recomenda-se não coçar as lesões,
minado, granuloma piogênico, tumores anexiais não compartilhar utensílios de banho, piscina ou
e histiocitose de células de Langerhans. Em pa- banheira.
cientes imunossuprimidos, o diagnóstico dife-
Existem várias alternativas terapêuticas dis-
rencial inclui principalmente histoplasmose e
poníveis, entre elas medidas mecânicas, quími-
criptococose.
cas, imunomoduladores e antivirais, mas ainda
As lesões geralmente se resolvem espon- faltam evidências para se definir a melhor te-
taneamente, mas anos podem passar até que a rapia. Afim de reduzir a dor dos procedimentos
extinção completa da infecção ocorra. Por este está indicada a aplicação de anestésicos tópicos
curso imprevisível, a necessidade de tratamento (30 minutos a 1 hora antes).
ativo em pacientes com MC é controversa.
A curetagem é um método eficaz que consis-
Para crianças imunocompetentes com MC, o te na remoção mecânica das lesões de MC. Pode
tratamento é opcional. Em geral, adolescentes ser realizada com uma cureta (Figura 11) ou com
e adultos com lesão em área genital devem ser punch (material utilizado para a realização de bi-
tratados para evitar a disseminação sexual da ópsias). A resolução é imediata, por isso é o mé-
doença. O tratamento também é indicado para todo de escolha para o tratamento do MC. Após
indivíduos imunocomprometidos, nos quais as a curetagem, o iodo povidona tópico pode ser
infecções podem se tornar graves e persistentes. aplicado pois existem relatos de que este antis-
séptico potencializa o efeito de outros tratamen-
É consenso indicar tratamento nos pacientes
tos. A curetagem pode causar dor, sangramento e
com doença extensa, complicações secundárias
cicatrizes.
(infecção bacteriana, dermatite perimolusco e
conjuntivite) ou queixas estéticas.
Figura 11. Exemplo de material necessário para
É importante conscientizar os pais e respon- curetagem.
sáveis sobre o curso esperado da doença sem
tratamento e os potenciais efeitos adversos de
cada opção de tratamento. Vale ressaltar que os
métodos destrutivos e agentes tópicos não de-
vem ser utilizados em lesões localizadas na mu-
cosa ocular ou pálpebras, e pacientes com lesões
oculares sintomáticas devem ser encaminhados
ao oftalmologista.
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