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Entrei no Carmelo com a impressão de ter dado

muito a Jesus. Pedi, pois, à minha Teresinha para


compor, pela música do «Rapelle Toi», um poema que
lembrasse a Jesus tudo o que pensava ter-lhe
sacrificado e tudo o que a nossa família tinha sofrido.
Ela acolheu o intento com prazer, como ocasião de me
dar uma liçãozinha!... Em numerosas estrofes evocou
não o que eu tinha feito por Jesus, mas o que Ele tinha
feito por mim.
Pensei então na parábola do fariseu e do
publicano2. Não tinha eu imitado um pouco o primeiro
que se vangloriava de pagar o dízimo de todos os seus
bens?
Teresa quisera ensinar-me a esquecer-me
completamente para viver no amor e na ação de graças3.

1
Relato da irmã de sangue de Santa Teresinha, Celina. Era a segunda mais
nova da família, muito íntima da nossa Santa, e a última a ingressar na vida
religiosa. Tinha ficado a cuidar do pai durante a última doença que o levou
a entregar a sua alma a Deus. No Carmelo de Lisieux, Celina, que assumiu o
nome de religião: Soror Genoveva da Santa Face, foi noviça de Santa
Teresinha.
2
Ver no Evangelho de São Lucas cap. 18, 9-14.
3
Excerto retirado da obra Santa Teresa do Menino Jesus e Soror Genoveva
da Santa Face. Conselhos e Lembranças. Livraria Apostolado da Imprensa.
Porto, 1955.

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