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CRIPTO

NÁRIO

O mais completo guia sobre termos e


jargões do mercado cripto para você
aprender e se tornar fluente em criptonês
de uma vez por todas.
INTRO-
DUÇÃO
Prazer, este é o seu dicionário
oficial para entender, se
comunicar e sobreviver no
universo das criptomoedas.

Compilamos aqui todos os


termos técnicos (ou pelo menos
os 99% mais utilizados) do
mercado cripto.

A ideia é que você tenha esse


material sempre por perto para
consultar e nunca mais “travar”
se alguém te perguntar se você é
hodler ou mão de alface.

Se surgir aquela dúvida,


é só consultar!
A
Altcoin: alt de alternativas e coin de
moedas, ou seja moedas alternativas ao
bitcoin. Dessa forma, altcoin são todas as
criptomoedas que foram criadas depois do
bitcoin.

AML (Anti-Money Laundering): em português,


Anti-Lavagem de Dinheiro.
São estratégias, regras e regulamentos para
combater a lavagem de dinheiro, como
receber dinheiro apenas via transferência
bancária e do próprio titular da conta, como
muitas exchanges já fazem.

ATH (all time high): indica que o preço de


uma criptomoeda atingiu a maior cotação
de sua história.

Ataque de 51% (51% percent attack):


protocolos abertos de blockchain são
vulneráveis a ataques que poderiam tirar
proveito da necessidade de consenso. Se
mineradores são capazes de controlar 51%
dos nós que operam a rede, eles podem
manipular regras fundamentais e assumir o
controle do sistema adotando suas próprias
mudanças no código e substituindo a
necessidade de outros envolvidos no sistema
concordarem com essas mudanças antes de
serem implementadas.

Ativos digitais (digital assets): é a


representação digital de algum bem ou
serviço como um carro, uma casa, um
quadro, um direito de voto e etc no formato
de um token. Esse token, ou ativo digital, é
transacionado digitalmente com a utilização
de criptografia e blockchain e pode ser
utilizado como forma de investimento,
instrumento de transferência de valores ou
acesso a serviços.

Assinatura múltipla (multi-sig): refere-


se a um endereço de criptomoeda que
necessita de mais de uma chave privada
para transferência de fundos. A função de
assinatura múltipla é comumente usada
em transações comerciais nas quais uma
empresa não quer que apenas uma pessoa
tenha as chaves de um endereço. Também
é utilizada em transações feitas por meio de
uma conta-garantia (escrow) ou quando se
quer garantir camadas extras de segurança.

Airdrop: ou “lançamento aéreo” é uma


distribuição gratuita de um token ou
criptomoeda para vários endereços
de carteira. Isso acontece com novos
projetos que acabaram de passar pela
fase de desenvolvimento e acabam de ser
lançados. Os airdrops são uma estratégia de
marketing de seus criadores, implementados
principalmente como uma forma de ganhar
atenção e novos seguidores, resultando
em uma base de usuários maior e em um
desembolso mais amplo de moedas.
B
Baleia (whale): é uma pessoa ou entidade
que possui uma grande quantidade em
criptomoedas. As baleias podem influenciar
o preço quando compram ou vendem. À
medida que as criptomoedas amadurecem,
ou o valor de mercado (market cap) delas
aumenta, é possível que as baleias tenham
uma influência menor nas flutuações de
preços das moedas digitais.

Bear Market: ou “mercado de urso” é uma


expressão emprestada de Wall Street que
diz respeito a uma temporada ruim de
determinada moeda digital ou de todo o
mercado.

Bifurcação da rede (fork e hard fork):


divisão no código que sustenta o sistema
da blockchain. A blockchain pode ser
bifurcada por uma série de motivos: desde
atualizações de códigos planejadas até
cenários de mudança completa do sistema. As
bifurcações simples de rede (soft forks) referem-
se a atualizações ou alterações de código
planejadas e que não alteram a estrutura base
ou o funcionamento do sistema da blockchain.
Uma bifurcação complexa da rede (hard
fork) é uma mudança que pode ter impactos
consideráveis na blockchain e nas moedas
relacionadas. As bifurcações complexas de
rede são difíceis de implementar, e devido
à necessidade de consenso para gerenciar
as redes descentralizadas, como o bitcoin
e o ethereum, pode resultar em duas redes
diferentes.
Blockchain: em português, significa cadeia
de blocos. É a tecnologia que embasa o
Bitcoin e outras criptomoedas para que eles
possam funcionar de forma descentralizada.
É uma espécie de livro de registros
criptografados e compartilhado em uma
rede de computadores.
Nele estão armazenadas todas as
informações das operações. Ele só pode ser
alterado após passar por um processo de
verificação e aprovação de todos os milhares
de computadores que a compõem.
Como esse registro é mantido em vários
computadores, se alguém for invadir o
sistema para alterar os dados gravados
na cadeia terá que invadir diversos outros
computadores ao mesmo tempo. Algo
praticamente impossível.
Por esse motivo é que o Blockchain é visto
como uma tecnologia segura.

Bloco gênesis: nome dado ao primeiro bloco


do Bitcoin, minerado por Satoshi Nakamoto.

Bull Market: ou “mercado de touro” é uma


expressão emprestada de Wall Street que diz
respeito a uma tendência de alta de preços
de determinada moeda digital ou de todo o
mercado.
C
Cadeia de blocos (blockchain): é uma
tecnologia que visa a descentralização como
medida de segurança. São bases de registros
e dados distribuídos e compartilhados que
possuem a função de criar um índice global
para todas as transações que ocorrem em
um determinado mercado. Funciona como
um livro-razão, só que de forma pública,
compartilhada e universal, que cria consenso
e confiança na comunicação direta entre
duas partes, ou seja, sem o intermédio de
terceiros. Está constantemente crescendo
à medida que novos blocos completos são
adicionados a ela por um novo conjunto
de registros. Os blocos são adicionados à
blockchain de modo linear e cronológico.
Cada nó — qualquer computador conectado
à essa rede tem a tarefa de validar e
repassar transações — obtém uma cópia
da blockchain após o ingresso na rede. A
blockchain do bitcoin possui informação
completa sobre endereços e saldos
diretamente do bloco gênese até o bloco
mais recentemente concluído. A blockchain é
vista como a principal inovação tecnológica
do bitcoin visto que é a prova de todas as
transações na rede. Seu projeto original tem
servido de inspiração para o surgimento de
novas criptomoedas e de bancos de dados
distribuídos.

Capitalização de Mercado (Marketcap): é


um termo que permite que os investidores
entendam o valor relativo de uma
criptomoeda em relação às outras,
analisando seu histórico de capitalização e
projetando o movimento dos investidores a
médio e longo prazo.

Carteira digital (wallet): peça vital do


sistema de criptomoedas e algo que os
usuários precisam ter familiaridade para
armazenar com segurança suas moedas
digitais. As criptomoedas são desenhadas
usando chaves criptográficas pública e
privada. A chave pública é uma série única
de letras e números que é visível a todos
e pode ser identificada na blockchain. A
chave privada é mantida apenas pelo
usuário custodiante da moeda digital e
é necessária para acessar os fundos e
completar transações. Ou seja, a chave
pública pode ser compartilhada com
outras pessoas com o objetivo de, por
exemplo, receber fundos. Já a chave
privada jamais pode ser revelada ou
armazenada de maneira digital, pois
com ela em mãos, qualquer pessoa
pode acessar seus fundos e roubar suas
criptomoedas. Existem vários tipos de
carteiras, incluindo carteiras de papel e
carteiras-dispositivo (hardware wallet)
que são usadas para armazenar as
moedas digitais de maneira offline. Estes
dois exemplos são considerados formas
de armazenamento frio (cold storage
ou cold wallet). Por outro lado, a forma de
armazenamento quente (hot storage ou hot
wallet) é uma carteira que pode ser acessada
online, o que facilita realizar transações, mas
pode ser vulnerável a ataques. Uma carteira
digital em seu celular é um exemplo de hot
wallet.

Chave privada: essa é a única informação


necessária para acessar as criptomoedas e
fazer uso delas. Além disso, também protege
sua conta de ser acessada por outras
pessoas.
A chave privada é composta por uma
série de caracteres e números e deve ser
armazenada em local seguro, pois se o
usuário perder o acesso, não terá como
recuperar seus saldos em criptomoedas

Chave pública: é como se fosse o número de


sua conta bancária, utilizado para receber
fundos. Basicamente funciona como seu
endereço na rede.

Cold wallet: é uma carteira offline para


armazenar criptomoedas.
Esse modelo de carteira digital é um
dispositivo que utiliza de tecnologia
criptográfica para armazenar suas senhas
que dão acesso às suas criptomoedas e não
fica conectado à Internet.
Dessa forma, protege a carteira de acessos
não autorizados, ataques hackers e demais
vulnerabilidades às quais um sistema
conectado à Internet é suscetível.

Conheça Seu Cliente (Know Your Customer,


KYC): são procedimentos que pretendem
evitar que pessoas utilizem criptomoedas
para lavagem de dinheiro ou para financiar
outras atividades criminosas. Muitas
exchanges de criptomoedas exigem de
seus usuários informações básicas de
identificação antes de permitir transações
entre moedas fiduciárias e criptomoedas.

Consenso (Consensus): este é o pilar central


das blockchains abertas, como a do bitcoin
e de outras criptomoedas. Atingir o consenso
é um processo de tomada de decisão
complexo, contudo é necessário para que um
sistema opere de maneira verdadeiramente
descentralizada. O consenso é obtido a partir
dos usuários que rodam nós (computadores)
da rede e sinalizam suas preferências
em relação a alterações no código e
atualizações. Se uma quantidade suficiente
de nós aceitar uma mudança no código,
então aquela alteração é implementada
por todos os participantes da rede antes
que novos blocos sejam adicionados na
blockchain.

Contrato inteligente (smart contract): a


possibilidade de usuários interagirem em um
ambiente não confiável e poderem verificar
informações sem a necessidade de terceiros
é a proposta do contrato inteligente da
ethereum. Os contratos inteligentes podem
ser definidos antecipadamente pelas partes,
executados em algoritmo e verificados na
blockchain, tudo sem a necessidade de
um intermediário. Contratos inteligentes
podem ser usados para economizar tempo e
dinheiro, e é esperado que tornem-se cada
vez mais úteis e populares, pois cada vez
mais dispositivos estão conectados à internet
executando interações mais complicadas
com o passar do tempo.

Confirmação: um processo realizado quando


um novo bloco válido é adicionado no
blockchain. É feito pelos mineradores após
verificar, confirmar e publicar na blockchain
as transações válidas.

Corretora (exchange): plataforma online


para comprar e vender criptomoedas
utilizando moeda tradicional emitida pelo
governo (moeda fiduciária), ou para executar
trocas entre diferentes criptomoedas.
A maioria das corretoras legítimas que
aceita moeda fiduciária para compra de
criptomoeda adere, em algum nível, ao
procedimento conhecido como “Conheça
Seu Cliente (Know Your Customer, em inglês)”,
destinado a prevenir lavagem de dinheiro e
outras atividades criminosas. Essas medidas
exigem que os clientes revelem informações
básicas de identificação antes de realizarem
transações. As corretoras têm níveis
diferentes de exigência de identificação dos
seus clientes, de modo que seus usuários
devem compartilhar informações em relação
a quanto e com que frequência estão
trocando criptomoeda por moeda fiduciária.

Criptografia: é uma codificação de


mensagens para evitar que outras pessoas
possam decifrar o seu conteúdo.
No caso do Bitcoin, usa-se a função hash
SHA-256 para criptografar (codificar) o
conteúdo das transações.
Justamente por utilizar a criptografia
para confirmar as transações que as
criptomoedas têm esse nome.

Criptomoeda (Cryptocurrency): esta palavra


geralmente refere-se a tokens digitais ou
moedas digitais que são produzidas por um
sistema de blockchain, como o bitcoin e o
ethereum. Existem outras formas de dinheiro
digital, como unidades de valor produzidas
dentro de video games ou, até mesmo,
sistemas alternativos de dinheiro baseados
em plataformas digitais, como o e-gold.
Porém, estes sistemas não são criptomoedas.
Devemos notar também que mesmo se
uma blockchain tiver um token digital
associado, ele pode não ser necessariamente
considerado uma criptomoeda. Como o
próprio nome diz, criptomoedas apoiam-
se em criptografia para prover segurança e
proteger (ou ao menos blindar) a identidade
dos usuários. Criptomoedas compartilham
algumas características do dinheiro
tradicional respaldado pelo governo, pois
algumas são usadas como reserva de valor
ou meio de troca. Contudo, criptomoedas
continuam a ser reguladas diferentemente
ao redor do mundo. Em alguns países,
criptomoedas são consideradas dinheiro, em
outros elas são reguladas como commodities
ou valores mobiliários.
D
dApps (aplicação descentralizada): é uma
entidade autônoma de código aberto que
pode ser atualizada ou modificada por
um grupo de usuários mediante consenso.
O objetivo de um dApp é remover a
necessidade de autoridade central, como
governos ou corporações. Exemplo: um
aplicativo de compartilhamento de caronas
(como o Uber) sem nenhuma empresa por
trás. As transações entre as pessoas ocorre
por meio do aplicativo sem a existência
de um intermediário. O bitcoin pode ser
considerado um dApp. Os dados dos
usuários em um dApp são criptografados
em uma blockchain pública para prevenir a
existência de um ponto único de falha. dApps
também usam tokens de uma blockchain
existente ou produzem seus próprios tokens
para incentivar a manutenção e operação
da aplicação.

DeFi (Decentralized Finance): em português,


finanças descentralizadas. Os aplicativos
DeFi tem o objetivo de replicar os serviços
oferecidos no sistema financeiro tradicional
como empréstimos, derivativos, trocas e
negociações de ativos, porém sem o controle
e necessidade de um intermediário. Hoje a
maior parte dos projetos DeFi estão sendo
executados na blockchain Ethereum, mas
existe DeFi em outras blockchains como na
do Bitcoin por exemplo.

DEX (Decentralized Exchange): Uma


exchange descentralizada é uma plataforma
que elimina os intermediários do processo
de negociação e permite que seus usuários
troquem criptomoedas diretamente entre si
sem KYC (know your customer).
E
Efeito de rede (network effect): refere-se à
ideia de que algo se torna mais valioso à
medida que mais pessoas o usam. Empresas
e serviços de tecnologia baseadas em
usuários são bons exemplos. O Facebook, por
exemplo, torna-se mais valioso à medida que
mais pessoas usam a plataforma. No universo
cripto, o bitcoin tem efeito de rede pois foi a
primeira grande moeda a atingir uma base
ampla de usuários.

ETF: é a sigla em inglês para Exchange


Traded Funds, que são fundos de índices
comercializados como ações.

Exchanges: são as corretoras de criptoativos.


Essas empresas fazem a intermediação das
operações de compra e venda de moedas
digitais.
F
Faucet: é uma prática que consiste em
alguns sites e portais da internet fornecerem
pequenas frações de alguma criptomoeda
para as pessoas em troca de algumas ações
que o usuário deve fazer, como assistir a
vídeos de anúncios, propagandas, clicar em
links que a empresa quer promover. Faucet,
do inglês, significa torneira. Neste caso, a
expressão é uma alusão a uma torneira
pingando, as gotas de água seriam as
frações do bitcoin que são distribuídas aos
usuários do site.

Forks: são atualizações no protocolo ou no


código de determinado criptoativo.
Eles podem ser tanto uma mudança mais
branda e compatível com versões anteriores
(soft fork), quanto uma alteração mais
intensa e incompatível (hard fork).

Os forks do Bitcoin, por exemplo, já deram


origem à moedas como Bitcoin Cash e
Litecoin.

FUD: sigla para a expressão “fear, uncertainty


and doubt” (medo, incerteza e dúvida,
em inglês), que sintetiza o sentimento de
insegurança dos operadores de moedas
digitais em momentos de volatilidade
extrema nos preços.

FOMO (Fear Of Missing Out): pode ser


considerado o sentimento de ansiedade
ou a ideia de que outras pessoas estão
compartilhando uma experiência positiva
ou única.
É um sentimento de medo e ansiedade
de que você possa estar perdendo
um investimento ou oportunidade de
negociação potencialmente lucrativa.
Os investidores de criptomoeda podem sentir
isso quando veem uma alta em uma moeda
que eles ainda não compraram. A sensação
FOMO é particularmente prevalente quando
uma criptomoeda aumenta de valor
significativamente em um período de tempo
relativamente curto.
GH
Gas: o termo refere-se ao custo
necessário para concluir transações na
rede ethereum. O gas é um reflexo de
recursos computacionais que a blockchain
do ethereum necessita para verificar e
armazenar uma transação. A ideia por
trás do gas é a cobrança de uma taxa
que tornará o sistema mais sustentável,
especialmente quando o ethereum alterar
sua forma de obtenção de consenso de
prova de trabalho (proof-of-work) para
prova de participação (proof-of-stake).

Halving: um ajuste periódico (na média,


de 4 em 4 anos) que ocorre na rede do
Bitcoin e que reduz pela metade a emissão
de novos bitcoins e consequentemente a
recompensa dos mineradores pelo trabalho
exercido.
Esse processo ajuda a garantir a
característica deflacionária deste ativo
uma vez que com o tempo o número
de bitcoins novos criados por dia vai
diminuindo e o bitcoin vai ficando cada vez
mais escasso.

Hardware Wallet: é uma carteira de


criptomoeda offline que armazena suas
chaves privadas de maneira mais segura,
longe da Internet. Todas as carteiras
hardware são sem custódia, ou seja,
você é o único que possui acesso às suas
chaves privadas e fundos e pode fazer
movimentações. Isso significa que quando
você guardar suas criptomoedas em uma
hardware wallet, você se torna seu próprio
banco o/

Hash: hashing é o processo de verificação


da blockchain que utiliza um algoritmo
de hash seguro (no caso do bitcoin, o
algoritmo de hash seguro é chamado de
SHA 256). As mineradoras usam o hashing
para acessar a blockchain e competir
por novos bitcoins. O processo requer
alto poder computacional, portanto,
as mineradoras tentam continuamente
construir plataformas mais sofisticadas, o
que contribui para o seu poder de hash.

Hashrate: uma medida utilizada para medir


a velocidade da resolução de um código
dentro da blockchain.
Ou seja, a velocidade que os mineradores
conseguem processar dados.
Quanto maior o número de máquinas, ou
mais potentes os chips de processamento,
maior será o hashrate.

Hot Wallet: são as carteiras de


criptomoedas que estão online e
conectadas de alguma forma à Internet.
Carteiras de celular e de computador são
consideradas hot wallets.

Hodl: essa é uma das palavras que inspirou


o desenvolvimento do criptonário. É uma
palavra específica do universo cripto que
surgiu em uma conversa famosa sobre
bitcoin. “Hodl” é um trocadilho com a
palavra hold (manter, segurar, deter). É um
jargão da internet muito conhecido pelos
entusiastas das criptomoedas. “Hodlers”
são aqueles investidores que compram
criptos e seguram a longo prazo, não
vendem de jeito nenhum, nem como uma
grande queda de preço do mercado.
I
ICO (Initial Coin Offering): é a Oferta Inicial
da Moeda, uma pré-venda de alguma
criptomoeda. O dinheiro arrecadado
é usado para financiar o projeto. É o
equivalente a uma IPO (oferta pública
inicial) no mercado tradicional de ações.

Imutabilidade (Immutability): representa


uma viagem sem volta. Imutabilidade
significa que, uma vez que um bloco é
verificado e adicionado à blockchain, o
conteúdo daquele bloco (como os detalhes
das transações) não pode ser editado ou
alterado. O conceito de imutabilidade é a
chave para a confiança e funcionamento
da blockchain. Desenvolvedores da
ethereum viraram manchete quando
decidiram substituir a imutabilidade da
sua rede após o ataque hacker, em 2016,
à plataforma The DAO (A Organização
Autônoma Descentralizada, uma espécie
de plataforma para desenvolvimento de
dApps). O histórico da rede foi revertido
para recuperar os milhões de dólares que
haviam sido sequestrados pelo golpista
digital e, consequentemente, devolvê-
los aos investidores originais. A decisão
resultou em um hard fork (bifurcação na
rede) que criou duas redes: ethereum (nova
rede) e ethereum classic (rede original).

Internet das coisas (Internet of


things): descreve um cenário de
hiperconectividade no qual dispositivos,
desde itens domésticos até redes inteiras
de energia, estão conectados à internet.
Presume-se que a hiperconectividade ou a
coleta e monitoramento de informações em
tempo real levará à melhoria da qualidade
de vida e aumento da eficiência (em
termos de uso de energia, por exemplo).
A infraestrutura de internet existente hoje
é um fator limitante para o aumento da
capacidade da internet das coisas. A
tecnologia blockchain, principalmente
por meio dos contratos inteligentes
(smart contracts) e redes confiáveis, é
vista como um componente chave para o
desenvolvimento da internet das coisas.

Internet do dinheiro (Internet of


value): a internet que existe hoje é
categorizada como a internet da
informação. O surgimento da blockchain
e das criptomoedas tem possibilitado a
existência de sistemas de valor que não
estão relacionados a sistemas financeiros
tradicionais, mas que também podem
ser usados para armazenar, verificar e
transferir valores, tais como votos eleitorais,
direitos autorais e propriedade intelectual.
Assim como a internet mudou a forma
como nos informamos e nos comunicamos,
uma nova maneira mais segura para a
troca de valor está prestes a revolucionar
os setores comercial e financeiro, com a
criação de bens e serviços que ainda não
existem.
Investimento em protocolos (protocol
investing): estratégia que exige que
investidores se concentrem em escolher
e investir em protocolos de blockchain
que formam base para os sistemas das
criptomoedas. Bitcoin é um protocolo,
assim como ethereum e outras moedas
digitais. A lógica implícita do investimento
em protocolos é que, à medida que
mais aplicativos, produtos e serviços são
criados, o protocolo base torna-se mais
valioso.
LM
Lightning Network (Rede Lightning): é
um protocolo construído em camada
2, uma camada adjacente no bitcoin
com o objetivo de tornar as transações
instantâneas e baratas (com custo de
menos de um centavo por transação). A
rede lightning tem crescido muito no último
ano e irá tornar o bitcoin uma moeda
global para pagamentos no dia a dia.

Livro-razão distribuído (distributed ledger):


este é outro termo, mais descritivo, que
representa o que é blockchain. Livros-razão
distribuídos utilizam, como base, redes de
pessoa para pessoa (peer-to-peer) para
criar um sistema confiável de verificação,
no qual computadores, dispositivos
diversos e indivíduos conectados à internet
possam trocar valor sem a necessidade de
nenhum tipo de intermediário.

Mão de alface (weak hand): oposto do


hodler (aquele que segura as moedas
digitais como investimento de longo
prazo). , o “mão de alface” se livra das suas
moedas durante as baixas de mercado
por medo, ansiedade nas quedas ou por
não entender o verdadeiro potencial ou a
vantagem da tecnologia.

Mempool: é a área de espera de


criptomoedas para transações não
confirmadas que aguardam ser
capturadas pelos mineradores.
Mineração: é um processo em que
computadores são usados para decifrar
códigos e gerar novas criptomoedas.
Quando uma equação matemática for
resolvida, uma nova “cadeia de blocos”
é gerada e o proprietário da máquina é
bonificado.

Minerador (miner): parte fundamental do


sistema de prova de trabalho para validar
e manter a blockchain. As mineradoras
dedicam poder computacional (hash
power) para resolver problemas
matemáticos, o que resulta na criação de
linhas de códigos de dados verificados
que são adicionados à blockchain.
As mineradoras são recompensadas
por seu trabalho recebendo novas
criptomoedas caso sejam as primeiras
a verificar um bloco (que pode conter
centenas de transações individuais).
Um novo bloco também contém dados
do bloco anterior, ou seja, o sistema é
construído sobre si mesmo, evitando
fraudes ou alterações uma vez que
é difícil voltar e manipular um bloco
individualmente. Embora a mineração, ou
prova de trabalho, seja interessante na
perspectiva computacional, requer muita
energia e equipamentos especializados
para explorar os principais sistemas da
blockchain.

Moeda fiduciária (fiat): é o dinheiro


tradicional. Moedas legalmente
reconhecidas, criadas e controladas
pelos governos, geralmente através de
bancos centrais ou de alguma agência
centralizada similar. O fornecimento das
moedas fiduciárias mais modernas não
está vinculado a qualquer commodity,
como por exemplo o ouro, e pode ser
criado pelos governos para lidar com
percalços financeiros ou econômicos,
levando a situações inflacionárias, que
geralmente desvalorizam a força da
moeda.

Multisig: Ou multi-assinatura de endereços


permitem que várias partes assinem
parcialmente um endereço com uma chave
pública. Quando alguém quer gastar
alguns dos bitcoins, eles precisam de
algumas dessas pessoas para assinar sua
transação, além de si mesmos. O número
necessário de assinaturas é acordado
no início quando as pessoas criam o
endereço.
OP
Oferta Inicial de Criptomoeda (Initial Coin
Offer, ICO): foi assim que alguns projetos
de criptomoedas surgiram. As ofertas
iniciais de criptomoedas são uma espécie
de cruzamento entre campanhas de
financiamento coletivo e oferta pública
inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do
mercado de ações. A principal diferença
é que existe uma barreira de entrada
pequena para entrar em uma ICO. Com
esforço mínimo, qualquer um pode escrever
um artigo técnico e propor uma nova
rede ou um novo token com base em
uma rede já existente. É provável que as
ofertas iniciais de moedas futuras sejam
examinadas pelos reguladores com mais
rigor.

Pagamento de pessoa para pessoa (peer-


to-peer payment): a confiabilidade de uma
transação digital de pessoa para pessoa
foi uma das maiores motivadoras para
a criação e a rápida adesão do bitcoin.
A ideia era simples: como os usuários
poderiam fazer negócios entre si através
da internet sem a necessidade de envolver
um intermediário, como um banco, uma
empresa de cartão de crédito ou outro
serviço de pagamento. A remoção do
intermediário significava que os usuários
precisariam de outra maneira para
poder confiar uns nos outros antes de
executar uma transação. Para suprir essa
necessidade surge a blockchain. Pessoas,
grupos e empresas agora têm um sistema
confiável para enviar ativos digitais de
um lado para o outro sem a necessidade
de passar por um intermediário. O
objetivo dos sistemas da blockchain
é tornar as transações mais rápidas e
baratas. Usuários também podem realizar
micropagamentos, ou seja, pequenas
frações que antes eram muito pequenas
para serem rentáveis.

Paper wallet: ou carteira de papel,é um


papel impresso fisicamente que contém
as chaves públicas e privadas da
criptomoeda.

P2P (peer-to-peer): Ou ponto-a-ponto.


É a negociação direta de Bitcoin sem
depender de um intermediário, seja
uma exchange, bolsa ou operadora.
É um sistema online que permite aos
consumidores transferirem fundos de seus
cartões de crédito ou banco para outro
usuário sem o envolvimento direto de
bancos intermediando a transação.

Poder computacional de mineração (hash


power): as moedas digitais são criadas
quando mineradores resolvem complexos
problemas matemáticos ao verificar e
armazenar dados em blocos. Criar esses
blocos requer uma quantidade cada
vez maior de poder computacional. O
poder computacional de mineração é
uma medida da capacidade de uma
mineradora ou um equipamento de
mineração usado para criar e manter
blocos. As mineradoras que procuram
lucrar, especialmente por meio da
mineração de moedas mais estabelecidas,
buscam continuamente maneiras de
aumentar seu poder de hash. Algumas
empresas têm criado operações de
mineração elaboradas e caras para
aumentar o poder de hash, mas o processo
requer altos custos de energia.
Protocolo aberto (open protocol):
blockchains como o bitcoin e o ethereum
são protocolos abertos que permitem a
participação de qualquer usuário ligado
a um computador. Por sua natureza,
protocolos abertos são descentralizados,
isolando-os de alguns tipos de falhas de
segurança. Protocolos abertos dependem
do consenso para tomar decisões e
implementar mudanças no código que
alimenta a blockchain.

Prova de capacidade (proof-of-capacity): é


um tipo de mineração que utiliza o espaço
no HD do computador do minerador como
prova de capacidade.
Assim, quem tiver mais espaço disponível
tem mais chance de ser o criador do
próximo bloco.

Prova de participação (proof-of-stake):


assim como a prova de trabalho, a
prova de participação é um algoritmo
utilizado para encontrar consenso em uma
cadeia de blocos. Ao invés de usar poder
computacional complexo (que requer
muita energia) para verificar transações
e criar blocos, as provas de participação
da blockchain são verificadas por usuários
que possuem a moeda. A confiança da
Blockchain é garantida pelo proprietário,
diferente do modelo de prova de trabalho.
A lógica é de que os mineradores que
participam do modelo de prova de
participação trabalhem para manter a
integridade da blockchain com intenção
de manter o valor da moeda digital.
Também existe aleatoriedade integrada no
modelo prova de participação projetada
para evitar a centralização do poder.

Prova de trabalho (proof-of-work): sistema


para verificar e manter uma transação da
blockchain, utilizado por muitas moedas
digitais. A prova de trabalho requer
alto poder computacional para resolver
um problema, mas permite verificação
com mais facilidade, tornando-se uma
ferramenta útil para prevenir coisas como
spam de e-mail e outros vírus. No universo
cripto, a prova de trabalho é usada para
incentivar as mineradoras a dedicar
o poder computacional para verificar
transações da blockchain.
S
Satoshi: é o primeiro nome de Satoshi
Nakamoto, o misterioso criador da primeira
moeda digital, o Bitcoin.
“Satoshi” também se refere à menor fração
possível do bitcoin. 1 Satoshi equivale a
0,00000001 Bitcoin.

Sem necessidade de permissão


(permissionless): uma das principais
características da blockchain ou dos
livros-razão distribuídos é que eles não
possuem necessidade de permissão, ou
seja, qualquer pessoa, em qualquer lugar,
pode baixar um nó (um software para
computador) e se tornar parte da rede. Os
usuários do nó podem acessar os dados
criptografados do bloco. Hospedar um nó,
ou oferecer energia do computador para
ajudar a criar e manter a rede, é diferente
de ser um minerador.

Sistema descentralizado: é aquele que não


precisa de intermediários para funcionar,
como um Banco Central, por exemplo.

Stablecoins: um stablecoin é qualquer


criptomoeda atrelada a um ativo estável,
tal como ouro ou moedas fiat.

Swap de token: Um Swap de tokens,


também conhecida como migração de
token, é a transferência de tokens digitais
de uma blockchain para outra blockchain.
Isso acontece principalmente quando os
projetos se utilizam de uma blockchain
para arrecadar investimentos, a rede
Ethereum por exemplo, e depois precisa
transferir seus tokens para sua própria rede
blockchain assim que a mainnet do projeto
é lançada.

Scam: no mundo cripto é um termo usado


para se referir a projetos ou empresas que
são golpes. Como exemplo, podemos citar
projetos de criptomoedas criados apenas
para tirar dinheiro das pessoas com
promessas milagrosas de ganhos rápidos,
as carteiras virtuais falsas ou empresas de
fachada que são esquemas de pirâmide.
O tipo mais tradicional de scam é aquele
em que uma empresa ou usuário faz uma
proposta de investimento prometendo
retornos altíssimos em pouco tempo. Em
geral, são caracterizados por muitas
promessas, pouca informação e falta de
profissionalismo.

Shitcoin: um termo que pode ser


traduzido livremente como “moedas-
porcaria” ou “moeda-lixo”, usado para
se referir às moedas que não propõem
soluções, vantagens ou inovações. Ou
seja, são basicamente as criptomoedas
inúteis, projetos que prometem grandes
margens de lucro, mas não oferecem os
fundamentos necessários para tal.

Nem sempre uma shitcoin é facilmente


identificável e, em alguns casos, pode até
possuir uma equipe eficiente de marketing,
que consegue atrair investidores em
grandes números. Porém, um dos principais
incentivos para a adoção dessas moedas
é o baixíssimo preço de negociação,
sugerindo a ideia de um falso potencial de
crescimento explosivo.

Supply: do inglês “fornecimento”, significa


a quantidade de moedas (coins) que
o projeto possui. Cada projeto de
criptomoeda tem uma quantidade de
coins ou tokens em circulação. Em sites
especializados que monitoram o mercado,
geralmente você pode encontrar o
“Circulating supply”, que é a quantidade
de moedas que estão em circulação, e o
“Max supply”, para se referir à quantidade
máxima de moedas que será emitida.
TW
Testemunha segregada (Segregated
Witness, SegWit): refere-se à uma mudança
no código do bitcoin. O SegWit incorpora
alguns reparos importantes na blockchain
com o objetivo final de aumentar a
eficiência das transações de bitcoin. Antes
de ser ativado na rede, em agosto de 2017,
houve muito debate entre mineradores e
desenvolvedores em torno dessa alteração
do código. O SegWit abre caminho para
que outras propostas de escalabilidade da
rede do bitcoin sejam implementadas.

Token: Diferente das criptomoedas, que


foram criadas com o propósito de serem
moedas, os tokens podem representar
qualquer ativo ou uma utilidade.

Wallets: como o próprio nome sugere,


“wallet” (carteira, em inglês), são locais
usados para guardar criptos. As carteiras
digitais, por exemplo, são um software
onde você pode guardar, enviar e receber
criptomoedas.

White Paper: lançado em 31 de outubro de


2008, white paper é conhecido como o
documento de nove páginas onde Satoshi
Nakamoto descreve todo o projeto e
funcionamento do Bitcoin. Depois disso,
muitos outros desenvolvedores criaram
seus próprios papers para descrever
publicamente outros projetos ou ideias de
criptomoedas.

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