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Leia o capítulo 4 (páginas 93 a 119) e destaque 5 assuntos interessantes para sua vida

e ministério. Explique-os, e informe a página em que aparecem no texto.

Assunto 01: A encarnação de Deus em Jesus Cristo nos faz perceber que não é
necessário buscar o conhecimento de Deus em ideologias seculares ou rituais místicos
sem valor e sentido.

“2. Nosso conhecimento de Deus é pessoal e, portanto, acontece no contexto de nossa


existência corporal no mundo. O Deus que o evangelho proclama é um Deus que entrou
na história humana para colocar-se ao alcance dos homens e participar em todas as
contingências da vida comum. A encarnação é uma negação de toda tentativa de
chegar a Deus por meio do misticismo, do ascetismo ou da especulação racionalista:
conhecemos a Deus por meio da Palavra que toma forma concreta em nossa própria
cultura.” (pg. 100)

Assunto 02: Se o Evangelho não é contextualizado corretamente para a cultura local, a


mensagem por ele levada é totalmente irrelevante e ineficaz.

“Nem a interpretação nem a comunicação do evangelho se realizam no vazio: realizam-


se num contexto cultural e são por ele condicionados.” (pg. 100)

“A encarnação é um elemento constitutivo do evangelho. Desde que a Palavra de Deus


se fez homem, a única possibilidade quanto à comunicação do evangelho é aquela em
que este se encarna na cultura para colocar-se ao alcance do homem como um ser
cultural. Qualquer tentativa de comunicar o evangelho sem uma inserção prévia e
profunda por parte do sujeito comunicante na cultura receptora é subcristã.” (pg. 101)

“Sem uma tradução que vá, mais além das palavras, até uma inserção na matéria-prima
da vida histórica na cultura receptora, o evangelho é uma fantasia. O evangelho envolve
a proclamação de Jesus Cristo como Senhor da totalidade do universo e da existência
humana. Se esta proclamação não se dirige a necessidades e problemas específicos
dos ouvintes, como podem estes experimentar o senhorio de Jesus Cristo em sua
situação concreta? Contextualizar o evangelho é traduzi-lo de tal maneira que o
senhorio de Jesus Cristo não seja um princípio abstrato ou uma mera doutrina, mas o
fator determinante da vida em todas suas dimensões, o critério fundamental com
relação ao qual sejam julgados os valores culturais que estão no próprio cerne do
homem. Sem esta contextualização, o evangelho será uma mensagem tangencial e até
irrelevante.” (pg. 102)

“Para que haja uma resposta inteligente frente ao evangelho, seja positiva ou negativa,
se requer uma comunicação efetiva, uma comunicação que leve a sério o ponto de
contato da mensagem com a cultura dos ouvintes. Sem uma confrontação que encare
os valores e modos de pensamento da cultura não há evangelização verdadeira” (pg.
102)
Assunto 03: A oposição à contextualização do evangelho por temor ao sincretismo
pode impedir que o Evangelho dê as respostas necessárias aos anseios de uma
cultura.

“Aqueles que se opõem à contextualização do evangelho por temor ao ‘sincretismo’


deveriam levar em consideração que é precisamente ali, onde não há uma reflexão
consciente sobre a forma que a obediência ao Senhor Jesus Cristo deve assumir na
situação concreta, que se possibilita que a conduta seja determinada pela cultura ao
invés de ser regida pelo evangelho. Quando a atenção se concentra em formulações
verbais ou nos aspectos externos da vida cristã com o propósito de fechar a porta de
frente ao sincretismo, quase inevitavelmente ele se introduz pela porta dos fundos e
produz um cristianismo-cultura que simplesmente assimila os valores do meio
ambiente. Em cada esforço para comunicar o evangelho fazendo justiça ao contexto
cultural, o perigo do sincretismo está presente.” (pg. 110)

Assunto 04: A teologia da igreja do Terceiro Mundo e da América Latina se mostra


incapaz de fazer frente a ideologias da moda. Isso causa conversões rasas e incapazes
de manter raízes cristãs por mais de 2 ou 3 gerações.

“Sem teologia - sem um ponto de referência em relação ao qual se possa criticar as


ideologias - a igreja acaba sendo absorvida pelo mundo. Não é isto o que se vê, por
exemplo, no caso de jovens criados sob o evangelho que, quando começam a pensar no
significado concreto do discipulado cristão, se acham incapazes de responder à leitura
da realidade que seus amigos marxistas lhes propõem? (Faço alusão ao marxismo
porque neste momento ele é a ideologia com maior alcance "missionário" na maior
parte dos países latino-americanos.) É urgentemente necessário que tenhamos um
arcabouço teológico que nos ajude a avaliar os vários modos de interpretar nossa
situação (ou de mudá-la) sem cair na sacralização de nenhuma ideologia, seja de direita
ou de esquerda.” (pg. 111)

“(a) que o número dos "evangélicos" de segunda e terceira gerações que se afastaram
nos últimos dez ou quinze anos sobe a várias centenas; (b) que em muitíssimos casos
(seria temeroso sugerir um percentual) a razão da separação foi uma crise de fé devida
à ausência de base teológica e da vivência de Cristo que a teologia busca. Aquele jovem
cujos conhecimentos bíblicos não superam o nível da escola dominical, cedo ou tarde
perceberá que seu esquema de cristianismo se rompe, que sua fé não tem fundamento
para suportar o peso de toda a problemática que a vida em sociedade lhe coloca.” (pg.
112)

Assunto 05: A melhor e única teologia que a Bíblia conhece é a teologia "funcional".
Essa teologia é a teologia que deve mover a igreja a fazer o que precisa ser feito
dentro do seu contexto histórico e cultural.

“A teologia é um instrumento para a contextualização do evangelho. E, para que ela


cumpra sua função, deve ter como base a revelação bíblica, deve ser elaborada num
contexto histórico definido e deve ter como meta a obediência ao Senhor Jesus Cristo
hoje.” (pg. 113)

“A única teologia que a Bíblia conhece é uma teologia ‘funcional’, é teologia que se faz
em função da realização do propósito de Deus por meio de seu povo. [...] a teologia não
pode ficar com o indivíduo e sua problemática, mas necessita ir mais além, e discernir a
vontade de Deus com relação ao mundo no qual a igreja está chamada a viver o
evangelho.” (pg. 114)

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