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CÁLCULO DE FALTAS

DIMENSIONAMENTO DE CABOS PELO NÍVEL DE CURTO CIRCUITO POR


TEMPO LIMITADO
PROFESSOR MÁRIO ROBERTO DE LIMA PEREIRA
DIMENSIONAMENTO DE CABOS PELO NÍVEL DE CURTO
CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
3º Critério - CAPACIDADE DA CONDUÇÃO DE CORRENTE DE CURTOCIRCUITO POR
TEMPO LIMITADO
• No dimensionamento dos condutores é de grande importância o conhecimento do nível das
correntes de curto-circuito nos diferentes pontos da instalação, isto porque seus efeitos térmicos
podem afetar o isolamento do cabo, e seus efeitos mecânicos afetar elementos de fixação .
• Capacidade de curto-circuito
• Quando do dimensionamento de cabos isolados para operação em sistemas com alto nível de
curto circuito, é de fundamental importância a verificação da capacidade dos cabos envolvidos
em resistir aos efeitos mecânicos e térmicos provenientes das correntes de defeito.
• A corrente de curto-circuito permissível em um cabo isolado depende da máxima temperatura do
condutor permitida pela isolação e da duração do curto-circuito, isto é, do tempo de atuação dos
dispositivos de proteção.
• Em sistemas onde altas correntes de curto-circuito estão envolvidas, as forças entre condutores
devem ser também consideradas.
DIMENSIONAMENTO DE CABOS PELO NÍVEL DE CURTO
CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
Efeitos Mecânicos
• As forças resultantes são proporcionais ao quadrado da corrente instantânea de curto-circuito
assimétrica e dependem da distância entre os condutores. No caso de cabos de três ou quatro
condutores, as forças provenientes das correntes de curto-circuito são normalmente absorvidas
pelo encordoamento dás fases, enchimento e cobertura, porém em sistemas com alto nível de
curto-circuito, uma armação com fitas planas de aço se torna necessária. Já para o caso de
cabos singelos, quando necessário, deve ser previsto um sistema de fixação por meio de
braçadeiras de material não magnético ou quando de aço, tenham o circuito magnético
interrompido, com o objetivo de absorver os esforços eletromagnéticos resultantes.
Curto-circuito bifásico
• A força eletrodinâmica entre dois condutores singelos para o caso de um curto-circuito fase-fase
pode ser determinada pela equação:
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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
Curto-circuito trifásico
• Para curto circuito trifásico onde os condutores singelos pertencem a um mesmo plano e as
fases são equidistantes entre si (configuração triangular ou em esteira), o valor máximo da força
é dada pela equação:

• Efeitos Térmicos
• Com o propósito de calcular a capacidade de curto-circuito, foi assumido que o intervalo de
duração do mesmo seja pequeno (< 5s), de modo que o calor gerado pelo fluxo de potência de
curto-circuito fique armazenado no condutor, não havendo portanto troca de calor com o meio
ambiente.
• A corrente de curto-circuito permissível para uma dada seção de condutor durante um certo
tempo poderá ser calculada pela equação:
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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO

Os valores de temperatura TF e T1 são estabelecidos por norma, ou seja:

a) Condutor com isolação em PVC - 70°C:


TF = 160° C e TI = 70° C

b) Condutor com isolação em XLPE e EPR:


TF = 250° C e TI = 90°C.
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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
• Para avaliação da temperatura antes do curto-circuito, desde que esta não seja
conhecida, recomenda-se que seja assumido que o cabo opere à plena carga, ou seja,
deve ser considerada a máxima temperatura do condutor em regime normal permissível
pela isolação.
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• Apresentamos na tabela 2.3.3 a seguir, valores máximos permitidos de corrente de
curto-circuito, com tempo de duração t = 1 segundo (60 ciclos), para os cabos FIBEP,
FIBEP H, FIBEP N, FIBEP AFITOX, FIPEX, FIPEX sem cobertura, FIPEX FR e FISEC
TRC, com condutor de cobre, e FIPEX SUPERDRY, com condutor de alumínio.

• Para se obter valores de corrente relativos a tempos t’ de duração do curto-circuito


diferentes, basta multiplicar por (t’)-1/2 os valores de corrente da tabela 2.3.3 adiante.
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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO

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DIMENSIONAMENTO DE CABOS PELO NÍVEL DE CURTO
CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
• Para correntes de curto-circuito superiores a 20 kA, recomenda-se o prévio estudo das forças
eletrodinâmicas envolvidas.
• No caso de se ter conexões em emendas ou terminais feitas por meio de solda com liga de
estanho e chumbo, a temperatura do condutor em regime de curto-circuito deverá ser limitada a
160°C, para que a conexão não perca suas características físicas e mecânicas.
• Para efeito de consulta imediata, fornecemos ábacos nas figuras 2.3.2a 2 , 2.3.2b 3
e 2.3.2c 4 , relativos aos cabos Termofixos e Termoplásticos respectivamente. Os ábacos
representam a solução gráfica da equação de corrente de curto-circuito e permite determinar:
• 1- A máxima corrente de curto-circuito permitida por um cabo em função da seção do seu
condutor;
• 2- A seção do condutor de um cabo necessária para suportar uma determinada corrente de
curto-circuito;
• 3- O tempo máximo que um cabo pode ser submetido a uma determinada corrente de curto-
circuito sem dano para a isolação.
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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
CRITÉRIOS PARA O DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO DO CONDUTOR NEUTRO:
• O neutro deve ser dimensionado considerando a carga da fase mais carregada. Logo, a
Eq. (2.13) fornece a corrente de neutro:
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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO

• Cabe observar que a seção escolhida para o condutor neutro deve ser aquela
relacionada à capacidade de condução de corrente para dois condutores carregados das
Tabelas 31 5 ,32 6 ,33 7 e 34 8 , pois se considera para o seu cálculo
somente um condutor que corresponde ao da fase que contém a maior carga e o próprio
neutro. Conforme maneiras de instalar da tabela 28. 9
• Desta maneira, para o cálculo da seção do condutor neutro se considera que as cargas
das outras duas fases menos carregadas estão desligadas, resultando na pior condição
de operação para este condutor. Para a seleção final de seção deverá ser considerado o
descrito no quadro 44 10 para seção mínima do condutor neutro.
DIMENSIONAMENTO
DE CABOS PELO NÍVEL
DE CURTO CIRCUITO
POR TEMPO LIMITADO

MANEIRAS DE INSTALAR
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DIMENSIONAMENTO DE
CABOS PELO NÍVEL DE
CURTO CIRCUITO POR
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LIMITADO

SEÇÃO MÍNIMA DO CONDUTOR NEUTRO

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POR TEMPO LIMITADO - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO 5
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POR TEMPO LIMITADO - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO
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POR TEMPO LIMITADO - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO
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EXEMPLO DE APLICAÇÃO
• Determinar a seção dos condutores da instalação industrial mostrada na Fig. 2.16. 11

• Sabendo-se que:
- tensão secundária: 380Y/220 V;
- frequência: 60 Hz;
- temperatura ambiente para o motor de 100 CV: 40°C;
- tipo de isolação do cabo do circuito para o motor de 100 CV: PVC - 70°C, instalado em eletroduto
PVC;
- tipo de isolação dos alimentadores do CCM e QDL: XLPE ou EPR;
- tipo de isolação do restante dos condutores: XLPE;
- duração da partida do motor de 100 CV: 8 s.
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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
• Sabe-se que o alimentador do CCM deriva do QGF e, no trecho entre este e o QDL1, os
condutores ocupam o mesmo conduto fechado. A Tab. 2.21 12 fornece os valores de carga da
instalação das dependências administrativas alimentadas pelo QDL2.
• A carga de Iluminação do galpão industrial alimentadas pelo QL1 tem fator de potência igual a
0,95; é constituída por lâmpadas de descarga, e vale:
• Cargas alimentadas pelo QDL1:
- carga entre A - N: 15 kVA;
- carga entre B - N: 16 kVA;
- carga entre C - N: 17 kVA;
• Total: 48 kVA.
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EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Será adotado o sistema de


distribuição TN- S. 23
Sabe-se que a corrente de curto-
circuito simétrica no QGF é de 12 kA
e que todos os dispositivos de
proteção estão ajustados para
atuarem em 0,5 s. O condutor de
proteção deverá ser de cobre nu.
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EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Fig. 2.16
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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
23
EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Fig. 2.17 SISTEMA TN-S E PERCURSO CORRENTE DE FALTA


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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Será considerada, no exemplo, uma queda de tensão máxima de 6%, entre os terminais secundário
do transformador da subestação e o ponto de alimentação da carga, sendo 2% para os ramais
terminais, 3% para os alimentadores do CCM e QDL e 1% para o alimentador do QGF.
Os motores são considerados com fator de potência nominal de catálogo.
Não serão aplicados os fatores de utilização e de simultaneidade e nem se adotará nenhuma
capacidade reserva para os circuitos.
a) Dimensionamento dos circuitos terminais.
a1) Circuitos dos motores
- Motor de 30 CV - 2 polos - 380 V
-critério da capacidade de corrente
Através da Eq. (2.3), tem-se:
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EXEMPLO DE APLICAÇÃO

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Calcula-se a queda de tensão usando o calculo prático,


DIMENSIONAMENTO DE CABOS PELO
NÍVEL DE CURTO CIRCUITO POR TEMPO
LIMITADO

EXEMPLO DE APLICAÇÃO
TABELA 2.1.3a
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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Através da Tab. 2.14b, 14 , para maneira de instalar trifásica e condutor de XLPE, tem-se, igualmente:
• SCM1 = 10 mm2.

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DIMENSIONAMENTO DE CABOS PELO NÍVEL DE CURTO
CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Como o motor de 100 cv está num setor de produção cuja temperatura é de 40°C, deve-se
corrigir o valor da corrente conforme o valor da Tab. 35, ou seja: 16
DIMENSIONAMENTO DE 16
CABOS PELO NÍVEL DE
CURTO CIRCUITO POR
TEMPO LIMITADO

EXEMPLO DE APLICAÇÃO
TABELA 35 – FATOR DE
CORREÇÃO PARA
TEMPERATURAS AMBIENTES
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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
a2) Circuitos terminais de iluminação industrial
• O exemplo não contempla os circuitos terminais da iluminação. A carga concentrada no QDL1, é
de 48 kVA, com cos y = 0,95.
b) Dimensionamento dos circuitos de distribuição dos CCM e QDL2.
- Centro de controle de motores - CCM
- critério da capacidade de corrente
• De acordo com a Eq. (2.4), tem-se:
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EXEMPLO DE APLICAÇÃO
SCCM = 120 mm2 (Tab. 33 17 - maneira de instalar B1 - para três condutores carregados, tipo
XLPE).
Os condutores do CCM estão agrupados juntamente com os condutores que alimentam o QDL1, na
mesma canaleta, totalizando sete cabos carregados . A Tab. 37 indica o fator de agrupamento
desejado, considerando os cabos instalados no método B1, ou seja: FAG = 0,80 (camada única,
sem espaçamento entre os cabos justapostos). Este fator deve ser aplicado ao valor da corrente de
carga na Tabela 33.

• Logo, a seção adequada é: SCCM = 150 mm2.


• - critério do limite da queda de tensão

Como o critério da queda de tensão fornece uma seção igual, deve-se adotar o condutor SCCM =
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EXEMPLO DE APLICAÇÃO
- Quadro de distribuição de luz - QDL1
- critério da capacidade de corrente
• A fase C é a mais carregada DC = 17 KVA

• Aplicando-se o fator de agrupamento FAG = 0,80 da Tab. 37 18 para dois circuitos


carregados, tem-se:
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DE CURTO CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO 18

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

TABELA 37 – CORREÇÃO PARA AGRUPAMENTO DE MAIS DE


UM CIRCUITO OU MAIS DE UM ACABO MULTIPOLAR
INSTALADOS EM CONDUTOS FECHADOS
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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
- critério do limite da queda de tensão

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DIMENSIONAMENTO DE CABOS PELO
NÍVEL DE CURTO CIRCUITO POR TEMPO
LIMITADO

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

TABELA 2.14b – CABOS XLPE QUEDA DE TENSÃO


EM V/A Km.

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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
- seção do condutor neutro
• Considerando-se a fase mais carregada C - N, tem-se:

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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
- seção do condutor neutro
• Pela Tabela 44 a seção do condutor neutro deve ser no mínimo 25mm², portanto adotaremos este
valor para a seção do condutor neutro.
• c) Dimensionamento do circuito de distribuição do QDL2.
• Aplicando os fatores de demanda sobre a parte de carga instalada de Iluminação e tomada,
constantes na Tab. 2.12, tem-se:
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EXEMPLO DE APLICAÇÃO
- Condutores fase
- critério da capacidade de corrente
• De acordo com a Eq. (2.1), tem-se para a fase mais carregada:

O fator de potência médio da carga das instalações administrativas é de 0,80.


Considerando os condutores embutidos em eletroduto PVC, pode-se determinar sua seção, através
da Tab. 33, maneira de instalar A1, isolação termofixo XLPE. Assim, tem-se:
• SQDL2 = 35 mm² (três condutores carregados)
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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
- critério do limite da queda de tensão

• Foi suposto que as 3 fases estão carregadas com a corrente de 98,3 A.


• Logo SQDL1 = 6 mm² (tab. 2.14b - maneira de instalar trifásica)
• Adotando-se o valor que conduz à maior seção transversal, tem-se, finalmente:
• - condutores fase: 3 # 35 mm²
- Condutor neutro
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EXEMPLO DE APLICAÇÃO
d) Dimensionamento do circuito de distribuição do QGF.
• Para cálculo do alimentador do QGF, foi considerada equilibrada a carga dos QDL e CCM, ou seja:

• Considerando-se os fatores de potência das cargas (motores e iluminação), tem-se:


- Condutores fase
- critério da capacidade de corrente
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EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Logo, SQGF = 50 mm². ( Tab. 2.14b - maneira de instalar trifásica )


Adotando-se, finalmente, o valor que conduz a maior seção, tem-se:
· condutores fase: 3 # 240 mm2
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EXEMPLO DE APLICAÇÃO
• Condutor neutro
Através da Tab. 44 pode-se determinar o valor da seção do neutro baseado na seção do condutor
fase de 240 mm2, ou seja:
• SNOGF = 120 mm2

• Observações:
• Alguns autores adotam a seção correspondente ao valor da corrente de neutro, calculada somente
através da Eq. (2.13), o que, muitas vezes, pode conduzir a resultados muito baixos.
• É aconselhável que o condutor que liga o transformador ao QGF seja dimensionado pela potência
nominal do transformador, e não pela potência de carga. Isto se deve ao fato de se poder usar
toda a potência do transformador, que, normalmente, é superior ao valor da potência de carga,
devido à escolha do mesmo recair nas potências padronizadas.
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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
e) Capacidade da corrente de curto-circuito.
• Após definida a seção de todos os condutores e barras, e calculada a potência nominal dos
transformadores e suas respectivas maneiras de conexão com o sistema, deve-se proceder à
determinação das correntes de curto-circuito para os diferentes pontos da rede, notadamente nos
barramentos dos CCM, QDL, QGF e terminais de ligação dos motores.
• Para fixar a aplicação deste método na escolha dos cabos, vamos adotar as seguintes correntes de curto
circuito:
a) barramento do QGF: 12 kA; b) barramento do CCM: 6 kA;
c) barramento do QDL: 8 kA; d) ponto de conexão do motor de 30 CV: 3 kA;
e) ponto de conexão do motor de 50 CV; 3,2 kA; f) ponto de conexão do motor de 100 CV: 5 kA;

g) tempo de atuação de todas as proteções: 0,5 s = 30 ciclos.


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CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
- ponto de conexão do motor de 100 cv: 5 kA;
- tempo de atuação de todas as proteções: 0,5 s = 30 ciclos.
A verificação da capacidade de corrente de curto-circuito se dá como se segue
e1) Motor de 30 CV - 2 polos - 380 V
- condutor: 10 mm2
- isolação: XLPE
• Através do gráfico da Fig. 2.3.3a, 21 , tomando-se a seção do condutor de 10 mm2 e o tempo
de eliminação de defeito de 30 ciclos obtém-se ICS = 2,0 kA. Nestas condições, a isolação do
condutor não suportará a corrente de curto-circuito de 3 kA. Deve-se alterar o tempo de eliminação
do defeito, redimensionando-se a proteção, se tecnicamente aceitável, ou adotar um condutor de
seção superior, ou seja:
• SCCM1 = 16 mm2.
• Logo, a seção final dos condutores do circuito terminal do motor de 30 CV é: SCCM1 = 16 mm2.
DIMENSIONAMENTO DE CABOS PELO NÍVEL DE CURTO
CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
e2) Motor de 50 CV - IV - 380 V
- condutor: 25 mm2
- isolação: XLPE
• Pelo gráfico da Fig. 2.3.3a, tem-se:
• ICS = 5 kA.
Logo, a seção do condutor está compatível com a corrente de curto-circuito nos terminais do motor
que é de: 3,2 kA.
DIMENSIONAMENTO DE CABOS PELO NÍVEL DE CURTO
CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
e3) Motor de 100 CV -IV polos - 380 V
- condutor: 150 mm2
- isolação: PVC
• Pelo gráfico da Fig. 2.3.3b, tem-se: 22

• ICS = 25 kA.
Logo, a seção do condutor está compatível com a corrente de curto-circuito nos terminais do motor
que é de 5 kA.

• Deixa-se para os alunos, em grupo, a verificação da capacidade de corrente do restante dos


condutores para os itens “a, b, c” e que obedece a mesma sistemática seguida.

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