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Impresso por Leandro Rescarolli, CPF 061.260.799-22 para uso pessoal e privado.

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Objetivos de Ap
Aprendizagem
rendizagem
Após estudar esse módulo, você deverá estar capacitado para:

 Entender o que é um experimento para GT


 Conhecer alguns dos experimentos em GT
 Aplicar alguns experimentos em GT

O que veremos ad
adiante:
iante:
4 Os experimentos em GT

4.1 A evolução de um experimento/ Sequência de um experimento


4.2 Sobre as críticas com relação à utilização das técnicas em GT

4.3 As Técnicas/ Experimentos


4.3.1 Hot Seat

4.3.2 Cadeira Vazia

4.3.3 Identificação

4.3.4 Exageração
2
4.3.5 Presentificação

4.3.6 Fantasia guiada ou dirigida

4.3.7 Metáforas como instrumento


4.3.8 Sonho

4.3.9 O uso de afirmações e perguntas

4.3.10 Expressões Verbais e Expressões não verbais

4.3.11 Auto diálogo

4.3.12 Dramatização

4.4 Relembrando: Quando utilizar um experimento?

4.5 Finalizando: A mão que acolhe e a mão que frustra

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Experimentos em GT

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4. Os experimentos em G
GT
T
Os experimentos em GT, para mim sempre foi um terreno árido e durante muito
tempo nada familiar (hoje tenho menos expectativas e sigo o fluxo). Eu imagino
que não tenha sido só comigo, e a pergunta é: você sabe conduzir um
experimento em Gestalt terapia?
O terapeuta Gestáltico tem uma ampla gama de intervenções ativas a sua
disposição e pode utilizar estas para aumentar a conscientização de partes da
personalidade ou de sentimentos que estão submersos no inconsciente de seus
clientes.

Estas técnicas devem ser aplicadas dentro de parâmetros éticos, sempre


respeitando o tempo do cliente e a disponibilidade dele em fazê-los. Por isso vai
aqui um alerta importante, mais é menos, ou seja, não vá com sede ao pote toda
vez que sentir-se seguro para aplicar algum experimento, tão importante quanto
sua segurança é não perder o foco do cliente. Outro alerta: é necessário
primeiro estabelecer um vínculo entre vocês, sem isso à adesão e confiança do
cliente para envolver-se nos experimentos será prejudicada.

E ainda: considerar o seu preparo para o fechamento de um experimento;


precisamos ser bons em improvisos e estar abertos a eles, sendo que não existe
uma receita de antes, durante e depois destas vivências, por tratar-se de um 4
fluxo às vezes incontínuo do cliente com tais vivências.

Vai aqui aquela mesma premissa que eu não canso de escrever: o terapeuta
precisa ter um suporte psicológico (ou seja, ser terapeutizado) e fazer
supervisão de seus atendimentos (independentemente do tempo de atuação).

Vai aqui um pouco mais da história sobre como nasceu os experimentos em GT.
Em 1947 ao publicar o livro Fome, Ego e Agressão, Perls marcou a transição
entre a psicanálise ortodoxa e o que viria a ser a abordagem Gestáltica (que na
época ainda era chamada por Teoria da Concentração, nome dado por opor-se a
noção da associação livre). O livro propunha a aquisição de um novo hábito
metodológico, o que, mais tarde viriam a ser o que hoje conhecemos como os
Experimentos em GT. Para essa nova abordagem (GT), Perls discriminou a
aquisição do termo concentração como “adentrar no centro”, ou ainda, o núcleo
de uma situação (Lima Filho, p.23,1993), com isso, passa então a inserir o sujeito
numa relação “com” a situação, ou seja, dentro da queixa do cliente existe um
estado, uma presença e uma atenção que consequentemente gera uma tensão,
e é a partir daí que surge um objeto (que pode ser o tema da sessão, ou uma
sensação, uma fala, uma linguagem corporal e assim por diante) e é isso que
sustenta a relação estabelecida, e onde se inicia a formação do que é figura e do
que é fundo na fala do cliente.
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De uma maneira geral podemos dizer que, quando fugimos da formação dessa
figura, ou quando a fixamos de forma rígida, surgem as obsessões, ideias fixas,
perversões ou ainda a figura demasiadamente fraca, mal estruturada que sugere
neurastenia (perda geral do interesse, estado de inatividade ou fadiga extrema
que atinge tanto a área física quanto a intelectual), a psicose e assim por diante.
Além deste conceito tão popularizado na GT- figura e fundo, a “teoria da
concentração” já trazia a importância da Awareness (embora ainda não
utilizassem esse termo).

Vamos relembrar um pouco mais do conceito e a importância de awareness, ela


é a capacidade de perceber, ter presente, dar-se conta de algo que esteja
acontecendo internamente ou externamente, por meio dos sentidos,
provocando uma resposta de aproximação ou fuga (não implicando
necessariamente na missão de uma resposta).

Para que se dê a awareness, é importante checar a que nível está à capacidade


sensorial de nossos clientes (existem clientes que chegam muito dissociados na
terapia).

A awareness é pré-reflexiva, primeiro eu entro em contato com as sensações


(embora possa envolver uma consciência), por exemplo, o cliente que diz “eu
senti que estava acontecendo alguma coisa”, a isso chamamos de awareness.
A criança está muito mais presente neste processo, pela forma deliberada e
5
honesta que entra em contato com seu meio, o objeto ocupa o primeiro plano
da percepção sem esforço. Os diversos aspectos da personalidade encontram-se
coordenados e afinados a um propósito.

A finalidade da psicoterapia é promover essa atitude natural de fascínio para


com as figuras emergentes. A neurose, consequentemente é a evitação
responsável pela interrupção do processo de desenvolvimento (Lima Filho,
p.24,1993).

Voltando a história, em 1951, ao escrever junto a Paul Goodman e Ralph


Hefferline, o livro: Gestalt-Terapia, Perls propõe que toda abordagem não
dogmática baseia-se no método natural de tentativa e erro, e que com isso a
psicoterapia torna-se uma situação experimental, e defendem a evitação de
assinalamentos diagnóstico, ou dar comandos aos clientes como, por exemplo,
relaxe, ou censurá-lo por algo, ou falar para o cliente que ele apresenta
resistências, pois tudo isso, aumentaria suas neuroses e desespero de sua
situação atual.

A palavra experimento, em GT significa uma oportunidade que favorece a


situação psicoterápica, onde ao experimentar algo o cliente torna-se num só
tempo sujeito e objeto para a investigação, nosso papel seria a de um facilitador

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para que uma reação se inicie (um insight, uma emoção, o aumento da
awareness). Ao longo do exercício vivencial ficamos de prontidão para assegurar
a continuidade do fluxo reacional. A proposta é de experimentos gradativos, é
muito importante que se saiba que, não é a execução da tarefa o que importa
mais elementos que ali apareceram, por exemplo, a resistência em executá-la, ou
algo que chame a atenção, e principalmente a awareness que vai se formando a
partir do experimento, aquilo que se torna consciente para o cliente.

Vamos ver como se estrutura a situação psicoterápica e em que consiste o


experimento (baseado nos autores Perls, Hefferline e Goodman), relatado por
Lima Filho (1993):

 O Cliente é um parceiro ativo no experimento, concentra-se no que


realmente está fazendo, sentindo, dizendo pensando, procura entrar em
contato com isso de maneira mais profundo possível (as imagens que se
formam, sensação corporal, resposta motora, descrição verbal, etc.);
 Sua atenção deve ser chamada naturalmente, o contexto pode ser
escolhido pelo terapeuta a partir do que ele conhece do cliente e em
conformidade com a concepção de onde se encontra a resistência;
 Usamos os experimentos como um recurso de coisas trazidas pelo cliente
que não estão claras, ou justamente para tornar figura algo que estava
submerso;
 Trata-se de algo que o cliente está vagamente consciente e que vai se 6
tornando mais consciente graças ao exercício;
 Ao fazer o experimento o cliente é encorajado a seguir suas inclinações,
a imaginar e exagerar livremente, pois esse é um jogo seguro;
 Justapõe a atitude e a atitude exagerada a sua situação presente: sua
postura em relação a si próprio, e em relação ao terapeuta. Seu
comportamento cotidiano, família trabalho, relação sexual.
 Alternadamente ele também pode inibir ou diminuir uma atitude e
justapor-nos mesmos contextos;
 Sua ansiedade pode ser despertada à medida que entra em contato com
seus conteúdos, favorecida pela energia vivencial, porém, se está num
ambiente seguro e controlável;
 O objetivo é que por meio do experimento aquilo que estava subjacente
venha à tona, para que isso possa ajudá-lo a re-formar a figura
trabalhada;
 É importante o cliente se sentir seguro, e que é capaz de lidar com a
situação (experimento);
 Os elementos atuantes de um experimento são: a autorregulação do
paciente, o conhecimento do terapeuta, a ansiedade livre e a
disponibilidade e criatividade do cliente;

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 Cada experimento é uma oportunidade nova, um elemento novo, não só


para o cliente como para o terapeuta;
 O objetivo de um experimento é favorecer ao cliente a substituição de
seu habitual controle e deliberação por excitação e contato, para a
aquisição de algo novo.

Outro autor importante para a GT Zinker (2007) cita que, um experimento será
eficaz e criativo quando permitir um salto qualitativo do cliente rumo a uma
nova expressão (ou no mínimo levá-lo ao ponto aonde estancou seu
desenvolvimento).

Destaques deste autor como objetivos específicos de um experimento:

 Expandir o repertório de comportamentos das pessoas;


 Criar condições sob as quais a pessoa possa ver sua vida como sendo de
sua própria autoria (tomar posse da terapia);
 Estimular a aprendizagem experiencial da pessoa, bem como a evolução
de novos autoconceitos a partir de criações comportamentais;
 Completar situações inacabadas e superar bloqueios no ciclo de contato;
 Integrar compreensões corticais e expressões motoras;
 Descobrir polarização não conhecidas;
 Estimular a integração de forças conflitivas na personalidade;
 Remover e reintegrar introjetos e rearranjar sentimentos, ideias e ações 7
mal colocadas na personalidade;
 Estimular circunstancias sob as quais a pessoa possa agir e sentir-se mais
forte, mais competente, com melhor auto suporte podendo explorar
mais e estando mais ativamente responsável para consigo mesma.

A novidade em trabalhar com experimentos em GT está no método, o qual


requer, entre outras coisas, uma compreensão particular do papel do
psicoterapeuta e do cliente no trabalho psicoterápico, ou seja, precisamos ter
clareza, direção e potência na sessão psicoterápica, a partir de uma visão
diagnóstica do cliente. A clareza de saber o que ele está buscando na terapia
(que tipo de respostas). Direção para que possamos caminhar juntos a ele, e
encontrarmos algumas destas respostas, e potência para trabalharmos com as
questões que irão aparecer.

4.1 A evolução de um experimento/ Sequência de


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um experimento
Utilizarei três bibliografias para resumir o que estes autores chamam de “A
evolução de um experimento” (Zinker, 2007; Lima Junior, 1993; Joyce e Still
2016).

Como já falamos até aqui o experimento é algo único, um ato criativo, que nasce
da particularidade de um indivíduo e evolui segundo os desígnios da intuição do
terapeuta.

O que os autores Zinker 2007 e Lima Junior,1993, apresentam aqui, não são
etapas rígidas estruturada num passo a passo, mas sim, qualidades existentes
num experimento como um todo. Vamos a eles:

Identificação e pr
preparo
eparo do terreno (a base de trabalho)
As colocações iniciais do cliente indicam em que condição o mesmo se encontra,
o que tem em mente, o que está sentindo e assim por diante. Aqui a escuta
atenta e adequada e o acolhimento (já sobre a importância disso em outros
módulos) se faz necessária como uma tomada inicial de um diagnóstico,
identificando as queixas e tema presente no discurso (não esquecer também
que temas não presentes são importantes).

Qualquer interrupção neste momento poderá ser um desserviço ao processo, ou 8


a uma interrupção fora de sintonia com o processo do cliente. Um experimento
não pode partir de um desejo alheio ao cliente (o cliente não é uma cobaia a
serviço do terapeuta). É claro que existe a necessidade deste primeiro contato
ter um bom rapport, nenhum experimento, por mais incrível que seja, sem
estabelecer um bom vínculo, será inócuo e infrutífero para o cliente, mesmo que
ele se envolva, poderá passar de forma despercebida e difícil de ser assimilada.

Consenso
É uma espécie de negociação entre cliente e terapeuta, verificando sua
disponibilidade para participar, o psicoterapeuta propõe o experimento, o
cliente pode aceitar ou não. A maneira como o consenso acontece vai depender
do estilo do terapeuta e do vínculo que ele tem com o cliente, se o vínculo e a
confiança forem bons não há necessidade de solicitar a concordância a cada
momento. Caso contrário fica automático e formal, pedir autorização a cada
experimento (algumas circunstancias são necessárias, mas somente algumas), é
aceito o direto do cliente resguardar a experiencia por vergonha ou medo de se
expor (até hoje, e lá se vão 20 anos de prática, me lembro de uma única cliente
não querer fazer um experimento).

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Gradação
É graduar o trabalho de acordo com as dificuldades percebidas no cliente, ou
seja, podemos tornar os experimentos mais agradáveis ou mais desafiadores
para o cliente dependendo da disponibilidade do cliente, o objetivo sempre é
maximizar as condições para que o cliente seja bem sucedido, então, cabe ao
terapeuta perceber as reações de seus clientes para poder graduar o
experimento, saber se há dificuldades ou se ao contrário à proposta foi
demasiadamente pobre e simples.

Awareness (traz
(trazer
er à tona a awaren
awareness
ess do client
cliente)
e)
De que forma que se tem awareness por meio de experimentos que lidam com
as percepções sensoriais? Muitos dos nossos clientes ao chegarem ao
consultório, estão com algumas sensações e percepções congeladas, não
sentem mais (alegria, raiva tristeza) ou elas são desconexas, riem quando o
assunto é triste, choram quando na verdade é para ter raiva e assim por diante.
A tarefa do terapeuta é observar o cliente com especial atenção para a
localização dessas desarmonias entre discurso verbal e expressões corporais,
essas informações sinalizam o nível de awareness das pessoas, sugerindo qual a
direção o experimento pode tomar, pois esse vem justamente para que o cliente
entre em contato com o que sentiu (sensação física ou emocional), ou seja, ao
realizar tal experimento, o cliente poderá dar-se conta de suas emoções que 9
antes estavam congeladas ou perdidas. Essa presentificação acompanha uma
ampla gama de informações captadas sensorialmente.

Energia (localizar a energia do cliente)


A força motriz para a realização do experimento é a energia do cliente,
observasse a forma do movimento, a respiração, a cor da pele, a postura, o
brilho nos olhos, o que estiver mais intenso favorecerá muito como auto
suporte. Mas a energia pode parecer também como excitação, indiferença,
temor, etc. A área de existência da pessoa que requer trabalho psicoterápico é
justamente aquela onde uma grande carga de energia foi investida, ou aquela
em que falta investimento.

Foco (focar a awareness e a energia para o desenvolvimento um tema)

O foco de uma sessão psicoterápica nem sempre é o que surge como tema no
discurso, o foco é o que está além da temática, é um processo, o desenrolar
daquilo que está acontecendo (awareness) a serviço da temática, e devemos
dirigir a atenção da sessão no mesmo sentido. Por exemplo, se o cliente está ali
na tentativa de superar um bloqueio, o experimento seria a tarefa para esse fim,
e o foco é essa operação conjunta, do terapeuta com o cliente, o envolvimento e

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o comprometimento de ambos com a tarefa. O experimento deve ser uma


atividade dirigida, o terapeuta é o guardião do foco. Sendo assim a conduta é
focalizar a energia do cliente e focalizar o trabalho naquela área. O foco é móvel,
vai rastreando o caminho da experiencia do cliente.

Construção do Aut
Autoo suporte
Para um bom trabalho o terapeuta, começa identificando quais os recursos
ambientais que lhe está disponível, por exemplo, o distanciamento entre ele e o
cliente, qual posição é mais confortável deste distanciamento, consigo enxergá-
lo bem, consigo ouvir sua respiração (tenho uma cliente que tem a voz muito
baixa, num experimento, fica ainda mais inaudível, para isso, sempre que realizo
um experimento com ela, eu aproximo minha cadeira), analogamente cabe ao
terapeuta ajudar ao cliente a construir seu próprio auto suporte para viabilizar o
trabalho de concentração (ajeitar-se melhor na cadeira/sofá, oferecer algum
apoio para os pés/ se achar necessário, e assim por diante).

Tema
Segundo Zinker (2007), se o foco define o processo e a direção de uma sessão, o
tema está relacionado ao seu conteúdo. Nem sempre o tema vem claro e de
uma maneira límpida, cabe a nós, refinar, condensar, resumir, unificar a às vezes
até nomear o tema (ex: você está querendo me dizer isso? ou, você está dizendo
10
que está sentido isso?). Geralmente a essência de algo que preocupa o cliente é
o tema, porém os temas são entrelaçados a outros temas, de modo a criar um
tecido experiencial. Os temas podem existir em diferentes quantidades e
dimensões, pode-se voltar diversas vezes a cada tema, mas abordando-os em
níveis de sofisticação diferente.

Um mesmo tema pode ser investigado sobre inúmeros ângulos, um


experimento eficaz destina-se a explorá-lo, examinar suas peculiaridades, e levá-
lo a uma possível solução.

O experimento dever incluir um espaço para o processamento do tema por parte


do cliente. Perguntas como: existe uma parte desta vivência que é comum em
sua vida? Ou ainda, fique um pouco com esta sensação, ou experimente dizer
isso...para esta parte/pessoa, ou ainda, veja se combina dizer... São intervenções
que podem ajudar com o processamento do experimento.

Escolha do exper
experimento
imento
A escolha deve vir do discurso inicial do cliente, suas primeiras colocações
verbais, sonoras, silenciosas, posturais, gestuais e assim por diante. A natureza
do experimento depende dos problemas da pessoa, do que ela experiencia no
aqui e agora, e também do repertório de experiências de vida que ela e o

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