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DE: BEM 9RCÍ^

B R A U L IO G U S M Ã O
REINTEGRAÇÃO DE POSSE
"DE B E M C O M A P R O SP E R ID A D E "
"Porque já sabeis a graça de nosso
Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico,
por amor de vós se fez pobre; para que
pela sua pobreza enriquecésseis".
II Cor. 8:9

Ao longo de minha vida cristã, tenho ob­


servado que a prosperidade, vontade e plano
de Deus para o seu povo não tem sido vivida
pela maioria da igreja. Meditando neste tema
e buscando a solução, o Espírito Santo nos
concede esta revelação, que transcrevo à igreja.

• Deus, idealizador e criador de todas as coisas.

• Como Satanás tomou-se senhor deste planeta.

• Como Satanás toma posse daquilo que é do homem.

• 0 Plano de Deus para reconciliar o homem com a prosperidade.

• Como tomar posse daquilo que desejamos.

• Por que os pastores vivem dos dízim os e das ofertas.

Esta revelação m udará sua vida fínancéira


e econômica e lhe concederá m aior
prazer em servir a Deus
HOMENAGENS
Às m inhas preciosas jóias: m inha esposa
Giselli, meus filhos M atheus, M artha e o caçula
Marcos, por terem apoiado e suportado com paci­
ência as conseqüências do ministério por mim
exercido, como a distância e a saudade, devido às
viagens missionárias.
Ao fundador da ADONEP, Demus Shaka-
rian, ao Rev. Júlio Rosa e ao Rev. Jerônimo Onofre
da Silveira, pela visão, dedicação e disponibilidade
no m inistério de fé e finanças da igreja e desperta-
mento de outros ministérios.
AGRADECIMENTOS
À m inha família, por ter reconhecido o gran­
de m ilagre de Deus em m inha vida, em especial
m inha m ãe Juscelina Gusmão e meus irmãos Mari-
za, Graça e Carlos Gusmão.
Ao Rev. Josué Bengtson, que me ensinou que
o melhor avalista é o fruto do nosso trabalho. Ele
fala por nós.
Ao Rev. Missionário Doriel de Oliveira, Pre­
sidente do m inistério Casa da Bênção "Itej", pelo
apoio e incentivo a este ministério.
Ao Rev. Orlando Herculano e família, pastor
da igreja Q uadrangular em Belo Horizonte, por te­
rem acreditado em nosso ministério e nos apoiado.
A irm ã Tucha, pela revisão e sugestões
preciosas que foram somadas a esta obra.
A todos aqueles que contribuíram direta e
indiretam ente para que esta revelação viesse à
existência.
E ao nosso único Deus,
verdadeiro e merecedor
de todas as honras e glórias.
Nota do Autor
Observando a vida social, financeira e
econômica do povo de Deus, notamos que a igreja
vive muito aquém daquilo que Deus promete aos
seus filhos. Alguns questionam que são dizimistas e
ofertantes e não vêem a prosperidade acontecer em
suas vidas. Por trás de tal realidade encontramos
pregadores m uitas vezes até sem autoridade para
pregar esta doutrina.
Nesta revelaçãô você irá ver o quanto é ver­
dadeiro o que o Senhor Deiis diz acerca da nossa
falta de conhecimento:
"Portanto o meu povo é levado cativo por
falta de entendimento".
Is. 5:13
O m eu povo está sendo destruído porque lhe
falta o conhecimento".
Os. 4:6
Em nossos dias, quando tanto se fala sobre
guerra, batalhas espirituais e conquistas de cidades
e territórios para o reino de Deus, é inconcebível
vermos os filhos de Deus na m iséria e na pobreza,
enquanto os filhos das trevas usufruem das rique­
zas do nosso Deus. Precisamos nos conscientizar da
realidade desta situação, usar das arm as de guerra
de nosso Deus e fazer o povo do Senhor conhecedor
dos seus direitos legais para que tome posse das ri­
quezas que o Senhor lhe deu. Somente assim a
vitória será realm ente total e poderemos, todos,
dizer que temos vida abundante.
Vencendo o povo de Deus esta batalha, a
igreja será cham ada por outros povos de Bem-
Aventurados (Ml. 3:12). Assim sendo, os projetos
missionários e a implantação do reino de Deus se­
rão realizados com maior dinamismo e estrutura.
O assunto prosperidade é muito mal conce­
bido pela Igreja, e esta falta de conhecimento só
tem trazido para o Corpo do Senhor Jesus sérios
prejuízos. Muito nos entristece saber que aqueles
que m uitas vezes defendem a "Teologia da miséria"
são pessoas abastadas. Amado leitor, meu irmão em
Cristo, creia naquilo que a Bíblia diz que você é e,
nos seus direitos como filho do Rei, tome posse da
sua posição e de tudo aquilo que o Senhor Jesus
conquistou para você!
"Amado, acima de tudo faço votos por tua
prosperidade e saúde, assim como é prospera
a tu a alma
III Jo. 2
Ao sucesso, em nome de Jesus Cristo!
SUMÁRIO
A CRIAÇÃO
O elemento "fé" na criação.................................. 9
O hom em .................................................................. 11
D ependência........................................................... 13
A QUEDA DO HOMEM
Não se come o que é santo ao Senhor.............. 16
A estratégia de S atanás....................................... 17
Satanás, o senhor da te rra ................................. 18
Não leve para casa o que é santo...................... 20
A Deus não se engana......................................... 24
Deus tem a saída................................................... 26
Ser para te r.............................................................. 28
M udar para ter um a vida melhor..................... 30
VENCENDO OS INIMIGOS DA ALMA
Amor ao dinheiro:
a raiz de todos os m ales....................................... 34
O pouco com Deus é m uito................................. 36
O camelo e a agulha............................................. 37
Raízes de am argura.............................................. 40
ATRAINDO A PROSPERIDADE
Ambição.................................................................... 44
R enúncia................................................................... 45
Obediência............................................................... 46
Fidelidade e honestidade.................................... 47
M ordomia................................................................. 48
A rm as de guerra.................................................... 49
UMA NOVA UNÇÃO
Quebrando o jugo................................................... 57
Reconciliação com a prosperidade.................... 58
Tomando sobre si nossa pobreza...................... 59
De bem com a prosperidade................................ 61
A unção é derram ada de m aneira
sobrenatural.................................................. ..... . 62
Os filhos da prosperidade................................... 63
A REINTEGRAÇÃO DE POSSE
Como adm inistrar seu dinheiro..................... 69
A m arrando o valente............................ .............. 71
Dízimos e ofertas................................................. 72
Como sem ear......................................................... 74
O dízimo.......................... ........................................ 76
Ofertas ao Senhor............................................. 81
A oferta de resgate................................................ 83
Um plano de Deus.......................................... . 85
Cordeiro da páscoa - O resgate
dos prim ogênitos.................................................... 86
O resgate entre os judeus.................................. 87
A oferta de resgate do próprio Deus................ .88
A oferta de resgate do rei Davi.......................... 89
A oferta de gratidão............................................ 92
Investindo em necessitados................................ 94
VOCÊ E SEU PASTOR
Veja-o como profeta de Deus............................. 98
Ele é o nosso Abraão............................................. 99
E um sacerdote e m inistro de Deus................. 100
O pastor e sua alim entação............................... 101
O pastor tem o direito e o dever como
de um levita....................... 103
A
CRIAÇÃO
Longe de mim ten tar penetrar nesta noite
m isteriosa acerca da criação, onde os maiores eru­
ditos, autoridades no assunto, como astrônomos,
filósofos, teólogos e outros penetram , e não trazem
um a resposta convincente, senão simples clamores.
Os mistérios de Deus, parte deles nos foram
confiados e cabe-nos administrá-los à Sua m aneira,
conforme nos foram revelados, à luz de Sua pala­
vra. Quanto à outra parte, por mais que o homem
tente, só encontra teses, suposições e teorias filosó­
ficas, nada de concreto.
Tomando por base a Palavra de Deus, lança­
remos mão daquilo que nos é revelado de Deus para
seu povo. Vejo ser muito perigoso lançar mão de h i­
póteses ou teses, sem dar à Igreja ou a quem quer
que seja um a base bíblica, pois a Bíblia é o funda­
mento para nos orientar.
O nosso intuito em começar esta obra mos­
trando Deus como "Aquele" que arquitetou e criou
todas as coisas nos fará ver melhor o seu senhorio
sobre todas as coisas e a Sua Palavra como um m a­
nual universal de instrução a todos os povos, lín­
guas e nações, quebrando as barreiras do tempo e
do espaço. Sua Palavra foi-nos dada no plano eter­
no, portanto suas instruções jam ais ficam ultrapas­
sadas, mesmo diante do avanço da ciência e do que
ainda há por vir...
"Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra
e luz para o meu caminho"
Sl. 119:105

8
O ELEMENTO "FÉ" NA CRIAÇÃO
Como filhos do Senhor Deus, aceitamos de
todo o nosso coração o princípio da criação através
da fé, pois este é o grande princípio divino:
"Pela fé entendemos que os mundos pela
palavra de Deus foram criados; de m aneira
que aquilo que se vê não foi feito do que é
aparente."
Hb. 11:3
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas
que se esperam , e a prova das coisas que se
não vêem."
Hb. 11:1
O que lemos acima nos leva a entender que
prim eiro Deus arquitetou todo o plano existencial, e
pela fé e pela m inistração de sua palavra trouxe à
existência o que se havia planejado, o que não se
via, m as que se esperava. Subentende-se neste ra ­
ciocínio que desde as mais insignificantes coisas às
mais significantes e das menores às maiores está o
toque sobrenatural da criação divina; não esque­
cendo, é claro, do mundo espiritual em suas mais
diversas dimensões, que é habitado também por se­
res espirituais. Tudo é muito complexo e o enten­
dim ento humano está aquém de tudo quanto o Se­
nhor criou. A ciência hum ana, por mais evoluída
que esteja e que ainda estará, jam ais entenderá
este mistério, com exceção daquilo que o Senhor
quiser revelar:
9
"As coisas encobertas pertencem ao Senhor
nosso Deus, porém as reveladas pertencem a
nós e a nossos filhos para sempre, para que
cumpramos todas as palavras desta lei."
Dt. 29:29
Deus criou tudo que é bom aos nossos olhos,
ao nosso ver criou aquilo que nos agrada; o que nos
desagrada não é de Deus.
Deus é o criador de todas as coisas, inclusive
de você. O seu irmão foi feito à imagem e seme­
lhança de Deus, assim como você. Como pode você,
criatura de Deus, filho do Pai, deixá-lo de lado?
Como pode você não am ar o próprio Deus que o
criou, que lhe deu a vida? O Espírito, os dons do
Espírito, sua misericórdia infinita são a maior
prova do seu am or para conosco, vindo ao mundo e
morrendo por nós. Aquele que o criou, se fez carne
(pecado), tomou sobre si o seu fardo, morreu para
que tivéssemos vida, e mesmo assim você não o
reconhece como Criador e Pai?
Criou as estrelas, vidas aquáticas e aéreas, a
terra e o céu, o vento que balança as folhas das á r­
vores, o a r que você respira. Ele deu-lhe de comer,
de beber, vestiu-o, mas mesmo assim o pecado en­
trou e tomou conta do seu coração. Você deixou o
m al en trar na sua vida e perdeu o amor, a comu­
nhão, o tem or pelo seu Criador. Mas sua grandeza
não é comparável ao seu pecado, aos seus erros e
Ele volta se você quiser, enche-o novàmente de ale­
gria, gozo, fervor, desejo de vencer, bastando so­
m ente seguir os seus ensinam entos, e Ele o cham a­
rá de meu filho.
10
Em tudo dependemos do nosso criador: na
saúde, na visão, no falar, no andar, no agir, no
saber, no poder de negociação.
C riar não é copiar, tirar xerox, passar o lápis
por cima; é ser inovador, grandioso. O único que
pode criar é Deus. "A perfeição suprem a do univer­
so". Q ualquer invenção ou descoberta do homem é
prim eiro da vontade de Deus.
Sem subestim ar as outras criaturas, iremos
falar a seguir, do homem, criatura que Deus, achou
'muito bom' criar (Gn. 1:31).

O HOMEM
Sensacional, sobrenatural e totalm ente dife­
rente das outras criaturas é a obra-prima do Cria­
dor, que de barro e água foi sendo moldado, escul­
pido, tomando forma e traços, até alcançar um for­
m ato agradável. A sabedoria Divina em ação fez-
lhe rosto, boca, ouvidos, nariz, membros, etc. E lhe
foi dado aquilo que só o Senhor, supremo criador,
poderia conceder: o que havia de mais precioso, o
Sopro do Espírito. Agora anda, fala, ouve, toma
decisões, tem o livre arbítrio, é inteligente e capaz,
e lhe foi confiado dom inar toda a terra, adm inistrar
e usufruir dela, mesmo sendo ela criada por Deus e
a Ele pertencente. O homem nunca deve se esque­
cer disto: ele é o adm inistrador das coisas de Deus,
ele mesmo é um a criatura de Deus e capacitado
pelo Senhor para tal. E esta administração deve ser
segundo a vontade de Deus. O homem original ti­
nha esta capacidade, pois ele era sem elhante a
11
Deus, como um a porção do Senhor, um a extensão
Su a aqui na terra (Gn. 1:26-30).
Em sum a, vejo Deus em toda a criação. Como
se apaixonado por esta fração física (planeta Terra),
tão pequenina diante desta imensidão chamada
universo, vem e a adorna, cobrindo-a de vida, vege­
tais, anim ais, répteis, aves, peixes, não esquecendo
do reino mineral: a água, o ouro, a prata, o carbún­
culo, o ônix, o diam ante, o berílio, a turquesa, a
am etista, o topázio, o rubi, a safira, a esmeralda, a
sardônia, o lidélio...
A obra estava completa e viu Deus que tudo
era bom... agora faltava-lhe alguém para adm inis­
trar. Quem? A terra precisava ser adm inistrada e
colonizada. Os anjos não serviríam , pois são espíri­
tos e habitam em outra dimensão. Não daria certo.
A dimensão física deveria ser adm inistrada por al­
guém que tivesse relacionamento com Deus; al­
guém espiritual, portanto, que também se relacio­
nasse com esta dimensão física, planeta Terra
(barro e óleo, carne e espírito).
O plano estava traçado e certam ente daria
certo. E assim procedeu o Senhor, Deu certo! O óleo
(o espírito) deu ao barro a tem pre certa. O oleiro
sabe que o barro para ser levado ao forno e quei­
mado é preciso óleo, para que este não venha se
quebrar na alta tem peratura.
Deus havia resolvido esta questão. Ele agora
tem quem possa adm inistrar e dominar a terra...
Ela seria colonizada. As outras criações tinham
sido boas, mas a criação do homem era diferente,
era m uito boa.

12
"E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que
era muito bom..."
Gn. 1:31
"Contudo pouco menor do que Deus o
fizeste, e de glória e de honra o coroaste."
Sl. 8:5
DEPENDÊNCIA
A criatura (o homem), recebendo do Pai a sua
Palavra, a sua orientação, um verdadeiro m anual
de instruções, deveria segui-la à risca, para que
não se quebrasse a harm onia entre o homem e a
natureza (para que ela não fosse agredida e o nosso
ecossistema não viesse a ser destruído) e a
comunhão entre Criador e criatura (homem) não se
rompesse.
Havia uma perfeita harm onia e amizade en­
tre o Criador e a criatura. O homem fica submetido,
dependente do criador, pois ele não é auto-sufici­
ente, ele foi criado, formado, feito não para sua
própria glória, m as para seu Criador. Como uma
criança, que até para aprender a andar depende da
orientação do pai e da mãe. Acompanhada passo a
passo, vigiada em cada movimento aonde vai. Mas
não devemos esquecer que o homem criado por
Deus, com poder e domínio sobre toda a terra, era
revestido de autoridade e da Glória do Altíssimo;
ele recebeu um a procuração do Senhor, que lhe
concedia direitos de domínio e administração. O
homem era o senhor da terra.
Vemos, em toda a criação, Deus como uma
fonte inesgotável, um verdadeiro m anancial de
13
criatividade, riquezas e recursos. DEle em ana
todas as coisas, a própria prosperidade. Pois é o
Senhor que faz o homem prosperar, e se agrada
com o bem -estar dos seus filhos, se revelando como
a própria prosperidade:
"....o Senhor, que am a a prosperidade do seu
servo, seja engrandecido."
Sl. 35:27
"Tudo fez formoso em seu tempo...
Sem que o homem possa descobrir a obra que
Deus fez desde o princípio até o fim.
...e tam bém que todo homem coma e beba, e
goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um
Dom de Deus."
Ec. 3:11-13
"E quanto ao homem, a quem Deus deu
riquezas e fazenda, e lhe deu poder para
delas comer e tom ar a sua porção, e gozar do
seu trabalho: isto é um dom de Deus."
Ec. 5:19

14
A QUEDA
DO HOMEM
Sim, o homem, mesmo com todo poder que
Deus lhe dera, veio a cair. Ele tem o livre arbítrio;
ele sabe o que deve e o que não deve fazer e tem
esta liberdade. Em toda e em qualquer decisão to­
m ada, conseqüentemente, somamos ou subtraímos.
O homem caiu e ao cair substabeleceu (transferiu)
seu poder e domínio a Satanás; sua vida e seus
bens tornaram -se vulneráveis ao Diabo (abertos,
entregues), totalm ente sob seu domínio e senhorio.
Toda a terra lhe foi dada, entregue; ele a tem
dominado e debilitado; ele agride o homem, o
escraviza colocando-o sob o seu senhorio, debaixo
do seu jugo, e este, sem a direção de Deus, agride a
terra, o nosso ecossistema, a nossa habitação, o ar,
a água e o solo; há regiões do planeta que já estão
inabitáveis, há rios e lagos que já estão mortos;
neles já não há vida de espécie alguma. A maior
brecha encontrada por Satanás no homem diz
respeito à adm inistração e à fidelidade, para com o
Criador e dono de todas as coisas. Mas o mordomo
falhou.
NÃO SE COME O QUE É SANTO AO SENHOR
Quando Deus colocou o homem no jardim do
Éden, deu-lhe a liberdade de se alim entar de todos
os frutos de todas as árvores encontradas no ja r­
dim. No entanto, condicionou o Senhor Deus o ho­
mem dizendo-lhe que não comesse do fruto de uma
árvore, a da ciência do bem e do mal, pois, caso co­
messe, certam ente morrería. Deus colocou diante
do homem a oportunidade de reconhecimento do
seu senhorio, separando de todas as árvores do
jardim um a para Ele, que o homem não deveria
16
tom ar para si, pois era aquela árvore separada ao
Senhor. E ra um a questão de fidelidade do mordomo
(o homem) para com o Criador e dono do jardim .
Aquela árvore e seus frutos eram santos para o Se­
nhor (Gn.2:15-17).
A ESTRATÉGIA DE SATANÁS
Creio que Satanás ouviu o que Deus havia
dito ao homem quanto à proibição relacionada ao
fruto da árvore da ciência do bem e do mal. E usou
dela como seu grande plano para tom ar posse do
planeta Terra. O seu grande ardil foi e tem sido fa­
zer o homem comer daquilo que é separado para o
Senhor, a parte de Deus. Aquela árvore e seus fru­
tos, creio eu, eram o tipo do dízimo e das ofertas
nos dias edênicos.
Satanás investe contra a m ulher introdu­
zindo em sua m ente dúvida. Disfarçando, de m a­
neira insinuada e sutil. Dando Eva ouvidos a Sata­
nás, caiu em sua m alha. Ele conseguiu enganá-la,
usando de um trocadilho sobre a própria Palavra de
Deus. A dúvida veio ao seu coração, levando-a a su­
bestim ar a Palavra do Senhor Deus. A dúvida acer­
ca da Palavra de Deus e o crédito à palavra de Sa­
tan ás foram e têm sido o pecado de todos os tempos.
Eva comeu do fruto da árvore da ciência do bem e
do m al e, além disso, persuadiu o seu esposo, Adão,
a comer também. Este foi o ato que mudou a histó­
ria da hum anidade, pois o homem, de senhor da
terra, passa a ser escravo de Satanás. Ele
substabelece a Satanás o domínio da terra. Veja na
íntegra da narrativa bíblica como tudo aconteceu:
17
"Ora a serpente era mais astuta de todos os
anim ais do campo, que o Senhor Deus tinha
feito. E sta disse a mulher: Não comereis de
toda árvore do jardim ?
Respondeu a m ulher à serpente: do fruto das
árvores do jardim podemos comer, mas do
fruto da árvore que está no meio do jardim ,
disse Deus: não comereis dele, nem nele
tocareis, para que não morrais.
Então a serpente disse à mulher: certam ente
não morrereis.
Porque Deus sabe que no dia em que
comerdes desse fruto, os vossos olhos se
abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o
bem e o mal.
Vendo a m ulher que aquela árvore era boa
para se comer, e agradável aos olhos, e
árvore desejável para d ar entendimento,
tomou do seu fruto e comeu, e deu também a
seu marido, que estava com ela, e ele comeu."
Gn. 3:1-6
SATANÁS, O SENHOR DA TERRA
A m aioria das pessoas não se dá conta de ta­
m anha realidade; mas realm ente a regência do
planeta Terra foi entregue pelo homem a Satanás.
Após o Senhor Jesus Cristo ter sido batizado
por João Batista, foi realizar um período de consa­
gração de quarenta dias, em total jejum. Termi­
nando aquele jejum, teve fome. E ali foi tentado por
Satanás, e este confessa o seu senhorio sobre todas
as nações do mundo:
18
"E o Diabo, levando-o a um alto monte,
mostrou-lhe num momento todos os reinos do
mundo.
E disse-lhe o Diabo: Darte-ei a ti todo este
poder e a sua glória; porque a mim me foi
entregue, e dou-a a quem eu quero.
Portanto, se tu me adorares, tudo será teu."
Lc. 4:5-7
O seu domínio é um a questão de direito, que
lhe foi outorgado pelo próprio homem, quando este
comeu a parte sagrada de Deus, o fruto da árvore
do conhecimento do bem e do mal. Quando o
homem assim procede, a sua vida e seus pertences
ficam à mercê do Diabo.
Note como isto é real: a terra, antes conside­
rada um verdadeiro jardim , se transform a em
m aldita.
"E a Adão disse: porquanto destes ouvidos à
voz de tua m ulher, e comeste da árvore de
que te ordenei dizendo: não comerás dela,
m aldita é a terra por causa de ti; com dor
comerás dela todos os dias da tua vida.
Espinhos e cardos também ela produzirá.
E comerás a erva do campo."
Gn. 3:17-19
Após tal ato de infidelidade é que passaram a
existir enfermidades, doenças, males, pragas, de­
sertos, fome, guerras e fenômenos tais como tufões,
geadas, tem pestades, ciclones, terremotos, m are­
motos, etc.
19
Realmente o que Satanás tem feito é debilitar
as nações, acabando com suas estruturas sociais,
políticas e econômicas, atingindo grandes e peque­
nos, lançando todos por terra. Como ele não conse­
gue atingir diretam ente o Criador, ele o atinge in­
diretam ente através da sua obra-prima, a menina
dos seus olhos: a espécie humana.
A porta por onde Satanás entra lançando
todo tipo de manifestações contra a integridade do
ser hum ano, em todas as épocas, sempre é a
mesma: a infidelidade a Deus, invadindo seu terri­
tório e lançando mão daquilo que é dEle, comendo
ou retendo para si aquilo que ao Senhor é separa­
do...
"...dela não comerás; porque no dia que dela
comeres, certam ente morrerás."
Gn. 2:17
Satanás tem usado este princípio desde o
primeiro homem até os dias atuais, e o plano é in­
falível, sem pre dará certo, pois é um princípio es­
piritual, é uma lei universal, aplicável a todas as
raças, povos e nações, em todos os tempos.
NÃO LEVE PARA CASA O QUE É SANTO
Quando o povo de Israel terminou sua pere­
grinação pelo deserto, entrou na terra de Canaã.
Os moradores primitivos que ali haviam eram hos­
tis guerreiros e não aceitavam que aquele povo nô­
made (Israel) ali ficasse.
Os israelitas naquele tempo já não tinham a
liderança de Moisés. Ele havia morrido; agora o seu
20
líder era Josué. Sob a sua liderança, mesmo sendo
aquela terra um a promessa de Deus para eles, tive­
ram que conquistá-la palmo a palmo, cidade após
cidade. A prim eira a ser conquistada foi um a cidade
de nome Jerico. Israel não tinha um a preparação
ou tradição m ilitar, não tinha como penetrar na­
quela cidade, pois suas m uralhas eram intranspo­
níveis. Josué clamou a Deus, e Ele o orientou como
deveria fazer. Sob a direção divina Israel obteve a
vitória que hum anam ente era impossível. As m ura­
lhas ruíram e a cidade estava agora sob o domínio
do povo de Deus. O Senhor lhes dera aquela vitó­
ria.
Uma das reivindicações de Josué quando a
cidade fosse tom ada era a de que o povo não levasse
com eles nada que fosse encontrado. Raabe e todos
aqueles que com ela fossem encontrados em casa
deveriam ser poupados com vida. Quanto ao ouro, à
prata, aos vasos de m etal e de ferro deveriam ser
levados para o Senhor nosso Deus, depositados em
seu tesouro (Js. 6:17-19).
Após Israel ter conquistado Jerico, Josué
m andou espias à próxima cidade chamada Ai.
Quando de lá voltaram , os espias disseram ao seu
líder que não era necessário dispor de todo o con­
tingente que havia sido usado em Jerico, pois a ci­
dade era pequena e o seu povo reduzido. Subiram
pois a Ai uns 3 mil homens de Israel, mas estes fu­
giram derrotados pelos homens daquela cidade.
T rinta e seis Israelitas foram feridos. Desesperado
e indignado com tal derrota, consultou Josué a
Deus, e o Senhor deu-lhe a resposta que queria
ouvir: Israel havia pecado, o pecado a tornara vul­
nerável ao inimigo. A razão de sua vitória em Jeri-
21
có não fora por sua capacidade m ilitar, ou pelo nú­
mero de homens em seu exército, mas porque a
Glória do Senhor estava com Israel; tanto lhe ga­
ran tira a vitória como o defendera.
"Israel pecou, e até transgrediram o meu
concerto que lhes tinha ordenado, e até
tom aram do anátem a, e também furtaram , e
tam bém m entiram , e até debaixo de sua
bagagem o puseram."
Js. 7:11
Um dos homens de Israel havia pecado con­
tra o Senhor. Acã não se conteve. Ao ver entre os
despojos em Jerico uma linda capa babilônica, uma
cunha de prata de duzentos siclos e uma outra de
ouro de cinqüenta siclos de peso, cobiçou-as e to-
mou-as para si, e as enterrou em sua morada.
Quando um a lei é quebrada, conseqüentemente os
danos virão. Agora uma nação inteira é derrotada
vergonhosam ente por causa do pecado de um só
homem. Isso acontece em nossos dias: um a igreja
local padecendo por causa deste tipo de pecado,
um a família inteira sendo abatida em seus proble­
mas por causa de uma pessoa com procedimento
idêntico ao de Acã, levando para casa o que perten­
ce ao Senhor.
Por este pecado os filhos de Israel pereceram
diante do inimigo, mas Deus propõe-lhes um con­
certo. "Ele" sem pre está disposto a uma reconcilia­
ção (Js. 7:12).
O Senhor propôs a Josué, caso fosse tirado o
anátem a do meio deles, que "Ele", o grande "Eu
22
sou", voltaria a estar com Israel em todas as bata­
lhas, e lhes garantiría a conquista daquela terra.
Josué não pensou duas vezes. A sorte de Is­
rael dependia daquela decisão; eles precisavam
vencer todos os povos de Canaã e se estabelecerem
como nação naquela terra que o Senhor lhes havia
dado por promessa e agora precisavam fazer aquele
concerto, pois sem Deus como aliado era impossível
tom ar posse daquela terra, mesmo ela já lhes per­
tencendo por promessa divina. Tomou Josué a Acã,
esposa e filhos, animais, a capa babilônica, a cunha de
ouro e a de prata e tudo quanto Acã tinha, e os levou
ao vale de Acor, e os apedrejaram até a morte.
"...e levaram-nos ao vale de Acor.
E disse Josué: Por que nós?
O Senhor te turbará a ti este dia. E todo
Israel o apedrejou com pedras, e os
queim aram a fogo, e os apedrejaram com
pedras.
E levaram sobre ele um grande montão de
pedras, até ao dia de hoje. Assim o Senhor se
tomou do ardor de sua ira: pelo que se
chamou o nome daquele lugar o vale de Acor,
até o dia de hoje."
Js. 7:24-26
Procedendo desta forma Josué, o Senhor
Deus voltou a ser com Israel e entregou-lhe todos
os povos daquela terra e também as suas terras.
Fica este testem unho a ser meditado por nós,
para que passemos de um a vez por todas a não ser
nunca mais entregues às mãos do inimigo, e que
nunca mais nossa família e a igreja em que nos
23
congregamos venham a sofrer por estarmos cobi­
çando e levando para casa aquilo que ao Senhor
nosso Deus pertence e que a Ele deve ser consa­
grado e entregue em seu tesouro.
A DEUS NÃO SE ENGANA
A igreja prim itiva nasceu forte, cheia do Es­
pírito Santo e o tem or ao Senhor era cristalino. Sua
doutrina com unitária determ inava que todos, ao se
converterem , deveríam pegar todos os seus bens e
após vendê-los entregar o resultado da venda aos
apóstolos, pois a igreja vivia em comunhão até no
partir do pão. Isto era um princípio universal entre
eles. Creio que esta política financeira tenha sido
um dos valores que tanto fez aquela igreja crescer e
fazer chegar até nós o Evangelho do Senhor Jesus
Cristo, trazendo-nos, assim, a salvação.
Como mencionei antes, o plano de Satanás
levando o homem a cobiçar o que é de Deus, le­
vando-o a comer ou a reter em casa coisas santas é
infalível; é por onde ele entra tornando o homem
vulnerável às suas ações. Primeiro distribuindo os
seus bens e depois levando-o à morte.
Desta vez o seu cenário é a igreja, onde um
certo casal, Ananias e Safira, recém-convertidos,
vendem sua propriedade e, no momento de levarem
o apurado da venda aos apóstolos, são tentados a
reterem com eles parte do dinheiro e cedem à ten­
tação. Quem tem a incumbência de levar parte do
dinheiro é Ananias, e assim depositar aquela oferta
fraudulenta aos pés dos apóstolos. Estava ali presente
o apóstolo Pedro, que recebeu do Senhor a revelação
do que Satanás havia levado aquele casal a praticar.
24
Exortou Pedro a Ananias a respeito daquela
atitude de infidelidade, mentira e destemor a Deus.
Ouvindo ele as palavras do apóstolo, veio a falecer.
Quanto à Safira, ocorreu o mesmo, quando esta
veio aos apóstolos à procura de Ananias. Pagaram
ambos com a própria vida pelo ato de mentirem ao
Senhor, pois o que pertence a Ele devemos entregar
na íntegra. Deus não se deixa enganar; de Deus
ninguém zomba (At. 5:3-11).
Deus não se deixa escarnecer, não se deixa
zombar; somos o seu povo e nEle devemos com todo
zelo, fé e am or depositar nossas vidas, no presente
e no futuro. Aquele que sabe que deve fazer o bem e
não o faz, peca. Há muitos no meio do povo de Deus
que assim procedem e enganam a si mesmos. To­
cam no que é de Deus, comem o que é de Deus e re­
têm em casa aquilo que pertence ao Senhor. Quan­
do chega o dia da ceia do Senhor, são os primeiros a
comerem do pão e a beberem do vinho. Comem e
bebem indignam ente, comem e bebem para sua
própria condenação, não discernindo o Corpo do
Senhor. O apóstolo Paulo adverte:
"Examine-se o homem a si mesmo e assim
coma deste pão e beba deste cálice.
Porque o que come e bebe indignamente,
come e bebe para sua própria condenação,
não discernindo o corpo do Senhor. Por
causa disto, há entre vós muitos fracos e
doentes, e m uitos que dormem. Porque se nós
julgássemos a nós mesmos, não seríamos
julgados."
I Co. 11:28-31
25
A obediência e a fidelidade a Deus são carao-
terísticas que devem ser comuns no nosso meio. O
mordomo pode ter as melhores características pos­
síveis, mas se ele não for obediente e fiel diante de
Deus, não tem a confiança e a amizade de Deus...
O planeta Terra, eu o vejo como uma grande
em presa, pertencente ao nosso Deus para o homem
adm inistrar, e que infelizmente foi entregue a Sa­
tanás e seus anjos. Mas Deus, como uma fonte ines­
gotável de riquezas e recursos, a suprem a prospe­
ridade, quer que seus filhos tomem uma atitude de
reintegração de posse deste planeta, que um dia foi
entregue ao inimigo, fiquem "de bem com a prospe­
ridade" e sejam felizes.
O povo de Deus é prioridade divina; o testa­
mento nos foi entregue, e como palavra que é, co­
nheceremos este plano divino de reeintegração de
posse, pois é um a questão jurídica e de direito.
Usaremos a Palavra de Deus e certam ente prevale­
ceremos.
Chega de ver o diabo e o ímpio de posse
daquilo que foi criado para o Senhor Jesus e para
seu povo.
DEUS TEM A SAÍDA
A questão sobre prosperidade e riqueza é ex­
trem am ente espiritual. Ao longo de minha vida te­
nho visto os esforços empreendidos pelos governos,
m as seus planos não dão certo. E por isso é comum
em nosso país a ciranda de ministros da área
econômica e planejamento. Todos têm a mesma
sorte, e o nosso povo tem sentido o seu poder de ga­
nho cada vez menor. Os índices inflacionários de-
26
clarados m ensalm ente são irreais, pois na verdade
são maiores. Temos visto que este labirinto vem se
estreitando ano após ano. E algo que atinge todas
as nações; vai além das nossas fronteiras. Vemos
nos rostos das pessoas o descontentamento, a tris­
teza, a pobreza, a fome. Assistimos ao desemprego,
às falências, às concordatas, à queda de governos,
às guerras, aos divórcios e à degradação dos valores
hum anos. O corpo humano está cada vez mais vul­
nerável aos vírus e às bactérias. O homem, que um
dia foi criado à imagem e semelhança do Criador,
hoje está totalm ente degenerado, fraco e debilitado,
apesar da evolução da ciência. Satanás tem imposto
o seu ritmo; é ele a razão dos sofrimentos da espé­
cie hum ana.
"Como caíste do céu, ó estrela da m anhã,
filha da alva! Como foste lançado por terra,
tu que debilitavas as nações...
É este o varão que fazia estrem ecer a terra e
que fazia trem er os reinos? Que punha o
mundo como um deserto, e assolava as suas
cidades? Que a seus cativos não deixava ir
soltos...
Is. 14:12-18
Por esta razão é que o homem tem se esfor­
çado para vencer as investidas do inimigo e não
tem atingido seus objetivos: o inimigo é espiritual.
São vãos os esforços hum anos, por mais sábias e
boas que sejam suas intenções; somente com a
ajuda do seu Criador é possível vencer Satanás e
suas obras.
27
"Se o Senhor não edificar a casa, em vão
trabalham os que edificam; se o Senhor não
guardar a cidade, em vão vigia o sentinela.
Inútil vos será levantar de madrugada,
repousar tarde, comer o pão de dores, pois
assim dá Ele aos seus amados o sono."
Sl. 127:1-2
Seguros de que o Senhor nosso Deus é a
fonte, a própria prosperidade, nos deixaremos guiar
pela sua direção. Ele nos dará a revelação de como
proceder para apossarmo-nos de todas as coisas que
nos foram tiradas por Satanás. E o nosso Deus, a
prosperidade infinita, se deixará encontrar por nós,
pois a buscaremos de todo o nosso coração, de toda
nossa alm a e com m uita determinação... (Jr. 29:12-
14). f
N unca devemos nos esquecer de que o Se­
nhor só entregará ou confiará algo a alguém, se
esta pessoa conquistar sua confiança e amizade.
SER PARA TER
Vimos anteriorm ente que o Senhor Deus
criou a Terra, confiou sua mordomia ao homem,
m as este falhou e, ao falhar, substabeleceu este po­
der adm inistrativo aos poderes das trevas. E Lúci-
fer tem ditado e determ inado a sorte deste planeta,
por um a questão de direito, pois as nações lhe fo­
ram entregues... (Lc. 4:5-6 e I Jo. 5:19).
Agora Deus procura, em todos os povos, lín­
guas e nações, homens e mulheres segundo o seu
coração, para entregar-lhes o domínio e a adm inis­
tração deste planeta e tudo quanto nele há.
28
Eu não sei qual a sua condição social, ou
econômica, mas estou convicto de que quando você
tom ar um a posição de confiança na Palavra de
Deus (Bíblia) e colocá-la em prática certam ente sua
vida nunca mais será a mesma; ela m udará de m a­
neira tão radical, que todos que souberem a seu
respeito o terão como feliz... O povo de Deus tem
toda a revelação em sua Palavra, de como dominar
o mundo espiritual e trazer à existência as coisas
que se esperam:
"Eu fiz a terra e o homem, e os anim ais que
estão sobre a face da terra, pelo meu grande
poder e com o meu braço estendido, e a dou
àquele que me agrada em meus olhos."
Jr. 27:5
"Deleita-te tam bém no Senhor e ele te
concederá o que deseja o teu coração,
entrega o teu caminho ao Senhor; confia
nEle, e ele tudo fará."
Sl. 37:4
O homem, por mais falho que seja, visto por
muitos até mesmo como escória e lixo da sociedade,
Deus o am a e tem o seu plano para salvá-lo, rege­
nerá-lo e torná-lo Seu filho, capaz de pensar, falar e
agir como Deus. Tudo isso é possível m ediante a
obediência total a Sua Palavra, que nos é revelada
e que funciona em nós, quando praticada, como um
verdadeiro m anual de instruções. Certam ente a
sua vida passará por um a reciclagem após a leitura
deste livro e a prática das revelações nele contidas.
29
MUDAR PARA TER UMA VIDA MELHOR
Este talvez seja o maior obstáculo na vida
daqueles que estão querendo m udar de vida. Pois
os valores, que estão formados em nosso consciente
e subconsciente, persistem em permanecer. Eles fo­
ram os senhores das nossas vidas até então, e os
frutos que deram são o resultado que você acha que
é legal (legalismo): princípios, doutrinas, hábitos e
costumes. Faça, agora, um a análise fria sobre como
você está, como está sua vida.
Muito bem, as respostas que você encontrou
são na realidade frutos daquilo que você tem sido
até o presente momento; frutos dos valores, dog­
mas, doutrinas e princípios que você tem dentro de
si.
Você quer mudar? Pois bem, pare de fazer o
que você vinha fazendo, ou da maneira como fazia.
Caso continuar do mesmo jeito, os frutos serão os
mesmos!
J á que você está decidido(a) ser um a outra
pessoa, aceite este convite:
"Vinde a mim, todos os que estão cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o m eu jugo, e aprendei de
mim, que sou manso e humilde de coração;
e encontrareis descanso para as nossas
almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é
leve."
Mt. 11:28-30

30
Há um a necessidade real de fazer uma reci­
clagem em nossas vidas, renunciar ao velho homem
e receber um novo processamento de dados e prin­
cípios divinos à luz da Palavra de Deus, que ve­
nham quebrar todos os bloqueios e am arras ocultos
em nossas m entes e traçar o único e verdadeiro
caminho à prosperidade. Devemos aprender com
Deus. Não há ninguém que conheça melhor o ho­
mem que seu próprio Criador. Sensíveis mudanças
acontecerão em sua vida; haverá um a cura em sua
vida e a prosperidade habitará em você (Sl. 107:13-
14 e 20).
Realmente todo aquele que quer alguma coi­
sa para si deverá pagar o preço da renúncia de va­
lores gravados dentro de sua mente e aceitar novos
valores. G erará conflitos inicialmente, mas com a
prática da vontade de Deus (Sua Palavra) sua vida
vai se adequando ao seu plano, e gradativam ente
você conquistará seu espaço no Reino de Deus (Mt.
16:24).
Depois destes comentários, espero que você
tenha entendido que o seu presente é fruto dos va­
lores adquiridos no passado. Agora, com esta reve­
lação em suas mãos, você terá a oportunidade única
de estar de bem com a prosperidade. Comece já a
praticar estes ensinam entos, e o seu futuro bem
próximo será em Canaã, terra que m ana leite e
mel. Não é preciso ir atrás de um eldorado qual­
quer, de um a nova região próspera, cheia de opor­
tunidades. Pelo contrário, quebre a barreira, entre
na dimensão do espírito e você verá que não haverá
mais condenação nenhum a sobre a sua vida, pois
Jesus Cristo, que é a Palavra de Deus encarnada,
lhe garante a vitória:
31
"Portanto agora nenhum a condenação há
para os que estão em Cristo Jesus, que não
andam segundo a carne, mas segundo o
espírito."
Rm. 8:1
Agora vou tom ar o mesmo versículo para
mim e farei as seguintes mudanças: onde estiver
escrito CONDENAÇÃO colocarei necessidade, onde
estiver OS QUE ESTÃO colocarei o meu nome
completo, e onde estiver SEGUNDO A CARNE,
MAS SEGUNDO O ESPÍRITO, colocarei segundo
os princípios e valores humanos, mas segundo a
Palavra de Deus.
Agora veja como ficou. Faça o mesmo usando
o seu nome, decore e recite constantem ente esta
palavra até que ela faça parte da sua vida.
"Portanto agora nenhum a necessidade há
para mim, José Bráulio Gusmão, pois estou
em Cristo Jesus, já não ando segundo os
princípios e valores humanos, mas segundo a
Palavra de Deus."
Rm. 8:1
Comece a pensar, falar e agir segundo a Pa­
lavra de Deus; Ele, como a prosperidade que trouxe
a existência todas as coisas dando forma a toda
criação, é comprometido com sua Palavra e habita
onde ela está.

32
VENCENDO OS
INIMIGOS
DA ALMA
A nteriorm ente falamos sobre valores, prin­
cípios e conceitos e continuaremos a falar. Batere­
mos um pouco mais nesta tecla. Neste capítulo co­
m entarem os sobre alguns deles, conhecidos popu­
larm ente, e procurarem os m ostrar por que muitos
servos de Deus, mesmo fiéis ao Senhor em seus dí­
zimos e ofertas, não conseguem a prosperidade con­
forme Deus promete e também mostraremos por­
que alguns ímpios prosperam.
O que você tem colhido hoje é resultado dos
valores e informações que você tem recebido ao
longo de toda a sua vida. Inclui-se aí também sua
vida uterina. Vamos procurar citar alguns destes
princípios ou valores que há dentro de nós e que
repelem a prosperidade que buscamos.
AMOR AO DINHEIRO:
A RAIZ DE TODOS OS MALES
Não sei quando foi que você ouviu esta pas­
sagem bíblica. Talvez em um domingo em que você
foi à igreja, e ali você e todos aqueles que lá esta­
vam, com os corações abertos, receberam o prega­
dor com m uita alegria. Ele era muito eloqüente e as
palavras que saíam de sua boca eram como chamas
ardentes, que penetravam nas mentes ali presen­
tes. A mensagem falava acerca do dinheiro como
um perigo à salvação e como uma ameaça à sua in­
tegridade moral e espiritual; e desde então no seu
subconsciente está escrito, e muito bem, que o di­
nheiro é a raiz de todos os males e que ele pode tra ­
zer-lhe todos os males imagináveis, e você o tem
visto como um inimigo. Como você precisa dele,
34
aprendeu a conviver com seu inimigo, desejando-o,
m as ao mesmo tempo temendo-o.
Tudo que é adm inistrado fora da visão de
Deus, longe da sua Palavra, traz-nos transtornos e
m uitas vezes prejuízos irrecuperáveis. A Palavra de
Deus nos traz orientações de como adm inistrar o
nosso dinheiro, o nosso tempo, a nossa vida senti­
m ental, a nossa vida espiritual, enfim, toda a nossa
vida pode ser bem-sucedida à luz da Palavra de
Deus. Encha-se dos valores divinos, caso você quei­
ra m udar de vida (Sl. 119:105).
Você deve agora, neste momento, parar esta
leitura e fazer um a meditação. Pense nos bairros de
classe m édia-alta de sua cidade, veja como vivem
seus moradores, como se alimentam, como se ves­
tem , seus meios de transportes, de comunicação,
educação, lazer, etc. Agora pense nos bairros de
classe baixa até as favela de sua cidade, veja como
é a vida de seus moradores. Alimentação, vestuário,
calçados, meios de transporte, educação, etc. Feche
os olhos e m edite agora...
Muito bem, agora você vê que a ausência de
dinheiro é que traz sérios problemas para o homem.
Ao contrário de quando o homem o tem, apesar de
sabermos que o homem rico também tem problemas.
Procure ver o dinheiro como um aliado para
sua felicidade e fonte de m uitas bênçãos para sua
vida, quando adm inistrado segundo o coração de
Deus. É a vontade de Deus que todos os seus filhos
prosperem e gozem dos frutos do seu trabalho; é
um dom de Deus (Ecl. 3:13).
O que ocorreu inicialmente, quanto ao di­
nheiro como raiz de todos os males na sua vida, foi
um a distorção da Palavra de Deus, pois na íntegra
35
o que ela diz é totalm ente o contrário. "O amor" ao
dinheiro e não o dinheiro em si é que a raiz de to­
dos os m ales (I Tm. 6:10). Devemos am ar o dono da
bênção, e não a bênção em si, conforme falamos an­
teriorm ente.
"O POUCO COM DEUS É MUITO"
Somos frutos de um a sociedade rica em adá-
gios e provérbios populares que pouco de bom nos
têm trazido. Existe um que tem conduzido as pesso­
as a viverem na insuficiência, na pobreza e na mi­
séria: O pouco com Deus é muito. Somos fruto da­
quilo de que está cheio o nosso coração. Se o nosso
coração diz que o pouco com Deus é muito, jam ais
ele desejará o muito. Estamos sempre crendo num
m ilagre para o problema financeiro do momento. O
pouco só nos dá condições de vivermos apertados;
não podemos dividir com ninguém, muito menos
participarm os da implantação do Reino dos céus
com dízimos e com ofertas. O pouco nos faz escra­
vos, sem prestígio e sem reconhecimento, e certa­
m ente a destruição virá.
"... a sabedoria do pobre foi desprezada, e as
suas palavras não foram ouvidas."
Ec. 9:16
"O pobre é odiado até pelos seus vizinhos..."
Pv. 14:20
"Porque ao que tem ser-lhe-á dado; e ao que
não tem, até o que tem lhe será tirado."
Mc. 4:25
36
Iguais se atraem. Procure desejar o melhor,
deseje o muito e aprenda com Deus e Ele o ajudará
a conquistar o muito. O muito com Deus é melhor!
O CAMELO E A AGULHA
E impossível a prosperidade acontecer onde
ela não é bem-vinda. Através dos séculos a teologia
da pobreza e da 'miséria implantou o seu reinado
em nosso planeta, e a maior parte das nações atin­
gidas são conhecidas como países de Terceiro
Mundo. Assim como encontramos a morte no vene­
no da serpente, nele também encontramos a vida,
pois das bolsas existentes nas mandíbulas das ser­
pentes extrai-se o veneno que posteriormente será
transform ado no soro antiofídico (o antídoto contra
as picadas das serpentes). Da mesma forma Sata­
nás procede com a Palavra de Deus, que é vida
para nós. Ele a distorce e a usa contra nós.
Veja como isso é real: quando ele tentou o
Senhor Jesus, a própria Palavra de Deus foi a arm a
de sua cilada contra o Senhor, mas com a própria
Palavra Jesus o venceu (Lc. 4).
Agora veja só o golpe do camelo como foi
dado:
"É mais fácil passar um camelo pelo fundo
dum a agulha do que entrar um rico no reino
de Deus."
Mt. 19:24
As pessoas ricas e prósperas têm sido vistas
como verdadeiras inimigas de Deus e impossibilita­
das pelo dinheiro de entrarem no reino dos céus.
37
Assim, pregadores da Teologia da Miséria têm pas­
sado esta imagem ao pregarem ao pé da letra esta
mensagem, transm itindo aos que a ouvem uma
imagem totalm ente distorcida da realidade, como
se ter dinheiro e ser rico seja contrário à vontade
de Deus. A agulha desta metáfora a que o Senhor
Jesus se refere não é a agulha de costura como a
m aioria pensa e prega. A entrada do céu para as
pessoas, sendo ricas ou não, não é uma agulha,
um a igreja ou religião, mas o Senhor Jesus. E atra­
vés dEle que ricos e pobres de todos os tempos po­
dem en trar no Reino de Deus, desde que se subm e­
tam à Sua vontade, recebendo o seu filho Jesus
Cristo como o seu Senhor e Salvador.
Como todos querem a salvação, a maioria das
pessoas inconscientemente rejeitam a prosperidade
de se tornarem ricas, por mais que sejam fiéis di-
zimistas e ofertantes a Deus, pois têm medo de não
irem para o céu. A realidade é outra totalm ente di­
ferente: o camelo passa pelo fundo da agulha, sim,
e o rico pode ser salvo; depende única e exclusiva­
m ente dele.
Há um pequeno número de pessoas que co­
nhece o verdadeiro sentido desta parábola que
Jesus nos transm itiu. Para que seus ouvintes a en­
tendessem melhor, o M estre Jesus falava-lhes
muito por meio de metáforas. Mas os pregadores
dos séculos seguintes pregaram e ainda o fazem ao
pé da letra, apesar de os símbolos metafóricos con­
temporâneos para nós serem outros irem e m udan­
do cultura após cultura, tempo após tempo.
H á milhares de anos atrás, em Jerusalém,
proibiarse, depois do entardecer, a entrada de ca-
38
meios carregados. Para se cumprir a lei, somente os
portões menores e m ais baixos ficavam abertos à
noite. Tais portões eram conhecidos por "fundo de
agulha"; para que os camelos passassem por estes
portões, era necessário que os descarregassem caso
estivessem carregados e os fizessem passar de joe­
lhos. Tinham que deixar a carga pelo lado de fora,
assim como qualquer um de nós que, para entrar
no Reino de Deus, tem que renunciar a si mesmo e
seguir a Jesus Cristo.
"Eu sou a porta; se alguém entrar por mim
salvar-se-á, entrará e sairá; e achará
pastagens."
Jo. 10:9
"Eu sou o caminho, e a verdade e a vida.
Ninguém vem ao Pai senão por mim."
Jo. 14:6
D escarregar é vital; é um a demonstração de
reverência e desapego aos bens m ateriais. Mas ain­
da não é tudo. Já que agora conhecemos a metáfo­
ra, devemos nos atentar para o principal: não nos
esquecermos de que além de deixar a carga para
nos adentrarm os em Jerusalém celestial é preciso
que fiquemos de joelhos, como os camelos de outro-
ra. Em várias civilizações antigas, os joelhos sim­
bolizavam poder. Ficar de joelhos é ter fé, confi­
ança, comunhão com outros que assim procedem e
com Deus, a eterna e infinita prosperidade, Criador
de todo mundo existencial.
Assim faz&ndo estamos nos posicionando
como dependentes do próspero poder de Deus.
39
Não tenha medo, amigo leitor, de ser rico e
próspero. O rico como o pobre podem en trar no
reino de Deus; basta que submeta-se ao plano único
de salvação do nosso Deus.
"Pois o salário do pecado é a morte, mas o
dom gratuito de Deus é a vida eterna, em
Cristo Jesus nosso Senhor."
Rm. 6:23
Creia num a coisa: o Senhor nosso Deus está
a sua procura, para lhe confiar riquezas, pois Ele
sabe que você adm inistrará segundo a orientação
dEle e para Ele.
RAÍZES DE AMARGURA
Como vimos antes, a prosperidade é uma di­
mensão espiritual onde o próprio Deus se revela
como um m anancial perene e constante de bênçãos
e riquezas, e se alegra em transferir adm inistrati­
vam ente tudo quanto ele criou, quando o homem o
motiva através da fé e da obediência. Pois tudo que
o homem deseja está nas mãos do Senhor Deus, e
para que tais alvos e objetivos sejam transferidos
ao homem, necessário é que este aja conforme a
vontade de Deus.
Um dos maiores obstáculos à prosperidade
tem sido a am argura ou o ressentim ento no coração
daqueles que m uitas vezes são fiéis dizimistas e
ofertantes da obra de Deus, no entanto as promes­
sas de prosperidade do nosso Deus não são m ani­
festas em suas vidas. O próprio Senhor Jesus Cris­
to deixa bem claro que qualquer oferta só é aceita
40
por Deus quando estamos livres de qualquer raiz
de am argura ou ressentim ento relacionados a al­
guém.
"Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar,
e aí te lem brares de que teu irmão tem
algum a coisa contra ti, deixa diante do altar
a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com o
teu irmão; depois vem, e apresenta tua
oferta.
Reconcilia-te depressa com o teu adversário,
enquanto estás com ele a caminho, para que
ó adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao
oficial de justiça e te recolham à prisão."
Mt. 5:23-25
O escritor aos hebreus nos afirm a que qual­
quer raiz de am argura pode nos abster da graça de
Deus, quando ele diz:
"Tende cuidado de que ninguém se prive da
graça de Deus, e de que nenhum a raiz de
am argura, brotando, vos perturbe, e por ela
muitos se contaminem."
Hb. 12:15
Estes sentim entos, como am argura, ressen­
tim ento, inveja, ódio, ira, incredulidade e outros,
são motivos de tristeza ao espírito Santo, pois Ele é
o selo da nova criatura, que somos em Cristo Jesus.
"Toda am argura, e ira, e cólera, e gritaria, e
blasfêmias e toda a malícia seja tirada de
entre vós.
41
Antes sede uns para com outros benignos,
misericordiosos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus vos perdoou em
Cristo."
Ef. 4:31-32
Mesmo quando você estiver cheio de razão,
procure a outra parte do litígio e reconcilie-se, pois
a promessa de galardão é sobre aquele que toma a
iniciativa de paz e não leve mais em conta o ocorri­
do. A rranque a am argura e o ressentim ento pela
raiz.
Estando você livre de qualquer am argura ou
ressentim ento, a sua oferta e dízimo serão aceitos
por Deus e você será um canal desobstruído e
aberto à prosperidade.
Vimos, neste capítulo, que alguns inimigos de
sua prosperidade funcionam como códigos em sua
alma: são valores que precisam ser eliminados da
sua m ente. Abandone-os agora, nesta caminhada
de encontro com a prosperidade. Eles não servem
como companheiros; não os deixe mais influencia­
rem sua vida financeira, procure a mente e os valo­
res divinos; somente estes poderão lhe proporcionar
vida com abundância... (Jo. 10:10).

42
ATRAINDO A
PROSPERIDADE
Existem posicionamentos básicos a serem ob­
servados por aqueles que almejam a prosperidade;
é algo tão imperativo que só a conquistam aqueles
que preencham estas qualidades que citaremos
neste capítulo.
Não são os princípios filosóficos, o legalismo
de cada um de nós ou a nossa sabedoria que vão de­
term inar e reger a prosperidade em nossa vida;
existem leis espirituais que controlam esta questão.
E você que almeja a prosperidade deve observá-los,
colocando-os como verdadeiros mandamentos em
sua vida...
AMBIÇAO
Esta capacidade que há no homem é singular
na vida dos desbravadores, conquistadores e vence­
dores. E um a força propulsora que faz com que as
pessoas desejem algo em suas vidas e partam em
busca da realização dos seus objetivos, chegando a
ponto de renunciarem a si mesmas, em prol das
prioridades da sua vida.
Caso você não ambicione ou não deseje a
prosperidade, ela nunca virá a acontecer em sua
vida. Comece a desejar vida próspera e Deus lhe
ensinará o caminho a percorrer (Sl. 145:18-19).
Ambicione a prosperidade, deseje-a e ela lhe
será com panheira e amiga; desde que esta ambição
não venha ferir a integridade do próximo, pois a
este devemos am ar como a nós mesmos e fazer a ele
o que gostaríamos que nos fosse feito.

44
RENÚNCIA
Como já foi dito anteriorm ente, somos resul­
tado das informações (princípios e valores) que
existem em nossa alma e que foram adquiridos e
formados em nós ao longo da nossa vida. Estes va­
lores devem ser descartados, renunciados imedia­
tam ente, pois eles nos forneceram a vida que te­
mos. Faça isto e sua vida certam ente m udará. Caso
você insista em fazer o que sempre fez, continuará
tendo a vida que sempre teve. Para obter um a vida
de vitórias, você precisa começar a pensar, falar e
agir diferente...à m aneira de Deus.
Tenho certeza de que se você foi motivado a
ler este livro é porque você clama por mudanças,
você está buscando a melhora para sua vida, para
sua família e para sua empresa. Você se cansou da
m aneira tradicional e convencional. Todos estão
procurando reciclar, pois o mundo está em cons­
tan te mutação. Tenha coragem e faça também uma
reciclagem; o plano divino é infalível e imutável.
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de
mim, que sou manso e humilde de coração;
e encontrarei descanso para as vossas almas.
Porque o m eu jugo é suave e o meu fardo
é leve.
Mt. 11:28-30
Volto a dizer: renuncie aos planos humanos,
arcaicos. C ontinuar preservando as crenças, os va­
lores e os hábitos antigos não é a melhor decisão.
45
Agora em sua vida é tempo de transição; preservar
o antigo método não é uma boa decisão. Mude.
OBEDIÊNCIA
Você acabou de renunciar a si mesmo, às su­
as crenças e valores, relacionados à conquista de
prosperidade; você conhece, melhor do que nin­
guém, a vida que tais princípios lhe proporciona­
ram . Agora o que é verdadeiro e infalível é o plano
divino para sua reintegração de posse das riquezas
de Deus neste planeta, seja lá onde você estiver, na
índia, na Suiça, no sul do Brasil ou no sertão nor­
destino. Independe onde você esteja para que dê
certo, pois a fonte de riquezas perenes e constantes
é o Senhor Deus, a eterna e im utável prosperidade.
A Palavra de Deus é quem irá ditar as regras
do jogo. Ela orientará quanto às decisões a serem
tomadas e às leis intocáveis a serem obedecidas.
M uitas vezes os seus valores a respeito de economia
irão ten tar ressuscitar, colocando dúvidas em seu
coração. Não lhes dê ouvidos. Em seu passado eles
falharam , não merecem mais a sua confiança. O
Diabo ten tará usá-los contra você, tentando impe­
dir que você seja filho da prosperidade e deleite em
um a terra que m ana leite e mel.
M uitas vezes você sentirá o seu coração di­
vidido. Cuidado! Pise firme em sua decisão de obe­
diência a Deus em seu plano de redenção finan­
ceira. A questão está no mundo espiritual. Domine-
o e o vencedor será você. Confie na Palavra de
Deus totalm ente. Nesta amizade com a prosperi­
dade, você, m uitas vezes, poderá ser exposto ao pe­
rigo de perder tudo, mas isso será na aparência dos
46
seus sentim entos hum anos, porque, na realidade,
acontecerá o contrário, pois no mundo espiritual
todo o universo motivado pelo poder de Deus estará
agindo em prol da sua prosperidade. Aconteça o
que acontecer, não ceda à tentação de retroceder ao
passado; você já o conhece.
"Porque as arm as da nossa milícia não são
carnais, m as sim poderosas em Deus, para a
destruição das fortalezas; destruindo os
conselhos, e toda altivez que se levante
contra o conhecimento de Deus, e levando
cativo todo o entendim ento à obediência
de Cristo."
II Co. 10:4-5
FID ELID A D E E HONESTIDADE
São palavras com o mesmo significado, que
caracterizam e qualificam os verdadeiros adorado­
res de Deus. A fidelidade e a honestidade são carac­
terísticas ím pares que devem existir em sua vida,
pois agora você é um a pessoa que está conquis­
tando a confiança de Deus, e, por ser uma pessoa
honesta, Deus lhe confiará suas riquezas, para que
você as adm inistre para Ele. Por mais que venha a
usufruir do que Deus lhe der, Ele sabe que você
adm inistrará segundo a Sua Palavra. Por mais que
o Senhor Deus comece lhe confiando pequenas coi­
sas, continue fiel e honesto, conquiste sua amizade
e confiança e certam ente Ele o promoverá lhe con­
fiando coisas mais significativas e maiores.

47
"Bem está, bom e fiel sérvo; sobre o pouco
foste fiel, sobre muito te colocarei, entra no
gozo do seu Senhor."
Mt. 25:23
Em toda e qualquer em presa os escalões hie­
rárquicos sáo conquistados por competência e fide­
lidade ao seu sistem a adm inistrativo. Nesta grande
em presa cham ada planeta Terra, onde Deus é o
dono, não é diferente. Conquiste-a.
"Eu fiz a terra, o homem, e os anim ais que
estão sobre a face da terra, com o meu grande
poder, e com o m eu braço estendido, e a dou a
quem me agrada."
Jr. 27:5
MORDOMIA
O que você tem que colocar em seu coração é
que Deus é o Criador e o Senhor de todas as coisas.
Tudo que você conquista e vem para suas mãos
pertence ao nosso Deus. Agora cabe a você adm inis­
tra r para Ele.
"Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o
m undo e aqueles que nele habitam."
Sl. 24:1
P ara você ver, em momento algum o Senhor
Deus deu a Adão, ou a outro qualquer homem, o tí­
tulo de propriedade sobre alguma coisa. Estamos
na situação de inquilinos e adm inistradores do pla­
neta Terra (Sl. 8:3-8).
48
Você só poderia ser senhor sobre o que você
mesmo pudesse criar. No entanto, homem algum
foi capaz de criar algum a coisa. O que você pode fa­
zer é utilizar-se das coisas criadas por Deus. Fazer
adaptações, utilizar as forças e energias já existen­
tes na criação, fazer combinações e desenvolvê-las,
e mesmo assim com a inspiração e revelação de
Deus.
Amigo leitor, você é aquela pessoa que Deus
quer tornar adm inistrador de suas coisas. Abra o
seu coração e se subm eta à vontade do Senhor e
certam ente você conquistará Sua confiança. Ad­
m inistre para Deus (II Tm. 2:20-21). Assim fazendo
você estará se relacionando com Deus quando esti­
ver no templo de sua igreja ou nos momentos de-
vocionais com Deus; o seu viver, o seu dia-a-dia
será um culto a Deus, pois tudo o que estiver fa­
zendo estará adm inistrando para o Senhor. Tam­
bém não esqueça de ter cuidado com o que usa, pois
todas as coisas pertencem ao Senhor.
ARMAS DE GUERRA
Quando o Senhor Deus deu a Israel a terra
de Canaã, tiveram eles ainda que conquistá-la,
usando de arm as convencionais dos exércitos con­
temporâneos e tam bém de arm as e estratégias es­
pirituais, que Deus lhes havia revelado por inter­
médio de Moisés seu servo. Mesmo sendo aquela
terra hostil (Nm. 13:28-33), Josué os liderou e os
levou à vitória tomando posse daquilo que no
mundo espiritual já lhes pertencia; e sua maior
arm a para tal não foram os recursos humanos, mas
a Palavra de Deus observada.
49
"Tão-somente esforça-te, e sê muito corajoso.
Cuida em fazer conforme toda a lei que meu
servo Moisés te ordenou; dela não te desvieis,
nem para a direita nem para a esquerda,
para que sejas bem-sucedido por onde quer
que andares.
Não te apartes da tua boca o livro desta lei;
m edita nele dia e noite, para que tenhas
cuidado de fazer conforme tudo o que nele
está escrito. Então farás prosperar o teu
caminho, e serás bem-sucedido.
Não to m andei eu? Esforça-te, e tem bom
ânimo. Não pasmes, nem te espantes porque
o Senhor teu Deus é contigo por onde quer
que andares."
Js. 1:7-9
E assim sendo, conquistando cidade após ci­
dade, seis anos e meio aproximadamente foram su­
ficientes para Josué e seus liderados conquistarem
toda a terra de Canaã.
Há aproxim adam ente dois mil anos que o Se­
nhor Jesus Cristo deu ao seu povo o direito de con­
quistar não somente um a possessão de terras, mas
desde Jerusalém , Sam aria e até os confins da terra,
todas as nações (Atos 1:8).
E sta conquista deveria ser efetuada em todos
planos, espiritual, econômico e social, mas a igreja
ao longo de sua história foi um tanto quanto tím i­
da, com exceção de algum as épocas em lugares ou
países isolados. No seu todo a visão do Senhor Deus
é que tomemos posse de toda a terra e daquilo que
nela há, ocupando as posições de destaque... (Ec.
3:13).
50
"O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu,
para dar chuva à tua terra no seu tempo, e
para abençoar toda a obra das tuas mãos.
Em prestarás a m uitas nações, porém não
tom arás emprestado.
O Senhor te porá por cabeça, e não por
cauda. E starás em cima, e não debaixo, se
obedeceres aos m andamentos do Senhor teu
Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e
cumprir."
Dt. 28:12, 13
Cada um de nós deve atentar para alguns de­
talhes e colocá-los em prática tal qual Israel e a
igreja prim itiva o fizeram em suas conquistas.
1) Esforçe-se: devemos nos esforçar em prol
do nosso objetivo, lançando mão daquilo que nosso
Deus nos tenha dado para atingirmos.
Js. 1:7 - Lc. 16:16
2) Tenha bom ânimo: a longanimidade é um
fruto do espírito. Precisamos dele, pois devemos es­
tar atentos para a todo instante fazermos a obra de
Deus.
Js. 1:7 - Gl. 5:22
3) Pratique a Palavra: a Palavra de Deus
deve ser praticada conforme nos for revelada pelo
Espírito Santo, sem medo de errar, pois a Palavra
nos instrui acerca do que devemos fazer.
Js. 1:7 - SI. 32:8

51
4) Não se desvie da Palavra: a Palavra de
Deus é nosso leme, a nossa lâmpada e o nosso ca­
minho; nunca devemos dela nos desviar, pois é ela
que nos conduz às vitórias.
Js. 1:7-Apc. 2:10
5) Ore a Palavra: quando você ora, a Pala­
vra, as forças espirituais contrárias se submetem a
sua oração, porque você falou a Palavra de Deus, e
o própio Deus que está comprometido com a sua Pa­
lavra m otivará todo o universo em seu favor. Não
se esqueça de que só deve orar a Palavra quem a
vive.
Js. 1:8 - Nm . 23:19
6) M edite a Palavra: é na Palavra de Deus
que estão as leis e os valores que nos fazem prevale­
cer contra os valores negativos e contrários aos do
espírito. E também na meditação que vêm as gran­
des revelações de Deus.
Js. 1:8
7) Não se pasme nem se espante: não devemos
nos admirar com o que venha a nos acontecer e muito
menos nos espantar ou temer, pois muitos são os
inimigos e as surpresas. Não seja tímido ou covarde,
pois no reino de Deus não tem tais personagens.
Js. 1:9
8) Encha-se do Espírito: para fazermos tudo
conforme o Senhor nos revela, devemos estar cheios dó
Espírito, com sua ousadia, unção, intrepidez e dons.
At. 1:8 - Ef. 5:18
52
9) Dê dízimos e ofertas: quanto a estes, n
devemos nunca deixar de praticá-los, pois perten­
cem ao Senhor, são santos e separados ao Senhor.
Vimos que todos que os comeram ou os retiveram se
deram mal, conferindo ao devorador direitos sobre
suas vidas, fam ílias e pertences. A meu ver, são
como o fruto da árvore do conhecimento do bem e
do mal.
Gn. 2:16-17 - Ml. 3:8-9
10) E então virá a prosperidade: e assim, f
zendo tudo conforme a Palavra lhe revelar, o Se­
nhor fará prosperar seu caminho.
Js. 1:8
UMA
NOVA
UNÇÃO
O Senhor Deus tem concedido à sua igreja
nos últimos dias um mover do Espírito muito forte.
Em lugares diferentes Ele tem realizado obras ex­
traordinárias no meio do seu povo. Estamos viven­
do o início de um mover do Espírito da proporções
gigantescas, jam ais vivido ou visto por alguém. Não
é que o Espírito seja outro, ou tenha envelhecido
como alguns céticos brincam e subestimam o que
Deus está fazendo. O Senhor sem pre agiu de acor­
do com a cultura de um povo e com a realidade de
sua época. O Senhor tem extravasado a própria ex­
pectativa de fé da igreja, em um a sociedade de m u­
danças tão rápidas como a de nossos dias. O nosso
Senhor está sem pre à frente do entendim ento hu ­
mano.
Este avivamento que já estamos vivendo será
de dimensões jam ais vistas. Multidões inundarão os
templos, tendas, tabernáculos, ginásios, estádios e
até mesmo campos abertos. Elas serão atraídas a
Cristo como as águas dos rios o são pelo mar.
As questões e os planos financeiros para ban­
car esta grande obra já estão resolvidos, pois Deus
já tem o seu plano consumado para a sua igreja (Jo.
19:30).
E sta revelação completará o seu conhecimen­
to acerca da obra do Senhor Jesus Cristo a nosso
favor, pois até então a obra de libertação financeira
que o Senhor Jesus realizou por nós ficou no ano­
nimato. Agora, neste grande mover do Espírito, o
Senhor revela à sua igreja, não que ela seja nova
para Deus, um a nova unção de prosperidade, pois,
até então, buscava-se em Cristo cura para todos os
males; no entanto, quando a questão era financeira,
recorria-se a uma parte do plano de prosperidade
56
do nosso Deus no que se refere aos dízimos e ofer­
tas, m as quanto ao que Cristo fez por nós, não tí­
nham os nos apercebido ainda. E sta é razão pela
qual, creio eu, a maioria das igrejas, quase que em
sua totalidade, não atingia seus objetivos financei­
ros.
QUEBRANDO O JUGO
No início do mês de abril de 1993, eu estava
realizando na cidade de São Carlos, Estado de São
Paulo, na Igreja do Evangelho Q uadrangular, pas­
toreada pelo Rev. Henrique Alves Sobrinho, uma
cruzada evangelística de avivamento. Era domingo
pela m anhã e estávamos com aquele templo total­
m ente tomado por um grande número de pessoas.
A m ensagem daquela m anhã, que havíamos prepa­
rado, foi totalm ente mudada. O Espírito do Senhor
Deus nos levou a pregar acerca do nascimento do
Senhor Jesus Cristo, mas também de m aneira to­
talm ente diferente da que costumeiramente esta­
mos acostumados a ouvir. O versículo chave em
que a m ensagem se baseava era este:
"Porque já sabeis a graça de nosso Senhor
Jesus Cristo, que sendo rico, por amor de nós
se fez pobre; para que pela sua pobreza
enriquecesse."
II Co. 8:9
Aquela m ensagem surtia um efeito inespera­
do; eu não sabia qual seria realm ente o objetivo do
Senhor. A revelação que Deus nos dava naquela
m anhã estava mudando m uitas coisas em minha
57
vida, no m eu m inistério e nas igrejas que recebiam
posteriorm ente aquela revelação, que m ostra o Se­
nhor Jesus Cristo quebrando o jugo da pobreza e
nos tornando ricos.
RECONCILIAÇÃO COM A PROSPERIDADE
Nesta revelação Deus nos leva a fazer uma
reflexão sobre o ritual acerca do nascimento do Se­
nhor Jesus Cristo. Devido ao pecado, criou-se um a
inimizade entre Deus e o homem, entre a prosperi­
dade e você, amigo leitor.
"Pois Ele é a nossa paz, o qual de ambos os
povos fez um, e destruiu a barreira da
separação, a barreira da inimizade que
estava no meio..."
Ef. 2:14
O Príncipe de todo o universo, Jesus Cristo,
acostumado com as riquezas de Jerusalém Celeste,
a capital do Universo, a santa cidade confeccionada
do mais puro ouro, com os seus muros de jaspe com
seus fundam entos adornados de todas as pedras
preciosas, como safira, calcedônia, esmeralda, sar-
dônia, sárdio, crisólito, berílio, topázio, jacinto e
am etista, é chamado e comissionado pelo seu Pai, o
autor e consumador de todo o universo, a prosperi­
dade infinita, o manancial e fonte de todas as coi­
sas, a cum prir um a grande missão. Ele deveria,
como Príncipe e Senhor do Universo, vir ao planeta
Terra, se fazer humano, viver como tal, cum prir
toda a lei e reconciliar o homem com o Senhor, até
então inimigo de Deus e destituído da Sua Glória,
58
pois Satanás havia dominado e debilitado a espécie,
que um dia havia sido criada à imagem e seme­
lhança de Deus. O homem havia perdido e con­
tinuava perdendo a capacidade de adm inistrar,
como mordomo do altíssimo, o planeta Terra..
Após Deus tê-lo comissionado de tão grande
tarefa, ele veio ao mundo e concebido foi por obra
do Espírito Santo no ventre de M aria, ainda virgem
e noiva de José, um carpinteiro, ambos da cidade de
N azaré na Galiléia, região de Israel. Quando o anjo
Gabriel visitou a M aria para lhe dar a notícia acer­
ca do plano de Deus e da sua participação, grande
foi o seu espanto, mas o anjo lhe explicou como se­
ria.
"Disse M aria ao anjo: como se fará isto, visto
que não tenho relação com homem algum?
Respondeu-lhe o anjo: descerá sobre ti o
Espírito Santo, e o poder do altíssimo te
cobrirá com sua sombra.
Por isso o ente Santo que de ti há de nascer,
será chamado Filho de Deus."
Lc. 1:34-35
TOMANDO SOBRE SI NOSSA POBREZA
Foi Jesus Cristo concebido por obra do Espí­
rito Santo no ventre de M aria, esposa de José. Teve
esta um a gestação normal, como qualquer outra
m ulher. Chegando já o fim dos seus dias de gesta­
ção, José, seu esposo, tomou-a e levou-a de Nazaré
à cidade de Belém da Judéia, para serem recensea-
dos conforme decreto de César Augusto, imperador
59
de todo o Império Romano já que todos os países
dominados por Roma deveríam recensear.
Ao chegarem a Belém, procurando quem os
pudesse hospedar e não encontrando, resolveu José
conduzir sua esposa a um estábulo. E entre ani­
mais malcheirosos e seus escrementos, insetos e
pragas peculiares a currais e estábulos, deveríam
passar a noite. Ali, naquele cenário, naquela noite,
M aria sente dores de parto e tem, naquela estre­
baria, num lugar sem nenhum a condição de higie­
ne e subum ana, o seu filho Emmanuel, o Deus co­
nosco.
Nasce, assim, como o mais indigente de todos
os homens, aquele que veio para nos reconciliar
com a prosperidade. Jesus Cristo nasceu, se desti­
tuindo de sua inigualável riqueza, para que aqueles
que o recebessem se tornassem ricos.
Pare a sua leitura e medite no que você aca­
bou de ler, forme um quadro em sua mente de to­
das as cenas do nascimento de Jesus Cristo...Agora
você compreende porque o Senhor Jesus nasceu
pobre, como um miserável realm ente. Então? Você
continuará aceitando a pobreza em sua vida, se o
Senhor já se fez pobre em seu lugar? (II Co. 8:9).
Quebre esta barreira que o separa da di­
mensão que Deus quer para você e, ao Diabo, con­
fesse esta revelação fazendo esta oração:
Eu...(diga o seu nome) compreendo, de todo o
meu coração, que Jesus Cristo ao nascer se fez po­
bre para que eu fosse rico, e quanto a você, espírito
de pobreza e incapacidade, dê o fora de m inha
vida, pois Cristo Jesus já levou sobre si toda a m i­
nha pobreza.
60
DE BEM COM A PROSPERIDADE
Você agora tem diante de si um a porta aberta
que lhe dá acesso a um a vida de sucesso e prospe­
ridade. Considere-se de bem com a prosperidade. A
reconciliação, que até então era impossível, agora é
um a realidade. Considere-se amigo da prosperi­
dade. Por que não dizer filho da prosperidade!?
M antenha comunhão com ela, tenha-a dentro dè si,
porque, independente do que você faça ou trabalhe,
Deus é a sua fonte de riquezas e recursos.
Procure, então, confessar em um a conjunção
verbal, no presente, que é próspero; não diga que
será próspero. Este relacionamento deverá ser uma
constante em sua vida; é uma dependência total.
Não quebre este vínculo. A sua amizade com Deus
nunca deverá ser comprometida. Aconteça o que
acontecer, este relacionamento deverá ser irrevo­
gável, jam ais rompido.
Certa vez um doutor da lei, do partido dos
fariseus, perguntou a Jesus Cristo qual seria o
grande m andam ento. E Jesus respondeu:
"Amarás o Senhor teu Deus de todo o
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
coração."
Mt. 22:37
A grande prova do nosso amor para com
Deus é obedecermos a sua vontade, buscando o
reino dos céus e a sua justiça (Mt. 6:33).
Toda e qualquer maldição, econômica e, con-
seqüentem ente, social de sua vida será quebrada
m ediante sua obediência a Deus, pois o obediência
61
quebra a maldição e a desobediência atrai a m aldi­
ção.
A UNÇÃO É DERRAMADA DE
MANEIRA SOBRENATURAL
Estava eu ainda por term inar aquela m ensa­
gem, quando os meus olhos espirituais foram aber­
tos e vi como se fosse um a garoa caindo sobre o
povo que ali estava. A voz do Espírito Santo foi ní­
tida, quando me afirmava que naquele momento o
que estava caindo sobre a igreja era um a chuva de
prosperidade sobre aqueles que haviam recebido e
entendido a revelação sobre a importância do cenár
rio de extrema pobreza em que nascera o Senhor
Jesus Cristo, tornando-se pobre em nosso lugar.
Era um a nova unção sobre prosperidade e riquezas.
E que as mãos daquelas pessoas estariam cobertas
do m ais puro ouro em pó, como testemunho vivo e
real acerca da nova unção de prosperidade que o
Senhor estava revelando à sua igreja.
Após encerrar aquela mensagem, im ediata­
mente pedi aos irmãos que colocassem suas mãos
na posição de receber, pois naquele momento o Se­
nhor Jesus estava lhes dando um a nova unção de
prosperidade, e que eles glorificassem ao Senhor
Deus por aquela revelação. Após alguns minutos de
louvor e adoração, alguns irmãos foram lançados
po r terra pelo poder da unção ali presente. Houve
entre eles pessoas que foram arrebatadas e revela­
das acerca das riquezas e dos tesouros do Senhor
pa ra sua igreja.
Quando encerramos aquele período de busca
de poder, a alegria e o espanto da igreja eram es-
62
tampados no rosto de cada um, pois as mãos e par­
tes dos seus corpos estavam cobertos de ouro em pó
e azeite, chegando até mesmo a escorrer por suas
mãos.
Daquela m anhã para cá, estamos pregando
esta revelação à igreja do Senhor Jesus Cristo e
m inistrando esta nova unção de prosperidade. Os
sinais e os mistérios do Senhor Jesus, relacionados
ao tem a, têm levado a sua igreja a se considerar e a
viver como "filha da prosperidade".
OS FILHOS DA PROSPERIDADE
Como já mencionamos antes, Deus arquite­
tou, fez e tem para si todas as coisas. Para adminis­
tra r o que é dEle, ele fez o homem dotado de capa­
cidades sem elhantes às dEle; um pouco menor do
que os anjos fez o Senhor a espécie hum ana. Com o
pecado de Adão e Eva, o homem perdeu as capaci­
dades dadas por Deus, como administração, domí­
nio, poder, im ortalidade, comunhão com criador e,
conseqüentem ente, todas as capacidades originais
que Deus lhe havia concedido. A partir do pecado
de Adão e Eva, a espécie hum ana continuou pecan­
do contra o Senhor, tornando-se cada vez mais es­
crava do Diabo, e perdeu assim o domínio sobre a
terra. Não se esqueça de que o pecado praticado por
Eva e Adão foi o de comer o fruto da árvore da ci­
ência do conhecimento do bem e do mal, portanto, o
que era separado ao Senhor.
Mas Deus, a prosperidade que deu origem a
todas as coisas, am ou o homem de tal m aneira que
enviou o seu único filho, para que todo aquele que o
receba como seu Senhor e Salvador deixe de ser
63
criatura de Deus e torne-se filho da prosperidade.
Pois quando Jesus nasceu, o fez em um estábulo,
um lugar subumano, tomando sobre si a nossa po­
breza, para nos tornar ricos. Assim procedendo,
Cristo nos reconciliou com a prosperidade. Agora
cabe-nos viver, como dependentes do Senhor e liga­
dos a ele pela sua Palavra, como ramos ligados ao
tronco da videira.
"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o
agricultor.
Todo ramo em mim que não dá fruto ele o
corta, e todo o ramo que produz fruto ele o
poda, para que produza mais fruto ainda.
Vós já estais limpos por causa da palavra que
vos tenho falado.
Perm anecei em mim, e eu permanecerei em
vós.
O ramo de si mesmo não pode produzir fruto,
se não estiver na videira. Tampouco vós
podeis produzir fruto, se não permanecerdes
em mim.
Eu sou a videira, vós sois os ramos.
Se alguém permanece em mim, e eu nele,
esse dá muito fruto: sem mim nada podeis
fazer.
Se alguém não perm anecer em mim, será
lançado fora, como o ramo, e secará; tais
ram os são apanhados, lançados no fogo e se
queimam.
Se perm anecerdes em mim, e as minhas
palavras permanecerem em vós, pedireis o
que quiseres, e vos será feito.
Nisto é glorificado meu Pai, em que deis
64
muito fruto, e assim vos tornareis meus
discípulos.
Como o Pai me amou, também eu vos amei.
Perm anecerei no m eu amor. Se guardades os
meus mandam entos, permanecereis no meu
amor, assim como eu tenho guardado os
m andam entos de meu Pai, e permaneço no
seu amor.
Tenho-vos dito isto para que a m inha alegria
esteja em vós, e a vossa alegria seja
completa."
Jo. 15:1-11
Agora veremos os princípios e leis espirituais
estabelecidos pelo nosso Deus, para tomarmos
posse ou atrairm os para nós o que almejamos, por­
que não dizer um a total reintegração de posse de
todas as coisas roubadas por Satanás, pois o plane­
ta T erra e tudo o que nele há deve ser tomado por
nós, para o Senhor nosso Deus e para a im planta­
ção do Seu Reino aqui na terra.

65
REINTEGRAÇÃO
DE POSSE
Quando o Senhor Jesus Cristo veio ao m un­
do, veio para reconciliar o homem com Deus e
torná-lo capacitado para conquistar a terra, que um
dia foi entregue a Satanás. Esta conquista deve ser
feita pela Igreja. Sabemos que o grande evento de
que a Igreja participará será no advento da volta de
Cristo para buscá-la, mas enquanto o Senhor não
voltar, teremos de conquistar a terra, cidade após
cidade, estado após estado, nação após nação. Esta
foi a grande missão do Senhor Jesus Cristo à sua
igreja; as arm as que ele nos deu para esta con­
quista foram e sempre serão as mesmas para todos
os tempos e para todos os povos: a Sua Palavra e o
Espírito Santo (At. 1:8).
"Ide por todo mundo, pregai o evangelho a
toda criatura."
Mc. 16:15
P ara você ver, amigo leitor, devemos tom ar
posse de toda a terra e tudo quanto nela há; basta-
nos obedecer à palavra de Deus e fazermos tudo
não mais sob a nossa vontade ou a nossos olhos,
m as segundo a vontade e os olhos de Deus.
"Confia no Senhor de todo o teu coração, e
não te estribes no teu próprio entendimento;
Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele
endireitará as tuas veredas.
Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao
Senhor e aparta-te do mal."
Pv. 3:5-7

68
Deus estabelece em sua Palavra alguns
princípios básicos e irrevogáveis para sermos mais
que vencedores e tomarmos posse das promessas
relacionadas à prosperidade. Prepare-se para ser
um vencedor e ter sua participação na adm inistra­
ção do planeta Terra. Procure confiar nas promes­
sas de Deus, ambicione-as para si e coloque sua fé
em prática.
Tenha confiança no Senhor; o seu plano é in­
falível para recebermos de volta tudo o que ele rou­
bou do nosso Deus e de nós:
1. Como adm inistrar seu dinheiro;
2. am arrando o valente.
COMO ADMINISTRAR SEU DINHEIRO
"Porque o am or do dinheiro é raiz de todos os
males; e nessa cobiça alguns se desviaram da
fé, e se trapassaram a si mesmos com m uitas
dores."
ITm. 6:10
O am or ao dinheiro resume-se na avareza, no^*
egoísmo e outros sentim entos e, consequentemente,
perda da salvação e da eternidade com Deus. O
mordomo cristão obediente a Deus não corre o risco
de perder a salvação e outros benefícios que provêm
de Deus. Este cristão não tem o seu am or em bem
m aterial nenhum , pois o seu amor está no Autor e
consum ador de sua salvação e prosperidade. Ele
sabe que todas as coisas que ele tem vêm do seu
Senhor e é para a sua honra. Ele adm inistra para
Deus e segundo a Sua Palavra. A honestidade e a
69
fidelidade a Deus são características comuns e vi­
tais daqueles que são selados por Deus com pros­
peridade.
Não se esqueça de que toda e qualquer m al­
dição relacionada ao dinheiro não vem dele em si, e
sim do am or e da cobiça a ele. Devemos nos abster
deste amor, por mais que tenham os muito dinheiro.
A nossa capacidade de administração hum a­
na deve d ar lugar à orientação divina, pois o m un­
do físico é regido pelo mundo espiritual, e Deus
como ninguém sabe fazer isso e ensina o mesmo a
seus filhos. E seus ensinamentos nos capacitam a
abrir os seus tesouros a nosso favor. Quando assim
procedemos, Deus acrescenta-nos muito.
E sta atitude de adm inistrarm os o nosso di­
nheiro e outros bens à m aneira de Deus haverá de
ferir e contrariar os princípios e valores da nossa
economia secular, que nos ensinam a nunca dividir,
economizar o máximo, sacrificando a nós e a nossa
família em nome de uma prosperidade que aguar­
damos. No entanto, todos os princípios e valores
econômicos que regeram a sua vida até os dias de
hoje produziram em você a vida que tem. Agora é
momento de mudanças. Para que isto aconteça,
você precisa substituir os seus valores humanos
pelos valores divinos. Estes produzirão frutos posi­
tivos em seu universo existencial. Sua vida terá
realm ente um a explosão de prosperidade, porque
será adm inistrada segundo a sabedoria divina.
"Não sejas sábio a teus próprios olhos;
Teme ao Senhor e aparta-te do mal."
Pv. 3:7
70
Amarrando o valente
Já vimos anteriorm ente que esta grande
casa, onde todos nós moramos, que é o planeta
Terra, foi entregue um dia a Satanás e ele a tem
sob o seu domínio e dá a quem ele quer. A Bíblia
nos fala isso com clareza e responde porque muitos
ímpios adquirem riquezas, têm a soberania admi­
nistrativa do planeta, não dizendo com isto que to­
dos são ímpios.
Nem todos ricos têm riquezas dadas por Sa­
tanás, pois há aqueles que são descendentes de ju s­
tos e, conseqüentemente, estão debaixo da bênção,
pois Deus honra a sua Palavra (Lc. 4:5-7).
"Saberás, portanto, que o Senhor teu Deus é
Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a
misericórdia, até mil gerações aos que am am
e guardam os seus mandamentos."
Dt. 7:9
Você, leitor, é comissionado pelo Senhor a
tom ar posse daquilo que já é seu por direito; você já
sabe quem é seu inimigo e que ele tem o domínio
de tudo. No entanto, agora Deus o está capacitando
para dom inar o valente e saquear este planeta para
o nosso Senhor.
"Ou, como pode alguém entrar na casa do
valente e roubar os seus bens, se primeiro
não am arrá-lo, saqueando então a sua casa..."
Mt. 12:29

71
Jesus já nos capacitou como filhos da pros­
peridade, através da reconciliação efetuada em seu
nascimento de indigência, tomando sobre si a nossa
pobreza. Agora falta somente que cada um exerça o
plano ím par de reintegração de posse que o nosso
Deus tem para nós. Neste plano Deus nos ensina
como dom inar o inimigo, imobilizando-o e expul­
sando-o de nossas vidas e posteriormente tomando
posse daquilo que propõe o nosso coração.
"Sujeitai-vos, pois, a Deus. Resisti ao diabo, e
ele fugirá de vós."
Tg. 4:7
A seguir veremos as arm as que o Senhor nos
dá para am arrarm os o valente e saquear o que ele
julga ser dele.
"Guardai, portanto, todos os mandamentos
que hoje vos ordeno, para que sejais fortes, e
entreis na posse da terra a que passais a
possuir."

Dízimos e ofertas
No início deste livro, deixamos bem claro que
o planeta em que vivemos, o sistema solar que faz
parte e todo universo e tudo quanto nele há foi
idealizado e criado pelo Senhor nosso Deus. O pla­
neta Terra e tudo que nele encontramos tem sua
origem na infinita sabedoria e capacidade do Se­
nhor Jeová.
72
O homem, criado à imagem e semelhança do
Senhor, aqui está como inquilino e adm inistrador
deste sistema.
Inquilinos, porque nada do que existe nos
pertence; tudo pertence ao Senhor.
Mordomos ou administradores, porque não
adm inistram os para nós mesmos; por melhor que
venhamos desem penhar este papel devemos fazê-lo
para a Glória do nosso Deus e nunca para a nossa.
O homem primitivo, creio eu, deve ter sido
superdotado; ele era a imagem e a semelhança do
nosso Deus, e nunca aquela coisa horrenda defen­
dida por Charles Darwin: que o homem teria sua
origem nos prim atas, ou seja, nos macacos. Eu creio
no que a Bíblia diz (Gn. 1:26-27).
Este homem, criado que foi, dotado de poder,
domínio e autoridade sobre a terra e tudo que nela
há, perdeu características no pior acontecimento da
nossa história, quando Eva e Adão comeram do que
era santo e separado ao Senhor: o fruto da árvore
da ciência do bem e do mal. Creio que este fruto ti­
pificava os dízimos e ofertas alçadas que seriam
mais tarde estabelecidas por Deus ao seu povo. Até
hoje todo o homem que os comer substabelece a
Lúcifer e a seus anjos (espíritos devoradores) a sua
vida, seus bens e a própria casa (família), pois
deixou de dar a Deus o devido amor e a devida
obediência; vemos tais coisas acontecerem até na
vida de grande parte do povo de Deus, pois estes,
sabendo o que devem fazer, não o fazem, pecando
contra o Senhor, e quando chega o dia da Santa
Ceia, esta deixa de ser um a bênção e passa a ser
um a maldição, pois participaram dela indevida­
m ente (Tg. 4:17 e I Co. 11:29-30).
73
Como sem ear
Recordo-me quando ainda criança, morando
na zona rural, no Estado de Minas Gerais, que meu
pai pegava grande quantidade de grãos de deter­
minados cereais cultivados naquela fazenda e os
colocava sobre uma grande mesa. Ali escolhíamos
os melhores grãos, os maiores e mais bonitos. Era
uma verdadeira seleção que fazíamos às vésperas
do plantio. E chegando a época certa, após uma
escolha prévia de um bom solo com uma boa textu­
ra, devolvíamos à terra os melhores grãos que ela
nos havia dado, e de m aneira generosa a próxima
colheita sem pre era melhor do que a anterior. Iloje
vejo todas aquelas experiências saltando para o
mundo espiritual, pois este funciona do mesmo
jeito. Veja o que diz o Espírito à igreja:
"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer
porque tudo que o homem semear, isso
tam bém ceifará."
Gl. 6:7
Como semeadores devemos tom ar alguns
cuidados, como conhecer a terra onde iremos seme­
ar e também quanto à qualidade da semente, para
sermos bem-sucedidos, pois quem é feliz nestas es­
colhas será muito mais na colheita.
A escolha da terra: devemos ter muito cuida­
do nesta escolha, pois muitos são os ministérios e
altares estéreis, contaminados pela vida errada da­
queles que ministram. Muitos são os que se admi­
ram em não ver seus dízimos e ofertas produzirem
o resultado prometido por Deus, por esta razão de-
74
vem os pastores e líderes espirituais que m inistram
sobre o povo observarem a vida que levam diante
de Deus, pois em vez de abençoar o povo, este será
amaldiçoado. Muitos são os que não são dizimistas,
não ofertam e querem a saúde, o crescimento e as
bênçãos sobre o seu rebanho. E como querer nadar
cachoeira acima. O desejo do nosso Deus é que cada
pastor se preocupe em se tornar um solo fértil, pois
o povo está semeando em seu líder espiritual.
Outro cuidado é acerca das pessoas a quem
ajudamos e em quem investimos. Devemos pedir a
Deus que nos oriente acerca de em quem tenhamos
que investir. Muitos estão debaixo de grandes
maldições e outros são enviados pelo inimigo para
tira r de nós o que Deus nos deu. Fazendo assim a
sua sem eadura, dará o bom fruto, conforme a terra
sem eada. Assim diz o Senhor:
"Ouvi: eis que saiu o semeador a semear;
E aconteceu que, semeando ele, um a parte da
sem ente caiu junto do caminho, e vieram as
aves do céu, e a comeram;
E outra caiu sobre pedregais, onde não havia
m uita terra, e nasceu logo, porque não tinha
terra profunda;
Mas, saindo o sol, queimou-se; e, porque não
tinha raiz, secou-se.
E outra caiu entre espinhos, a sufocaram e
não deu fruto.
E outra caiu em boa terra e deu fruto, que
vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro
sessenta, e outro cem."
Mc. 4: 3-8
75
Creio que esta passagem bíblica não diz res­
peito som ente a quem prega o evangelho e ao cora­
ção dos que o ouvem, mas também aos que ofertam,
dizimam e aos que são ajudados por nós.
A escolha da semente', este detalhe, para
quem semeia, é tão im portante quanto a qualidade
da terra. Por melhor que seja a terra, uma má se­
m ente nunca produzirá uma boa colheita, pois
aquilo que sem ear certam ente ceifará. O dízimo ao
Senhor é um cálculo matemático exato; não há dí­
zimo de onze ou mais por cento; M atemática é uma
ciência exata. O que transcende ao dízimo, isto é
oferta. No dízimo vemos a lei e a obediência, mas a
oferta é o am or e a graça; transcende a lei, deve ser
do espírito e segundo os olhos de Deus, nunca se­
gundo o coração humano. Não tenha medo, invista
no reino de Deus; a qualidade da sua sem ente lhe
proporcionará a colheita desejada em seu coração.
"Porque o que semeia na sua carne, da carne
ceifará a corrupção; mas o que semeia no
Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.
E não nos cansemos de fazer bem, porque a
seu tempo ceifaremos, se não houvermos
desfalecido."
Gl. 6:8-9
O dízimo
Todos nós somos conhecedores de uma das
mais famosas passagens bíblicas que diz: Dai a Cé­
sar o que ê de César e a Deus o que é de Deus (Mt.
22:21). Este ensinam ento do nosso Senhor Jesus
Cristo nos leva a sermos fiéis e responsáveis fínan-
76
ceiram ente para com o governo secular, no que se
refere aos impostos e taxas. E para com Deus, no
que se refere aos dízimos. Com o governo humano
estarem os contribuindo para que as instituições go­
vernam entais se m antenham adm inistrativam ente.
Com o governo divino, para que o seu reino seja es­
tabelecido aqui na terra entre os homens, nas obras
m issionárias, pastorais, construções de templos e
outras.
A prática do dízimo existe desde as mais re­
m otas civilizações, como entre os lídios, fenícios,
cartagineses egípcios e outros. Mas mesmo antes do
governo de José no Egito e dos Faraós, Abraão, ao
regressar da vitória sobre os reis confederados, deu
a M elquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus,
o dízimo de tudo quanto possuía dos despojos da vi­
tória.
"E bendito seja a Deus Altíssimo, que
entregou a seus inimigos nas tuas mãos!
Então Abraão deu-lhe o dízimo de tudo."
Gn. 14:20
Todos os descendentes de Abraão observaram
a prática do dízimo do Senhor Deus, como foi o caso
de Jacó, que prom eteu oferecer ao Senhor o dízimo
de tudo quanto Deus lhe desse.
"E esta pedra que tenho posto como coluna
será casa de Deus, e de tudo o que me deres,
certam ente te darei o dízimo."
Gn. 28:22

77
Na lei de Moisés, estabelecida aos judeus,
nossos pais na fé, mandava-se que o dízimo de tudo
quanto a sua terra produzisse fosse devolvido ao
Senhor. E isto era em espécie; quando não, pagava-
se em moeda corrente na época entre eles, mais um
quinto, segundo o valor do mercado, isto do que se
referia aos grãos e frutos. Quanto ao gado, era acei­
to somente em espécie e não devia ser remido.
Esta prática era exercida pelos judeus, tanto
no deserto como em Canaã, quando já haviam che­
gado na terra que m anava leite e mel. Assim deve­
mos nós tam bém proceder, em crises financeiras ou
em épocas de fartura. Deus não negocia, não faz
acordos, não em presta e não nos isenta dele. A dé­
cima parte de todo o nosso trabalho e de toda nossa
renda, salário, aplicações, lucros comerciais, m esa­
das, aposentadoria e outros, pertencem ao Senhor.
"Todos os dízimos do campo, da sem ente do
campo, do fruto das árvores, são do Senhor,
são santos ao Senhor.

São para nós os dízimos como era o fruto da


árvore do conhecimento do bem e do mal para
Adão. Caso o comamos ou o retenham os em casa ou
o adm inistrem os, estaremos fazendo o mesmo que
Adão fez, substabelecendo nossos direitos, bens, a
família e toda nossa vida a Lúcifer e à própria
morte (Gn. 2:16-17).
"Com maldição sois amaldiçoados, porque me
roubais, vós, a nação toda."
Ml. 3:9
78
Deus é responsável por proteger aquele que
é fiel dizimista, tornando-o totalm ente protegido
juntam ente com todos os seus bens e trabalho. O
dízimo é o grande plano de Deus para fazer o ho­
mem e suas posses invulneráveis aos ataques de
Satanás, pois o anjo do Senhor acampa-se ao redor
daqueles que o tem em e os livra mesmo em momen­
tos de crises.
"Repreenderei o devorador, para que não vos
consuma o fruto da terra; a vossa vide no
campo não será estéril, diz o Senhor dos
exércitos."

Deus é dono e Senhor de todas as coisas, por


isso a questão em pauta não é que Deus esteja inte­
ressado em seu dinheiro, mas na sua fidelidade e
honestidade a Ele. Caso você não consiga ser fiel no
dízimo, certam ente será impossível ser fiel em ou­
tras coisas. E ele o termômetro espiritual do povo
de Deus. Procure ser dizim ista de m aneira volun­
tária em espírito de culto e adoração a Deus. Assim
sendo, terá um grande significado espiritual para a
sua alm a, e ele terá um cheiro suave a Deus, cons­
tituindo-se em motivo de bênçãos espirituais e m a­
teriais para sua vida. A prática do dízimo, acom­
panhada de ofertas alçadas, tem uma conotação de
grande m anifestação de prosperidade.
"...Em que te roubamos?
Nos dízim os e nas ofertas alçadas.
Com maldição sois amaldiçoado, porque me
roubais, vós, a nação toda.
79
Trazei todos os dízimos à casa do tesouro,
para que haja m antim ento na m inha casa,
depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos
exércitos, se eu não vos abrir as janelas do
céu e não derram ar sobre vós uma bênção,
tal qual dela vos advenha a maior abastança."
Ml. 3:10
Deseje de todo o seu coração devolver ao Se­
nhor o dízimo, reconhecendo como ordem divina
que é, e não sentirá dificuldade nenhum a em prati­
cá-lo.
Devemos observar que o dízimo é santo ao
Senhor, isto é, separado ao Senhor Deus. Aquele
que sem pre usa coisas santas ao Senhor abre bre­
chas de grandes dimensões em sua vida, dando va-
são a Lúcifer e a seus demônios. Ninguém está
isento de ser dizimista. E inegociável. Nem mesmo
aqueles que trabalham no altar, nem o mais rico e
muito menos o mais pobre. O dízimo é de Deus e
deve ser entregue na igreja do Senhor regularmente.
Todas as vezes que receber o seu salário, muito antes
de beneficiar-se dele, separe logo o dízimo do Senhor
(Mt. 25:21).
É o dízimo, depois do sangue de Jesus Cristo,
a segunda m aior arm a de defesa contra as investi­
das de Satanás. O próprio Deus se responsabiliza
em lu tar contra o devorador e repreendê-lo na sua
vida. Assim como Satanás nos faz vulneráveis a ele
nos levando a comer e reter coisas santas, da
mesma forma Deus nos faz fortes e protegidos con­
tra o nosso inimigo, quando consagramos a Deus o
dízimo, pois ele é santo ao Senhor.
80
Ofertas ao Senhor
Enquanto encontramos no dízimo a m aneira
de dem onstrarm os fidelidade e honestidade a Deus,
na oferta teremos a oportunidade de dem onstrar
amor a Ele, pelo que Ele é, generosidade e grati­
dão, pelo que Ele tem sido, em resgate dos nossos
objetivos. A oferta deve ser geralm ente condizente
ao reconhecimento que temos acerca de Deus.
Sempre que ofertar, faça-o conforme Deus to­
cou em seu coração; nunca com tristeza ou necessi­
dade, m as com alegria:
"Cada um contribua segundo propôs no seu
coração, não com tristeza ou por necessidade,
pois Deus am a ao que dá com alegria."
II Co. 9:7
Segundo propôs no seu coração-, o coração
hum ano é enganoso e nos faz agir dentro das pos­
sibilidades. Sabendo nós de tal perigo, devemos pe­
dir ao Espírito Santo de Deus que nos oriente
quanto ao que devemos dar ou quanto ao valor da
oferta, para que não venhamos fazer ofertas de
possibilidades, mas ofertas do espírito. Crendo que
Deus fala ao coração do homem, oferte no espírito,
pois Deus retribuirá a você, quando sua oferta for
agradável a Ele.
Não com tristeza: caso você vir a ofertar com
sentim ento de tristeza, tal oferta não será aceita
pelo Senhor. O investim ento que você faz no reino
de Deus é o único que é seguro. O que você der a
Deus nunca lhe fará falta, pelo contrário, o que o
Senhor tem para lhe retribuir é muito maior do que
81
aquilo que você tem a dar para ele. Não deixe que o
diabo semeie a sem ente do arrependim ento e da
tristeza pela oferta dada.
Não por necessidade: o ato de ofertar a Deus
independe da necessidade da sua obra. O fertar a
Deus deve ser um a atitude perene e constante de
reconhecimento, louvor e gratidão a Deus ou em
resgate dos seus objetivos. Não oferte somente
quando a obra do Senhor está necessitada, mas
procure praticar tal ato como um culto de louvor e
adoração ao Senhor Deus (Sl. 50:14 e 23).
Dar com alegria: alegria ou gozo é uma das
características dos que verdadeiram ente estão em
Cristo Jesus; é fruto do espírito (Gl. 5:22). E uma
unção de Deus para nossas vidas (Sl. 45:7). A
corrida às m ais diversas aplicações no mercado fi­
nanceiro tem revelado o quanto as pessoas no
mundo inteiro se preocupam em não perder o que
têm e ganhar mais. Investir no reino dos céus é
um a aplicação segura, com lucros garantidos para
esta vida e para a que há de vir, além de nos dar a
satisfação de estarmos investindo no maior em pre­
endimento de todos os tempos: o reino de Deus.
Sinta-se honrado e com alegria dê a Deus
Seguindo tais diretrizes estaremos alegrando
a Deus, e com isto estaremos ganhando a sua confi­
ança e, conseqüentemente, atraindo para nós o que
o Senhor criou e que Jesus Cristo, ao nascer, conquis­
tou para nós tomando sobre si a nossa pobreza e indi-
gência para que fossemos ricos (Jr. 27:5 e Fl. 4:19).,
Abra o seu coração quàntõX vontacfè^eD eus
em fazer-nos vencedores e prósperos em todas as
áreas das nossas vidas e sustentando-nos em todas
as nossas necessidades. Tomo a liberdade de fazer
82
m inha a célebre frase de Demus Shakarian:
"Prosperidade é ausência de necessidades."
"E o m eu Deus suprirá todas as vossas
necessidades segundo a sua gloriosa riqueza
em Cristo Jesus."

Há muitos que ofertam e não são dizimistas e


vice-versa. Somente a prática dos dois produzirá
proteção e prosperidade. Como macho ou fêmea so­
zinhos n§o se procriam, assim tarnhém ^ n H k im o
ou'a oferta: um completa o outro^(Ml. 3:8-11),
É bom que consideremos que a oferta que não
representa algo do nosso esforço gera-nos insatisfa­
ções. Devem ser ofertas que chamem a atenção de
Deus, que façam com que Deus se atente para a
oferta e para aquele que a ofertou, respondendo
com prosperidade e fartura.
"Honra ao Senhor com a tua fazenda e com
as primícias de toda tua renda; então se
encherão os teus celeiros abundantem ente e/
transbordarão de vinho os teus lagajesr11—'
(V v. 3:9-1,^
A oferta de resgate
Após ter recebido uma nova unção, percebi uma
estabilidade crescente em minha vida espiritual e no
meu ministério. Esta unção não me trouxe somente
manifestações sobrenaturais e uma intimidade maior
com o Espírito Santo de Deus e com os seus anjos;
houve tam bém m anifestação contrária à ma-
83
neira como Deus estava me usando. Fiquei deses­
perado, sem um a direção. Em todos os lugares em
que eu chegava, os rumores a m eu respeito eram os
piores possíveis.
Conversei com a missionária Giselli, m inha
esposa, e acertam os que deveriamos ir embora do
País; deveriamos ir para o Uruguai. Fiz algumas
conferências em algumas igrejas, em viagem em di­
reção ao sul do país. Quando eu cheguei a Belo
Horizonte, fiz uma cam panha evangelística na
igreja Quandrangular do bairro Cabana, pastoreada
pelo Pr. Orlando Herculano, posteriormente na
igreja do Pastor Jerônimo Onofre da Silveira. Eu
estava fazendo uma economia para minha m u­
dança para o Uruguai e, num dia de sábado, na
hora do almoço, na residência do Pr. Jerônimo, veio
sobre mim um a manifestação do Espírito Santo de
Deus. Após pedir licença aos que compunham
aquela m esa, fui diretam ente ao meu quarto e ali
orei ao Senhor e naquele momento fui cheio do Es­
pírito Santo; de m aneira indescritível, ali ouvi a
suave voz do Senhor que me disse: Meu servo, te­
nho acompanhado e direcionado a sua vida, quero
levá-lo a outras nações, mas antes vou usá-lo e fazê-
lo conhecido neste país, porém quero suas econo­
m ias como o ferta d e resgate pelo seu ministério.
Aquela experiência foi um tanto quanto
difícil, hum anam ente; o meu ministério no Brasil,
eu o via totalm ente sem perspectivas. Já havia
orado, jejuado e me esforçado o máximo, mas tudo
tinha sido inútil. Agora, como se estivesse no fundo
do poço, estava o Senhor prometendo m udar o
rumo da m inha vida e do meu ministério. Em
segundo lugar, falava-me o Senhor de algo que
84
nunca eu havia ouvido falar: oferta de resgate por
algum objetivo, e Ele me pedia tudo o que eu tinha:
U$ 400,00 (quatrocentos dólares) era toda minha
economia naquela ocasião.
Naquela tarde relutei com o Senhor, argu­
m entei diante dele sobre o meu plano de sair do
Brasil. Quase no final da tarde me dei por vencido:
decidi ofertar tudo que o Senhor me pediu. Chamei
o Pr. Jerônim o e disse-lhe acerca do que o Senhor
havia falado comigo e, no outro dia, domingo pela
m anhã, consagrei ao Senhor aquela oferta de
resgate pelo meu ministério, conforme o Senhor me
havia pedido.
Daquele dia em diante Deus mudou a histó­
ria da m inha vida e do meu ministério. Abriu-me
portas no Brasil e no exterior e continuará a abrir,
pois além de estar pregando esta mensagem desde
março de 1993, a tenho praticado em favor dos
m eus alvos e objetivos.
Um plano de Deus
A oferta de resgate é apresentada a Deus por
um alvo ou objetivo que cremos já nos pertencer,
pelo fato de todas as bênçãos inseridas na Bílblia
serem conquistadas pelo Senhor Jesus Cristo em
nosso favor. Sabemos que o Senhor Jesus Cristo,
tanto no nascim ento como na morte, nos concedeu
direitos de plena libertação para as nossas vidas,
nos levando à condição de co-herdeiros juntam ente
com ele, capacitando-nos com qualidade de vida
abundante. A oferta de resgate é a alavanca que
nos capacita para trazer à existência aquilo que já
existe no m undo espiritual em nosso favor.
85
A oferta de resgate nasceu no coraçáo de
Deus para o coração do homem; é uma revelação
onde Deus ensina-nos a valorizar mais cada con­
quista a ser atingida e cada alvo desejado. A pri­
m eira vez que a Bíblia menciona a palavra resgate
é quando o Senhor fala acerca do censo (contagem
do povo) em Israel e lhes pede a oferta de resgate
pela sua alm a, para que não haja praga alguma en-
tre eles (Êx. 30:12)
Mas foi a prim eira oferta ou sacrifício
mencionada na Bíblia, quando Adão e Eva, ao
comerem do fruto da árvore do conhecimento do
bem e do mal, ficaram destituídos da glória de
Deus, totalm ente despidos (Gn. 3:7). E o Senhor,
para resgatar-lhes a integridade da nudez,
sacrificou um anim al (um cordeiro, que tipificava a
pessoa do Senhor Jesus Cristo, o cordeiro de Deus)
e confeccionou-lhes vestim entas:
"Fez o Senhor Deus vestimentos de peles
para Adão e sua m ulher, e os vestiu."

O cordeiro da Páscoa -
O resgate dos primogênitos
Na véspera da últim a praga que viria sobre
todas as famílias do Egito, a morte de todos os pri­
mogênitos, que anteciparia o grande êxodo do povo
de Israel do Egito, o Senhor Deus tinha um plano
que pouparia as famílias do seu povo de tal flagelo.
Toda família deveria sacrificar um cordeiro ou ca­
brito de um ano, imaculado e sem defeito, que seria
conhecido m ais tarde como cordeiro da Páscoa. Es-
86
&
taria aquele anim al substituindo em resgate a vida
do primogênito daquela família que deveria ser
morto naquela noite, como o Senhor havia predito.
O sangue daquele cordeiro foi aspergido nos um ­
brais das portas de entrada de cada casa. Tal ato de
fé e obediência a Deus fez com que tais famílias se
tornassem im unes à morte naquela noite, o que não
aconteceu com as famílias egípcias, fazendo daque­
le acontecimento o pior marco na história deste
povo.
Deve-se salientar também que a morte da­
quele cordeiro resgate precedeu à saída de Israel do
Egito, isto é, não só poupou da m orte os seus pri­
mogênitos, mas também garantiu-lhes a saída da­
quela escravidão (Ex. 12).
O resgate entre os judeus
Quando o povo de Israel recebeu a revelação
da lei por intermédio de Moisés, um a das doutrinas
foi acerca do resgate das propriedades perdidas por
alguém ou pela família. Para que aquela pro­
priedade voltasse as suas mãos, dava ao comprador
um determ inado valor em resgate. Também usava-
se o resgate por membro da família que tornara-se
escravo, ou quando ofertava-se a Deus um animal,
e caso o quisesse de volta, deveria resgatá-lo atra­
vés de um determ inado valor (Lv. 25:25 a 54 e Lv.
27:19-31).

87
A oferta de resgate do próprio Deus
No evento da queda do homem, este foi desti­
tuído da glória de Deús, rompendo assim o vínculo
que havia entre a criatura e o Criador. E o grande
objetivo de Deus era ter de volta para si o homem.
1 O am or pelo homem e a vontade de tê-lo de
< volta para si levou o próprio Deus a tom ar o seu
\ único filho e ofertá-lo como resgate de seu objetivo.
"Porque Deus amou o mundo de tal m aneira
que deu o seu filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna."
Jo. 3:16
"Bem como o filho do homem não veio para
ser servido, mas para servir, e para dar a sua
vida em resgate de muitos."
Mt. 20:28
"Porque há um só Deus, e um só mediador
entre Deus e os homens, Jesus Cristo,
homem.
O qual se deu a si mesmo em preço de
resgate por todos, para servir de testemunho
a seu tempo."
I Tm. 2:5-6
Vemos, então, o nosso Deus dando o testem u­
nho acerca da oferta de resgate. Deus nos exorta a
sermos seus imitadores, através de Sua Palavra, e
assim como o Senhor atingiu seu objetivo ganhando
para si um povo de todas as nações, atingiremos
88
nossos objetivos através das ofertas de resgate, tra ­
zendo à existência aquilo que cremos já nos perten­
cer.
"Aquele que nem mesmo o seu próprio filho
poupou, antes o entregou a todos nós, como
não nos dará também com ele todas as
coisas?"
Rm. 8:32
A oferta de resgate do Rei Davi
Havia entre os judeus uma doutrina estabe­
lecida por Deus a Moisés: todas as vezes que fossem
contar os habitantes de Israel, cada pessoa deveria
dar ao Senhor Deus um a oferta de resgate pela sua
alm a, para que não houvesse entre eles praga al­
gum a quando os contasse.

"Quando fizeres recenseamento dos filhos de


Israel, cada um deles dará ao Senhor o
resgate da sua alm a, quando os contares,
para que não haja entre eles praga alguma,
quando os arrolares." .
Êx. 30:12
M uitos são os que vivem a questionar a razão
pela qual Deus perm itiu que um a grande peste vi­
esse sobre Israel e ceifasse m ilhares de vidas por
causa de um simples censo mandado pelo rei Davi
(I Cr. 21:1-2,13). A meu ver, a razão maior não foi
sim plesm ente a questão de o rei Davi ter mandado
levantar o censo em Israel, porque era este permi-
89
tido por Deus, mas ter negligenciado a oferta de res­
gate reivindicada pelo Senhor Deus, quando se fizesse
censo em Israel, pois cada israelita assim deveria pro­
ceder. Isto é um alerta aos pastores e líderes religiosos
que querem por si mesmos abdicar e isentar o povo de
suas igrejas das ofertas e dízimos ao Senhor, entre­
gando seus liderados às mãos do inimigo.
A fim de que viesse a cura sobre o povo, um
anjo do Senhor orientou a Davi através do seu pas­
tor, o profeta Gade, para que ele subisse a eira
(possessão de terras) de Ornã, Jebuseu, e ali levan­
tasse um altar ao Senhor.
tfr "Então o anjo do Senhor ordenou a Gade que
dissesse a Davi que subisse para levantar um
altar ao Senhor na eira de Ornã, o Jebuseu.
Subiu Davi, conforme a palavra de Gade, que
falara em nome do Senhor.
Enquanto Ornã estava debulhando o trigo,
voltou-se e viu o anjo; os seus quatro filhos
que estavam com ele se esconderam. Então
Davi se aproximou, e quando Ornã olhou e o
viu, saiu da eira e se prostou perante Davi
com o rosto em terra.
Disse Davi a Ornã: dá-me o lugar da eira
pelo seu valor, para eu edifícar nele um altar
ao Senhor, para que cesse esta praga
sobre o povo.
Então disse Ornã a Davi: toma-a para ti,
e faça o rei meu Senhor dela o que parecer
bem aos seus olhos..."
I Cr. 21:18-23

90
Como havia um propósito por trás daquela
oferta, era ela de resgate. Deveria ser dada ao Se­
nhor em prol da saúde em Israel:
"Mas o rei Davi respondeu a Ornã: náo antes
pelo seu valor a quero comprar. Não tomarei
para o Senhor o que é teu, nem oferecerei
holocausto que não me custe nada."
I Cr. 21:24
Tendo Davi feito ao Senhor a sua oferta de
resgate de m aneira honrosa, respondeu-lhe o Se­
nhor com fogo, e deu ordem ao anjo, o espírito que
trazia aquela peste sobre Israel:
"Então Davi edificou ali um altar ao Senhor,
e ofereceu nele holocaustos e ofertas
pacíficas.
Invocou o Senhor, o qual lhe respondeu com
fogo do céu sobre o altar do holocausto.
Então o Senhor deu ordem ao anjo, que
tornou a m eter a sua espada na bainha."
I Cr. 21:26-2"
Amigo leitor, ouse confiar em Deus e em sua
Palavra; estabeleça alvos e metas e sacrifique a
Deus em espírito de fé e não pela emoção, em res­
gate de seus ideais. Todas as coisas foram criadas
por Deus, e Ele como dono as quer nos confiar, pois
já estamos de bem e reconciliados em Cristo com a
prosperidade. Agora devemos, com ofertas de res­
gate, segundo os olhos de Deus e condizentes com o
que desejamos, resgatar para nós os nossos desejos.
91
"Eu fiz a terra, o homem e os animais que
estão sobre a face da terra, com o meu grande
poder e com o meu braço estendido e a dou a
quem me apraz."
Jr. 27:5
A oferta de gratidão
"Que darei eu ao Senhor por todos os
benefícios que me tem feito?
Tomarei o cálice da salvação e invocarei o
nome do Senhor.
Pagarei os meus votos ao Senhor na presença
de todo o seu povo."
Sl. 116:12-14
Vimos que através das nossas ofertas de res­
gate atingimos nossos objetivos e vitórias, mas a
oferta de gratidão ao nosso Deus é o nosso reco­
nhecimento pela vitória que ele nos concedeu. De
m aneira voluntária e proporcional à vitória que al­
cançamos, devemos ir ao altar e ali depositar a
nossa oferta de gratidão a Deus. Em Cristo Jesus
tenho certeza de que Ele lhe proporcionará
diariam ente oportunidades de ofertá-lo por tudo
que ele já lhe tenha dado.
O espírito de gratidão nos faz reconhecer o
que outrem nos faz, e ser grato a Deus é retribuir à
altura o que recebemos dEle. Aí é quando entra a
honestidade: ela nos fará levar a Deus uma oferta
condizente com a vitória que ele nos concedeu. A
amizade entre duas pessoas, no caso, entre você e
Deus, é m arcada por um relacionamento de troca
de valores. Vemos isto na vida dos patriarcas e dos
92
que os seguiram . Por excelência citamos a vida de
Abraão, considerado amigo de Deus:
"E se cumpriu a Escritura que diz: Abraão
creu em Deus e isso foi imputado para justiça
e foi chamado amigo de Deus."
Tg. 2:23

Os amigos confiam um no outro, se relacio­


nam muito bem, sentem falta um do outro, não
conseguem viver sem se comunicarem. Em nossas
m entes deve haver sempre esta pergunta: que da­
rei ao Senhor por todos os benefícios que me tem
feito ?
Para que você entenda o espírito de gratidão
a Deus, o rei Davi m al tinha terminado de sacrifi­
car a Deus um a oferta de resgate pela saúde de Is­
rael quando, vendo ele que Deus o havia respon­
dido positivamente dando-lhe a vitória, volta a sa­
crificar a Deus. Desta vez sua oferta tinha um ou­
tro objetivo: sacrificou a Deus pela graça recebida:
"Vendo Davi nesse mesmo tempo que o
Senhor lhe respondera na eira de Ornã, o
Jebesu, sacrificou ali.
I Cr. 21:28
Seja grato a Deus, louve-0 e reconheça-0 em
tudo na sua vida, levando diante do Senhor suas
ofertas de gratidão e louvor.
"Oferece a Deus sacrifícios de louvor, paga ao
Altíssimo os teus votos.
Sl. 50:14
93
Investindo em necessitados
O espírito de gratidão e reciprocidade tem
andado um tanto quanto sumido do homem con­
tem porâneo e não tem sido diferente no meio da
Igreja. Há um espírito de insegurança que tem
varrido todas as camadas sociais, levando as pes­
soas a terem medo de perderem o que têm, inves­
tindo tudo no futuro como se tivessem certeza que
este o aguardará. Este sentim ento tem quebrado o
bom relacionamento da igreja consigo mesma e com
o próprio Deus. Em tudo querem tirar proveito
para si mesmos. A cobiça e o egoísmo têm habitado
em muitos corações e como resultado a Igreja tem
estado mais pobre em todos os sentidos, pois a lei
da sem eadura não tem sido observada na íntegra.
Temos de reconhecer que as bênçãos de Deus
chegam a nós por meio de vasos como nós mesmos,
nossos sem elhantes, por isso devemos estar abertos
e sensíveis a Deus para que ele nos use para aben­
çoarmos outros também, pois somos vasos que
transbordam , somos sucursais ou extensões da pró­
pria prosperidade. Como cabeças, estamos prepara­
dos por Deus a nunca tom ar empréstimos de ou­
tros, mas em prestar a muitos (Dt. 28:12-13 e Pv.
22:7).
Devemos estabelecer voluntariam ente um
porcentual do que ganhamos e investir em pessoas
menos favorecidas, como viúvas, órfãos, meninos de
rua, etc. E sta é um a das m aneiras de atrairm os a
prosperidade para nós.
"Não é este o jejum que escolhi: que soltes as
ligaduras da impiedade, que desfaças as
94
ataduras do jugo e que deixes livres os
quebrantados e despedaces todo jugo?
Não é tam bém que repartas o teu pão com o
faminto e recolhas em casa os pobres
desterrados?
E, vendo-o nu, o cubras e não te escondas do
teu próximo?
Então rom perá a tua luz como a alva e a tua
cura apressadam ente brotará e a tua justiça
irá diante da tua face e a glória do Senhor
será a tua retaguarda.
Então cham arás e o Senhor te responderá;
gritarás e ele dirá: eis-me aqui.
Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do
dedo e o falar iniquamente e se abrires a tua
alm a ao faminto e fartares a alma aflita,
então a tua luz nascerá nas trevas e a tua
escuridão será como o meio dia.
O Senhor te guiará continuam ente e fartará
a tua alm a em lugares secos e fortificará os
teus ossos.
Serás como um jardim regado e como um
m anancial cujas águas nunca faltam."
Is. 58:6-11
"O que se compadece do pobre em presta ao
Senhor e ele lhe recompensará o beneficio."
Pv. 19:17
Mas nunca esqueça o ministério de socorro:
- A uns pos Deus na igreja, primeiramente apósto­
los, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar
mestres, depois operadores de milagres, depois
dons de cura, socorros, governos, variedades de
95
línguas. - deve ser m inistrado com m uita sabedo­
ria, pois muitos são os que tiram proveito de nós,
como eternos dependentes; muitos são levantados
por Satanás para nos roubar aquilo que Deus nos
tem dado.

96
VOCÊ E
SEU PASTOR
"... Náo atarás a boca do boi que debulha.
E de bois que Deus tem cuidado?"
I Co. 9:9
"E o que é instruído na palavra, reparta de
todos os seus bens com aquele que o instrui."
Gl. 6:6
Eu não sei o que você pensa acerca do seu lí­
der espiritual, quanto à sua manutenção, e também
no que se refere à subsistência de sua família e
quanto à sua prosperidade.
O pregador do evangelho é uma pessoa co­
m um como todos os outros humanos, com suas fra­
quezas, sentim entos, necessidades e carências, e
cheio de sonhos e ideais para si e para família. O
homem traz dentro de si várias características co­
m uns e dentre elas está o desejo de prosperar em
seu caminho. Ter comunhão com a prosperidade é
um desejo reinante na vida de todos nós. Sempre
houve um movimento contrário entre os não cris­
tãos e grande parte destes, no que se refere à m a­
nutenção do pastor e à sua prosperidade. Vamos
observar a palavra de Deus no que se refere a este
tem a e, segundo os olhos divinos, analisar com m a­
turidade esta questão e posteriormente nos posicio­
narmos à luz da verdade e defendê-la quando pre­
ciso for.
VEJA-O COMO PROFETA DE DEUS
M uitas vezes as pessoas não têm o conheci­
mento acerca da dimensão do que seja um líder es­
piritual, como um pastor. Ele é um a pessoa especial
98
que o Senhor chamou para o ministério de profeta,
m uito antes que se formasse no ventre materno.
"Antes que eu te formasse no ventre, te
conheci e antes que saísse da madre te
santifíquei; as nações te dei por profeta."
Jr. 1:5
Devemos nele crer e honrá-lo. Ele tem em
seus lábios o nosso destino e quando nele cremos
prosperarem os naquilo que ele fala a nosso respei­
to. Cada um de nós precisa de um pastor, por me­
lhor que seja a nossa posição hierárquica e
econômica.
"... Crede no Senhor vosso Deus e estareis
seguros; credes nos profetas e prosperareis."
IL£n20:20

ELE É O NOSSO ABRAÃO


Devemos, dia após dia, m elhorar o nosso rela­
cionamento com o nosso líder espiritual; não deve­
mos deixar nunca que o espírito de rebelião encon­
tre em nós a liberdade de nos usar contra este un­
gido; pelo contrário, devemos acatar as suas deci­
sões e o seguir. Foi ele levantado por Deus para nos
conduzir à terra de Canaã, à luz da Palavra de
Deus. Coloque em seu coração o desejo de sempre
abençoá-lo com o que você tem. Deseje a ele o que
você tem desejado para você: paz, saúde e prospe­
ridade, fazendo com que este desejo seja cristalino
na vida dele. Invista neste que lhe tem ministrado
a Palavra, pois a a palavra que ele tem lhe trazido
99
é espírito e vida, o próprio Cristo de Deus. A
prosperidade do seu Abraão será refletida sobre
você, pois a vontade de Deus é abençoá-lo e en­
grandecê-lo e àqueles que cooperarem com Deus
neste objetivo:
"E o que é instruído na palavra, reparta
todas as coisas boas com aquele que o
instruiu."
Gl. 6:6
"Abençoarei os que te abençoarem e
amaldiçoarei aos que te amaldiçoarem; em ti
serão benditas todas as famíliasjda terra."
Gn. 12:3
É UM SACERDOTE E MINISTRO DE DEUS
O reino de Deus tem um sistema de governo
teocrático, onde a palavra de Deus estabelece as
leis e as regras deste governo.
Os sacerdotes por Deus estabelecidos são
homens ou m ulheres que têm a missão de estabele­
cer diante dos homens a vontade de Deus e, ao
mesmo tempo, são representantes dos homens di­
ante de Deus; são verdadeiros mediadores entre as
duas partes .
No governo divino os ministérios são estabe­
lecidos por Deus: apóstolos, profetas, mestres, ope­
ração de milagres, dons de curar, socorros, gover­
nos e variedades de línguas (I Cor. 11:28). E aos
sacerdotes é confiado também tais ministérios, por­
tanto, são estes ministros deste governo, e como de-
100
vem ser vistos por nós, merecedores realm ente de
viverem comò verdadeiros ministros de estado.
Pare a leitura deste livro por um instante,
leia em sua Bíblia, em Êx-28:l-43, acerca do desejo
de Deus para com os seus sacerdotes. Agora, tire a
sua conclusão, à luz da Palavra de Deus, de como
deve viver o seu sacerdote e sua família.
O PASTOR E SUA ALIMENTAÇÃO
O sacerdote é um a pessoa diferente dos ou­
tros que assistem na casa do Senhor. Não é a sua
forma física ou cultural que o difere do restante da
congregação, mas a unção que nele está. Não é ele
m enor do que o templo ou menos im portante do que
qualquer outro patrimônio da igreja, como muitos
pensam e agem, mas é o pastor, abaixo da Santís­
sim a Trindade, o m aior dote da igreja.
Estas pessoas que o Senhor Deus separou
para o sacerdócio têm as suas necessidades, alvos e
objetivos, sustentados pelas ofertas e dízimos do al­
tar. Por mais que sejam especiais para Deus e para
o seu povo, o sacerdote não deixa de ser humano e
como tal tem 'tem bém suas necessidades e sonhos.
Todos os profissionais liberais, como médicos, pro­
fessores, advogados, odontólogos e outros que nos
m inistram coisas m ateriais têm o direito de ser
rem unerados pelo que fazem. Muito mais, então, os
sacerdotes, porque não aqueles que nos m inistram
coisas espirituais que permanecem para sempre.
"Ou não diz certam ente por nós? Certo que é
por nós que está escrito, porque o que lavra
deve lavrar com esperança, e o que debulha
101
deve debulhar com esperança de participar
do fruto.
Se nós vos semeamos as coisas espirituais,
será que náo, mais justam ente, nós? Mas nós
não usamos deste direito. Pelo contrário,
suportam os tudo, para não pormos
impedimento algum ao evangelho de Cristo.
Não sabeis vós que os que adm inistram o que
é sagrado comem do que é do templo?
E que os que de contínuos servem ao altar,
participam do altar?"
I Co. 9:10-13
Por isso bom seria que nenhum a comunidade
cristã venha perm itir que seu pastor tenha que
trabalhar em qualquer trabalho secular (II Tm.
2:4). O seu pastor foi separado por Deus para cui­
dar única e exclusivamente das coisas de Deus e de
seu ministério, tendo sempre pessoas idôneas para
auxiliá-lo e sustentar o seu ministério.
"Não havia pois entre eles necessitado algum;
pois, todos que possuíam herdades ou casas,
vendendo-as, traziam o preço do que fora
vendido, e o depositavam aos pés dos
apóstolos."
At. 4:34
Quando o povo de Deus deixa de investir na
obra de Deus como o Senhor quer realmente, ele
torna-se vulnerável e fraco diante do inimigo.
Nunca tenha medo de agir segundo a Palavra de
Deus. A alegria do Senhor está em vivermos se­
gundo a sua vontade e em ver suas promessas se
102
cumprindo em nossas vidas. Mas não se esqueça de
que prevalece a sabedoria de Deus sobre as nossas
vidas individualmente. Veja a experiência do pró­
prio Cristo quando estava prestes a m orrer e orava
no Getsêmani:
"Meu Pai, se possível, passe de mim este
cálice! Todcwia, não seja como eu quero,
m as como tu queres."
Mt. 26: 39
O PASTOR TEM O DIREITO
E O DEVER COMO DE UM LEVITA
Quando Israel tomou posse da terra de Ca-
naã, a tribo de Levi foi a única que não participou
da partilha daquela terra, pois a herança dos levi-
tas estava no direito que tinham sobre os dízimos e
ofertas alçadas que as outras onze tribos levavam
ao Senhor:
"Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em
Israel por herança, pelo serviço que exercem,
o serviço da tenda da congregação.
Nunca mais os filhos de Israel se chegarão à
tenda da congregação, para que não levem
sobre si o pecado, e morram.
Mas os levitas farão o serviço da tenda da
congregação, e levarão sobre si a sua
iniqüidade.
Este será estatuto perpétuo pelas vossas
gerações.
No meio dos filhos de Israel, que ofertassem
ao Senhor em oferta alçada, dei-os por
103
herança aos levitas, pois eu lhes disse:
No meio dos filhos de Israel nenhum a
herança terão."
Nm. 18:21-24
O fato de os levitas serem pessoas que ser­
viam no m inistério não os tornava isentos de ofer­
tarem e dizimarem ao Senhor. O ministro do
Evangelho é o exemplo para o seu rebanho, e como
é do rebanho que ele vive, o próprio rebanho é
abençoado e multiplicado quando o pastor é dizi-
m ista e ofertante e, consequentemente, sua herança
será maior ainda.
"Também falarás aos levitas, e lhes dirás:
Quando receberdes os dízimos dos filhos de
Israel, que da parte deles vos dou como
herança, deles trareis um a oferta ao Senhor,
o dízimo dos dízimos.
Vossa oferta será considerada como grão da
eira, e como plenitude do lagar.
Assim também trareis ao Senhor uma oferta
de todos os vossos dízimos, que receberdes
dos filhos de Israel. Destes dízimos dareis a
oferta do Senhor ao sacerdote Arão.
De todas as dádivas que receberdes trareis
oferta ao Senhor; do melhor delas, a sua
santa parte.
Dize aos levitas: quando oferecerdes o
m elhor dos dízimos, será para vós como
novidade da eira e como a novidade do lagar.
Vós e vossa casa o comereis em todo o lugar,
pois é vosso galardão pelo vosso serviço na
tenda da congregação.
104
Não sereis culpados de pecado algum por
isso, quando deles oferecerdes o melhor;
então não profanareis as coisas sagradas dos
filhos de Israel, para que não morrais."
Nm. 18:26-32
O nosso desejo é que todo o povo de Deus seja
abençoado em prosperidade. Desde os bancos ao al­
tar, desde o povo ao sacerdote. Deus, em sua reve­
lação a nós, nos faz ver como devemos proceder, e
neste livro vimos como reintegrarm o-nos daquilo
que desejamos para nós, como trazer à existência
nossos sonhos, visões e objetivos econômicos e so­
ciais. Ponha agora em prática esta revelação...e ao
sucesso! Para a glória do Deus vivo!
"E sejais cumpridores da Palavra, e não
somente ouvintes, enganando-vos a vós
mesmos."
Tg. 1:22

105

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