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APARATO HISTÓRICO.

CONTEXTO DA SITUAÇÃO NA EUROPA NO SÉCULO


XVIII.

WALLACE RODRIGUES DOS SANTOS1

RESUMO
Este trabalho teve como objetivo levantar o contexto europeu no século 18, época
esta em que se inicia a Revolução Indústria afetando toda a sociedade global. A
metodologia utilizada neste estudo trata-se de um referencial teórico considerando
o uso de livros, artigo, teses e dissertações acadêmicas. Por meio das
informações levantadas, destaca-se que a Revolução Industrial foi um processo
de transformação tecnológica, econômica, social e política, originado no Reino
Unido a partir da segunda metade do século XVIII. As transformações que
ocorreram foram tão profundas que uma mudança semelhante não tinha sido vista
no mundo desde a Revolução Neolítica, quando ela passou de uma sociedade e
economia rural e agrária para uma urbana e industrial. A Primeira Revolução
Industrial terminou, antes de se espalhar pelo continente europeu, em meados do
século XIX, contudo sua influência foi significativa no que diz respeito aos padrões
de pobreza e nas questões sociais da época. Junto com a Revolução Industrial
surge também o pobre e surge a desigualdade, fazendo com que a Europa se
torne um polo de desigualdade social, onde desenvolvimento econômicos não
acompanha o desenvolvimento humanos, trazendo diversas questões para o
debate. Com o avanço da revolução, melhorias foram sendo realizadas de modo
que a reduzir os níveis de pobreza, bem como permitir o desenvolvimento das
indústrias por toda Europa.

Palavras-chaves: Revolução Industrial. Contexto Europeu. Desenvolvimento e


pobreza.

ABSTRACT
This work aimed to raise the European context in the 18th century, when the
industrial revolution begins, affecting the entire global society. The methodology
used in this study is a theoretical framework considering the use of books, articles,
theses and academic dissertations. Through the information collected, it is
highlighted that the Industrial Revolution was a process of technological, economic,
social and political transformation, which originated in the United Kingdom from the
second half of the 18th century. The transformations that took place were so
profound that a similar shift had not been seen in the world since the Neolithic
Revolution, when it moved from a rural and agrarian society and economy to an
urban and industrial one. The First Industrial Revolution ended, before spreading
across the European continent, in the mid-nineteenth century, however its
influence was significant in terms of poverty patterns and social issues at the time.
Along with the Industrial Revolution, the poor also arise and inequality arises,
making Europe a pole of social inequality, where economic development does not
1
INTEGRALIZE CORPORATION
follow human development, bringing several issues to the debate. As the revolution
progressed, improvements were being made in order to reduce poverty levels as
well as allow the development of industries across Europe.

Keywords: Keywords: Industrial Revolution. European context. Development and


poverty.

1 INTRODUÇÃO

A Revolução Industrial ou Primeira Revolução Industrial é o processo de


transformação econômica, social e tecnológica que começou na segunda metade
do século 18 no Reino da Grã-Bretanha, que se espalhou algumas décadas
depois para grande parte da Europa Ocidental e América Anglo-Saxônica, e
aquela concluída entre 1820 e 1840. Nesse período, ocorreu o maior conjunto de
transformações econômicas, tecnológicas e sociais da história da humanidade
desde o Neolítico, que viu a passagem de uma economia rural baseada
fundamentalmente na agricultura e no comércio para uma economia urbana,
industrializada e mecanizada (HOBSBAWM, 2003).
A Revolução Industrial marca uma virada na história, modificando e
influenciando todos os aspectos da vida cotidiana de uma forma ou de outra. A
produção da agricultura e da indústria nascente se multiplicou enquanto o tempo
de produção diminuiu. A partir de 1800, a riqueza e a renda per capita se
multiplicaram como nunca antes na história, uma vez que, até então, o PIB per
capita permaneceu praticamente estagnado por séculos (BRESSER-PEREIRA,
2011).
A partir deste momento, iniciou-se uma transição que encerraria séculos de
uma força de trabalho baseada no trabalho manual e no uso da tração animal,
sendo substituída por máquinas para a fabricação industrial e para o transporte de
mercadorias e passageiros. Esta transição iniciou-se no final do século XVIII na
indústria têxtil, bem como em relação à extração e aproveitamento do carvão. A
expansão do comércio foi possível graças ao desenvolvimento das comunicações,
com a construção de ferrovias, canais e estradas (CLARK, 2001).
A mudança de uma economia principalmente agrícola para uma economia
industrial influenciou muito a população, que experimentou um rápido crescimento,
especialmente nas áreas urbanas. A introdução da máquina a vapor de James
Watt (patenteada em 1769) em diferentes indústrias foi o passo definitivo para o
sucesso desta revolução, já que seu uso significou um aumento espetacular da
capacidade de produção. Posteriormente, o desenvolvimento dos navios e das
ferrovias a vapor, bem como o desenvolvimento, na segunda metade do século
XIX, do motor de combustão interna e da energia elétrica, trouxe um progresso
tecnológico sem precedentes (STEARNS, 2020).
Além dos avanços econômicos, o pensamento político passou a apresentar
tendência à mudança, observando as monarquias absolutas como algo permitido,
obsoleto, favorecendo novas ideias, a participação popular, entendida por este,
maior participação, mas não toda. Essas ideias foram postas em evidência em
dois processos-chave do século 18, a Independência dos Estados Unidos e a
Revolução Francesa. Ideologias transcendem o meramente público e também se
cristalizam em fatos econômicos, daí o liberalismo que privilegiava o livre comércio
e a liberdade absoluta de indústria, que deu origem ao imperialismo do século XIX,
principalmente na Inglaterra que busca a industrialização e o desenvolvimento
político de colonização no Río de La Plata (STEARNS, 2020).
Como base no exposto, este trabalho teve como objetivo discorrer sobre o
contexto em que a Europa se encontrava no momento do surgimento da primeiro
Revolução Industrial, trazendo à luz discussões sobre o contexto social e
tecnológico da época e seu impacto e influência no desenvolvimento da sociedade
moderna.
A metodologia utilizada compreende uma revisão da literatura, com foco na
pesquisa descritiva acerca dos fatores e aspectos relacionados com a Revolução
Industrial. Foram utilizados artigos e livros que contemplem o tema escolhido, de
modo que os artigos utilizados serão selecionados a partir de sua publicação, que
compreende o período entre 2000 e 2020, objetivando obter as informações mais
recentes na literatura frente ao tema descrito. Os trabalhos foram buscados por
meio das palavras-chaves “Revolução Industrial”, “Contexto Histórico”, “Europa”. A
principal base de dados utilizado será o Google Acadêmico.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 A SITUAÇÃO DA EUROPA

A Revolução Francesa, permitiu a chegada de Napoleão Bonaparte ao


poder, tornando-se Imperador da França, com ambições expansionistas. As suas
duas grandes aspirações serão derrotar a Inglaterra, através de um bloqueio
continental que feche as portas de entrada da Europa aos produtos ingleses e
hegemonizar a política europeia, apoderando-se dos diferentes territórios, dentro
deles, a Espanha. Esta situação europeia determinou que a Inglaterra procurasse
novos mercados em outras direções, focando sua atenção nas distantes colônias
espanholas (SILVA; KEMP, 2008).
Em 1806, as forças inglesas tomaram o Cabo Sul da África, colônia que
pertencia à Holanda, aliada da França. Após esta operação bem-sucedida,
Phopam, a cargo das tropas inglesas, teve a ideia de estender os domínios
ingleses ao Río de La Plata, embora não tivesse autorização de seu governo.
Suas razões para esta operação basearam-se em um antigo plano de invasão
inglesa ao Río de la Plata e na aliança da Espanha com a França (HOBSBAWM,
2003).
O desembarque ocorreu em Quilmes em 25 de junho de 1806, comandado
por Guillermo Carr Beresford, em Buenos Aires. O vice-rei Rafael de Sobremonte
não defende Buenos Aires e os invasores a apoderam sem esforço. A população
reage organizando grupos de resistência. O aparecimento de Pueyrredón na
campanha foi rapidamente subjugado pelas tropas inglesas. Foi Liniers com tropas
de Montevidéu e Buenos Aires que obrigou os invasores a se renderem em 12 de
agosto de 1806. Os combates começaram por volta das 10 horas na Plaza de
Toros (Plaza San Martín), onde os ingleses se retiraram para se concentrarem na
Plaza Mayor. Lá foi a participação popular que facilitou a reconquista. Primeiro os
britânicos que ocuparam a catedral cederam, depois os do Cabildo atacados pelo
Sul e os da Recova Flanqueador pelo Norte. A posição inglesa sendo
insustentável, ele se aposentou e momentos depois, pousou sua espada diante de
Liniers (HOBSBAWM, 2003).
2.2 A ECONOMIA, A HISTÓRIA ECONÔMICA E A HISTÓRIA DA POBREZA

A economia é, no fundo, o estudo da pobreza. Da mesma forma, a história


econômica é, em grande medida, a história da pobreza. A Economia estuda os
problemas relacionados com a escassez de recursos em relação às necessidades
do homem e, portanto, os problemas implícitos na escolha entre as diferentes
necessidades e na alocação dos escassos recursos disponíveis para satisfazer
essas necessidades. Como diz o professor Giannotti (2007), a economia é a
ciência que estuda o comportamento humano como uma relação entre os fins e os
poucos meios que têm usos alternativos.
A história econômica estuda o problema da escassez ao longo do tempo e
descreve, passo a passo, tanto a história das tentativas da humanidade de
aumentar os recursos disponíveis por meio do crescimento econômico, quanto a
história dos efeitos da distribuição e do consumo desses recursos entre os
membros da sociedade; em outras palavras, a história do bem-estar econômico
(TROTSKY, 2020).
Ainda seguindo com Trostsky (2020), a oferta de recursos aumentou, seja
colocando em jogo mais fatores de produção (antes da Revolução Industrial, isso
geralmente significava mais pessoas cultivando mais terras com os mesmos
implementos primitivos), ou aumentando a produtividade dos recursos existentes
(durante a Revolução Industrial isto significou a introdução de mudanças na
estrutura econômica e na organização, melhorando a qualidade do capital de giro
por meio da mudança tecnológica, e do capital humano por meio de um melhor
nível de educação e nutrição). Em qualquer economia e em qualquer época, os
limites de pobreza e bem-estar são definidos levando-se em consideração a
produtividade total em relação à densidade populacional, e o crescimento
econômico ocorre durante aqueles raros intervalos na história, incluindo ambos.
Os últimos séculos, em que o produto médio per capita aumentou.
Se os limites do bem-estar são estabelecidos com base na produtividade
média, o bem-estar dos indivíduos ou classes é determinado pelo processo de
distribuição, pela forma como o produto total é dividido entre aqueles que
reivindicam sua participação na licitação. Ao longo da história houve, em geral, um
baixo nível de produtividade e, no melhor dos casos, um crescimento econômico
muito lento, a par de uma distribuição muito desigual do produto total (BRESSER-
PEREIRA, 2011).
Até o advento da Revolução Industrial, a capacidade produtiva do homem
estava em um nível extremamente baixo, e o produto resultante era dividido de
forma muito desigual, uma vez que alguns recebiam a parte mais substancial,
enquanto a grande maioria compartilhava o - remanescente magro. Esta foi a dura
realidade da história econômica da população mundial: quase todos os homens,
em quase todos os tempos e em quase todos os lugares, tiveram uma existência
curta e miserável, com poucas esperanças de melhorar sua situação econômica e
sem noção de progresso (CLARK, 2001).

2.3 TRÊS ERAS DE CRESCIMENTO ECONÔMICO

A história do crescimento econômico pode ser dividida em três épocas


distintas, separadas pelas revoluções agrícola e industrial. A Revolução Agrícola
começou no Oriente Médio por volta do oitavo milênio a.C, o início da Revolução
Industrial está localizado precisamente na Inglaterra do século XVIII. A Revolução
Agrícola consistiu, essencialmente, na passagem da caça, pesca e coleta de
alimentos para a fase de cultivo da terra com assentamentos populacionais
permanentes, e levou ao desenvolvimento da civilização urbana (LUCAS, 2002).
A Revolução Industrial consistiu, essencialmente, na passagem da
agricultura para a indústria e os serviços, e levou a um rápido crescimento da
produção, da população e da urbanização. Ambas as revoluções mudaram
radicalmente a história da humanidade, expandindo significativamente a
capacidade produtiva do homem e permitindo o crescimento populacional de longo
prazo, lentamente após a revolução agrícola, e explosivamente durante a
revolução industrial (LUCAS, 2002).
Essas revoluções criaram, profundas lacunas na continuidade do processo
histórico. Cada uma delas marca o início de uma 'nova história': uma nova história
dramática completamente alheia à história anterior. As cavernas e os construtores
das pirâmides são rompidas, assim como toda a continuidade entre o velho
camponês e o moderno operador das usinas de energia é rompida (NAVARRO,
2006).
Mas enquanto a Revolução Agrícola produziu um crescimento muito lento
ao longo de nove milênios, a Revolução Industrial produziu um crescimento rápido
e sustentado em apenas dois séculos. Clark (2014) argumentou que o principal
problema da economia política está em determinar as leis que regulam a
distribuição, mas os economistas nunca foram capazes de especificar de forma
conclusiva o impacto comparativo das forças de mercado e de poder na parte que
corresponde a cada um em o processo distributivo.
Portanto, a longa história da distribuição não pode ser dividida tão
nitidamente quanto a história da produção, mas é claro que a Revolução Industrial
trouxe consigo, por um lado, um funcionamento mais eficiente do mercado, de
modo que a distribuição era mais direta relacionadas com o fator de produtividade
(isto é, os salários aumentam com o aumento da produtividade do trabalho), e, de
outro, a organização mais eficiente dos trabalhadores em ligas ou sindicatos com
vistas à proteção e elevação dos salários. Como resultado de ambos os
desenvolvimentos, a participação do trabalho na renda nacional aumentou
(HUDSON, 2014).
No entanto, antes do advento da Revolução Industrial, a distribuição
distributiva era determinada principalmente por decretos, pela decisão arbitrária e
autoritária dos governantes e de uns poucos privilegiados, de acordo com seu
poder, seu status e outros critérios alheios ao mercado. Mas, desde o início da
Revolução Industrial, a participação na renda tem sido cada vez mais modificada
pelo poder da classe trabalhadora de influenciar a distribuição e pela intervenção
no mecanismo de mercado de governos que esperavam (ou pretendiam)
intensificar a política de justiça social ou melhorar a eficiência econômica (CLARK,
2014).
Com o início do processo de industrialização, a classe trabalhadora pôde,
pela primeira vez na história, se organizar efetivamente como um grupo de
pressão em defesa de seus próprios interesses; Ao mesmo tempo, os governos,
identificados com os princípios da justiça, com a crença na ética social da
igualdade distributiva e com as esperanças socialistas na engenharia social
macroeconômica para melhorar a produtividade, intervieram direta e cada vez
mais na gestão da economia e redistribuíram a renda por meio de tributação
progressiva e instituições do estado de bem-estar. Mesmo antes da Revolução
Industrial, a antiga Lei dos Pobres tinha sido um instrumento público projetado
para redistribuir renda, mas as origens do Estado de bem-estar devem, sem
dúvida, ser buscadas na grande pesquisa social e consequente legislação da era
vitoriana (CLARK, 2014).

2.4 A CHAVE É O CRESCIMENTO, NÃO A REDISTRIBUIÇÃO

Como mostram os estudos de longo prazo de distribuição de renda, desde


o início do processo de industrialização houve uma tendência clara para uma
maior igualdade de renda. Os mesmos estudos revelaram que, quaisquer que
sejam as causas e efeitos da redistribuição, o principal componente do aumento
da renda per capita, do crescente bem-estar, é o crescimento econômico.
Qualquer tipo de redistribuição, seja ela obtida por pressão sindical ou política
social do governo, tem sido insignificante em comparação com o aumento
implacável do produto per capita alcançado com a industrialização. A principal
causa do aumento contínuo do bem-estar foi o crescimento econômico, não a
redistribuição (LUCAS., 2013)
As lições da história, que as economias subdesenvolvidas do mundo hoje
aprenderam muito bem em sua própria carne, nos ensinam que a pobreza só pode
ser remediada com crescimento econômico, não com redistribuição de renda.
Qualquer que seja a flutuação de curto prazo do crescimento devido aos ciclos de
negócios, qualquer que seja a realidade permanente de um certo grau de pobreza
mesmo nas economias mais ricas, a industrialização e o crescimento sem dúvida
desempenharam um papel na melhoria do crescimento econômico (KING;
TIMMINS, 2001).
A situação econômica dos ricos e dos pobres, e estreitou a distância entre
os dois. Só a industrialização trouxe consigo o início do fim daquela pobreza
extrema, debilitante e desmoralizante, que foi o destino da maior parte da
humanidade durante quase toda a história e que ainda prevalece em tantas
regiões do mundo hoje. A diferença essencial entre economias de alta e baixa
renda, entre ricos e pobres, é que as primeiras experimentaram revoluções
industriais que mudaram profundamente suas estruturas econômicas e elevaram
os padrões de vida. Por isso, todos os países subdesenvolvidos querem e
pretendem se industrializar e crescer (KING; TIMMINS, 2001).

2.5 A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA INGLATERRA E O PROGRESSO


ECONÔMICO

Consideraremos agora o processo de industrialização e o problema da


pobreza, junto com o efeito da Revolução Industrial sobre os pobres e
desfavorecidos, mas antes de nos concentrarmos nessas questões, tentaremos
definir a Revolução Industrial. Embora a Revolução Industrial tenha sido uma das
grandes descontinuidades da história, a grande transformação, como Clark (2014)
a chamou, pois marcou a linha divisória entre um mundo em crescimento lento e
um mundo em crescimento substancial e sustentado, os historiadores não defini-
lo, em geral, com precisão e cuidado suficientes. Na verdade, por muito tempo o
interesse dos historiadores da Revolução Industrial centrou-se na distribuição e
nos males da industrialização.
No entanto, na opinião de Trotsky (2020), é mais pertinente considerar
fundamentalmente a Revolução Industrial como o primeiro exemplo moderno de
crescimento econômico e, portanto, mudar o foco de atenção da distribuição para
a produção. Poderíamos definir a Revolução Industrial como aquele crescimento
econômico ocorrido desde c. 1750 a c. 1850 como resultado da industrialização.
Durante esse período de 100 anos, ocorreu uma revolução na estrutura e no
funcionamento da economia que levou a um crescimento econômico sustentado.
O aumento da produtividade foi consequência de três mudanças inter-
relacionadas: primeiro, uma mudança estrutural (ou seja, a transferência de
recursos da agricultura de baixa produtividade para indústrias e serviços de alta
produtividade); segundo, o aumento dos fatores de atuação (rápido aumento da
população e do acúmulo de capital, expansão das áreas de cultivo e aumento
maciço da extração de matérias-primas, principalmente carvão e ferro); terceiro,
aumentar a eficiência (melhor organização econômica por meio do
desenvolvimento da manufatura para substituir o trabalho na oficina ou em casa, e
agricultura estruturada em torno de um núcleo em vez da agricultura de campo
aberto, melhor capital de giro graças à mudança tecnológica, melhor capital
humano por meio de uma educação mais adequada e nutricional, economias de
escala e divisão crescente do trabalho que permitiu um maior grau de
especialização) (TROTSKY, 2020).
Esses avanços foram possíveis graças à libertação das forças criativas e
inovadoras do homem como resultado de mudanças fundamentais nas instituições
políticas e sociais, em particular através do desenvolvimento da democracia
política e da economia de mercado. Essa poderosa combinação de democracia e
livre mercado foi o fator que levou à primeira revolução industrial. A revolução
Whig finalmente destruiu as tendências centralistas do estado nacional dominado
pelo rei, dispersou a iniciativa política e fortaleceu o governo local, ao mesmo
tempo que reforçou o Estado de Direito (LUCAS., 2018)
No entanto, o desenvolvimento da economia de mercado foi o pré-requisito
fundamental para o crescimento da Inglaterra. Basicamente, isso dependia de
critérios cada vez mais explícitos e legalmente cumpridos sobre os direitos de
propriedade que permitiam a plena confiança no mercado como mecanismo eficaz
de alocação de recursos e distribuição de bens e serviços. Era essencial ter
confiança na capacidade de dispor livremente de recursos e se beneficiar da
atividade do mercado sem sofrer penalidades ou sanções arbitrárias (BRESSER-
PEREIRA, 2011).
Ao se considerar a Revolução Industrial como resultado, do ponto de vista
institucional, de um mercado cada vez mais eficiente (isto é, um mercado em que
um comportamento econômico racional, desenvolvido ao máximo de suas
possibilidades, pudesse operar com a expectativa de (recompensas e punições de
acordo com a previsão satisfatória das necessidades e respostas do mercado), os
determinantes da eficiência do mercado eram então de fundamental importância
para ela (HOBSBAWM, 2003).
Essas mudanças possibilitaram que o comportamento econômico, seja dos
consumidores, seja dos produtores, fosse recompensado e gratificado e, portanto,
estimulado, o que deu um impulso progressivo ao sistema de mercado. Dado que
os consumidores maximizaram a satisfação de suas necessidades, e os
produtores (STEARNS, 2020).
Eles maximizaram o lucro, os incentivos para trabalhar e produzir foram
consolidados e fortalecidos. À medida que o costume e o governo autoritário
deixaram de determinar a tomada de decisões econômicas e o mercado
influenciou cada vez mais essas decisões, a racionalidade penetrou em toda a
vida social por meio de um processo de mudança que se reforça mutuamente
(STEARNS, 2020).

2.6 “O SÉCULO DO PROGRESSO”

Segundo Lucas (2002), o século 19 foi chamado de "século do progresso"


por causa dos óbvios benefícios derivados da industrialização, enquanto os
problemas que surgiram no século 20 enfraqueceram a crença complacente na
inevitabilidade do progresso. No século XIX, a principal motivação social de todas
as classes era aproveitar o progresso, o crescimento econômico.
Como Hobsbawm (20003, p.60) escreveu:

Em meio às várias reflexões a que o século XIX costuma se entregar


sobre sua condição e suas expectativas, há uma opinião comum com a
qual todas as partes concordam - que vivemos em uma era de progresso.
Em todos países, no que diz respeito à vida cotidiana, suas atividades e
prazeres, em suas crenças e teorias, em seus avanços materiais e em
suas convicções espirituais. Levamos também em consideração as suas
desvantagens, sem que a falsa modéstia nos faça perder de vista a
nossa incomensurável superioridade.

A confiança generalizada no progresso e o desejo universal de compartilhar


seus benefícios acabaram se tornando uma crença quase mística no laissez-faire,
na ética do trabalho e, principalmente para a classe trabalhadora, na autoajuda. O
fato de membros de todas as classes sociais terem acesso à riqueza foi o estímulo
óbvio para o esforço. A obtenção de riqueza, antes dependente da linhagem
familiar ou patrocínio, agora estava ao alcance, senão todos, de pelo menos um
número suficientemente grande de membros da classe trabalhadora para justificar
a ambição e o trabalho era elevado à categoria de virtudes sociais (HOBSBAWM,
2003).
Ainda de acordo com Hobsbawm (2003), a convicção de que a liberdade
econômica, a busca privada de riqueza em um sistema competitivo baseado no
laissez-faire, era um meio altamente eficaz de promover o progresso econômico
tornou-se um axioma do comportamento econômico raramente questionado. O
laissez-faire, um sistema econômico baseado nos direitos de propriedade sobre
todos os bens, junto com um governo e um órgão legal que protegia esses direitos
e um sistema comercial no qual os indivíduos trocavam livremente direitos de
propriedade para a satisfação dos consumidores ou para o aprimoramento
econômicos, forma as bases sociais fundamentais do progresso durante o século
XIX.

2.7 POBREZA E SUA CURA

Talvez não haja teste mais confiável do progresso de uma nação do que
aquele que mostra que porcentagem de sua população está atolada na pobreza.
Mas o que, exatamente, é a pobreza? Muitas vezes é definida como "uma
insuficiência das necessidades básicas", mas não existe, infelizmente, nenhuma
definição de pobreza que seja universalmente aceitável ou inequívoca (CLARK,
2001).
Embora três grupos de especialistas - historiadores, economistas e
sociólogos - abordassem o estudo da pobreza, nenhum deles resolveu o problema
da definição. Os historiadores, fiéis à sua simplicidade metodológica,
preocupavam-se mais com a documentação do que com a definição. Para eles, a
pobreza era um fenômeno evidente da história que não precisava do amparo de
uma definição exata, e se limitavam a registrar cronicamente as condições de vida
e de trabalho das camadas mais baixas da sociedade, usando o critério do bom
senso para determinar onde pobreza começou (CLARK, 2001).
Os economistas, que usam ferramentas acadêmicas mais eficazes e
práticas, geralmente definem a pobreza em termos de salários reais (ou seja, a
extensão dos salários de bolso em bens e serviços) que estão abaixo de alguma
norma aceita sobre o que constitui um padrão de vida razoável. Às vezes, porém,
o termo tem sido usado para descrever um nível de salários reais que fornecia
apenas as "necessidades mínimas de vida" (isto é, aquelas indispensáveis para a
subsistência) (BRESSER-PEREIRA, 2011).
Mas o que se entende por "razoável" ou "subsistência", segundo Hudson
(2014), difere de época para época e de lugar para lugar. Na modernidade, o nível
mínimo de subsistência na Índia está muito abaixo do nível de subsistência na
Inglaterra; e o que era razoável na Inglaterra do século 18, antes da revolução
industrial, seria absolutamente irracional na Inglaterra de hoje.
Os sociólogos, que nos últimos tempos se interessaram pelo problema da
pobreza, são, em particular, os responsáveis por terem introduzido o conceito de
relatividade no estudo da pobreza. Embora admitam as dificuldades que existem
para determinar a pobreza por meio de normas absolutas, eles apontam que
talvez seja mais fácil fazê-lo por meio de normas relativas, que enfatizam a
desigualdade como critério fundamental de estimativa. Portanto, a pobreza,
especialmente nas nações democráticas e industriais avançadas, onde as
necessidades físicas essenciais são satisfeitas, representa um desvio de certas
normas sociais e econômicas (KING; TIMMINS, 2001).
2.8 REDUÇÃO FINAL DA POBREZA

Com o tempo, porém, o aumento dos salários reais, a proteção do seguro-


desemprego, os abonos de família e outras prestações familiares, as pensões
(para velhice, doença e viuvez) e o desenvolvimento massivo do estado de bem-
estar (por exemplo, a provisão de programas de saúde e assistência médica)
minou os fundamentos tradicionais da pobreza e reduziu o bolso da pobreza a um
resíduo pequeno, mas persistente (LUCAS., 2018)
Curiosamente, nem o desenvolvimento econômico nem a ação
governamental poderiam eliminar completamente os bolsões de pobreza. Afirmar
que sempre haverá, na periferia da sociedade, indivíduos que não se conformam
com as demandas que ela impõe e que, portanto, necessitarão de ajuda
institucional ou semi-institucional, é assumir uma postura complacente. Afirmar
que sempre haverá pobreza no sentido de que algumas pessoas passarão por
relativa privação e que os recursos sempre serão escassos em relação aos
requisitos para acessá-los é assumir uma posição realista (CLARK, 2014).
Em última análise, a pobreza é um problema relacionado à renda real, com
bens e serviços medidos de acordo com alguma norma. A redistribuição de renda
pode e tem reduzido a pobreza, tanto em um sentido relativo como absoluto, mas
no futuro, como no passado, a pobreza diminuirá principalmente por meio do
crescimento econômico (GIANNOTTI, 2007).
No entanto, nem o crescimento nem a redistribuição de renda serão
capazes de eliminar completamente a pobreza psíquica resultante da privação ou
carência relativa. O aumento absoluto da riqueza poderia até agravar essa
pobreza, e o paradoxo de uma sociedade afluente como a inglesa é que a
crescente redistribuição de renda pelo estado de bem-estar tem persistido junto
com o aumento crescente da riqueza individual por meio do mecanismo do
mercado, no contexto de crescimento econômico contínuo (STEARNS, 2020).

2.9 O COLAPSO DOS MEDOS MALTHUSIANOS


Tão compreensível quanto esse profundo pessimismo foi, entretanto, seu
desaparecimento, após cerca de 1840, em face da maciça produtividade da nova
indústria. O medo da superpopulação, junto com o medo da poluição ambiental
em escala universal, não reapareceu até o terceiro quarto do século XX. À medida
que o século XIX avançava, entretanto, ficou claro que o empobrecimento da
classe trabalhadora - aquele pesadelo de Malthus e aquela esperança de Marx -
não iria ocorrer (HOBSBAWM, 2003).
Ao contrário, houve um lento mas gradual progresso na situação econômica
das massas. Mesmo por volta de 1840, o malthusianismo em sua forma mais
rígida não era mais aceito. As críticas baseavam-se em razões teóricas e
empíricas, mas o principal argumento contra Malthus e Ricardo era o fato óbvio do
crescimento econômico. No final do século, havia uma crença geral de que a lei
dos rendimentos decrescentes não havia sido cumprida e não seria cumprido no
futuro. O otimismo substituiu o pessimismo, e tanto Marshall quanto o jovem
Keynes olhavam com confiança para o futuro. Aquela época feliz, como Trotsky
(2020) descreve o mundo antes de 1914, em que a única mudança apontava na
direção de novos avanços e da melhoria da situação econômica.
A pobreza não era vista com complacência no século XIX, mas com grande
preocupação, que se acentuava à medida que as pessoas entendiam que o
crescimento econômico não a erradicava automaticamente. Assim, a partir da
década de 1830, uma série extraordinária de estudos sociais foi realizada,
principalmente iniciada pelo governo, culminando na virada do século com três
grandes investigações privadas: Booth's Social Studies of London (1889-1897) e
Rowntree's em York (1901), e a análise do desemprego de Beveridge (1909)
(CLARK, 2001).
Independentemente dessa preocupação foi o resultado de "um
florescimento notável da consciência social na classe média inglesa", ou da
prudência motivada pelo desejo de cimentar a harmonia entre as classes sociais,
ou do cálculo racional dos custos sociais da pobreza e do desemprego, a verdade
é que o "problema social" da pobreza urbana, junto com o aumento da riqueza
média, motivou medidas decisivas na década que antecedeu a Primeira Guerra
Mundial (HUDSON, 2014).
A situação prevalecente na Inglaterra, que preocupou aqueles que
governaram os destinos da Grã-Bretanha na primeira metade do século XIX,
também levou a uma extensa legislação, destinada, no entanto, a remediar
determinados males sociais em vez de tratar a pobreza como um problema .de
carácter geral e permanente. O debate sobre a pobreza, que decorreu no século
XIX, centrava-se no Direito dos Pobres, "uma rede de leis e práticas que ao longo
de duzentos anos se aprofundou no tecido social e no sistema econômico ( KING;
TIMMINS, 2001).
Como Lucas (2002) aponta, a Lei dos pobres sobreviveu, mas em 1834 o
sistema passou por uma cirurgia drástica de acordo com o novo credo sobre a
pobreza e como remediá-la, que emergiu do debate e sobreviveria como doutrina
social ortodoxa até meados do século 20, quando as instituições e valores do
estado de bem-estar social acabaram com a Lei do Pobre e os princípios
fundamentados em 1834.
As duas ideias tradicionais sobre a pobreza, que era principalmente o
resultado da fraqueza individual e que poderia ser remediado por meio de
caridade fortuita - desapareceram gradualmente no século 20, substituídas pela
visão de que a pobreza era um mal social que transcendia amplamente o controle
individual, um mal que só poderia ser mitigado ou curado pela ação coletiva e
social. Nessa visão, o esforço individual, mesmo com a ajuda da cooperação
voluntária e benevolência privada, era um instrumento inadequado para aliviar ou
prevenir a pobreza, e deveria ser substituído por esforço público por meio de
agências governamentais (LUCAS, 2002).
Clark (2001) argumentou que isso era particularmente verdadeiro no caso
do desemprego - em sua opinião a principal causa da pobreza - e argumentou
que, embora o desemprego ou o subemprego fossem um problema tão antigo
quanto a sociedade civil, o desemprego na sociedade industrial era um problema
geral que exigia uma solução geral. Daí as medidas que foram tomadas antes da
Primeira Guerra Mundial para fornecer ajuda eficaz aos idosos e desempregados.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho abordou-se o estudo da Revolução Industrial e seus efeitos


no contexto europeu. A Revolução Industrial começou e terminou com dois
grandes debates sobre a pobreza: o primeiro, iniciado no século XVIII, deu origem
a uma série de estudos clássicos sobre a pobreza, como o de Eden, e concluiu
com a promulgação da Nova Lei dos Pobres de 1834; o segundo debate, que se
intensificou no final do século 19 com o surgimento dos novos clássicos de Booth
e Rowntree, levou à criação, em 1909, da Comissão Real sobre as Leis dos
Pobres e Ajuda aos Indigentes. Ambos os debates produziram mudanças
significativas no tratamento oficial da pobreza: um tratamento duro em 1834 e um
tratamento suave em 1909, enquanto 1834 viu o surgimento de uma característica
essencial do estado de bem-estar do século XX, a saber, o geral tratamento dos
problemas sociais por meio de autoridades e decisões centralizadas.
Não há dúvida de que a Revolução Industrial tornou o problema da pobreza
mais explícito; embora a industrialização não a tenha agravado, ela ampliou a
escala da pobreza por meio do crescimento populacional e da urbanização,
tornando-a mais óbvia. A pobreza rural dispersa da Inglaterra pré-industrial não
era tão espetacular - embora seus efeitos sobre o indivíduo fossem mais mortais -
como a das esquálidas favelas das novas cidades industriais.
Mas um fator ainda mais importante estava em jogo: a ideia de progresso
que caracterizou o século XIX também influenciou as atitudes em relação à
pobreza. Esse era um problema que precisava ser resolvido. Os reformadores da
classe média, que combinaram sua fé no progresso com humanitarismo,
utilitarismo e bondade feroz, galvanizaram a sociedade e o governo, estimulando-
os a tomar medidas cada vez mais eficazes contra os males sociais sobre as
ações realizadas por esses homens mostram claramente as origens do estado de
bem-estar.
O crescimento econômico, tanto pelo aumento da produtividade da
economia quanto pela melhoria da qualidade das pessoas por meio do
investimento em capital humano, contribuiu para disponibilizar mais bens e mais
pessoas poderem se beneficiar da distribuição desses bens. Este fator foi
acompanhado por uma compreensão mais humana e sofisticada das causas da
pobreza, que eram vistas como um amálgama complexo de infortúnios e
fragilidades sociais e pessoais.
Embora a solução para esses problemas persistentes dependesse, no
longo prazo, do crescimento econômico e das instituições criadas pelo Estado de
bem-estar, é importante entender que também foi uma solução parcialmente
política. Foi, com efeito, uma combinação lucrativa de democracia política e
crescimento econômico; a primeira assegurou o surgimento de poderosas forças
políticas destinadas a proteger e expandir os interesses das classes
trabalhadoras; a segunda fornecia um fluxo crescente de bens e serviços, que
acabou erodindo as bases da estrutura milenar da pobreza.
Ao mesmo tempo, a compreensão crescente dos problemas sociais alterou
as visões sobre a responsabilidade dos próprios indivíduos por serem pobres, ao
mesmo tempo que reconhecia que o investimento em capital humano,
especialmente na forma de educação, fornecia a mais pessoas as armas
necessárias para combater o infortúnio exógeno.
O conhecimento das causas da pobreza aumentou consideravelmente
graças à pesquisa contínua e extensa; as atitudes em relação à pobreza sofreram
mudanças radicais; O tratamento terapêutico do problema passou do asfalto para
o estado, mas acima de tudo, e talvez o mais importante, uma porcentagem
crescente da população total ultrapassou a linha da pobreza (seja qual for o
critério adotado para traçar seus limites) através de crescimento econômico e uma
distribuição de renda mais equitativa.

REFERÊNCIAS

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