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Controladores Lógicos

Programáveis

Prof. Juan Moises Mauricio Villanueva


E-mail: jmauricio@cear.ufpb.br
www.cear.ufpb.br/juan

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1. Componentes de um CLP
Fonte externa
de energia

Fonte de
Alimentação
Entradas

Dispositivos Módulo
de
de Processador Entrada/
programação Saída
Saídas

Unidade de
Memória
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1. Componentes de um CLP

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1. Controlador Lógico Programável
Ciclo de funcionamento de um CLP:

Inicio: verifica o funcionamento da CPU,


memorias, circuitos auxiliares, estado
das chaves, existência de um programa
de usuário, emite aviso de erro em caso
de falha. Desativa todas as saídas.

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1. Controlador Lógico Programável
Ciclo de funcionamento de um CLP:

Verifica o estado das entradas: Lê


cada uma das entradas, verificando se
houve acionamento. O processo é
chamado de ciclo de varredura.

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1. Controlador Lógico Programável
Ciclo de funcionamento de um CLP:

Compara com o programa do


usuário: Através das instruções do
usuário sobre qual ação tomar em caso
de acionamento das entradas o CLP
atualiza a memória imagem das saídas.

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1. Controlador Lógico Programável
Ciclo de funcionamento de um CLP:

Atualiza as saídas: As saídas são


acionadas ou desativadas conforme a
determinação da CPU. Um novo ciclo é
iniciado.

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1. CLP – Tipos de Variáveis
Entradas Discretas
• São aquelas que fornecem apenas um pulso ao controlador, ou
seja, elas têm apenas um estado ligado ou desligado, nível alto ou
nível baixo, remontando a álgebra boolena que trabalha com uns
e zeros.

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1. CLP – Tipos de Variáveis
Entradas Analógicas
• Para trabalhar com este tipo de entrada os controladores tem
conversores analógico-digitais (A/D). Atualmente no mercado os
conversores de 10 bits são os mais populares. As principais
medidas feitas de forma analógica são a temperatura e pressão.

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1. CLP – Tipos de Variáveis
Saídas Discretas
• São aquelas que exigem do controlador apenas um pulso que
determinará o seu acionamento ou desacionamento.

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1. CLP – Tipos de Variáveis
Saídas Analógicas
• Para trabalhar com este tipo de saída se requer de um conversor
digital para analógico (D/A).
• Exemplos: Válvula proporcional, acionamento de motores DC,
display gráficos.

(a) Válvula proporcional (b) Acionamento de


motores DC
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1. CLP – Programa LADDER
O diagrama de contatos (Ladder) consiste em um desenho
formado por duas linhas verticais, que representam os pólos
positivo e negativo de uma bateria, ou fonte de alimentação
genérica.

Entre as duas linhas verticais são desenhados ramais


horizontais que possuem chaves. Estas podem ser
normalmente abertas, ou fechadas e representam os estados
das entradas do CLP.

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1. CLP – Programa LADDER
Exemplo: partida direta de um motor de indução

Diagrama Elétrico Programa LADDER

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1. CLP – Programa LADDER

Diagrama de conexões

Input

Output

Diagrama Elétrico

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2. O Contator
As elevadas correntes que são drenadas pelos equipamentos
industriais, principalmente os motores de alta potência
impede que interruptores comuns sejam usados para seu
controle.
De fato, além de termos uma forte carga indutiva nesses
motores, suas correntes iniciais podem alcançar valores de
centenas ou milhares de ampères. O arco formado na abertura
dos contatos, e o efeito de repique no fechamento poderiam
distribuir de forma aleatória a corrente pela superfície desses
contatos causando sua queima em pouco tempo.

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2. O Contator
Para controlar correntes intensas é preciso usar interruptores
que tenham características especiais como:
• Alta velocidade de fechamento e abertura dos contatos
• Grande superfície dos contatos
O contator é um dispositivo eletromecânico com princípio de
funcionamento semelhante ao de um relé

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2. O Contator
• Uma bobina, operada por uma baixa tensão contínua ou
alternada, move um conjunto de contatos mecânicos que
têm as características exigidas para o controle de correntes
intensas.
• Os contatos podem ser do tipo NA (normalmente abertos)
e NF (normalmente fechados).
• Para os contatos NA, quando a bobina do contator se
encontra desenergizada, eles permanecem desligados.
Quando a bobina é energizada, os contacos são ligados.
• Para os contatos NF, o comportamento é inverso: quando a
bobina se encontra desenergizada, os contatos
permanecem fechados. Ao ser energizada, os contatos
abrem o circuito externo.

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2. O Contator
• Uma mola interna garante que a ação de abertura dos
contatos seja muito rápida quando a bobina é
desenergizada.
• As bobinas dos contatos são especificadas para tensões
alternadas de 12, 24, 110, 127, 220, 380 e 440 V.
• Para as correntes contínuas, as tensões especificadas são de
12, 24, 48, 110, 125 e 220 V.

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2. O Contator
Terminais de um Contator

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2. O Contator
Os contatores são usados da mesma forma que os
interruptores comuns, ou seja, são ligados em série com os
circuitos que devem controlar.

Observe que é muito importante que nas


aplicações industriais sempre se controle todas
as três fases ao mesmo tempo, o que não ocorre
nos circuitos comuns domésticos de baixa
potência. 20
2. O Contator
Pode-se utilizar diversos tipos de circuitos para controlar a
bobina do contator, obtendo assim maior versatilidade.
Pode-se controlar a bobina por duas chaves (botoeiras)
obtendo assim liga e desliga independente, e além disso
podemos adicionar um relé térmico que protege o circuito no
caso de um sobreaquecimento ou sobrecarga.

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2. O Contator
K1 tem o que se denomina "contato de selo". Sua finalidade é
agregar a função "trava" ao circuito. Assim, quando acionamos
a botoeira que liga o motor, o contato de selo "trava" na
posição "ligado", mantendo a bobina K1 do contator
energizada, mesmo depois que tiramos o dedo do botão de
acionamento.

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2. O Contator

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3. Símbolos Básicos da Linguagem LADDER

Entradas Saídas

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3. Operações Lógicas Básicas
Contato em Repouso 0

Contato Atuando 1

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3. Operações Lógicas Básicas
Contato em Repouso 0

Contato Atuando 1

27
3. Operações Lógicas AND

28
3. Operações Lógicas OR

29
3. Autómatos Programáveis Industriais
Exemplos práticos na indústria,
requerem implementar programas
para comandar a saída %Q0.0 a partir
de duas botoneiras com botões de
marcha e paragem

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3. Autómatos Programáveis Industriais

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3. Símbolos lógicos comuns em diagramas ladder

Símbolo Ladder Componente de Hardware

Contatos, normalmente
abertos (interruptor, relé,
outros dispositivos ON/OFF)
Contatos normalmente
fechados (interruptor, relé)

Cargas de saída (motor,


lâmpada, solenoide, alarme)

Temporizador

Contador
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Contatos Normalmente Abertos
Contatos Normalmente Fechado

 Permanece aberto até que seja ativado. Quando ativado,


ele fecha para permitir a passagem de corrente.
 Permanece fechado, permitindo que a corrente flua até que
seja ativado. Quando ativado, ele abre e impede, assim, o
fluxo de corrente.
 Ambos os tipos de contatos são usados para representar
entradas no circuito lógico do tipo LIGADO/DESLIGADO.
 Além dos interruptores, entradas incluem relés, sensores
do tipo ligado/desligado ( interruptores de fim de curso e
fotodetectores), temporizadores e outros dispositivos
binários de contato.

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Cargas de Saídas
Cargas de saídas tais como motores, luzes, alarmes, solenoides
e outros componentes elétricos que são ligados e desligados
pelo sistema de controle lógico.

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Temporizador
O temporizador simples requer a especificação do tempo de
espera e a identificação do contato de entrada que ativa a
espera. Quando o sinal de entrada é recebido, o temporizador
aguarda o tempo de espera antes de ligar ou desligar o sinal de
saída.
O temporizador é reiniciado (volta ao valor inicial) quando o
sinal de entrada é desligado.

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Contador
Os contadores requerem duas entradas.
A primeira é o trem de pulsos (séries de sinais
LIGADO/DESLIGADO) que é contado pelo contador.
A segunda é o sinal para reiniciar o contador de recomeçar o
procedimento de contagem. Reiniciar o contador significa zerar
a contagem em um contador progressivo e definir um valor
inicial em um contador regressivo.
A contagem acumulada é mantida na memória para uso, se
demandado pela aplicação.

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Exemplo: Operação de Enchimento com Fluido

Considere o tanque de armazenamento de fluido. Quando o botão


de iniciar X1 é pressionado, o relé de controle C1 é energizado.

Por sua vez, isso energiza o solenoide S1, que abre uma válvula que
permite que o fluido passe para o tanque.

Quando o tanque enche, o interruptor da boia FS se fecha, o que


abre o relé C1 e faz com que o solenoide S1 deixe de receber energia
e, assim desligue o fluxo de entrada.

O interruptor de boia FS também ativa o temporizador T1, que


fornece um intervalo de 120s para que determinada reação química
aconteça no tanque.

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Exemplo: Operação de Enchimento com Fluido

No fim do intervalo, o temporizador energiza um segundo relé C2,


que controla dois dispositivos:

(1) Ele energiza o solenoide S2, que abre uma válvula que permite
que o fluido saia do tanque

(2) Ele inicia o temporizador T2, que aguarda 90s para permitir o
que o conteúdo do tanque seja drenado. No fim dos 90s, o
temporizador interrompe a corrente e para de energizar o
solenoide S2, fechando assim a válvula de escoamento.

O pressionamento do botão de iniciar X1 reinicia os temporizadores


e abre os respectivos contatos.

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Exemplo: Operação de Enchimento com Fluido

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Diagrama
Ladder:
Operação de
Enchimento
com Fluido

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