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Seu pé direito nas melhores faculdades.

FUVEST/2003
QUESTÕES DE PORTUGUÊS 02. Por meio de frases como “A cobra ainda dorme”, “Talvez
ainda não seja tarde” e “ainda que eu salve o ratinho
Uma cascavel, nas encolhas*. Sua massa infame. branco”, o narrador

Crime: prenderam, na gaiola da cascavel, um ratinho branco. O a) prolonga a tensão, alimentando expectativas.
pobrinho se comprime num dos cantos do alto da parede de b) exprime a inevitabilidade dos fatos, ao empregar os
tela, no lugar mais longe que pôde. Olha para fora, transido, verbos no presente.
arrepiado, não ousando choramingar. Periodicamente, treme. c) entrega-se a fantasias, desligando-se das circunstâncias
A cobra ainda dorme. presentes.
* d) formula hipóteses vagas, argumentando de modo
Meu Deus, que pelo menos a morte do ratinho branco seja abstrato.
instantânea! e) precipita a ação do tempo, apressando a narração dos
* fatos.
Tenho de subornar um guarda, para que liberte o ratinho branco
da jaula da cascavel. Talvez ainda não seja tarde. Resolução:
* A repetição do termo “ainda” desperta o interesse do leitor
Mas, ainda que eu salve o ratinho branco, outro terá de morrer quanto ao desfecho da narrativa e aumenta a tensão,
em seu lugar. E, deste outro, terei sido eu o culpado. porque sugere que “daria tempo” para salvar o ratinho.
Alternativa A
(*) nas encolhas = retraída, imóvel
03. O último parágrafo permite inferir que a convicção final do
Fragmentos extraídos de Ave, palavra, de Guimarães Rosa narrador é a de que

01. A situação do ratinho branco, preso na gaiola da cascavel, a) a culpa maior está na omissão permanente.
provocou no narrador b) os atos bem-intencionados são inocentes.
c) nenhuma escolha é isenta de responsabilidade.
a) imediato sentimento de culpa, que o levou a declarar se d) não há como discordar da lei do mais forte.
responsável pela situação. e) não há culpa em quem aperfeiçoa as leis da natureza.
b) desejo imediato de intervenção, a fim de antecipar o
previsível desfecho. Resolução:
c) reação espontânea e indignada, da qual veio a se A reflexão moral presente no quarto parágrafo permite
arrepender mais tarde. concluir que “escolher” significa optar por uma coisa em
d) compaixão e desejo de intervir, seguidos de uma reflexão detrimento de outra, e o sujeito da escolha será sempre
moral. responsável pelo que escolhe e também pelo que não
e) curiosidade e repulsa, a que se seguiu a indiferença escolhe. Alternativa C
diante do inevitável.
04. Neste texto, o parágrafo em que ocorrem elementos
Resolução: descritivos expressos por meio de frases nominais é o
A partir do segundo parágrafo, o narrador passa a
demonstrar sua compaixão quando deseja que a morte do a) primeiro.
ratinho seja “instantânea”; já o desejo de intervir fica b) segundo.
evidente no terceiro parágrafo, quando ele pensa em c) terceiro.
subornar um guarda para salvar o animal; por fim, o último d) quarto.
parágrafo expressa sua reflexão moral. Alternativa D e) quinto.

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Resolução: 06. O prefixo assinalado em “desvario” expressa


No primeiro parágrafo, o narrador utiliza frases nominais
para descrever a cobra. A ausência de verbos é um típico a) negação. b) cessação.
recurso da descrição. Alternativa A c) ação contrária. d) separação.
e) intensificação.
Texto para as questões de 05 a 08.
Resolução:
Eu te amo O significado do verbo “variar”, no contexto em que se
insere, é “alterar-se”, acentuado pelo prefixo “des–”, que
Ah, se já perdemos a noção da hora, intensifica a loucura do eu-lírico quando ele conheceu a
Se juntos já jogamos tudo fora, pessoa amanda. Alternativa E
Me conta agora como hei de partir...
07. Examinando-se aspectos construtivos deste texto, verifica-
Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios, se que
Rompi com o mundo, queimei meus navios,
Me diz pra onde é que inda posso ir... a) todas as ocorrências da conjunção se expressam uma
(...) condição, com o sentido de no caso de.
Se entornaste a nossa sorte pelo chão, b) o emprego de como, no início da quarta estrofe, é uma
Se na bagunça do teu coração retomada de “como hei de partir”, da primeira estrofe.
Meu sangue errou de veia e se perdeu... c) A repetição de conta, na última estrofe, reitera a mesma
(...) idéia do custo que a separação representa para o sujeito.
Como, se nos amamos como dois pagãos, d) o emprego da vírgula depois de Não, na última estrofe,
Teus seios inda estão nas minhas mãos, é facultativo, uma vez que a partícula negativa tem aqui
Me explica com que cara eu vou sair... o valor de uma simples ênfase.
e) o efeito dramático nele obtido nasce da reiterada
Não, acho que estás só fazendo de conta, oposição entre ações transcorridas no passado.
Te dei meus olhos pra tomares conta,
Agora conta como hei de partir... Resolução:
Tom Jobim – Chico Buarque Ao analisar a primeira estrofe, nota-se uma construção
sintático-semântica que relaciona idéia de causa com a idéia
05. O sentimento de perplexidade expresso nas frases “como de modo.
hei de partir”, “pra onde é que inda posso ir”, “com que
cara eu vou sair”, deve-se ao fato de que a relação amorosa “Ah, se já perdemos a noção da hora,
do sujeito Se juntos já jogamos tudo fora,

a) foi marcada por sucessivos desencontros, em virtude idéia de causa “uma vez que fizemos tudo isso...”
da intensidade da paixão.
b) constituiu uma radical experiência de fusão com o outro, Me conta agora como hei de partir...”
da qual não vê como sair. idéia de modo
c) provocou a subordinação emocional da pessoa amada,
de quem ele já não pode se livrar. A mesma construção acontece na quarta estrofe, mas de
d) ameaça jamais desfazer-se, agravando-se assim uma maneira invertida, observe:
interdependência destrutiva.
e) está-se esgotando, sem que os amantes saibam o que Como, se nos amamos como dois pagãos,
fazer para reacender a paixão. teus seios inda estão nas minhas mãos
idéia de modo idéia de causa
Resolução:
“uma vez que fizemos tudo isso...”
Uma leitura atenta do texto permite perceber que o eu lírico
entregou-se intensamente ao amor do outro e não consegue
Assim, pode-se afirmar que “como” retoma,
mais se libertar dele. É como se sua existência estivesse
semanticamente, a idéia de modo presente na primeira
irremediavelmente condicionada ao outro.
estrofe na expressão “como hei de partir”.
Alternativa B
Alternativa B

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08. Neste texto, em que predomina a linguagem culta, ocorre Resolução:
também a seguinte marca da linguagem coloquial: No texto, o tempo da infância e o da maturidade se
confundem. O personagem, adulto, encontra o menino que
a) emprego de hei no lugar de tenho. foi na infância, e este encontra o homem que será aos
b) falta de concordância quanto à pessoa nas formas quarenta anos. Alternativa E
verbais estás, tomares e conta.
c) emprego de verbos predominantemente na segunda 10. O discurso indireto livre é empregado na seguinte
pessoa do singular. passagem:
d) redundância semântica, pelo emprego repetido da
palavra conta na última estrofe. a) Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo.
e) emprego das palavras bagunça e cara. b) Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a
babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena.
Resolução: c) Um homem vem caminhando por um parque quando de
A palavra “bagunça”, no contexto em que foi empregada repente se vê com sete anos de idade.
(“na bagunça do teu coração”), adquire tom coloquial. O d) O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o
vocábulo “cara” também pertence ao registro informal da que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente.
linguagem. Alternativa E e) O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta.

Texto para as questões 09 e 10. Resolução:


Uma leitura atenta do texto permite perceber que a passagem
História estranha
“Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo” é uma
Um homem vem caminhando por um parque quando de repente manifestação da personagem no meio do discurso do
se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e narrador: esse recurso é chamado de discurso indireto livre.
poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto Alternativa A
de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a
menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a sua própria 11. Dos verbos assinalados, só está corretamente empregado
cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança o que aparece na frase:
daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando
de repente aproximou-se um homem e... O homem aproxima-se a) A atual administração quer crescer a arrecadação do
dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha IPTU em 40%.
nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma b) A economia latino-americana se modernizou sem que a
coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o estrutura de renda da região acompanhou as
tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. transformações.
O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que c) Se fazer previsões sobre a situação econômica já era
dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai difícil antes das eleições, agora ficou ainda mais
caminhando, chorando, sem olhar para trás. complicado.
O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também d) A indústria ficará satisfeita só quando vender metade
se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver do estoque e transpor o obstáculo dos juros.
quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vou ser e) Por mais que os leitores se apropriam de um livro, no
sentimental ! final, livro e leitor tornam-se uma só coisa.

Luis Fernando Verissimo, Comédias para se ler na escola Resolução:


09. A estranheza dessa história deve-se, basicamente, ao fato Na alternativa A, o verbo “crescer” está semanticamente
de que nela mal empregado. O correto seria substituí-lo por “aumentar”.
Na alternativa B, o verbo “acompanhar” teria de estar
a) há superposição de espaços sem que haja superposição conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo
de tempos. (“acompanhasse).
b) a memória afetiva faz um quarentão se lembrar de uma Em D, o verbo “transpor”, no futuro do subjuntivo, deveria
cena da infância. adquirir a forma “transpuser”.
c) a narrativa é conduzida por vários narradores. Finalmente, em E, a oração subordinada pede o verbo
d) o tempo é representado como irreversível. “apropriar” no presente do subjuntivo (“apropriem”).
e) tempos distintos convergem e tornam-se simultâneos. Alternativa C

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Texto para as questões de 12 a 15. 13. A condição social de agregado, referida no excerto,
caracteriza também a situação de
Os leitores estarão lembrados do que o compadre dissera
quando estava a fazer castelos no ar a respeito do afilhado, e
a) Juliana, na casa de Jorge e Luísa (O primo Basílio).
pensando em dar-lhe o mesmo ofício que exercia, isto é, daquele
b) D. Plácida, na casa de Quincas Borba (Memórias
arranjei-me, cuja explicação prometemos dar. Vamos agora
póstumas de Brás Cubas).
cumprir a promessa.
c) Leonardo (filho), na casa de Tomás da Sé (Memórias
Se alguém perguntasse ao compadre por seus pais, por seus de um sargento de milícias).
parentes, por seu nascimento, nada saberia responder, porque d) Joana, na casa de Jorge e Luísa (O primo Basílio).
nada sabia a respeito. Tudo de que se recordava de sua história e) José Manuel, na casa de D. Maria (Memórias de um
reduzia-se a bem pouco. Quando chegara à idade de dar acordo sargento de milícias).
da vida achou-se em casa de um barbeiro que dele cuidava,
porém que nunca lhe disse se era ou não seu pai ou seu parente, Resolução:
nem tampouco o motivo por que tratava da sua pessoa. Também
nunca isso lhe dera cuidado, nem lhe veio a curiosidade de Depois de abandonar a casa do pai por desentender-se
indagá-lo. com ele, Leonardo reencontra seu antigo amigo Tomás da
Esse homem ensinara-lhe o ofício, e por inaudito milagre Sé e passa a viver com ele como agregado, o que se relata
também a ler e a escrever. Enquanto foi aprendiz passou em no capítulo XXXIII. Alternativa C
casa do seu... mestre, em falta de outro nome, uma vida que
por um lado se parecia com a do fâmulo*, por outro com a do
filho, por outro com a do agregado, e que afinal não era senão 14. Um traço de estilo, presente no excerto, também se
vida de enjeitado, que o leitor sem dúvida já adivinhou que ele encontrará nas Memórias póstumas de Brás Cubas, onde
o era. A troco disso dava-lhe o mestre sustento e morada, e assumirá aspectos de provocação e acinte. Trata-se
pagava-se do que por ele tinha já feito.
a) das referências diretas ao leitor e ao andamento da
(*) fâmulo: empregado, criado própria narração.
Manuel Antônio de Almeida, b) do uso predominante da descrição, que confere maior
Memórias de um sargento de milícias realismo ao relato.
c) do emprego de adjetivação abundante e variada, que
12. Neste excerto, mostra-se que o compadre provinha de uma dá feição opinativa à narração.
situação de família irregular e ambígua. No contexto do d) da paródia dos clichês românticos anteriormente
livro, as situações desse tipo utilizados por José de Alencar e Álvares de Azevedo.
a) caracterizam os costumes dos brasileiros, por oposição e) da narração em primeira pessoa, realizada por um
aos dos imigrantes portugueses. narrador-personagem, que participa dos eventos
b) são apresentadas como conseqüência da intensa narrados.
mestiçagem racial, própria da colonização.
c) contrastam com os rígidos padrões morais dominantes Resolução:
no Rio de Janeiro oitocentista.
d) ocorrem com freqüência no grupo social mais As referências diretas ao leitor e ao andamento da própria
amplamente representado. narração são constantes nas Memórias de um sargento
e) começam a ser corrigidas pela doutrina e pelos exemplos de milícias e nas Memórias póstumas de Brás Cubas.
do clero católico. Naquelas são realizadas com leveza e brevidade, como é
usual na narrativa romântica. Já no relato de Brás Cubas
Resolução: assumem “aspectos de provocação e acinte” na medida
Nas Memórias de um sargento de milícias, o grupo social em que o leitor é elevado à categoria de personagem (teoria
mais amplamente representado é constituído pelos homens do leitor incluso), sendo convocado a opinar ou decidir
livres na sociedade escravocrata do reinado de D. João VI sobre algo, como se verifica no exemplo, no final do capítulo
(1808-1820). Esses homens livres (mestre de cerimônias, II, quando o defunto autor expõe as opiniões dos seus
mestre escola, barbeiro, parteira, meirinho...) caracterizam- dois tios sobre a verdadeira glória (eterna ou temporal) e
se por uma conduta em que a ordem é constantemente pede ao leitor para definir seu ponto de vista sobre o referido
transgredida, mimetizando a precariedade da estrutura da assunto.
sociedade brasileira colonial. Alternativa D Alternativa A

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15. No excerto, temos derivação imprópria ou conversão Resolução:
(emprego de uma palavra fora de sua classe normal) no A afirmação I é verdadeira: o anseio de liberdade vital e
seguinte trecho: estética pode ser observado em “Vou-me embora pra
Pasárgada”, “Andorinha” e “Poética”; a interiorização
a) fazer castelos no ar.
profunda dos cultos familiares observa-se em
b) daquele arranjei-me.
“Profundamente” e “Evocação do Recife”, em que também
c) dar acordo da vida.
se verifica a interiorização das imagens brasileiras.
d) nem tampouco o motivo.
A afirmação II é falsa: “Libertinagem” é o quarto livro da
e) por inaudito milagre.
carreira de Manuel Bandeira, em que as contribuições
técnicas e estéticas do Modernismo são notáveis: liberdade
Resolução:
formal, introdução de elementos da cultura popular brasileira
O termo “daquele”, adjunto adnominal, é determinante do
nos poemas, a ironia e o humor.
verbo e equivale a um artigo o, provocando a nominalização
A afirmação III é verdadeira: em poemas como “Vou-me
do verbo. Alternativa B
embora pra Pasárgada”, a experiência pessoal (“Vou-me
embora pra Pasárgada / Aqui eu não sou feliz / Lá a existência
16. Tanto Luísa (O primo Basílio) quanto Virgília (Memórias
é uma aventura”) acaba por ganhar uma concepção mais
póstumas de Brás Cubas) praticaram o adultério
ampla, em que o lugar descrito pelo eu lírico, fora do espaço
e do tempo, representa a plenitude e a liberdade.
a) por influência direta do excesso de leituras romanescas.
Alternativa D
b) com parentes próximos, o que tornava mais grave a
situação moral de ambas.
18. A presença da temática indígena em Macunaíma, de Mário
c) com o fim de ascender socialmente, unindo-se a
de Andrade, tanto participa , quanto
parceiros de classe social mais elevada.
representa uma retomada, com novos sentidos,
d) por sua própria iniciativa, seduzindo abertamente seus
.
respectivos parceiros.
e) com antigos namorados, que reencontraram depois de
Mantida a seqüência, os trechos pontilhados serão
casadas.
preenchidos corretamente por
Resolução:
a) do movimento modernista da Antropofagia / do
Luísa teve, quando adolescente, um breve namoro com
Regionalismo da década de 30.
Basílio, seu primo, com quem se reencontrou e teve um
b) do interesse modernista pela arte primitiva / do
caso depois de casada com Jorge. Virgília, que teve um
Indianismo romântico.
caso com Brás Cubas, namorou-o antes de se casar com
c) do movimento modernista da Antropofagia / do
Lobo Neves. Alternativa E
Condoreirismo romântico.
d) da vanguarda estética do Naturalismo / do Indianismo
17. Considere as seguintes afirmações sobre Libertinagem,
romântico.
de Manuel Bandeira:
e) do interesse modernista pela arte primitiva / do
Regionalismo da década de 30.
I. O livro oscila entre um fortíssimo anseio de liberdade
vital e estética e a interiorização cada vez mais profunda
Resolução:
dos vultos familiares e das imagens brasileiras.
A temática indígena evidencia o interesse modernista pela
II. Por ser uma obra do início da carreira do autor, nela
arte primitiva, configurando a preocupação com a busca
ainda são raras e quase imperceptíveis as contribuições
da identidade nacional. Essa preocupação também norteou
técnicas e estéticas do Modernismo.
o romantismo brasileiro, embora de forma idealizada. O
III. Em vários de seus poemas, a exploração de assuntos
modernismo rompe a idealização do índio na medida em
particulares e pessoais, aparentemente limitados, resulta
que o aborda criticamente, o que se traduz na feiúra e nos
em concepções muito amplas, de interesse geral, que
traços negativos (egoísmo, exibicionismo, malandragem...)
ultrapassam a esfera pessoal do poeta.
de Macunaíma. Alternativa B
Está correto apenas o que se afirma em
19. “A ação desta história terá como resultado minha
transfiguração em outrem(...)”.
a) I b) II c) I e II
d) I e III e) II e III

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Neste excerto de A hora da estrela, o narrador expressa


uma de suas tendências mais marcantes, que ele irá reiterar
ao longo de todo o livro. Entre os trechos abaixo, o único
que não expressa tendência correspondente é
a) “Vejo a nordestina se olhando ao espelho e (...) no
espelho aparece o meu rosto cansado e barbudo. Tanto
nós nos intertrocamos”.
b) “É paixão minha ser o outro. No caso a outra”.
c) “Enquanto isso, Macabéa no chão parecia se tornar
cada vez mais uma Macabéa, como se chegasse a si
mesma”.
d) “Queiram os deuses que eu nunca descreva o lázaro
porque senão eu me cobriria de lepra”.
e) “Eu te conheço até o osso por intermédio de uma
encantação que vem de mim para ti”.

Resolução:
No fragmento em destaque (“a ação desta hitória terá como
resultado minha transfiguração em outrem...”), a tendência
expressa é a de que o narrador, criador e condutor das
descrições e ações do livro, será também transformado por
elas, ou seja, é por meio da formulação e da redação da
história de Macabéa que Rodrigo S. M. entra em contato
consigo mesmo, o que se verifica em todas as alternativas,
exceto em C. Alternativa C

20. Entre as mensagens abaixo, a única que está de acordo


com a norma escrita culta é:

a) Confira as receitas incríveis preparadas para você. Clica


aqui !
b) Mostra que você tem bom coração. Contribua para a
campanha do agasalho !
c) Cura-te a ti mesmo e seja feliz !
d) Não subestime o consumidor. Venda produtos de boa
procedência.
e) Em caso de acidente, não siga viagem. Pede o apoio de
um policial.

Resolução:
A alternativa correta é a D. As demais alternativas, se
corrigidas, ficariam:
a) “clica” → “clique”
b) “mostra” → “mostre”
c) “seja” → “sê”
e) “pede” → “peça” Alternativa D

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