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Geodiversidade em 2021
Veja e reveja no Canal da
FEBRAGEO no YouTube!
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EDITORIAL
Errata:
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A Tecnológico e Sustentável da
indústria brasileira são
resultantes do trabalho diário de
profissionais da geologia, da engenharia
e da agronomia.
As parcerias da AGERN e da
FEBRAGEO com o Sistema
CONFEA/CREA/MÚTUA têm
produzido publicações de alta
relevância para as comunidades
científicas e tecnológicas brasileiras.
Com muita alegria, a MÚTUA-RN
apoia GEOLOGIA Todo Dia - segunda
edição, a AGERN e a FEBRAGEO, na
busca pela integração dos profissionais
da ENGENHARIA, da AGRONOMIA
e das GEOCIÊNCIAS.
Parabenizamos o Conselho Editorial Engenheiro de Produção Márcio Sá
da Revista, os leitores e leitoras. Diretor Geral da MÚTUA-RN
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ENTREVISTA
Geoparque Seridó
mais próximo de
se tornar patrimônio
mundial da UNESCO
reconhecimento de parte do território geomorfológico, considerados de importância
Geossítio
dico, um assessor contábil e "Pico do Totoró",
seis representantes, sendo um com a Pedra do Caju
de cada município, para pro-
moção de ações ligadas à con-
servação, educação e turismo.
GTD: Há envolvimento da
sociedade local com a candi-
datura? Qual o nível de enga-
jamento?
Marcos Nascimento: Sim,
com certeza. Um Geoparque
Mundial da UNESCO é feito
de pessoas para pessoas e, se- cional de Geociências e Geo- exemplo de interiorização e de
guindo essa premissa básica, parques da UNESCO, no final promoção do turismo. Em nível
a sociedade local contempla os de 2019. O engajamento é total, municipal, a união dos seis mu-
principais atores do território. onde cada uma faz sua parte nicípios em um Consórcio Pú-
O envolvimento dela existe e dá sua contribuição com um blico mostra bem essa parceria
desde o início dos trabalhos e perfeito trabalho em rede. e agora serve como exemplo
se intensificou mais ainda para a constituição de outros
desde 2015 quando nós da ges- GTD: E os governos e ór- consórcios, ligados ao desen-
tão passamos a dialogar mais gãos públicos? volvimento aqui no Estado.
e mostrar a todos a importân- Marcos Nascimento: Nas Quanto aos órgãos públicos,
cia de trabalhar junto às pers- três esferas é notório o engaja- esses seguem o fluxo e têm no
pectivas de desenvolvimento mento e a participação. Em Geoparque Aspirante Seridó
territorial sustentável, seguin- nível federal, hoje, contamos um real exemplo de sucesso na
do o modelo dos Geoparques com suporte do Ministério do promoção do desenvolvimento
Mundiais da UNESCO. Com Turismo, por exemplo, que tem territorial sustentável.
isso, fica claro ver hoje o sen- no Geoparque Aspirante Seridó
timento de pertencimento que um modelo de desenvolvimen- GTD: Quais são os princi-
a sociedade local passou a ter to de projeto de geoparque pais critérios para admissão e
e isso favoreceu muito e nos para o Brasil. Em nível esta- reconhecimento de uma can-
ajudou enquanto equipe téc- dual, o Governo do Estado didatura?
nica a realizar diferentes ações abraçou a causa e hoje SETUR Marcos Nascimento: Para
que culminaram com a candi- e EMPROTUR tem no Geopar- se tornar um Geoparque Mun-
datura ao Programa Interna- que Aspirante Seridó o melhor dial da UNESCO um território
tem que ter quatro caracterís-
ticas fundamentais: (i) possuir
Foto: Silas Costa
um patrimônio geológico de
valor internacional que, no Se-
ridó, se dá destacadamente
pela presença de mineraliza-
ções de scheelita, com exem-
plos únicos no Brasil e América
do Sul; (ii) ter uma gestão de-
finida com base em legislação
nacional que, no nosso caso, se
dá por meio do Consórcio Pú-
Representantes de entidades municipais, estaduais e federais, acompanhados blico Intermunicipal Geopar-
dos avaliadores da UNESCO, na sede do Geoparque Seridó, em Currais Novos que Seridó; (iii) ter visibilidade
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em mídias e redes sociais, mos- lização de atividades que se- irão embasar a decisão da
trando tudo o que o território guem as legislações nacionais, UNESCO. É importante frisar
possui, em escalas local, regio- nesse caso, incluindo os traba- que a missão de avaliação pas-
nal, nacional e internacional; e, lhos realizados pela atividade sou por geossítios, conheceu a
por fim (iv) trabalhar em rede extrativista mineral. Assim, di- caatinga com sua fauna e flora
(networking) útil para ampliar ferentemente dos Parques, tais únicas, e o nosso patrimônio
as ações, promover discussões trabalhos podem e devem cultural característico. Além
e favorecer a todos, nessa nova prosseguir de maneira normal. disso, visitamos parceiros da
forma de ferramenta de desen- Contudo, as parcerias entre o iniciativa privada, como pou-
volvimento. Caso um projeto Consórcio Público Intermuni- sadas, hotéis e restaurantes,
a geoparque não contemple um cipal e as diferentes minerado- bem como artesãos, sempre am-
desses critérios, dificilmente se ras atuantes no território vêm parados por conhecimentos re-
tornará um Geoparque Mun- favorecendo ações de sensibi- passados por guias de turismo
dial da UNESCO. lização quanto ao uso susten- e condutores, todos residentes
tável e atividades de educação no território. Por fim, tivemos
GTD: Como o reconheci- ambiental, dentre outras. duas reuniões técnicas que con-
mento do Geoparque poderá taram com prefeitos, secretários
contribuir com a economia do GTD: E como foi a visita e o comitê técnico do Consórcio
Estado e com a melhoria das dos técnicos da UNESCO? Público Intermunicipal Geopar-
condições de vida das popu- Marcos Nascimento: Ao que Seridó, e uma visita à go-
lações locais? longo dos quatro dias de visita vernadora Fátima Bezerra,
Marcos Nascimento: A partir técnica, pudemos mostrar aos acompanhada do vice-gover-
da chancela da UNESCO o ter- dois avaliadores o que de me- nador, Antenor Roberto, entu-
ritório passa a entrar num rol lhor o Seridó tem, em termos siastas da candidatura.
especial de território: uma rede de geodiversidade, mas tam-
formada por 169 Geoparques bém de patrimônio geológico GTD: Há previsão de di-
Mundiais distribuídos em 44 e biológico, além, claro, do pa- vulgação da decisão? Quando?
países. Esta condição permitirá trimônio cultural e, sobretudo, Marcos Nascimento: O re-
uma grande visibilidade ao das pessoas. O que torna essa sultado oficial deverá sair até
local, aos seus moradores e aos região muito especial é, princi- abril de 2022, quando ocorre a
diferentes tipos de patrimônio palmente, o calor humano, a re- reunião do Comitê Executivo
existentes no território. Assim, ceptividade do seridoense, e da UNESCO, responsável por
pode-se estabelecer um novo isso foi muito perceptível du- homologar as novas adesões
destino internacional no Rio rante a visita. Acredito que os de territórios ao Programa In-
Grande do Norte, ampliando- avaliadores saíram daqui com ternacional de Geociências e
se o volume e a circulação de conhecimento suficiente para a Geoparques e à Rede de Geo-
recursos em nossa economia, elaboração dos relatórios que parques Mundiais.
por meio de atividades relacio-
nadas ao Turismo, por exemplo.
Foto: Silas Costa
P universidade
britânica de Ox-
ford, com o respaldo
para a conscientização
das populações, em todo
o mundo, sobre a impor-
da UNESCO, o con- tância dos elementos
curso destinado à es- não-vivos da natureza.
colha da melhor No documento poste-
identidade visual para riormente encaminhado
o recém-criado Dia In- à UNESCO, a geodiver-
ternacional da Geodi- sidade é definida como
versidade teve como “a variedade dos elemen-
vencedor o estudante tos não-vivos da natureza
potiguar do curso de que toda a geodiversidade é – os minerais, as rochas,
Geologia da UFRN, Silas Sa- como se fosse o apoio pra vida. os fósseis, os solos, os sedimen-
muel dos Santos Costa. Coorde- Tem uma plantinha surgindo, tos, o relevo, a topografia, os pro-
nador de Marketing e em meio à geodiversidade. cessos geológicos e morfogêni-
Divulgação do Consórcio Pú- Então, sem geodiversidade não cos, e aspectos hidrológicos,
blico Intermunicipal “Geopar- existe a vida”, resume o autor. como os rios e os lagos”. O texto
que Seridó”, Silas concorreu afirma, ainda, que “a geodiver-
com trabalhos encaminhados Foto: Mateus Ribeiro sidade sustenta a biodiversidade
por pessoas de diversos países. e é a base de qualquer ecossis-
Para chegar às propostas de tema, mas possui os seus pró-
logotipo e de lema, Silas Costa prios valores, independentes da
diz que “por ser a primeira edi- biodiversidade.”
ção do Dia Internacional da Geo- Durante a 41ª sessão da Con-
diversidade” e pelo fato de as ferência Geral da UNESCO, rea-
pessoas “geralmente não enten- lizada na segunda quinzena de
derem o quão importante é a di- novembro último, a proposta foi
versidade abiótica”, pensou em aprovada, e a partir de 6 de ou-
“trazer diversos elementos da tubro de 2022, a geodiversidade
geodiversidade, sejam fósseis, será celebrada anualmente,
minerais, rochas, rios, serras... de neste dia, em todo o mundo.
uma forma que isso esteja repre- Para Silas Costa, a criação do
sentado pela Terra”. “Coloquei Silas Costa - Estudante de Geologia da UFRN Dia Internacional da Geodiver-
dentro de um círculo, numa dis- sidade tem importância funda-
posição simétrica, meio que sus- Data para pensar mental. “Significa ter um dia para
tentando a vida”, explica Silas. A proposta de criação do Dia parar pra pensar o quão impor-
Com o lema “The diversity Internacional da Geodiversidade tante é essa diversidade abiótica
sustains the life” ou “A diversi- surgiu em maio de 2020, durante no conjunto da natureza total.
dade sustenta a vida”, a peça um encontro de especialistas em Um dia pra parar pra pensar que
criada por Silas Costa mostra que geodiversidade e patrimônio existe um lado da natureza, que
a diversidade dos elementos não- geológico promovido pelo a gente não dá muita atenção,
vivos que compõem a natureza Museu de História Natural da mas que precisamos valorizar,
é essencial para garantir a sobre- Universidade de Oxford. Na porque, sem ela, a gente não vai
vivência dos seres vivos. “Quem ocasião, um grupo liderado pelo alcançar uma sustentabilidade
olha pra logo, acho que percebe geólogo português, José Brilha, para as gerações futuras”.
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“N foram retomados
os leilões de pe-
tróleo no Pré-sal sob o regime
do Pré-sal com volume de
óleo in place (i.e., in situ) não
riscado estimado pela ANP,
perfurado em 2010, o desco-
bridor 2-ANP-2A-RJS, infor-
malmente denominado Libra,
de partilha (Tabela 1), já sem a variando entre 0,2 (Sul de que deu nome à área da acu-
exclusividade da Petrobrás Gato do Mato) e 29 (Aram) bi- mulação.
como operadora, mas ainda lhões de barris de petróleo. Apesar da Petrobrás, usando
com o direito de preferência Lembrando que são apenas seu direito de preferência criado
da estatal em ser operadora estimativas da ANP anteriores na “Partilha quebrada por
com pelo menos 30%. Ao todo à perfuração de poço explora- Serra”, adquirir como operado-
foram realizadas pela ANP tório. Em Libra, que deu ori- ra nove (9) áreas estratégicas
seis rodadas de leilões da par- gem ao gigante de Mero, com no Pré-sal, as operadoras es-
tilha de produção e uma ro- volume recuperável de petró- trangeiras fincaram suas ban-
dada do excedente da cessão leo equivalente de 3,3 bilhões deiras nas outras seis (6) áreas
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em busca dos campos supergi- dos EUA (https://edx.netl.doe. nº 02/2019, a qual “Estabelece
gantes e gigantes, semelhantes gov/dataset/aapg-datapages- diretrizes para a realização da
aos já descobertos pela estatal giant-oil-and-gas-fields-of-the- Rodada de Licitações sob o re-
nas áreas sob concessão e cessão world), Búzios certamente está gime de Partilha de Produção
onerosa. Além do risco, pois entre eles. Mas quantos cida- para os volumes excedentes
essas áreas ainda não haviam dãos brasileiros sabiam disto aos contratados no regime de
sido perfuradas, os volumes de antes de ler aqui? Cessão Onerosa”. Foram esta-
petróleo in place estimados pela Tentaram autorizar a venda belecidas na resolução as áreas
ANP para a maioria dessas seis de até 70% dos campos da Ces- que iriam à leilão e os volumes
áreas foram muito menores do são Onerosa pelo próprio Con- excedentes (Figura 3), e tam-
que os volumes confirmados gresso Nacional, por intermé- bém que a Petrobrás seria com-
pela exploração e avaliação rea- dio do Projeto de Lei do ex-de- pensada pelos investimentos
lizados pela Petrobrás como putado federal José Carlos Ale- realizados nas áreas pelas em-
operadora nas áreas sob con- luia (DEM-BA), o qual passou presas que adquirissem parti-
cessão e cessão onerosa. na Câmara (PLC nº 78/2018) e cipação nas mesmas durante
Para as companhias multi- teve sua urgência para votação o leilão. Estas empresas, em
nacionais e seus países não bas- aprovada no Senado em no- contrapartida, tornar-se-iam
tou quebrar a operação exclu- vembro de 2018. Isso aconteceu proprietárias na mesma medi-
siva da Petrobrás, conforme apesar da consulta popular da de suas participações nos
tramaram em 2009, dentro do aberta no site do e-cidadania, ativos existentes nas áreas:
Consulado dos EUA, situado quando o projeto de lei ainda poços perfurados, equipamen-
no Centro do Rio de Janeiro, a estava na Câmara, ter resultado tos submarinos e plataformas
uma pequena distância da sede na vitória maciça do “não” à de produção.
da Petrobrás. Elas querem autorização desta venda lesa- Na área de Búzios, já esta-
mais. Sabem que não se des- pátria. Ressalte-se que o povo vam instaladas e produzindo
cobre fácil um
campo de petróleo
como Búzios, que
possui um volume
de óleo in place es-
timado em 2016,
pela ANP, em 29,9
bilhões de barris,
sem somar o gás
natural in place, ou
seja, contabilizando
apenas a fração
mais valiosa do pe-
tróleo, a parte líqui-
da. Estes supergi-
gantes são desco-
bertos com interva-
Figura 1 — Reprodução parcial de slide da reunião extraordinária do CNPE, em 28 de fevereiro de 2019.
los de décadas. As
multinacionais também sabem baiano não reelegeu Aleluia. os FPSOs P-74, P-75, P-76 e P-
que, considerando-se os 25 Após a eleição do presidente 77, os quais deixariam de ser
maiores campos mundiais de Bolsonaro, em reunião extraor- propriedade exclusiva da Pe-
petróleo da base de dados de dinária do CNPE, realizada em trobrás para serem proprieda-
campos gigantes de petróleo e 28 de fevereiro de 2019, o mi- de do consórcio. As multina-
de gás do mundo, relacionados nistro das Minas e Energia, cionais teriam ainda o direito
pela American Association of Bento Albuquerque, aprovou de abater em custo em óleo, o
Petroleum Geologists (AAPG), a realização do leilão do exce- que gastassem para indenizar
disponível no site do governo dente por meio da Resolução a Petrobrás.
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Ao concordar com a redução lesa-pátria da entrega do exce- rídica demonstrada pela luta dos
dos percentuais do óleo lucro dente da Cessão Onerosa não trabalhadores.
para a União, o governo federal acontecesse, mas infelizmente o Outro fator importante, este
abre mão de receitas de longo leilão ocorreu em 6 de novembro na geopolítica mundial do pe-
prazo, maiores e tão necessárias de 2019. A Associação dos En- tróleo, que passou despercebi-
ao nosso país, em prol da trans- genheiros da Petrobrás (AEPET), do pelos grandes veículos de
ferência dessas receitas para as Federações de Sindicatos de comunicação, foi a proximida-
empresas de países desenvol- Petroleiros e outras entidades de com o lançamento das ações
vidos e ricos. Mas será que ingressaram com ações denun- da Saudi Aramco na bolsa de
todos os que zelam pelo patri- ciando o leilão. No dia marcado, valores de Nova Iorque. Pouco
mônio da União estão cientes? a Petrobrás arrematou 90% do tempo antes, os mesmos audi-
Ressaltando a magnitude da excedente de Búzios em parceria tores internacionais que ava-
produtividade dos poços de com as estatais chinesas liaram a Cessão Onerosa para
Figura 2 – Mapa de Estrutural da acumulação compartilhada pelos campos de Atapu e Oeste de Atapu e pela área não contratada de propriedade da União.
Búzios, tivemos a publicação, CNOOC (5%) e CNODC (5%) a Petrobrás, haviam auditado
em 2 de agosto de 2019, de uma e 100% do excedente de Itapu. as reservas sauditas em 262 bi-
notícia no site estrangeiro de Estranhamente, a gestão de Cas- lhões de barris. A esperança
notícias de petróleo e gás tello Branco não exerceu o di- das multinacionais era aboca-
www.upstreamonline.com, in- reito de preferência para os ex- nhar um pedaço dessas gigan-
formando que a unidade de cedentes dos gigantes de Sépia tescas reservas de petróleo con-
produção definitiva P-75 teria e de Atapu. Outras multinacio- vencional de boa qualidade.
topado a capacidade máxima nais não se apresentaram. A Mas eis que próximo da reali-
de produção de 150 mil barris grande mídia, a mesma que du- zação do leilão, os sauditas de-
diários com apenas 3 poços, vidava da existência e magnitu- cidem colocar à venda apenas
um dos quais produzindo cerca de do Pré-sal, atribuiu a baixa uma pequena parte e ainda
de 60 mil b/d, constituindo, participação das demais multi- “sugerem firmemente” aos bi-
portanto, um novo recorde de nacionais aos valores elevados lionários daquele país que
produção no Pré-sal. envolvidos. Difícil admitir que comprassem ações da compa-
Lutamos para que este crime tivesse sido pela insegurança ju- nhia. Ao mesmo tempo no Bra-
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sil, inconformados com a in- Em Atapu, após a revisão do milhões m3 de gás natural.
completude da entrega dos te- contrato da Cessão Onerosa em O volume contratado na Ces-
souros brasileiros às multina- 2019, o volume a ser produzido são Onerosa para ser produzido
cionais de petróleo e gás, os re- naquele contrato ficou sendo de em Sépia ficou sendo de 500 mi-
presentantes do atual governo 550 milhões de barris em equi- lhões de barris em equivalente
decidiram realizar um novo valente em petróleo. O volume em petróleo. O volume exce-
leilão do excedente das áreas excedente calculado para Atapu dente calculado para Sépia e
de Sépia e Atapu, agendado e que foi a leilão em 17 de de- que foi a leilão em 17 de dezem-
para 17 de dezembro de 2021, zembro de 2021 (a data talvez bro, foi calculado em 2019 como
talvez para ser um presente de seja uma reafirmação que a en- algo entre 1,340 bilhões a 2,371
Natal para seus suseranos. trega é obra do presidente-17) bilhões de barris em petróleo
O que está em jogo no leilão foi calculado em 2019 como va- equivalente. A produção defi-
de 17 de dezembro riando entre 561 milhões (P90) nitiva no campo de Sépia teve
Em função dos diferentes e 1,690 (P10) bilhões de barris início em 23 de agosto de 2021,
regimes legais, a jazida da qual em petróleo equivalente. A pro- com a entrada em produção do
Foto: Agência Brasil - EBC
faz parte o campo de Atapu é dução definitiva foi iniciada em FPSO Carioca, que se tornou a
compartilhada com o campo 25 de junho de 2020 com a en- 22ª plataforma a entrar em pro-
de Oeste de Atapu e com uma trada em produção do FPSO P- dução na província do pré-sal.
área não contratada que per- 70 com capacidade de produção O FPSO possui uma capacidade
tence à União. A acumulação de 150 mil b/d de petróleo e ca- de produção de 180 mil b/d de
ocupa uma área de 260,5 km2 pacidade de tratamento de 6 mi- petróleo e uma capacidade de
dos quais 82,018% são repre- lhões m3/d de gás natural. compressão de 6.000 milhões de
sentados por Atapu; 17,032% A jazida compartilhada pelos m3/d de gás natural.
são representados por Oeste campos de Sépia e Sépia Leste O que mudou desde a ten-
de Atapu e 0,95 % representado ocupa uma área de 79,8 km2, tativa fracassada de leilão do
pela área não contratada. Em dos quais Sépia representa excedente de Atapu e Sépia em
31 de dezembro de 2018 (Fonte: 87,93% e Sépia Leste representa novembro de 2019 até dezem-
AIP/2019) o volume de petró- os 12,07% restantes. Os volumes bro de 2021? Os percentuais
leo in place era de 8,587 bilhões de petróleo e gás natural in mínimos do excedente em óleo
de barris de petróleo de 27° a place contabilizados em 31 de para a União que eram em
28° API e 203.440 milhões de dezembro de 2018 (Fonte 2019: de 26,23% em Atapu e
m3 de gás natural com alto teor AIP/2019) eram de 5,530 bilhões 27,88% em Sépia passaram a
de CO2 e baixo teor de H2S. de barris de petróleo e 127.960 ser em 2021 de apenas 5,89%
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(-78%) e 15,02% (-46%), respec- mos percentuais de Búzios, ainda como acionista contro-
tivamente. Os valores dos Itapu e Sépia. Quais as impli- ladora, receber também os di-
bônus de assinaturas também cações dessas mudanças para videndos de um Sistema Pe-
foram reduzidos. No caso de a indústria nacional? trobrás ainda mais fortalecido
Atapu, o bônus era de R$ Assim como no primeiro por ter ativos de produção,
13,742 bilhões em 2019 e pas- leilão, os valores pagos a título tais quais Atapu e Sépia? A se-
sou a ser de R$ 4,002 bilhões de compensação à Petrobrás gunda pergunta que fica na
(-71%) em 2021; enquanto em pela infraestrutura já realizada mente daqueles que amam a
Sépia, o bônus era de R$ 22,859 nessas áreas serão devolvidos empresa na qual trabalham e
bilhões e passou a ser de R$ pelos compradores na forma que ajudam a construir dia-
7,138 bilhões (-69%). de custo em óleo, o qual é riamente, é: como pode ser
O conteúdo local que é ainda passível de atualização melhor para a Petrobrás ser
outra forma de se apropriar monetária. O valor da compen- detentora apenas de 30% do
parte da renda petroleira para sação no campo de Atapu foi excedente da Cessão Onerosa
a população brasileira perma- calculado em cerca de US$ em Atapu e Sépia quando
neceu igual ao previsto em 3,253 bilhões, enquanto no antes teria quase 50% do ex-
2019 (para Búzios, Itapu e campo de Sépia foi estimado cedente? Pelo menos dessa vez
Sépia): 25% na construção dos em aproximadamente US$ a atual gestão da Petrobrás
poços, 40% na implantação do 3,200 bilhões. exerceu o direito de preferên-
sistema de coleta e escoamento A primeira pergunta que cia dos 30% nesses campos.
dos campos, e 25% na constru- não quer calar é: como pode Campos gigantes de petróleo
ção das unidades de produção ser melhor economicamente são ativos estratégicos para
definitivas. Mas para Atapu, para a União deixar de receber quaisquer países, mas campos
em 2019 haviam sido previstos por décadas pouco mais de gigantes de grande porte
percentuais de conteúdo local 50% do óleo lucro, caso o con- (Nehring, 1978) são quase su-
de 35% na etapa de exploração trato de partilha fosse mantido pergigantes e representam ati-
e 30% na etapa de desenvolvi- exclusivamente com a Petro- vos ainda mais estratégicos
mento da produção, e agora brás (como previsto na reso- para os países e as empresas
foram determinados os mes- lução do CNPE em 2014) e que os possuem.
Figura 3 – Mapa de Estrutural da acumulação compartilhada pelos campos de Sépia e Sépia Leste (Bispo, 2021).
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Rodadas da Partilha de Produção e do Excedente da
Cessão Onerosa realizadas entre 2013 e 2021
18
OPORTUNIDADES
SGB/CPRM apresenta novos mapas
de geologia e de recursos minerais Foto: Orildo Lima
A GEOPOTIGUAR foi
aberta na noite da se-
gunda-feira, 18/10, no Auditó-
e importante fruto do lança-
mento do Edital do CREA-RN
de apoio às entidades”, o tra-
ticipante da programação, onde
proferiu palestra sobre benefí-
cios, serviços e produtos ofer-
rio do Plenário do CREA-RN. balho realizado pela AGERN tados pela MÚTUA, o diretor
O evento contou com trans- “faz com que o Conselho esteja Alessandro Câmara reafirmou,
missão simultânea pelas redes mais presente e fortalecido já no ato de abertura do evento,
sociais da AGERN e da FE- entre os profissionais”. a disposição de continuar tra-
BRAGEO, no YouTube e no Decisiva para a viabilização balhando para solidificar a par-
Facebook. A solenidade de ins- do I GEOPOTIGUAR, a ceria com a AGERN.
talação teve a participação de MÚTUA também se fez repre- Na mesma direção, destacan-
representantes do Conselho sentar, presencialmente, na so- do a qualidade editorial e grá-
Federal de Engenharia e Agro- lenidade de abertura do evento, fica da revista GEOLOGIA
nomia (CONFEA), do Conse-
lho Regional (CREA-RN) e de
Foto: Arthur Varela
Minicurso
“O Licenciamento Ambiental no Município de Natal”
Realizado na manhã de 19/10, abrindo a programação do se-
gundo dia do I GEOPOTIGUAR, o minicurso “O Licenciamento
Ambiental no Município de Natal” foi ministrado pela geógrafa
Kelly Lima Cunha (IDEMA-RN). Licenciada em Geografia pela
UFRN e Técnica em Geologia e Mineração pelo IFRN, Kelly
possui experiência profissional em gestão e licenciamento am-
biental, com ênfase na área de exploração e produção de petróleo
e gás natural, bem como na assessoria a municípios do RN para
implantação do Sistema Municipal de Meio Ambiente. Os prin-
cipais tópicos abordados por Kelly Lima foram: Políticas de
Meio Ambiente e o Sistema Nacional de Meio Ambiente; Com-
petências Legais e Impacto Local; Fases do Licenciamento e
Procedimentos; e, Emissão da Licença, Fiscalização e Consórcio.
O minicurso teve 27 pessoas inscritas. Kelly Cunha
Palestra I
Tremores de Terra em Território Potiguar: Riscos e Perigos
A palestra de abertura da Sessão Temática “Geofísica e Meio Ambiente”
Foto: Arthur Varela
Mesa-redonda
Revisão do Plano Diretor de Natal
É preciso ampliar e aprofun- noite de 19/10, nas dependên- outras entidades e profissionais
dar o debate da proposta que cias do CREA-RN, em Natal, vinculados ao CREA-RN e,
se encontra tramitando na Câ- e contou com a presença da principalmente, os vereadores
mara Municipal de Natal. Esta presidente da Casa, engenheira natalenses, responsáveis pela
foi a principal conclusão da Ana Adalgisa; do geólogo João deliberação da matéria, estabe-
mesa-redonda “A Revisão do de Deus (AGERN); do verea- leceu-se ao final dos trabalhos,
Plano Diretor de Natal e a Ci- dor Robério Paulino (PSOL- após mais de duas horas de de-
dadania”, integrante da Sessão Natal); e da geógrafa Iracema bates, onde diversas opiniões
Temática “Geofísica e Meio Am- Miranda (UFRN). foram compartilhadas de forma
biente” do I GEOPOTIGUAR. O entendimento de que se democrática e respeitosa pelos
Mediado pela jornalista Jana deve dar continuidade à dis- palestrantes, e também pela as-
Sá, o evento foi realizado na cussão do tema, convidando sistência, presencial e virtual.
27
Foto: Arthur Varela
Palestra I
Contribuições do SGB/CPRM para o Desenvolvimento do Setor Mineral no RN
Ministrada pelo geólogo do SGB/CPRM/NANA, Alan Pereira da Costa, a palestra de abertura
da sessão temática “Pesquisa e Exploração Mineral”, intitulada “Contribuições do SGB/CPRM
para o Desenvolvimento do Setor Mineral no Estado RN”, apresentou um histórico dos
principais trabalhos realizados pela empresa no Estado, citando, ainda, aqueles que estão em
andamento. Entre as produções mais recentes, o geólogo destacou o Informe de Produtos Mi-
nerais do Seridó-Leste e o Mapa de Potencialidades de Rochas Ornamentais. Já, entre os
trabalhos em andamento, com produtos em vias de publicação, o geólogo destacou a atualização
do Mapa Geológico do RN, realizado em parceria com o Governo do Estado; a cartografia dos
recursos minerais das folhas João Câmara e São José do Campestre; e, ainda, a avaliação do
potencial metalogenético de granitos da província mineral do Seridó (PMS).
Palestra II
Materiais Geológicos e Sociedade
Com a preocupação de realçar a presença dos materiais geológicos
no dia-a-dia da atividade humana, favorecendo a compreensão da
importância da Geologia para a sociedade, o geólogo Valdir Silveira,
integrante dos quadros do SGB/CPRM/NANA, proferiu a segunda
palestra da Sessão Temática “Pesquisa e Exploração Mineral”, abor-
dando o tema “Materiais Geológicos e Sociedade: os Recursos Minerais
do RN”. Dividindo o mapa geológico do Estado em duas grandes
porções: uma área de rochas sedimentares, envolvendo a Bacia Po-
tiguar e as coberturas do litoral; e, outra, com rochas cristalinas, des-
tacando-se granitoides, xistos e pegmatitos, Valdir Silveira enumerou,
de forma didática, os principais materiais geológicos provenientes
de cada uma dessas regiões, revelando suas aplicações mais comuns,
desde as mais simples às mais complexas, na indústria, na agricultura,
Valdir Silveira na construção civil e nas comunicações, entre outras áreas.
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Palestra III
Fiscalização do Exercício Profissional na área de GEOMINAS
Gerente de fiscalização do CREA-RN, o engenheiro Heulisson Arruda
foi o responsável pela terceira palestra da Sessão Temática “Pesquisa e
Exploração Mineral”, realizada em 20/10, com o tema “Fiscalização do
Exercício Profissional na Área de GEOMINAS”. Durante a explanação,
Heulisson esclareceu a missão do CREA enquanto órgão fiscalizador da
atividade profissional; revelou a estrutura existente na Gerência, em
termos de recursos humanos e materiais; apresentou os principais tipos
de ações realizadas, envolvendo fiscalizações e diligências; discorreu
sobre o processo de planejamento, com destaque para o papel de-
sempenhado pelas câmaras especializadas; relacionou os principais
desafios da fiscalização na área de GEOMINAS; apresentou as es-
tratégias adotadas em busca de maior eficiência, eficácia e efetivi-
dade; e, finalmente, concluiu com a apresentação de indicadores
de resultados do trabalho realizado nos três últimos anos.
Palestra IV
O Papel do Centro de Tecnologia Mineral para a Mineração do RN e do Brasil
O Centro de Referência em Tecnologia Mineral José Ivam Pereira Leite, localizado em
Currais Novos, na região do Seridó Potiguar, foi o tema da quarta palestra da Sessão Temática
“Pesquisa e Exploração Mineral”, proferida pelo geólogo Alexandre Rocha (IFRN). A instituição,
segundo Alexandre Rocha, surgiu como resultado de uma parceria que envolveu o Governo
do Estado, a UFRN, a UFERSA e o IFRN, cabendo a este último montar a estrutura do em-
preendimento. O nome do Centro é uma homenagem ao professor José Ivam Pereira Leite,
uma das maiores referências em processamento mineral no Brasil, já falecido. De acordo com
Alexandre Rocha, o CT é uma alternativa que tem em vista atender demandas do setor mineral
da região, oferecendo apoio à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação; capacitação
de mão de obra e prestação de serviços; além de apoiar pequenos empreendedores, por meio
de uma incubadora tecnológica.
Palestra V
A Nova Mina de Ouro em Currais Novos/RN
Foto: Cedida
“DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO, PETRÓLEO
E GÁS”
Orildo Lima e Silva
oordenada pelo geólogo Orildo Lima e Silva, presidente da AGERN, a Sessão Temática “De-
Palestra I
Foto: Cicero Oliveira
Palestra II
Uma Empresa de Geologia Genuinamente Potiguar
Membro da JG Petróleo, o geólogo João Augusto de Oliveira Cunha foi o responsável pela
segunda palestra da Sessão Temática “Desenvolvimento Tecnológico, Petróleo e Gás”, realizada
em 21/10. Ao geólogo, coube a apresentação da JG Petróleo – uma empresa genuinamente po-
tiguar, enfocando as experiências e as novidades tecnológicas por ela introduzidas no trabalho
de acompanhamento geológico de poços de petróleo, água e gás. Segundo João Augusto, o
acompanhamento é uma atividade essencial que tem por objetivo realizar um registro detalhado
do poço, por meio da análise dos fragmentos de rocha que são trazidos à superfície. Após
descrever os procedimentos adotados pela empresa nas fases de perfuração, coleta, identificação
de evidências de hidrocarbonetos, acondicionamento e armazenamento de amostras, o geólogo
apresentou as inovações introduzidas pela JG Petróleo: o Painel Litológico, que permite
consultar amostras em qualquer hora e lugar; e o Carangolight, uma nova forma de identificar
evidências de óleo nas amostras.
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Palestra III
O Futuro da Exploração e Produção de Petróleo na Bacia Potiguar
A terceira e última palestra da Sessão Temática “Desenvolvimento
Foto: Cedida
Mesa-redonda
O Papel da Petrobrás para o Desenvolvimento do RN
Para falar sobre “O Papel da Petrobrás Operadora para o Desenvolvimento do RN” a orga-
nização do I GEOPOTIGUAR convidou o senador Jean Paul Prates (PT-RN), coordenador da
Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobrás; o geólogo Guilherme Estrella, ex-diretor
de Exploração & Produção da Petrobrás (2003-2012); e o geólogo Ricardo Latge, diretor Insti-
tucional do Clube de Engenharia do RJ, para atuar como mediador, ao lado do presidente da
AGERN, geólogo Orildo Lima. O evento foi realizado na noite de 21/10, e encerrou a Sessão
Temática “Desenvolvimento Tecnológico, Petróleo e Gás”.
exploração, produção e refi- se lute; que se prolongue a con- leira, a gestão dos setores es-
no, passando por transporte, secução desses objetivos”. E tratégicos da nossa economia
distribuição, comercializa- acrescenta: “Temos que pensar é questão de soberania. Temos
ção, tanto de combustíveis lí- em como vamos retomar esses que buscar uma gestão nacio-
quidos como de combustí- ativos, recompor o sistema Pe- nalista, voltada para os interes-
veis gasosos, nos gasodutos, trobrás, integrado, para, aí sim, ses do povo, com liberdade de
unidades petroquímicas, de o título dessa mesa-redonda ação na nossa empresa. Ou nós
geração térmica, nos biocom- “O papel da Petrobrás Opera- partimos para a recuperação
bustíveis, enfim: em todo um dora para o desenvolvimento da soberania nacional ou sere-
sistema que havia sido cons- do RN” – e não só do RN, mos uma colônia nas próximas
truído”. poder ser trabalhado”. décadas desse século”.
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SESSÃO TEMÁTICA
“GESTÃO DE RECURSOS
HÍDRICOS”
ob a coordenação da geóloga e conselheira da AGERN, Isa-
Minicurso
Processos de Outorga de Poços de Águas Subterrâneas no RN
Ministrado pelo coordenador de Gestão Operacional do
Instituto de Gestão de Águas do RN – IGARN, engenheiro
civil Antônio Righetto, pelo hidrogeólogo André Viana e
pela gestora ambiental Radimilla Avelino, ambos bolsistas
de pesquisa do Instituto, o minicurso “Processos de Outorga
de Poços de Águas Subter-
rânea no RN” foi realizado
na manhã de 22/10, contan-
do com a participação de 25
inscritos.
O conteúdo abordou a
gestão dos recursos hídricos
André Viana subterrâneos no RN, desde
a base legal, passando pelos
requisitos exigidos nos requerimentos, correlacionados à
demanda dos usuários, disponibilidade hídrica e caracte-
rísticas geológicas das diferentes regiões do Estado, a fim
de se demonstrar suas diferenças e aplicações, que implicam
no tipo de outorga de uso dos recursos e de licenciamento
de obra hidráulica emitidos pelo IGARN. Radimilla Avelino
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Palestra I
O IGARN e a Gestão das Águas no RN
Diretor-presidente do Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande
do Norte - IGARN, o engenheiro agrônomo Auricélio Costa proferiu a
primeira palestra da Sessão Temática “Gestão de Recursos Hídricos”,
intitulada “O IGARN e a Gestão das Águas no RN”. Alertando
para a vigência de uma crise hídrica no Brasil e no mundo, Auricélio
Costa apresentou um panorama de atividades, ressaltando o
papel dos órgãos gestores, dos conselhos de recursos hídricos e,
principalmente, dos comitês de bacia hidrográfica, onde, se-
gundo ele, a gestão do uso da água se dá, na prática. Especi-
ficamente com relação ao IGARN, o diretor-presidente apre-
sentou a missão e a estrutura da instituição, e descreveu
suas principais ações, destacando a fiscalização de barra-
gens e de reservatórios, com monitoramento de volumes
e da qualidade da água; a concessão de licenças e outorgas;
e o apoio aos Comitês de Bacias Hidrográficas.
Palestra II
Recursos Hídricos no RN: desafios e oportunidades
Geólogo lotado na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do RN -
SEMARH, Paulo Varella foi o responsável pela segunda palestra da Sessão Temática sobre “Gestão
de Recursos Hídricos”, com o tema “Recursos Hídricos no RN, Desafios e Oportunidades”. Abor-
dando o papel da água como recurso indispensável ao desenvolvimento social, econômico e am-
biental, Paulo Varella, que também é presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica Piancó-Pira-
nhas-Açu, ressaltou a necessidade de gestão integrada envolvendo oferta e demanda de água na
cidade no campo, além de investimentos em infraestrutura e fortalecimento da institucionalidade.
Para Paulo Varella, essa agenda é requisito, principalmente no semiárido, para que se possa
superar a etapa de gestão de crises, avançando para a gestão de riscos, proporcionando segurança
hídrica para o bem-estar social e o desenvolvimento econômico.
Palestra III
O Novo Marco Legal do Saneamento e as Unidades
Microrregionais de Saneamento Básico
A última palestra da Sessão Temática sobre “Gestão de Recursos Hídricos”,
encerrando a programação técnica do I GEOPOTIGUAR, ficou a cargo do en-
genheiro sanitarista Sérgio Pinheiro, pertencente aos quadros da Secretaria de
Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH. Com o tema
“O Novo Marco Legal do Saneamento Básico e as Unidades Microrregionais
de Saneamento Básico do RN”, Sérgio Pinheiro destacou aspectos da Lei
14.026/2020, que atualiza o marco legal do saneamento básico no Brasil, e a Lei
Complementar Estadual 682/2021, que define a regionalização da prestação
de serviços de abastecimento d’água e esgotamento sanitário, desenhando
o sistema de governança com a instituição de colegiados microrregionais,
comitês técnicos e conselhos participativos, além de prever a criação
de autarquias com a função de secretarias executivas responsáveis
pelo provimento do suporte administrativo à gestão.
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ENCERRAMENTO
Congratulações, agradecimentos
e homenagens marcam a
conclusão dos trabalhos
Marcada por vibrantes saudações,
homenagens e agradecimentos, a sole-
nidade de encerramento do I GEOPO-
TIGUAR, transcorrida na noite de 22/10,
atestou a organização de um evento
plenamente exitoso, que já aponta para
a necessidade de continuidade, com a
promoção de novas edições. A mesa
virtual que comandou o ato foi com-
posta pela geóloga Marjorie Nolasco
(CONFEA-CREA); pelo geólogo Ricardo
Latge (FEBRAGEO); pelo engenheiro
agrônomo Auricélio Costa (IGARN);
pelo engenheiro de petróleo William
Maribondo (AEPET-NS); e pelos geó-
logos Isalúcia Cavalcanti, Eugênio Pa-
celli e Orildo Lima (AGERN).
Enaltecendo a iniciativa, os representantes de entidades e instituições parceiras saudaram
a Diretoria da AGERN, destacando a qualidade e a diversidade temática da programação, que
contou com conteúdos relacionados à geofísica e meio ambiente; pesquisa e exploração mineral;
desenvolvimento tecnológico, petróleo e gás; e gestão de recursos hídricos. Como reflexo, o I
GEOPOTIGUAR recebeu inscrições de profissionais atuantes em diversas áreas, lotados em
dezenas de empresas (estatais, públicas e privadas), além de estudantes de cursos técnicos e
de graduação de instituições do RN e de estados vizinhos.
Homenagem
Ao final dos trabalhos,
ratificando a disposição
da AGERN em contribuir
para tornar o
conhecimento geológico
mais acessível à
sociedade, o presidente da
entidade, Orildo Lima,
reverenciou a memória do
geólogo Lúcio José
Cavalcanti, fundador e
ex-presidente da AGERN,
representado no evento
pela conselheira da
AGERN e filha de Lúcio
Cavalcanti, a geóloga
Isalúcia Cavalcanti.
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