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BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MoçAMBIQUE
Q
3 SUPLEMENTO
AImGOZl> Lei••••
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aprollelllllllUtrofatelll'a
a~ ao 1lsUldo e soas ItlStll\UÇ&s
l\ gratwto.quando se.destma
de 1 de 0utu1itlI
di da visão global e integrada do ambiente, como um g) scrvircolllO forode resolução de diferendos ínstitucionais
conjunto de ecossistemas interdependentes, naturais e relacionados com a utilização e gestão de recursos
naturais;
construídos, quedevem ser geridos de maneiraamanter
h) exercer as demais funções que lhe forem cometidas pela
o seu equilíbrio funcional sem exceder os seus limites
presente Lei e pela demais legislação ambiental.
intrínsecos;
e) da ampla participação dos cidadãos, como aspecto crucial 4. A composição e o funcionamento do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Sustentável são regulados por decreto do
da execução do Programa Nacional de Gestão Conselho de Ministros.
Ambiental; ARTIGO 7
f) da igualdade, que garante oportunidades iguais de acesso
(61Jãos locais)
e uso de recursos naturais a homens e mulheres;
g) da responsabilização, com base na qual quem polui ou de A nível local são criados scrviçosresponsáveispclaimplementação
da presente Lei. os quais garantem a coordenação da acção
qualquer outra fontía degrada o ambiente, tem sempre
ambiental a esse nível e a descentralização na sua execução, de
a obrigação de reparar ou compen_ -os danos da( modo a permitir um aproveitamento adequado das iniciativas e
decorrentes; conhecimentos locais.
h) da cooperação internacional, para a obtenção de soluções ARTIGO 8
harmoniosas dos problemas ambientais, reconhecidas (PartIcipação púbUca na gestão do ambiente)
que são as suas dimensões transfronteiriças e globais.
á obrigação do Governo criar mecanismos adequados ~ara
envolver os diversos sectores da sociedade civil, comunidádes
CAPiTuLou locais, em particular as associações de defesa do ambiente, na
elaboração de políticas e legislação relativa iigestão dos recursos
6RGÃOS DE
, GESTÃO AMBIENTAL naturais do país, assim como no desenvolvimento das actividades
ARTIGOS de implementação do Programa Nacional de Gestão Ambiental.
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2()()"·(22) I SÉRIE - NÚMERO 40
permanentes de defesa e valorizaçlio. com o envolvimento estruturas nas áreas que circundam as rodovias, as ferrovias, as
adequado das comunidades, em particular as associações de barragens, os portos e aeroportos, entre outros, de modo a que se
defesa ,do ambiente. nlio prejudique o seu funcionamento, a sua possibilidade de
ARTIGO 12 expanslio, assim como a harmonia da paisagem.
(Protecção da bill4lversldade)
CAPITULO V
1. Slio proibidas todas as actividades que atentem contra a
conservação, reprodução, qualidade e quantidade dos recursos PREVENÇÃO DE DANOS AMBijl:NTAlS
biolõgicos, especialmente os ameeçados de extinção, ARTIGO IS
2. O Governo deve assegurar que sej8lll tomadas medidas
adequadas com vista à: (Llcenclamento , llIl1blental)
Q) manutençlio e regeneração de espécies animais, L O Iic!enciamento e o registo das actividades que, pela sua
recuperaçlio de habitats danificados e cnação de novos natureza,localizaçliooudimenslio, sejamsusceptíveis de provocar
habitats, controlando-se especialmente as actividades impactos significativos sobre o ambiente, .slo feitos de acordo
ou o uso de substAncias susceptíveis de prejudicar as com o regime a estabelecer pelo governo, por reglllaplento
espéoies faunlsticas e os seus habitats; específico.
b) prQtecçlio espllCiaJ das espécies vegetais ameaçadas de 2. A emisslioda licença ambíental'é baseada numa avaliação do
extinçlio ou dos eXlllllp)8I'OSbotânlcos, isolados ou em impacto ambiental da proposta de actividade e precede-a emissão
"pipo que, pelo seu potencial genético, porte, idade, de quaisquer outras licenças leg~mente exigidas para cada caso,
'tarldade, valor científico e cultural, o exijam.
ARTIGO 16
ARTIGO 13
(Avaliação do Impacto ambientaI)
(Áreas de protecçio'amblental) " ,
I.A avaliaçlio do impacto ambienlflltem como base um estudo
1.A fimde assegutarapl'0tecçlioe p~açliodos componentes de impacto ambiental,a sé!' realizado por entidades credenciadas
ambientais, bem como a mlU\utençijj) e melhoria de ecossistemas
pelo Governo,
de reconhecido valor ecçlõgíco e sõcío-econõmíco, o governo
2. Os moldes da avaliação do impacto ambiental para cada
estabelece áreas de protoCçÀoambientáí devidamente sinalizadas.
caso, assim como • demais fonna1idades, sio indicados em
2. As áreas protegidas podem ter Ambilo llacillmal, regional,
legislaçlio espeçífic~.
local ou ainliaintêrnaclonal, consoante os Interesses que procuram
salv.gv.81'd4r e podem abrllDger áreas terrestres, águas lacustres, ARTIOO 17
fluv.iais aI! IIl8Óti_ e ouJr8S wnl\S oatl\l'll,is,distin/8S. '(Conteúdo mínimo dO'estudo do Impacto amblental~
'3, Al.soáteasde protecçlio ambiental slio subtnetidas a medidas
O estudo do impacto ambiental compreende, no mínimo, a
de clll8sificaçlio, conSCl'Vaçlio e fiscalizaçlio, as quais devem ter
informaçlio seguinte ;
sempre- em consideração' a necessidade de preservaçlio da
biodiversidade, assim como dos valores de ordem social, Q) resumo não técnico do projectol
económica, cultural, científica e plliSllgística. b) descrição da actividade a desenvolver;
4. As medídes referidas nç nümero anterior devem incluir a c) situação ambiental do local de implantaçlio da actividade;
indicação das aetívídades perinitidas ou proibidas no interior das ti) modificações que a actividade provoca nos diferentes
áreas protegidas e nos seus atredores, assim como a indicaçlio do componentes ambientais existentes no local;
papel das comunidades locais na gestão destas áreas. e) medidas previstas para suprimir ou reduzif os efeitos
negallvos daectívidade sobre a qualidade do ambiente;
ARTIGO 14 f) sistemas previstos pata o controlo e monitorizaçlio da
(1mplantaçlio de Infra,estruturas) actividade.
ARTIGO !l\
I. Éproibida a implantaçlio de infraestruturas habitacionais ou
para outro fím que, pela sua dimensão, natureza ou localizaçlio, (A1Iditoriaa ambientais)
°
provoquem um Impacto negativo significativo sobre ambiente,
1. Todas as actividades queãdatadaentradaem vigor desta Lei
o mesmo se aplicando à deposíção de lixos ou materiais usados.
te encontrom oro funcionamento sem a aplicaçlio de tecnologias
2, A proíbição inserida no nümero anterior aplica. se
ou processos apropriados e, por consequência disse, resultem ou
especialmente à zona costeira, às zonas ameaçadas de erosão ou
desertificação, às zonas hl1midas, às áreas de protecção ambiental possamresultarenl danos !'III'80ambiente, 8lioobjectodeauditorias
e a outras zonas ecclogícamente sonsíve!s. ambientais.
3. São estabelecidas por regulamento as normas para a 2. Os custos decorrentes da reparaçlio dos danos ambientais
implantaçlio de infra-estruturas nas áreas referidas no mlmero eventualmontecon8tatadl'S pela auditoria s,o daresponsabilidade
anterior. É igualmente regulamentada a implantaçlio de infra· dos empreendedores.
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