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EMPODERAMENTO FEMININO

Geisi Graziane Goularte Antonello2


Maria Tereza Andreola3

RESUMO

As mulheres vem ocupando diversos espaços na sociedade, mas ainda existem barreiras. Muitas
vezes estas barreiras não são somente externas, mas impostas por elas mesmas, de forma
inconsciente. Neste artigo enfoca-se a análise de mulheres que buscaram aprofundar seus
conhecimentos em Ontopsicologia, em nível de pós-graduação no Brasil e a correlação com o
empoderamento feminino. Tendo como objetivo identificar quais foram os resultados obtidos pelas
mulheres após aprofundar seus estudos em Ontopsicologia, foi realizada uma pesquisa descritiva,
com abordagem qualitativa, no período de outubro de 2018 a março de 2019, envolvendo uma
amostra de 49 participantes. Foi possível concluir que as mulheres que buscam aprofundar o
conhecimento em Ontopsicologia foram suscitadas ao processo de terapia de autenticação.
Obtiveram ganhos não apenas como profissionais, mas também em sua vida particular a partir da
práxis desta teoria. Foram verificados índices significativos no âmbito da saúde e bem estar,
autonomia econômica, autonomia psicológica, autonomia moral e empreendedorismo. São mulheres
que tem consciência de seu potencial natural e buscam sempre aprimora-lo. São mulheres que
tendem a serem empoderadas, que tem ciência de seu próprio poder e buscam ir avante em suas
vidas.

Palavras-chave: Ontopsicologia. Metanóia. Empoderamento feminino. Psicologia feminina.

ABSTRACT

Women have been occupying diverse spaces in society, but there are still barriers. Often these
barriers are not only external but imposed by them, unconsciously. This article focuses on the analysis
of women who sought to deepen their knowledge in Ontopsychology, at postgraduate level in Brazil
and the correlation with female empowerment. The aim of this study was to identify the results
obtained by women after deepening their studies in Ontopsychology. A descriptive study with a
qualitative approach was carried out from October 2018 to March 2019, involving a sample of 49
participants. It was possible to conclude that the women who seek to deepen the knowledge in
Ontopsychology were raised to the process of authentication therapy. They obtained gains not only as
professionals, but also in their private life from the praxis of this theory. Significant rates of health and

1
Trabalho de Conclusão apresentado ao curso de Pós-graduação MBA BUSINESS INTUITION –
Identidade Empresarial – AMF como requisito obtenção do título de Pós-graduação.
2
Aluna do Curso MBA Business Intuition – Identidade Empresarial, Bacharel em Arquivologia pela
UFSM/RS. Email: graantonello@gmail.com
3
Orientadora, Professora do Curso MBA Business Intuition – Identidade Empresarial, Mestra em
Ciências da Saúde pela UNISUL/SC. Email: mtandreola@uol.com.br
2

welfare, economic autonomy, psychological autonomy, moral autonomy and entrepreneurship were
verified. They are women who are aware of their natural potential and always seek to improve it. They
are women who tend to be empowered, aware of their own power, and seek to move forward in their
lives.

Keywords: Ontopsychology. Metanóia. Female Empowerment. Women's Psychology.

1 INTRODUÇÃO

A mulher vem ocupando diversos espaços na sociedade, na educação, na


economia, na política e onde mais ela quiser e se sentir apta a desenvolver seu
potencial. Encontrando incentivos nos mais diversos formatos em que as mulheres
são encorajadas a buscar novos horizontes e serem mais protagonistas no sentido
de consciência de seus direitos, maior participação em tomar decisões que sejam
importantes para o futuro da sociedade.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)4 publicou uma notícia
relatando que mesmo trabalhando mais horas por semana, com um nível
educacional mais elevado, combinando trabalhos remunerados, afazeres
domésticos e cuidados de pessoas; as mulheres ainda ganham, em média, 76,5%
do rendimento dos homens. Nesse sentido, a ONU Mulheres vem incentivando e
promovendo ações sociais que consistem no posicionamento das mulheres em
todos os campos sociais, políticos e econômicos.
De fato, atualmente ainda existe uma cultura secular baseada em frustração
social motivada por um estado de inferioridade social, histórica e econômica das
mulheres (MENEGHETTI, 2013a). Porém muitas barreiras não são somente
externas, mas principalmente, muitas vezes impostas pelas próprias mulheres, por
desconhecimento de seu potencial de natureza.
A barreira existente entre o potencial da mulher e sua colocação social vem
sendo trabalhado, mas ainda existe muito a ser explorado. Os incentivos e

4
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Mulher estuda mais, trabalha mais e ganha menos
do que o homem. Disponível em < https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-
agencia-de-noticias/noticias/20234-mulher-estuda-mais-trabalha-mais-e-ganha-menos-do-que-o-
homem>. Acesso em: 04 de novembro de 2018.
3

encorajamentos vêm para sensibilizar as mulheres de seu próprio potencial e poder,


ou seja, ter consciência e atuar o poder que se tem e se é. Empoderar mulheres,
através de sua identidade, traz benefícios em todas as esferas da vida (individual,
econômica, social e política); ao desenvolverem atividades sociais e da economia
estão garantindo o efetivo fortalecimento das economias, o impulsionando negócios,
a melhoria da qualidade de vida de mulheres, homens e crianças, e para o
desenvolvimento sustentável.
Para que a mulher se empodere, ela deve se responsabilizar e assumir em
primeira pessoa a própria história, isto é, conhecer a sua própria identidade é um
dos caminhos para o empoderamento.
Tendo isto como base, o presente artigo busca responder o seguinte
questionamento: Quais são os resultados obtidos pelas mulheres que estudam
Ontopsicologia em nível de pós- graduação no Brasil? O estudo desta ciência pode
impulsionar a necessidade do autoconhecimento?
O presente trabalho se justifica pela incipiência de pesquisa na correlação
entre a busca de aprofundamento de conhecimento em Ontopsicologia com o
autoconhecimento. Em especial, a busca pelo estudo da ciência, em nível de pós-
graduação, e o autoconhecimento através da metodologia ontopsicológica no Brasil
por mulheres que buscam maximizar seus resultados.
Pretende-se, como objetivo geral identificar quais foram os resultados obtidos
pelas mulheres após aprofundar seus estudos em Ontopsicologia, em nível de pós-
graduação no Brasil.
Como objetivo específico, pretende-se caracterizar a mulher que busca o
conhecimento em Ontopsicologia em nível de pós- graduação; especificar a
motivação que levou as mulheres a buscar um curso de pós – graduação com
ênfase em Ontopsicologia; identificar a percepção das mulheres sobre os principais
avanços que obtiveram após terem este conhecimento.
O suporte teórico de base, que possibilita refletir sobre os objetivos
apresentados e sobre os fundamentos conceituais e instrumentais, tem como
referência principal a obra de Antônio Meneghetti.
O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva, com a
abordagem qualitativa.
4

Para facilitar a compreensão, o artigo está assim estruturado: uma breve


contextualização sobre empoderamento feminino, desenvolvimento do potencial da
mulher e metanóia, cursos de pós-graduação com ênfase em Ontopsicologia,
metodologia do estudo, apresentação dos dados da pesquisa e analise de
resultados.

2 EMPODERAMENTO FEMININO E A ONTOPSICOLOGIA

2.1 BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE O EMPODERAMENTO FEMININO

Para melhor elucidar vamos trazer o conceito de empoderamento usado pela


Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento das
Mulheres (ONU Mulheres)5, onde foi desenvolvida uma lista com sete princípios
básicos do empoderamento feminino no âmbito social e profissional, sendo eles:
estabelecer liderança corporativa de alto nível para a igualdade de gênero; tratar
todos os homens e mulheres de forma justa no trabalho – respeitar e apoiar os
direitos humanos e a não discriminação; garantir a saúde, a segurança e o bem
estar de todos os trabalhadores e as trabalhadoras; promover a educação, a
formação e o desenvolvimento profissional das mulheres; implementar o
desenvolvimento empresarial e as práticas da cadeia de suprimentos e de marketing
que empoderem as mulheres; promover a igualdade através de iniciativas e defesa
comunitária; mediar e publicar os progressos para alcançar a igualdade de gênero.
Os sete pontos trazem os aspectos de formação profissional, não
descriminação, igualdade de gênero, empreendedorismo, saúde, segurança e bem
estar no trabalho; estes por sua vez podem instigam o poder em cada mulher,
tornando- as cada vez mais fortes e empoderadas, em seu ambiente social,
econômico e político. Sensibilizar a população sobre estes temas é importante, pois
por mais que as mulheres já tenham avançado ainda existem discrepâncias

5
ONU Mulheres. Princípios de empoderamento das mulheres. Disponível em:
<http://www.onumulheres.org.br/wp-
content/uploads/2016/04/cartilha_ONU_Mulheres_Nov2017_digital.pdf>.Acesso em: 7 de dezembro
de 2018.
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relevantes no cenário mundial. Esta abordagem de sensibilização pelo coletivo surte


efeitos, mas em pequenas escalas; porque mesmo em situação desfavorável a
mulher pode não se sentir tocada pela campanha da ONU, e não conseguir ver seu
poder e potencial.
Para que haja uma compreensão do que se busca com este artigo, a
delimitação do empoderamento feminino se faz necessária, pois há diversas
colocações sobre o tema. Nesta pesquisa se busca o empoderamento feminino pela
maximização dos pontos força da mulher. Não como forma de replicação do
masculino, como coloca Alvarez6:

Muitas mulheres em plena ascensão de carreira profissional, mulheres em


cargos de chefia, conquistando seu espaço no mundo. Mas... em sua grande
maioria, repetindo o mesmo padrão masculino que tanto criticamos, o mesmo
autoritarismo, as mesmas arbitrariedades. É esse o empoderamento que
queremos?

A mulher quer o poder, mas não consegue em sua plenitude; porque copia o
homem, ou entra em ambivalência com seus próprios valores éticos e morais,
Meneghetti (2013a, p.128) reforça que: “A mulher quer comandar, mas quando
chega a comandar copia o homem e é fiel á tradição que sempre teve até aquele
dia. É como se não fosse capaz de encontrar a sua identidade (...).” De fato, muitas
vezes as mulheres tendem a reproduzir os comportamentos porque foram
condicionadas a este tipo de educação, mas a mulher é capaz sim de encontrar sua
identidade, se ela quiser.
O “querer” e a constante coerência sobre o que se quer é algo muito
importante quando se fala em empoderamento feminino, será que a mulher quer
esta responsabilidade para si? Meneghetti (2013a, p. 129) coloca que:

O erro fundamental que a mulher comete é que compreende todas as


situações, atua um exercício crítico de conhecimento superior, mas não
decide, não coloca o ato da vontade e da coerência. Em certo momento é
preciso impostar uma responsabilidade em coerência: se você quer uma vida
excepcional, deve usar coerência excepcional. Ela é implicitamente cúmplice
da sua desgraça, porque imposta sempre uma personalidade ambivalente

6
ALVAREZ, Mani. Empoderamento “A visão transpessoal do ‘empoderamento’ como o
primeiro passo para uma mudança de paradigma”. Disponível em: https://blob.contato.io/machine-
files/download-73236-ebook-%20empoderamento-2035869.pdf. Acesso em: 09 de dezembro de
2018.
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que determina o estado confusional. Existe uma forma de convencionalismo


pelo qual a mulher erra contra si mesma. Mesmo se age extremamente para
ser obediente a uma moral, a uma educação sadia, a princípios correntes da
sociedade, definitivamente é ela que escolhe e que causa o princípio da
doença contra si mesma. O mal é vivido não porque procurado pelos outros,
mas enquanto escolhido inconscientemente pelo próprio sujeito que o sofre:
são escolhidos alguns modos de vida que, para a sociedade, podem parecer
saudáveis, mas para a lei profunda da vida são formas de morte.

Este artigo pretende trabalhar o empoderamento no que diz respeito à


responsabilidade da mulher em agir em primeira pessoa em sua tomada de
decisões. A responsabilização da mulher foi tratada por Barbieri; Schuch; Andreola;
Panceri (2011) quando expõem que: “Vale dizer que está exclusivamente nas mãos
das mulheres a responsabilidade e o dever de conquistar sua autonomia, tanto a
nível individual e econômico, como social e político.” Esta autonomia sugerida pelas
autoras vem de encontro ao empoderamento sugerido por este artigo, pois um dos
aspectos relevantes sobre o tema é como a mulher age em nível individual,
econômico, social e político.
Ser autônomo é ter domínio sobre: sua saúde, sua profissão, seu dinheiro,
sua mente, sua posição social e como você age dentro dela. Não é uma tarefa
simples, porém necessária para termos liberdade. Exercer cada esfera destas com
plenitude traz o primado. Meneghetti (2013b, p. 161) diz que “tudo isso nasce da
inteligência que a vida fez em todas as suas individuações: faz parte do nosso
egoísmo como amar e fazer o bem a si mesmo.” Fazer o bem a si mesmo nada mais
é do que ter consciência de sua identidade, de seu poder e saber como agir com
eles.
O empoderamento feminino está correlacionado com a consciência do
potencial essencial da mulher, e consequentemente a capacidade de agir com tal
potencial. “Eu insisto sobre o poder porque a grandeza, a dignidade, o crescimento,
a resposta à criação, a colaboração com a vida, se tem somente no âmbito da
liberdade, mas a liberdade deve ser conquistada.” (MENEGHETTI, 2013a, p. 110)
Quando conquistamos a liberdade é quando conhecemos a nós mesmos e nos
desenvolvemos enquanto indivíduos. Meneghetti esclarece, “quando falo de poder,
entendo a liberdade de existir e de ser, apesar dos problemas.” (MENEGHETTI,
2016, p. 203). Nesse sentido o poder está relacionado à liberdade de existir
enquanto seres sociais sempre em conformidade com o Em Si ôntico do qual a partir
7

desse pode-se com inteligência enfrentar as possíveis e inevitáveis dificuldades


sociais.

2.2 DESENVOLVIMENTOS DO POTENCIAL DA MULHER E METANÓIA

A mulher possui uma grande carga vital, e isso emana ao seu redor,
Meneghetti (2013a, p. 111) diz que a mulher “começa a emanar um fermento que dá
galhardia e que incentiva: é uma geradora de motivação e de ação.” Mas não saber
administrar esta carga vital pode ser destrutivo para ela mesma. Deixar-se levar
apenas pelos padrões rígidos da moral social, pode reprimir este instinto vital. Ou
ainda deixar-se cair em ambivalência, com o velho pensamento “eu quero, mas”...
Não é correto, não é um comportamento aprovado pela minha família... Tantas
possibilidades, tantas consequências, tantas ponderações que acabam deixando a
pessoa sem ação. E no final não se ganha, apenas vê tudo passar diante de si.
Para não deixar a vida passar e as oportunidades se esvaírem, a mulher deve
buscar desenvolver seu real potencial, tendo coerência de suas decisões.
Meneghetti (2013a, p.111) coloca que “Para ser grande, ela deve compreender que
possui um estilo próprio, uma emoção própria (...). A fim de que seja capaz de gerir
esse seu poder deve, primeiro, compreender profundamente a si mesma.” Conhecer
seu inconsciente, ter ciência de seu projeto de natureza, seus pontos fracos e
pontos fortes é importante para o desenvolvimento enquanto pessoa. Onde se busca
identificar: o erro, a razão para o erro, onde se esta acertando, qual é o real
potencial que tem, quais pontos positivos que podem ser maximizados e se sugere
uma vigília constante para as decisões sejam tomadas de maneira funcionais para o
estado em que se encontra a mulher.
É uma mudança de olhar sobre si, de uma forma positiva, direcionada ao seu
projeto original, a fim de conhecermos a própria identidade e conquistar a liberdade
interior. A metanóia é permitir novas visões de si mesmo com criatividade dinâmica e
idônea. Vale lembrar que Meneghetti (2012) descreve o seu significado de metanóia
como:

Variação radical do comportamento para identifica-lo à intencionalidade do


Em Si. Reorganização em evolução progressiva de todos os modelos mentais
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e comportamentais. A sua essência é o desinvestir-se continuamente do


passado e o construir-se sobre a funcionalidade imediata do sujeito aqui e
agora, segundo a seleção do Eu a priori. Com esse termo, a Ontopsicologia
entende uma mudança do piloto Eu: substituir o Eu formado pela doxa por
aquele Eu sublimado pela intencionalidade do Em Si ôntico. (p. 172)

Esta variação de comportamento é quando o sujeito sai do ciclo biológico, que


é composto por seguir os comportamentos socialmente exigidos, onde se preza
pelas aparências e posses, do que pelo crescimento interior. O crescimento interior
se dá no momento em que o sujeito começa a visualizar as possibilidades de
mudança, ao identificar seus hábitos, complexos, estereótipos, ele percebe que tem
a capacidade de muda-los e tende a superar seus limites. Para se alcançar o
crescimento interior se faz necessário o conhecimento do Em Si ôntico, que
Meneghetti (2013b, p. 39) define como “... projeto base de natureza que constitui o
ser humano. Por ‘projeto’, entende-se um modo de ação, um protótipo que se faz de
racionalidade a todo o contexto”.
O Em Si ôntico aparece como uma identidade una (completa em si mesmo) e
distinta de todo o resto. Sendo “... uma específica e individuada identidade de
natureza, tem um comportamento específico, que é igual à própria essência, ou seja,
deve ser vantajoso à identidade que ele próprio é. (MENEGHETTI, 2013b, p. 40)
Suas escolhas são baseadas na utilidade, escolhendo “... aquilo que é congruente à
própria subsistência, para manter a própria identidade de modo progressivamente
vantajoso” (MENEGHETTI, 2013b, p. 40). O Em Si ôntico sempre intenciona o que é
útil e funcional para si no momento presente.
Conhecer o Em Si ôntico fidedignamente não é uma tarefa simples e rápida, é
necessária a ajuda de um profissional, que tende a facilitar este contínuo processo.
Torna-se possível identificar quando a consciência ou o Eu muitas vezes impede a
leitura do que é útil e funcional. De acordo com Meneghetti (2010):

A consultoria de autenticação é um ajuste a como ser atos formais no interior


do ciclo psíquico. Essa, primeiro dá a compreensão do estado asfixiante,
depois a compreensão do potencial bloqueado e – em acordo consciente com
o cliente – ab-reage alguns códigos, inserido outros mais abertos e
progressivos. Depois de aproximadamente três anos de entrevistas ou
instruções vividas, o cliente inteligente e ativo aprende a arte de ser mestre
de si mesmo, reformando em evolução todos os modelos de comportamento.
(p. 264)
9

Com o passar das consultorias de autenticação a pessoa começa a se


conhecer e desenvolver a capacidade de identificar os comportamentos que tendem
a se repetir em sua vida, que pode estagnar seu crescimento. É uma relação
intimamente relacionada com a capacidade que se tem em permitir-se estar
disponível para o novo e superar estereótipos, relativizando as situações e objetos.
Isso torna o humano mais criativo, aberto a mudança e a evolução em todos os
campos em que decidir atuar. Meneghetti (2010) complementa colocando que:

A estratégia da metanoia é o constante colocar-se em uma transcendência


das próprias chegadas. Isso constitui o poder de ser mais: cada chegada para
iniciar um mais ser. Essa estratégia é um refazer em funcionalidade
progressiva novos modelos, para ser sempre mediador do máximo sentido
possível no dado histórico. (p. 271)

Em todos os momentos nos mantermos mais ativos, independente do


contexto. Relativizando as informações que nos cerca. Uma mente sem verdades
absolutas tende a evolução. Esta evolução por sua vez, é uma oportunidade de
maximização do poder interior.
Quando se atinge com consciência este poder interior, é possível colher o
estado de graça. Um momento que todas as decisões são tomadas com um escopo
superior a serviço da vida onde sempre se obtém o sucesso como resultado. Para
complementar este conceito Meneghetti (2013a, p. 276) expõem que “A graça é uma
luz que não sai para fora, mas que atravessa a partir de dentro, o carisma é
erotismo e, no fim, aquela pessoa parece uma encarnação de intensa espiritualidade
de outros mundos.”
Se sentir em estado de graça é quando damos o nosso melhor. A mente e o
corpo andam em perfeita sincronia. É um momento onde atraímos e emanamos o
que há de mais belo na vida. O que há de mais belo em nossa identidade. Mas não
é um estado perpetuo, após se atingir este estado deve-se continuamente se
aprimorar por meio de constante revisão da consciência. Meneghetti (2013a) ainda
ressalta que é uma atitude de contínua ação, administração e responsabilidade que
constrói a plenitude da alma com a pessoa.
A teoria ontopsicológica traz descobertas exclusivas e inovadoras, de grande
contribuição para o humano, tanto em sua ação existencial individual como de
evolução social. Para quem deseja se aprofundar nesta teoria interdisciplinar
10

algumas instituições oferecem cursos de formação. Neste artigo iremos nos ater aos
cursos oferecidos em nível de pós-graduação com ênfase em Ontopsicologia no
Brasil.

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2.3 CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO COM ÊNFASE EM ONTOPSICOLOGIA

Os cursos são desenvolvidos pela Formação Ontopsicológica Interdisciplinar


Liderística (FOIL), uma empresa fundada para atender as necessidades da
consultoria empresarial e formação continuada para quem deseja tornarem-se líder.
A FOIL utiliza as ferramentas descobertas pela ciência ontopsicológica, na
qual, o líder é capaz de colher a intuição inconsciente, aplicá-la de modo eficiente e
protegê-la das informações externas. Dando assim, fundamentação científica à
intuição. Além das atividades de formação e consultoria, são realizadas publicações
especializadas, eventos e congressos nacionais e internacionais.
O principal diferencial destes cursos é oferecer ao aluno instrumentos para, a
partir do conhecimento de si mesmo, utilizar de maneira racional a intuição no
mundo dos negócios. Sendo a intuição é uma diretiva que está intimamente
associada à inteligência da vida, sendo, portanto, a garantia de êxito econômico e
resultado social.
No interior do estado do Rio Grande do Sul, são ofertados cursos de em nível
de pós-graduação latu sensu com ênfase em Ontopsicologia, esta ciência é
resultado de estudo, formação intelectual, produção científica e filosófica do
fundador Acadêmico Professor Antonio Meneghetti. Nestes cursos é possível
aprender, desenvolver e gerir conhecimento, nas mais diversas áreas de atuação
profissional humana, tendo como práxis a novidade científica da Ontopsicologia.
As aulas acontecem em um lugar diferenciado e fundamentado em formação
e desenvolvimento humanista. As aulas são concentradas em três dias, os
encontros acontecem mensalmente, durante aproximadamente dois anos. As
disciplinas formalizam um caminho de crescimento em busca de desenvolvimento
pessoal, profissional, social e econômico; de maneira progressiva e constante.

7
Faculdade Antonio Meneghetti- AMF. Disponível em : https://faculdadeam.edu.br/ . Acesso em: 10
de dezembro de 2018.
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3 ETAPAS METODOLÓGICAS

3.1 TIPO DE ESTUDO

Foi realizada uma pesquisa descritiva, pois este tipo de pesquisa “...está
interessada em descobrir e observar fenômenos, procurando descrevê-los,
classificá-los e interpretá-los.” (FEA, 2002, p. 61), com a abordagem qualitativa, no
período de outubro de 2018 a março de 2019.

3.2 SUJEITOS DA PESQUISA

A população foi composta por todas as mulheres que estudaram


Ontopsicologia em nível de pós-graduação, nos últimos 10 anos, totalizando uma
população de 161 mulheres. Os contatos foram disponibilizados pela instituição que
oferecem os cursos em nível de pós-graduação. Os formulários foram encaminhados
em 16 de janeiro de 2019, e dos e-mails encaminhados treze contatos retornaram
(constando: endereço não encontrado).
A amostra da pesquisa com mulheres que aprofundaram seus estudos em
Ontopsicologia, em nível de pós-graduação no Brasil totalizou em 49 participantes.

3.3 FORMA DE COLETA DE DADOS

Foi construído um formulário baseado nos trabalhos: “Conquista da


autonomia integral, em mulheres, através de projeto social e instrumento de training
sociopsicológico” e “Projeto Mulher do Milênio: responsabilizando a mulher pela
conquista de autonomia e reciprocidade” (BARBIERI; ANDREOLA, 2012; BARBIERI,
et all, 2018).
12

O formulário semiestruturado (Apêndice A), composto com questões fechadas


e abertas. As questões foram divididas em duas partes: o primeiro bloco de
perguntas foi destinado a identificar o público alvo; e o segundo bloco foram
questões que serão avaliadas quantitativamente em uma escala de 0 a 10, e
qualitativamente as questões abertas. Eles foram disponibilizados via e-mail pela
plataforma do Google Drives – Formulários.
Para a calibragem do formulário foi realizado um estudo piloto em duas
etapas: o primeiro teste consistiu em cinco pessoas que não fariam parte da
população e que não tinham nenhum contato prévio com o formulário, este primeiro
teste buscou detectar possíveis erros, incapacidade de compreensão e tempo médio
de resposta; o segundo teste foi feito com dez pessoas que compunham a
população sendo escolhidas através do software Microsoft Excel pela fórmula de
escolha aleatória, estas respostas posteriormente foram incluídos na amostra do
estudo.
Os resultados encontrados após os testes foram satisfatórios, pois: não foram
detectados erros, o formulário se mostrou de fácil compreensão, com o tempo
máximo de resposta de dez minutos, e o retorno das respostas esperado para a
pesquisa foram de vinte por cento da população.

3.4 ANÁLISE DOS DADOS

Para análise dos dados sobre as perguntas fechadas estabeleceu-se


categorias sobre a percepção individual das mudanças ocorridas após a formação
em cursos de pós-graduação em Ontopsicologia, tendo como indicadores: saúde e
bem estar; autonomia econômica; autonomia psicológica; autonomia moral e
empreendedorismo.
As respostas escalares foram divididas da seguinte maneira: de 0 a 1 – não
se obteve nenhum ganho na referida esfera; de 2 a 4 - poucos ganhos na respectiva
esfera; de 5 a 7 – houve um ganho mediano na respectiva esfera; de 8 a 10 – houve
ganhado significativos na respectiva esfera.
As questões abertas eram de preenchimento opcional; logo os formulários
que não tiveram respostas nestas questões foram considerados, mas as respostas
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em branco foram excluídas das análises. Ao total o retorno foi de 44 respostas, as


quais foram numeradas e tabeladas, indicando literalmente a ausência ou presença
de três categorias. As categorias são: ação congruente com sua ambição; seleção
de ações que reforçam a identidade individual; constante verificação de
autoconhecimento.

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Após a aplicação dos formulários, houve um retorno de 30,4%. Os resultados


foram analisados de acordo com o método já descrito. Para melhor compreensão
este título será subdividido em etapas, sendo: primeiro - caracterização da mulher
que busca o conhecimento em Ontopsicologia em nível de pós-graduação; segundo
- especificação da motivação que levou as mulheres a buscar um curso de pós –
graduação com ênfase em Ontopsicologia; terceiro – identificação da percepção das
mulheres sobre os principais avanços que estas mulheres obtiveram após terem
este conhecimento.
14

4.1 QUEM É A MULHER QUE BUSCA O CONHECIMENTO EM


ONTOPSICOLOGIA?

As mulheres que buscam estudar Ontopsicologia, em nível de pós-graduação


no Brasil residem em sua maioria na região sul e sudoeste, sendo 96% da amostra.
Este fenômeno é pela localização da instituição que fornece estes cursos. Mas,
mesmo com a distância ou posterior mudança; algumas mulheres da região norte e
centro oeste buscaram este conhecimento.
A grande maioria destas mulheres possui a idade de 31 anos ou superior,
sendo: 30,6% com a idade de 31 anos a 40 anos; 18,4% de 41 anos a 50 anos;
26,5% de 51 anos a 60 anos; 10,2% com idade acima de 61 anos. A idade mínima
apresentada foi de 21 anos a 30 anos, sendo 14,3% dos participantes da pesquisa.
Uma pequena parcela destas mulheres ainda não possuem pós-graduação,
sendo 10,2% das participantes da pesquisa. As demais participantes possuem pós-
graduação; em nível de especialização são 59,2% da amostra, seguidas de 20,4%
em nível de mestrado e 10,2% em nível de doutorado.
Na questão de atividade econômica atual surgiram algumas ocupações que
não estavam listadas, entre elas: professora, gestora educacional, coordenadora,
engenheira agrônoma, empregado de empresa privada. Algumas mulheres
responderam que tinham duas atividades econômicas, como: analista e autônomo;
empresaria individual e consultora. As atividades econômicas mais citadas foram:
empresária, com 26,5%; seguida de gerente, com 18,4%; profissional liberal,
autônomo/ empresário individual, consultora e funcionária pública, cada uma teve
uma representatividade de 8,2%; diretora e professora, cada uma teve uma
representatividade de 4,1%. As demais profissões citadas acima tiveram uma
representatividade de 2%.
Todas as mulheres recebem rendimentos acima de um salário mínimo,
considerando que o salário mínimo brasileiro tem o valor de R$ 998,00 (novecentos
e noventa e oito reais), onde: 32,7% tem seus rendimentos superiores a 5 salários e
inferiores a 10 salários; 24,5% tem um rendimento de acima de 10 salários e inferior
a 20 salários; 22,4% possuem rendimento superior a 20 salários; e 20,4% possuem
seus rendimentos acima de 1 salário e inferior a 5 salários.
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O estado civil mais citado pelas participantes da pesquisa foi solteira, com
uma representatividade de 38,8%; já as casadas representam 24,5%, em união
estável são 12,2%; as mulheres separadas e divorciadas totalizam 24,4% da
amostra. Sobre a maternidade, 55,1% das mulheres afirmaram que tem filhos.
Portanto, podemos deduzir que as mulheres que buscam estudar
Ontopsicologia em nível de pós-graduação são mulheres que: tem idade média igual
ou superior a 31 anos, elevado nível de formação acadêmica, todas
economicamente ativas, em sua maioria empresárias . São mulheres em plena
atividade, que geram valor para si e para a sociedade. Mulheres que conseguem
conciliar: desenvolvimento profissional, estudos, carreia e vida pessoal.
São mulheres que buscam o crescimento enquanto indivíduo, seja uma
jornada solitária ou tendo um companheiro, que em algumas vezes pode ser um
motivador, como Meneghetti (2013a, p. 197) coloca: “Se a mulher se interessa pelo
seu companheiro, deve evoluir, porque o parceiro se é um líder, esta enfrentado um
mundo completamente diferente daquele da infância e de quando se casou.”
Conseguir se desenvolver e ainda ter um companheiro, tende a aumenta as chances
de gerar valores, pois a relação é positiva e intensifica a vitalidade. Ao mesmo
sentido, onde uma relação não construtiva deve ser finalizada.
Sugere-se que estas mulheres são verdadeiras líderes. A conciliação de
tantas atividades de valor evidencia isto, Meneghetti (2013a, p. 259) reforça que:

O líder pode fazer qualquer coisa, casar-se, ter filhos, mas a estrada
preferencial da sua ambição e do seu potencial deve permanecer integra,
não deve ser condicionada. Uma mulher líder pode planejar o seu percurso
existencial, não é dito que os filhos e a família sejam necessariamente
contra o liderismo. Os acessórios históricos não são suficientes para
condicionar a pessoa. Tudo depende de como ela está pronta, está viva, de
quanto pertence a si mesma e possui integro o seu projeto dentro.

Estar pronta não é absoluto, não será perpetuo e por isso a reinvenção é
necessária, retornar ao seu centro. Se não tivermos a capacidade de analisar cada
momento único e particular, pode gerar um infortúnio, por isso devemos administrar
com maestria nos mesmos e mantermos constante vigília de nós mesmos.
16

4.2 O QUE MOTIVOU AS MULHERES A BUSCAR OS CURSOS DE PÓS–


GRADUAÇÃO EM ONTOPSICOLOGIA?

Entre os principais motivos que levaram as mulheres a estudarem


Ontopsicologia em nível de pós-graduação destaca-se o desenvolvimento
profissional, citado por 49,1% das participantes. Este comportamento se dá pela alta
exigência do mercado de trabalho, onde cada vez mais os profissionais que almejam
papéis de liderança em seus seguimentos, buscam o aprimoramento e atualização
de seus conhecimentos. Já o desenvolvimento pessoal foi citado em 5,3% e a busca
pelo autoconhecimento em 7% das respostas. O interesse por conhecimento teórico
e a indicação de terceiros foi citado, cada um, por 19,3% das mulheres. Como nesta
questão poderia se escolher mais de uma opção, várias respostas tiveram mais de
uma justificativa.
Entendendo que o empoderamento feminino está correlacionado com a
consciência do potencial essencial da mulher e consequentemente a capacidade de
agir com tal potencial, cabe investigar se as participantes da amostra se já faziam o
processo de consultoria de autenticação antes de iniciar o estudo de Ontopsicologia,
em nível de pós-graduação; 49 % das mulheres afirmaram que sim. Sendo que, 51%
das participantes foram suscitadas a buscar a terapia de autenticação após o início
dos estudos.
Para evidenciar a questão da continuidade do processo de metanoia, elas
foram questionadas sobre quanto tempo faziam a terapia de autenticação e 65,3%
colocaram que fazem o processo de autenticação a 3 anos ou mais. A periodicidade
de acompanhamento e escolha do profissional, também foram fatores relevantes na
decisão de iniciar o processo de autenticação.
Para que o processo de metanoia ocorra é necessário o acompanhamento de
um profissional, Meneghetti (2013a, 262) coloca que:

Através da consultoria ontopsicológica, “de fora” se consegue restituir à


mulher o “ponto de contato”, o ponto de realidade. Individua-se qual é a
identidade de natureza da inteligência feminina na prática e, portanto, uma
líder, se quer, se tem os dotes, se tem a organização experiencial,
profissional, sabe qual é a estrada.
17

A consultoria de autenticação e o estudo de Ontopsicologia, em nível de pós-


graduação, só irão ajudar a mulher, se ela estiver disposta e aberta ao novo. Caso
contrário, será apenas mais uma teoria aprendida. Para Meneghetti:

O otimal e o escopo da Ontopsicologia é consentir à mulher um reprincipiar-


se ao antes da frustração e, portanto, reconhecer-se segundo a identidade
organísmica da própria individuação, experimentando de verdade o que
significa sentir-se pertencente a si mesma. “Eu sou minha” é um slogan que
a mulher deve documentar como consciência dentro do próprio existencial
(2013a, p. 144)

Se a mulher estiver disposta, ela terá um ganho muito mais valioso que
apenas o desenvolvimento profissional, que se pode obter com um curso de pós-
graduação. O momento em que a mulher se sensibiliza que “pertence apenas a si” é
libertador, pois pode buscar o caminho que desejar. Terá o conhecimento teórico
científico, mas principalmente, saberá como utilizar o seu potencial essencial
(identidade de natureza da inteligência ao feminino) em sua vida, em seu trabalho,
em sua carreira, em suas relações sociais e onde mais achar oportuno.

4.3 QUAIS FORAM OS PRINCIPAIS GANHOS QUE AS MULHERES OBTIVERAM


APÓS TEREM CONHECIMENTO DA ONTOPSICOLOGIA?

As mulheres podem se desenvolverem mais a partir da prática da teoria


ontopsicológica em suas vidas. Nesse sentido procurou-se identificar a percepção
das mulheres sobre os principais avanços que obtiveram após terem realizado o
curso em Ontopsicologia - pós-graduação.
As categorias de análise dos dados tendo como indicadores: saúde e bem
estar; autonomia econômica; autonomia psicológica; autonomia moral e
empreendedorismo. Os indicadores foram quantificas em escalas apresentando o
seguinte resultado.
A maioria das respostas ficaram entre 8 , 9 ou 10. De acordo com o método
utilizado para análise, as participantes obtiveram ganhos significativos após terem
estudado Ontopsicologia, em nível de pós-graduação. Como podemos observar no
gráfico abaixo:
18

Gráfico 1 – Representação dos ganhos percebidos pelas mulheres em todas as esferas, após terem
estudado Ontopsicologia em nível de pós- graduação no Brasil.

 Saúde e bem estar

Quando analisamos saúde e bem estar, não foi considerado apenas a


ausência de enfermidades, mas sim, quando a mulher esta bem em consigo mesma
e pronta para desenvolver suas funções. Meneghetti (2013a, p. 426) complementa
que: “O estado de saúde funcional de que falo se refere a esse núcleo da pessoa, o
qual determina a máxima funcionalidade para tudo o que interessa ao sujeito.”
Tendo essa premissa como base, ao questionar sobre a saúde e bem estar,
especificamos o conceito, que era: saúde e bem estar não sendo apenas a ausência
de doenças, mas sim um estado de percepção de vitalidade do corpo como um todo.
As participantes perceberam ganhos significativos, sendo 81,6% da amostra;
e 16,4% declararam que obtiveram ganhos medianos; entretanto, 2% não obteve
nenhum ganho. Como podemos acompanhar no gráfico 2:
19

Gráfico 2 – Representação dos ganhos percebidos pelas mulheres na esfera saúde e bem estar após
terem estudado Ontopsicologia em nível de pós- graduação no Brasil.

Foi observado que a maioria participantes consideram que tiveram ganhos


significativos nesta esfera. Isso a Ontopsicologia traz em sua teoria que o corpo é
um instrumento indispensável para se desenvolver enquanto pessoa. A saúde é o
que “se documenta como uma capacidade de ação sem peso, uma percepção leve
de intensa ação, mas sem resistência de nenhuma parte do corpo. Portanto, é uma
autonomia do próprio existir em movimento.” (MENEGHETTI, 2013b, p. 32). A plena
atenção na saúde física deve ser mantida, não buscando a estética, pois quando
estamos nos sentindo bem a nossa beleza já é exaltada. Mas sim, como base para
nossa ação enquanto pessoa. A saúde e bem estar é a primeira fenomenologia que
expressa o quanto a pessoa encontra-se em estado de crescimento.

 Autonomia econômica

Levando em consideração que temos o necessário para nos desenvolver


enquanto pessoas, ainda a questão econômica é um empecilho para o
desenvolvimento da mulher. Algumas vezes deixando-se dominar, caindo em
ambivalência ou até mesmo por ações incongruentes, a mulher tende ter
dificuldades de alcançar sua autonomia econômica. Para clarear esta questão,
Meneghetti (2013a, p. 298) traz que:
20

O primeiro ponto ao qual a mulher deve referir-se constantemente, para


além de tantas coisas que tem (...), é a necessidade de não perder de vista
o próprio espaço, a própria referência de segurança econômica. A base
econômica é a liberdade, é a autonomia, é o direito de ser como se é.

Somente quando a mulher conseguir garantir o dinheiro através de nosso


trabalho, é que atinge a autonomia econômica, é uma liberdade conquistada. Neste
sentido, as mulheres foram questionadas sobre como percebiam sua autonomia
econômica, considerando que: se teus ganhos econômicos, através do saber fazer,
geram o reconhecimento social. As mulheres demonstraram que a sua percepção
dos ganhos foram significativos, sendo 69,4% das participantes; seguida 24,5% das
mulheres percebem ganhos medianos; já 4,1% avaliaram que não obteve nenhum
ganho; e 2% poucos ganhos. Como podemos observar no gráfico 3:

Gráfico 3 – Representação dos ganhos percebidos pelas mulheres na esfera autonomia econômica
após terem estudado Ontopsicologia em nível de pós- graduação no Brasil.

Ao analisar as informações é possível inferir que 94% das mulheres


consideram que tiveram ganhos relevantes em sua autonomia econômica, e deste
percentual, 73,4% consideram que os ganhos foram significativos. Um dos motivos
que leva as mulheres a considerarem estes ganhos é que:

‘Autonomia econômica’ significa que se tem um espaço territorial


reconhecido pela sociedade, pelos outros, pela realidade das coisas, por
isso é uma autonomia econômica real e legal. É uma propriedade honesta:
a construiu e conquistou com o seu saber fazer. Portanto, a economia é um
21

espaço material-histórico, é como uma ampliação do próprio físico para


operar mais (MENEGHETTI, 2013b, p. 33).

No momento em que conseguimos ampliar nosso raio de ação, a liberdade


para desenvolver o potencial natural tende a crescer na mesma proporção. A
autonomia econômica é apenas uma parte do potencial que temos, existem ainda
algumas questões que a mulher deve trabalhar para se empoderar.

 Autonomia psicológica

E uma das questões que a mulher deve buscar é a autonomia psicológica,


para se conscientizar de seu poder. Quando se trabalha a maneira como vemos o
nosso mundo, conseguimos resignificar as situações, relativizar conceitos e nos abrir
as novidades do aqui e agora. Pois, no decorrer da vida “... tudo é bom e útil, mas
depende de como o sujeito sabe conduzi-lo. Nesta gestão o indivíduo é sozinho e
somente ele sabe qual ordem – se aquela externa ou aquela interna – precisa salvar
em primeiro lugar” (MENEGHETTI, 2013a, p. 434). E nesta hierarquia a
autoproteção é fundamental, salvar sua ordem interna, a sua identidade; pois a partir
desta decisão, a ordem externa também estará protegida.
Para identificar os ganhos que as participantes da pesquisa consideram ter
em relação a esta esfera. Definiu-se como autonomia psicológica quando: o sujeito é
livre, não tem condicionamentos internos nem de caráter psicológico, nem de caráter
afetivo, sexual, familiar, complexual, nem de estereótipos etc. Tem uma liberdade
reconhecida também pelas leis da sociedade. É uma disponibilidade a um infinito
possível.
De acordo com o gráfico 4, as mulheres ao se autoanalisarem 71,5% das
participantes expuseram ter ganhos significativos; 26,5% das mulheres perceberam
ganhos medianos; 2% declaram que não obtiveram nenhum ganho.
22

Gráfico 4 – Representação dos ganhos percebidos pelas mulheres na esfera autonomia psicológica
após terem estudado Ontopsicologia em nível de pós- graduação no Brasil.

Nesta esfera podemos observar que as participantes perceberam ganhos


significativos, o que se deve pela porcentagem de mulheres que fazem a consultoria
de autenticação, tanto as que já faziam ou que foram suscitadas a fazer após o
início dos estudos. Contudo, mesmo salvando ordem interna somos seres sociais, e
devemos ter uma conduta adequada em relação a sociedade onde estamos
inseridos.

 Autonomia Moral

Para mantermos nossa identidade a salvo e ainda termos uma conduta social
condizente com a sociedade onde estamos inseridos, se faz necessária a autonomia
moral. Meneghetti (2013a, p.432) coloca que:

Pelo fato de que é um ser social e se encontra em um contexto, mesmo que


esteja bem, podem surgir problemáticas de relação. O sujeito sabe respeitar
a moral do grupo, sabe encontrar o ponto adequado para a sua luz
aumentando os outros. Sem lesar ou subtrair aos outros, encontra o seu
equilíbrio: tem a moral dos meios para chegar ao escopo técnico-social e
sabe observar essa moral externa sem jamais desmentir a moral central de
si mesmo, egoico terminal de referência de cada valor. Sabe adaptar-se
sem se desmentir.
23

Saber se adaptar à sociedade onde se vive sem desmentir sua própria


identidade é algo desafiador, pois não podemos controlar o outro. Portanto, a
solução é nos controlarmos e controlarmos o que sentimos em relação ao outro.
E diante desta colocação, mensurarmos os ganhos com autonomia moral,
considerando a seguinte premissa: o sujeito sabe respeitar a moral do grupo, sem
lesar ou subtrair aos outros. Encontra o seu equilíbrio social, sabe observar a moral
externa sem jamais desmentir a moral de valor de si mesmo. Para este quesito
81,7% das mulheres perceberam que tiveram ganhos significativos; seguidas de
14,3% com ganhos medianos; 2% das participantes não obteve nenhum ganho; e
2% tiveram poucos ganhos. Como podemos acompanhar no gráfico 5:

Gráfico 5 – Representação dos ganhos percebidos pelas mulheres na esfera autonomia moral após
terem estudado Ontopsicologia em nível de pós-graduação no Brasil.

Ao falar em autonomia moral e em saúde e bem estar, 82% das mulheres


perceberam ganhos significativos após terem o conhecimento mais aprofundado em
Ontopsicologia. O que leva a considerar que o conhecimento desta teoria auxiliou as
mulheres a terem melhor discernimento nestes quesitos.

 Empreendedorismo

Para manter sua autonomia econômica é necessário ser um excelente


profissional. Em um mercado competitivo e de fácil comunicação saber empreender
24

é fundamental. Antes mesmo de empreender em um negócio, devemos saber


empreender em nós mesmos. Onde gastamos nosso tempo, onde gastamos o
nosso dinheiro, em que tipo de estudos nos dedicamos e assim segue... Meneghetti
(2013a, p. 437), que “As suas ações parecem milagre: ele é diferente dos outros,
realiza coisas para os outros impossíveis, porque ele é sempre exato no focar as
causas. Tem capacidade de coordenar os possíveis do contexto à eficácia.”
Realizar o impossível ao focar nas causas, mas não necessariamente para ter
bens materiais, e sim para ser gerador de valor. Buscamos estimar o quanto as
mulheres se autoavaliam empreendedoras, considerando a seguinte premissa sobre
empreendedorismo: possui a capacidade de coordenar a realidade onde é mais
funcional para si mesmo ou para o contexto em que age. Não realiza um escopo
como psicologia do ter, mas sempre para dar maior função à psicologia do ser. Ao
analisar o gráfico 6, as mulheres perceberam ganhos significativos, totalizando
75,6% da amostra; seguidas de 22,4% das participantes com ganhos medianos; 2%
não obteve nenhum ganho.

Gráfico 6 – Representação dos ganhos percebidos pelas mulheres na esfera empreendedorismo


após terem estudado Ontopsicologia em nível de pós- graduação no Brasil.

Como podemos observar, quando mensuramos o ganho considerando o


individuo e a sua capacidade de gerar valor para si, estamos ampliando os ganhos
para a sociedade onde está inserido, o ganho é mutuo. Onde as cinco categorias
demonstradas aqui, são a base para a pessoa ser o que ela deseja, são essenciais
25

para o indivíduo ter liberdade de se desenvolver e ter o poder sobre si. Todos
querem o poder, mas esse deve ser arduamente conquistado. “Ter poder daquilo
que nos está em torno é uma tensão inicialmente egoística que é preciso saber
formalizar historicamente e depois também existencialmente.” (MENEGHETTI,
2013b, p. 161).
A partir do momento em que sabemos formalizar os primados é que atingimos
a liberdade de sermos nós mesmo. É o “Poder de ser a si mesmo e realizar aquilo
que procura. Não se trata do poder de dominar ou possuir os outros, mas do poder
de ser com vida a si mesmo” (MENEGHETTI, 2013b, p. 163). É neste momento que
podemos falar de empoderamento, pois temos ciência do que realmente somos,
quais foram os caminhos que nos levaram a chegar aqui e qual é o nosso real
potencial.

4.3 EMPODERAMENTO FEMININO

Quando falamos de empoderamento feminino não buscamos cair sempre nas


mesmas questões de opressão social. Mas da mulher se conhecer enquanto
indivíduo em uma sociedade plural. Meneghetti (2013a, p. 81) pode ver além destas
questões sociais, quando afirmou que:

Conheço a verdadeira mulher por trás da sua consciência, porém, quando


começo a falar, vejo que ela não compreende nada da sua grandeza e da
sua graça. É uma questão de consciência: a mulher está atrasada no
compreender a sua grandeza.

Visando identificar se as mulheres se percebem conscientes de: sua


identidade, seu potencial, suas decisões e sua grandeza; elas foram convidadas a
descrever como elas se consideram a partir da seguinte colocação: “O
empoderamento feminino diz respeito a uma liberdade psicológica, considerando
três fatores: ação congruente com sua ambição; seleção de ações que reforçam a
identidade individual e constante verificação de autoconhecimento. Sobre esta
assertiva descreva brevemente como atualmente você se encontra”. Para a análise
foram tabeladas as respostas, como demonstrado na tabela abaixo.
26

Tabela 1 – Tabela de análise das respostas abertas

Ação congruente com sua Seleção de ações que Constante verificação de


Resposta número:
ambição reforçam a identidade autoconhecimento
Ausente Presente Ausente Presente Ausente Presente
1 X X X
2 X X X
3 X X X
4 X X X
5 X X X
6 X X X
7 X X X
8 X X X
9 X X X
10 X X X
11 X X X
12 X X X
13 X X X
14 X X X
15 X X X
16 X X X
17 X X X
18 X X X
19 X X X
20 X X X
21 X X X
22 X X X
23 X X X
24 X X X
25 X X X
26 X X X
27 X X X
28 X X X
29 X X X
30 X X X
31 X X X
32 X X X
33 X X X
34 X X X
35 X X X
36 X X X
37 X X X
38 X X X
39 X X X
40 X X X
41 X X X
42 X X X
43 X X X
44 X X X

Na análise foram contadas quantas vezes as mulheres citaram em suas


respostas as categorias a cima tabeladas. Sendo considerado ausente quando não
se referiam ao assunto ou presente quando se referiam claramente os assuntos.
Nas 44 respostas se fizeram presentes 43 citações das categorias aqui propostos.
27

Destas citações, a categoria de ação congruente com sua ambição foi


citada em 27,9% das respostas. Esta categoria foi trabalhada, pois “em todas as
coisas que se faz, o importante é que a ação seja côngrua, apropria, útil e funcional
à própria identidade...” (MENEGHETTI, 2013a, p. 280) Tendo clareza e vigília de
suas ações a mulher tende ao crescimento enquanto individuo.
Já a categoria de seleção de ações que reforçam a identidade individual
está presente em 25,6% das respostas. A seleção de ações que reforça a identidade
buscou identificar se as mulheres acreditavam que estavam fazendo as escolhas
mais adequadas ao seu Em Si ôntico. Meneghetti (2013a, p. 280) complementa que
“... as escolhas, momento a momento, devem ser convencionadas a esse projeto
interior”.
E a última categoria trabalhada foi a constante verificação de
autoconhecimento, citada em 46,5% das respostas. A importância desta categoria
é em relação a avaliação se as ações estão dando resultados positivos ou
negativos. Meneghetti (2013a, p.281) ainda ressalta a importância de “verificar
quanto investiu e quanto recebeu, analisar como se administrou a própria vida e as
próprias relações com os outros.”
Nesse sentido, podemos inferir que a maioria das mulheres que participaram
desta pesquisa tende a serem empoderadas. Mulheres que se conhecem, que tem
ambição de ser mais, que buscam o crescimento e que impulsionam quem as
rodeiam. Tem claro em sua mente o que é básico para se manter em ação e
seguem avante, gerando valor para si e para a sociedade.
Estas mulheres tem total consciência de que os erros que ocorreram no
decorrer de suas vidas foram ocasionados por elas mesmas. E a perda inesperada
de uma pessoa próxima, pode ter paralisado momentaneamente, impedindo que
vencesse naquele período. Mas não foi um empecilho permanente, todas tem
responsabilidade de suas decisões e donas de seu caminho.
28

5 CONCLUSÃO

Ao atingir os objetivos propostos por este artigo é possível concluir que o


principal motivo que levou as mulheres a buscarem este curso foi para aperfeiçoar
sua performance profissional. Após o início do estudo desta ciência, em nível de
pós-graduação, 51% das mulheres que compunham a amostra foram suscitadas a
buscar a terapia de autenticação.
É possível inferir que o resultado mais relevante para este artigo foi a
liberdade de existir e de ser, obtido pelas mulheres que estudam Ontopsicologia em
nível de pós- graduação no Brasil. As mulheres perceberam que obtiveram ganhos
significativos em saúde e bem estar, autonomia econômica, autonomia psicológica,
autonomia moral e empreendedorismo; a partir da prática da teoria ontopsicológica
em suas vidas.
Estes ganhos não se restringiram apenas a ganhos profissionais, mas
também na vida pessoal, garantindo assim, a liberdade de desenvolver seu potencial
em conformidade com seu Em Si ôntico. Por fim podemos considerar que as
mulheres que estudaram Ontopsicologia, em nível de pós-graduação no Brasil,
poderiam até não buscar o empoderamento, mas o atingiram, cada um em seu
modo. Na medida em que existe a atitude individual responsável em colocar-se em
constante revisão crítica de conhecimento e consciência é consequencial o poder.
Como Meneghetti (2013a, p. 443) afirma: “Ama e aprende aquilo que és, porque é o
ponto de cada poder.”

6 BIBLIOGRAFIA

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como o primeiro passo para uma mudança de paradigma”. Disponível em:
https://blob.contato.io/machine-files/download-73236-ebook-%20empoderamento-
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29

BARBIERI, J. B. P.; ANDREOLA, M. T. Conquista da autonomia integral, em


mulheres, através de projeto social e instrumento de training sociopsicológico.
Temas em Psicologia, v. 20, n. 2, p. 491-508, 2012.

BARBIERI, J. B. P.; SCHUCH, M. A.; ANDREOLA, M. T. PANCERI, R. Projeto


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e ganha menos do que o homem. Disponível em <
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MENEGHETTI, A. Da consciência ao ser: Como impostar a filosofia do futuro.


Recanto Maestro: Ontospicológica Editora Universitária, 2014.

MENEGHETTI, A. Dicionário de Ontopsicologia. 2 ed. Recanto Maestro:


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MENEGHETTI, A. Feminilidade como Sexo, Poder, Graça. 5 ed. Recanto Maestro:


Ontopsicológica Editora Universitária, 2013a.

MENEGHETTI, A. Manual de Ontopsicologia. 4 ed. Recanto Maestro:


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MENEGHETTI, A. Os jovens e a ética ôntica. Recanto Maestro: Ontopsicológica


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MENEGHETTI, A. Projeto Homem. 3 ed. Recanto Maestro: Ontospicológica Editora


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MENEGHETTI, A. Residence Ontopsicológico. Recanto Maestro: Ontopsicológica


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ONU Mulheres. Princípios de empoderamento das mulheres. Disponível em:


<http://www.onumulheres.org.br/wp-
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7 de dezembro de 2018.
30

VIEIRA, V. A. As tipologias, variações e características da pesquisa de marketing.


Revista da FAE, Curitiba, v. 5, n. 1, p. 61-70, jan./abr. 2002.

VIEIRA, C.S. Perceber-se e aprender-se: caminho para o autoconhecimento. Saber


Humano, ISSN 2446-6298, Edição Especial: Cadernos de Ontopsicologia, p. 42-59,
fev., 2017.
31

APÊNDICE

Apêndice A – Formulário semiestruturado


32

Prezada senhora,
Os dados aqui informados serão utilizados para a redação de um artigo científico,
que será apresentado para a conclusão do curso de MBA Business Intuition
Identidade Empresarial - turma de 2016, no qual sou aluna. A pesquisa visa
identificar o perfil, motivação e ganhos que as mulheres obtiveram com o estudo de
ontopsicologia em nível de pós- graduação. As participantes não serão identificados,
também não serão divulgados resultados de forma específica que possam identificar
os participantes. Trata- se de um breve formulário, que terão como resposta apenas
uma alternativa.
Caso tenha alguma dúvida, estou a disposição pelo e-mail
<graantonello@gmail.com> .
Por sua participação e atenção, agradeço.
Cordialmente,
Geisi Antonello

BLOCO 1
1. Qual é sua faixa etária?

( ) Até 20 anos
( ) de 21 anos a 30 anos
( ) de 31 anos a 40 anos
( ) de 41 anos a 50 anos
( ) de 51 anos a 60 anos
( ) acima de 61 anos

2. Qual é o seu nível de instrução?

( ) Superior completo
( ) Pós- graduado – nível especialização
( ) Pós- graduado – nível mestrado
( ) Pós- graduado – nível doutorado
( ) Pós- graduado – nível pós- doutorado

3. Em qual região brasileira reside?

( ) Centro oeste
(...) Nordeste
( ) Norte
( ) Sudeste
( ) Sul

4. Estado civil?

( ) Solteira
( ) Casada
( ) União estável
( ) Separada
( ) Divorciada
( ) Viúva
33

( ) Outro:______________________

5. Tem filhos?

( ) Sim
( ) Não

6. Atividade econômica atual:

( ) Empresaria
( ) Diretora
( ) Gerente
( ) Analista
( ) Profissional liberal
( ) Autônomo/ Empresário individual
( ) Consultora
( ) Funcionário público
( ) Outro: ______________________________

7. Qual a faixa de renda você esta enquadrada (por salário, pró-labore, etc.)?
(Salário mínimo nacional R$ 998,00)

( ) 1 Salário mínimo
( ) +1 a 5 salários mínimos
( ) + 5 a 10 salários mínimos
( ) + 10 a 20 salários mínimos
( ) + 20 salários mínimos

8. Qual o principal motivo que lhe levou a estudar ontopsicologia (em nível de pós-
graduação)?

( ) Obter um diploma de especialização


( ) Adquirir maior especialização, conhecimento teórico
( ) Indicação de uma pessoa próxima
( ) Indicação de um consultor profissional
( ) Melhorar minha performance profissional
( ) Indicação da empresa/ empregador incentivou
( ) Outros: __________________________________

9. Antes de estudar ontopsicologia (em nível de pós- graduação) já tinha iniciado o


processo de autenticação ontopsicológica?

( ) Sim
( ) Não
34

10. A quanto tempo esta em processo de psicoterapia de autenticação


Ontopsicológica?

( ) Menos de 1 ano
( ) 1 ano
( ) 2 anos
( ) 3 anos
( ) Mais de 3 anos

Depois que iniciou o curso de pós-graduação começou a fazer psicoterapia de


autenticação Ontopsicológica?
( ) Sim
( ) Não

Se sim, a quanto tempo: ___________________________________________

BLOCO 2
A partir deste momento, as questões serão todas levando em consideração o
conhecimento adquirido em ontopsicologia.
Em uma escala de 0 (nota mínima) a 10 (nota máxima), após adquirir o
conhecimento em ontospicologia (em nível de pós- graduação), qual foi o ganho
que obteve em relação:
11. Saúde e bem- estar? (Considerando que: Não sendo apenas a ausência de
doenças, mas sim um estado de leveza que engloba todo o corpo.)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

12. Autonomia econômica? (Considerando que: Se teus ganhos econômicos, através


do saber fazer, geram o reconhecimento social.)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

13. Autonomia psicológica? (Considerando que: O sujeito é livre, não tem


condicionamentos internos nem de caráter psicológico, nem de caráter afetivo,
sexual, familiar, complexual, nem de estereótipos etc. Tem uma liberdade
reconhecida também pelas leis da sociedade. É uma disponibilidade a um infinito
possível.)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

14. Autonomia moral? (Considerando que: O sujeito sabe respeitar a moral do grupo,
sem lesar ou subtrair aos outros. Encontra o seu equilíbrio social, sabe observar
a moral externa sem jamais desmentir a moral de valor de si mesmo.)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
35

15. Empreendedorismo? (Considerando que: Possui a capacidade de coordenar a


realidade onde é mais funcional para si mesmo ou para o contexto em que age.
Não realiza um escopo como psicologia do ter, mas sempre para dar maior
função à psicologia do ser.)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

16. Tive algum infortúnio ou desgraça real pela qual não era possível vencer?

( ) Sim
( ) Não

Se sim, quais?___________________________________________________

17. Os erros que ocorreram em minha vida são feitos por mim ou causados pelos
outros?

( ) Feitos por mim


( ) Causados pelos outros

18. O empoderamento feminino diz respeito a uma liberdade psicológica,


considerando três fatores: ação congruente com sua ambição; seleção de ações
que reforçam a identidade individual e constante verificação de
autoconhecimento. Sobre esta assertiva descreva brevemente como atualmente
você se encontra:___________________________________________________

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