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Elaborado por:
E10864 - Daniel Oliveira
M11750 - João Medeiros
Alexandre Filipe
Covilhã, 2021
1.Introdução
Este composto tem uma vasta aplicabilidade industrial, como intermediário e solvente
na produção química. Como solvente é utilizada para revestimentos de acetato de celulose,
vernizes, tintas, resinas e cosméticos (Neamah, 2017). Na indústria alimentar é utilizada como
solvente de extração para gorduras e óleos e como agente de precipitação de açúcar. Mas a
sua maior utilização é na produção de metacrilato de metilo, ácido metacrílico, metacrilatos
superiores, bisfenol A, metil- cetona-isobutil, em produtos farmacêuticos e acetato de celulose
(O’NEIL, M. J., 2006).
1.1 Cumeno
Foi por acaso que alguém descobriu que o hidroperóxido de cumeno com ácido fosfórico
resultava na formação de fenol e acetona (BURDICK e LEFFLER, 2001).
Em 1989, cerca de 95% da demanda global de cumeno já era usada como intermediário
para a produção de fenol e acetona (SCHMIDT, 2005).
1.1 Destilação
Destilação é o processo que ocorre quando uma amostra de líquido é volatilizada para
produzir um vapor que é subsequentemente condensado em um líquido mais rico no
composto mais volátil dos componentes da amostra original. O processo
de volatilização geralmente envolve aquecimento do líquido, mas também pode ser alcançado
reduzindo a pressão ou por uma combinação de ambos.
Este processo tem como característica que os componentes para serem destilados tem
de estar em equilíbrio Líquido-Vapor. Isto é, duas (ou mais) fases estão em equilíbrio, quando
não existe transferência efetiva de massa e de calor entre as duas fases, ou seja, quando a
transferência de massa de uma fase para a outra é exatamente igual à transferência no sentido
oposto. Para que haja equilíbrio entre as duas (ou mais) fases, é necessário que sejam
verificadas condições de equilíbrio de três tipos térmico, mecânico e termodinâmico.
Equilíbrio térmico:
Pressupõe que não há fluxos de calor entre as fases e, portanto, as temperaturas das
duas fases são iguais: TVapor = TLiquído
Equilíbrio mecânico:
Pressupõe que existe um balanço de forças entre o líquido e o vapor, o que determina
que as pressões são iguais nas duas fases: PVapor = PLíquido.
Equilíbrio termodinâmico:
1.3 Oxidação
Nesta primeira fase do processo, tanto o cumeno fresco como o cumeno reciclado
(originado de outras fases do processo) são bombeados para um tanque de oxidação. O
oxigênio necessário nessa fase é tirado diretamente da atmosfera, porém, primeiro esse ar é
filtrado e comprimido. O calor libertado nessa reação de oxidação pode ser usado para ajustar
a temperatura do cumeno (que entra no tanque frio) ou, em unidades produtivas maiores,
esse calor pode ser usado na fase de concentração para vaporizar o cumeno. A oxidação de
cumeno a hidroperóxido de cumeno (HPC) trata-se da reação chave de um processo industrial
de produção de fenol.
Após a reação, o ar que não reagiu é passado por um condensador, com intuito de
separar hidrocarbonetos e cumeno do ar para que, assim, esse possa ser devolvido à
atmosfera, enquanto o cumeno pode ser reciclado. Finalmente, irá formar-se o hidroperóxido
de cumeno (HPC).
O HPC é um composto muito instável e reativo (assim como a maior parte dos
peróxidos orgânicos). Logo, normalmente a quantidade que reage é em torno de 35% presente
no tanque, para evitar que ocorra uma explosão. Com essa conversão menor, a concentração
do HPC no tanque de oxidação não será tão alta nem libertará tanto calor, evitando, assim, a
decomposição prematura do peróxido, além de se obter uma maior seletividade na formação
do HPC. O cumeno que não reagiu tem de ser separado e reciclado, contribuindo para o
aumento dos custos finais.
O reator não é adiabático, visto que com um processo exotérmico existe libertação e
calor, este calor tem que ser libertado para evitar o aumento excessivo de temperatura,
existem variações até aos 130oC por norma e mais que isso seria de facto prejudicial visto que
os pontos de ebulição tanto do cumeno como do hidroperóxido de cumeno se situam muito
próximo dos 150oC.
Proposta do trabalho
Neste trabalho iremos analisar o reator antecedente à destilação do HPC, o processo
da oxidação do cumeno:
O fluxo de saída do quarto reator de oxidação tem uma concentração de HPC de cerca
de 30% e é concentrado ao fazê-lo atravessar um “preflash” (processo que usa a volatilidade
dos diferentes compostos para remover o ou os indesejados de forma a concentrar o
desejado) e três filmes de evaporadores de vácuo. Depois disto, a corrente tem uma
concentração de HPC de cerca de 80%.
T = 93ºC
Seletividade a CHP = 91 %
C 9 H 12 +O 2 → C9 H 12 O2
mcumeno=1000 kg
nO =8319,5 mol
2
6 7
Oxidação do cumeno
T=93ºC
30% HPC
6 (mol) 7 (mol)
C9H12 8319,5 mol 5820,1
O2 8319,5 mol 5820,1
C9H12O2 - 2494,4