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18

jan
2022

Lei 14.300: Como fica a


viabilidade da geração
distribuída solar?

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Palestrante

Bernardo Marangon
É Sócio Administrador da Exata Energia, com experiência em
O&M de usinas hídricas, transações de M&A, implantação e
estruturação de usinas e comercialização de energia. Atua no
Setor Elétrico Brasileiro há mais de 10 anos

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Visão Geral

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Destaques Geração Distribuída
Sistemas por Região Sistemas por Fonte Potência Instalada por Sistema de até 1MW

A grande maioria dos Usinas de fonte solar fotovoltaica são A potência máxima permitida no segmento é de
empreendimentos de Geração responsáveis por quase toda a energia 5MW, porém 99,96% dos sistemas apresentam
distribuída (39,0%) está localizada na gerada na GD (99,9%). até 1 MW instalado. Sistemas com até 100kW de
região Sudeste. potência instalada representam quase a
totalidade do segmento, com 99,44%.

1.022.186 794.902 8.878


UCs de Crédito Sistemas MW instalado

Fonte: Painel de Geração Distribuída ANEEL 17/01/2022 4


Características
▪ Observando os gráficos e a relação entre quantidade de Sistemas e quantidade de Unidades Consumidoras conseguimos identificar duas
estruturas principais de projeto: rooftop e remoto
▪ Do ponto de vista de negócio podemos dividir também a geração distribuída em duas modelagens: investimento próprio ou investimento de
terceiros, sendo que para a última a predominância é de projeto remotos

Dados de Geração Distribuída por Classes de Fornecimento Estados com Maior Potência Instalada

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Fonte: Painel de Geração Distribuída ANEEL 17/01/2022
Evolução do Mercado
▪ Com a primeira revisão da REN ANEEL nº 482 em 2015 novas modalidades se tornaram possíveis, tais como a geração compartilhada e
sistemas com múltiplas UCs
▪ Nota-se um crescimento vertiginoso do Autoconsumo Remoto nos últimos anos, o que pode indicar um esgotamento do perfil de
novos clientes passíveis de serem englobados nesta modalidade

Potência Instalada Anual Acumulada (MW)

Evolução Anual Acumulada da Geração Distribuída

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Fonte: Painel de Geração Distribuída ANEEL 17/01/2022
Lei n°14.300/2022

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Resumo Lei 14.300 (1/6)
1 – Direito Adquirido 2045
a. Antes e após 12 meses da publicação do PL 5.829, sendo o marco a solicitação
de acesso com seguintes prazos:
▪ 120 dias projetos de microgeração
▪ 12 meses projetos de minigeração solar
▪ 30 meses projetos de minigeração demais fontes
b. O direito adquirido permanece com a troca de titularidade

2 – Conexão
a. Garantia de Fiel Cumprimento (%Capex):
▪ 0% projetos menores que 500 kW
▪ 2,5% projetos de 500 kW a 1 MW
▪ 5% projetos maiores que 1 MW
b. Dispensado para geração compartilhada (todos tipos de agregação)
c. Contratação de Demanda será cobrada tarifa TUSDg para os novos e para os
projetos antigos, sendo o segundo implementado após a revisão tarifária
d. Optante B será possível com geração junto a carga

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Resumo Lei 14.300 (2/6)

X
3 – Debêntures de Infra, FIP-IE e REIDI
a. Projetos de GD passam a ser enquadrados como obras de infraestrutura,
passando a ser elegíveis a estruturação de Debentures de Infraestrutura e
Fundos de Investimento em participação de infraestrutura
b. Esta alteração também permite o enquadramento ao REIDI

4 – Créditos de Energia
a. Caso unidade consumidora encerrar a relação contratual com da
distribuidora e sendo participante do SCEE, os créditos acumulados serão
mantidos em nome do titular, exceto se houver uma outra unidade
consumidora sob mesma titularidade ou outras unidades participantes da
geração compartilhada
b. Não compensação dos créditos pelo consumo mínimo
c. Prazo de 60 meses para utilização dos créditos permanece

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Resumo Lei 14.300 (3/6)
5 – Limite de potência passa a ser 3 MW
6 – Nova Regra de compensação de créditos transição intermediária
(do 12º ao 18º mês da publicação da lei)

2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2031

75% 90%
60%
45%
< 500 kW 30% Fio B
15%
Regras a serem
estabelecidas pela ANEEL

Alternativa 5 + Benefícios
Fio B ao sistema elétrico
> 500 kW 40% FIO A
Encargos TFSEE e P&D

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Resumo Lei 14.300 (4/6)
5 – Limite de potência passa a ser 3 MW
6 – Nova Regra de compensação de créditos transição final
(após 18º mês da publicação da nova regras)

2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029

75% 90%
60%
45%
< 500 kW 30% Fio B
15%
Regras a serem estabelecidas pela ANEEL

Alternativa 5 + Benefícios ao sistema


elétrico
Fio B
> 500 kW 40% FIO A
Encargos TFSEE e P&D

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Resumo Lei 14.300 (5/6)
7 – Regras a serem estabelecidas pela ANEEL sobre Benefícios ao sistema elétrico

Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e ANEEL:


Estabelecerá diretrizes para a valoração dos custos e benefícios da micro e
minigeração, prazos a partir da data da publicação
▪ Até 6 meses para o CNPE estabelecer as diretrizes
▪ Até 18 meses para a ANEEL estabelecer os cálculos da valoração dos benefícios

Benefícios a serem considerados:


▪ Locacionais
▪ Componentes de Geração
▪ Perdas elétricas
▪ Transmissão
▪ Distribuição

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Resumo Lei 14.300 (6/6)
8 – Cronograma
ANEEL estabelece regras para o novo
CNPE define diretrizes cálculo da valoração dos benefícios
para valoração dos (Regra transição final)
benefícios da GD
Início da regra de
Para novos projetos, nova regra de compensação final
Publicação da compensação dos créditos de GD
Lei 14.300 (regra transição intermediária) Fim da Regra Atual

07/01/2022 07/07/2022 07/01/2023 07/07/2023 01/01/2029 31/12/2045

6 meses

12 meses

18 meses
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Viabilidade da GD
Vamos separar alguns elementos importantes:
▪ Alteração da TUSD Demanda como consumidor para TUSD Geração na revisão tarifária de cada distribuidora

▪ Projetos menores (<) que 500 kW – não compensação em cascata do Fio B

▪ Projetos maiores (>) que 500 kW – não compensação total do Fio B, 40% do Fio A e TFSEE e P&D

PLANILHA

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Dúvidas?
Caso precise de mais informações,
eu estou a inteira disposição para ajudar.

Bernardo Marangon
Sócio Administrador
bernardo.marangon@exataenergia.com.br
https://www.linkedin.com/in/bernardomarangon

+55 11 98163 6262

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