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Caro aluno,
1) Apresentação/Introdução;
2) . Problemática;
4) Objetivos;
5) Procedimentos metodológicos;
6) Cronograma;
7) Referências.
Estaremos detalhando cada um desses tópicos, com um exemplo para que você possa
iniciar a construção do seu juntamente com o tutor a distância.
Cabe a você agora iniciar a construção do seu projeto de pesquisa. A seguir indicamos
algumas referências que podem lhe ajudar nessa empreitada. Além dessas, existem
inúmeros livros de metodologia científica que podem lhe auxiliar. Consulte-os.
http://www.uel.br/cce/geo/didatico/omar/pesquisa_geografia_fisica/
ConstruindoCiencia.pdf
http://www.ead.uepb.edu.br/arquivos/cursos/Geografia_PAR_UAB/Fasciculos%20-
%20Material/Pesquisa%20e%20Ensino%20de%20Geografia/
PESQENSGEOAULA4.pdf
Nesse tópico você vai apresentar como chegou ao tema e proporcionar, ao leitor, uma
visão geral do que pretende investigar. É importante demonstrar como você chegou ao
tema a ser investigado.
I – APRESENTAÇÃO
2). Problemática
Exemplo de problematização:
A análise da produção familiar enseja um debate teórico e pode ser sintetizada em duas
posições: uma, que está centrada na categoria Agricultura Familiar, derivada, sobretudo,
do estudo elaborado conjuntamente pela FAO/INCRA (1994) e que passou a orientar as
políticas de desenvolvimento rural implementadas pelo Estado Brasileiro; e outra, que
preconiza a atualidade e a eficácia do conceito de campesinato para a análise da
produção em base familiar no Brasil e que tem na luta pelo acesso à terra o eixo
fundamental de análise. Estabeleceu-se, assim, um profícuo debate sobre a produção em
base familiar e suas estratégias de sobrevivência no território brasileiro.
Buainain e Fonseca (2011) contataram que "a agricultura familiar foi uma bem sucedida
'invenção' e 'inovação' dos anos 90, na qual a academia teve um papel importante.
Destarte, foi disseminada, na literatura que, a agricultura familiar é definida pela
utilização da mão-de-obra, tamanho da propriedade, direção dos trabalhos e na renda
gerada pela atividade agrícola. Há sempre um traço em comum: ao mesmo tempo em
que é proprietária dos meios de produção, o trabalho é realizado pela família.
Assim reafirma-se o papel da agricultura familiar, e a Região Sudeste, emerge como a
terceira região com maior número de estabelecimentos familiares, com 699.978
estabelecimentos, ou 16% do total, segundo o Censo Agropecuário do IBGE de 2006.
Eles ocupavam 12.789.019 ha, ou 15,9% do total da área ocupada por este tipo de
estabelecimento no país. Nela, os estabelecimentos familiares representaram 76% do
total de estabelecimentos e 24% do total da área. E essa realidade também se encontra
presente no estado do Rio de Janeiro, que no Censo Agropecuário de 2006 registrou a
presença de 58.482 estabelecimentos agropecuários, ocupando uma área de 2.048.973
há e com 157.634 pessoas ocupadas nesses estabelecimentos, e com um aumento de 6%
no número de estabelecimentos rurais em relação a 1995/1996.
A concepção que prioriza a agricultura familiar como unidade de análise centra-se nos
estudos da FAO/INCRA (1994), que dividem a exploração agrícola em modelo patronal
e familiar, e no estabelecimento do Programa Nacional de Produção Familiar –
PRONAF. Esta concepção objetiva estabelecer diretrizes e ações que levem ao
desenvolvimento rural e à integração dos produtores familiares ao mercado, realizando,
para tanto, uma classificação dos agricultores familiares brasileiros.
Os dois primeiros são produtores com maior desenvoltura no mercado e, por isso, a
busca por assistência técnica e crédito ocorre com maior frequência. Neste caso, o uso
de média/alta tecnologia (máquinas, insumos, defensivos etc) é inevitável, sendo
considerada uma agricultura dinâmica e de trabalhadores “qualificados” de acordo com
o padrão capitalista. Esses agricultores, também, obtêm bons rendimentos de
produtividade e lucro, apresentando os modelos mais semelhantes aos de uma empresa
rural familiar, inseridos em todos os padrões de agricultura familiar adotados pelo
PRONAF.
Para compreender a problemática que envolve a questão da luta pela terra no século
XX, devemos considerar que, durante os anos de 1960-1980, predominou, no Brasil, um
modelo de desenvolvimento econômico baseado na substituição de importações, cujo
objetivo era desenvolver a indústria e eliminar as relações “arcaicas” da agricultura.
Esse processo, que ficou conhecido como “modernização da agricultura”, provocou
modificações significativas na forma de produzir. Estas transformações, sobretudo, as
ligadas à alteração da base técnica de produção, estão inseridas em um movimento de
mudanças significativas em nível econômico e territorial(Marafon, 1998).
Em suas obras, Fernandes (2002) demonstra que a figura do camponês caminhou por
alguns sistemas de organização da vida social e sobrevive até os dias de hoje – com
relações capitalistas e não-capitalistas de produção – principalmente dentro dos
movimentos sociais, como é o caso do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra. O autor opõe-se, assim, à idéia de que os agricultores familiares representam
o novo, o moderno e o progresso; e os camponeses, o velho, o arcaico e o atrasado.
O debate entre essas duas concepções foi sintetizado por Germer (2002, p. 47 e 48) em
interessante artigo denominado A irrelevância prática da agricultura “familiar” para o
emprego agrícola sinaliza que a denominação de agricultura familiar deriva da
concepção norte-americana de produção familiar, na qual “o chamado produtor
“familiar” representava o pequeno produtor ousado, o homem da fronteira, o pequeno
industrial inovador e assim por diante, representado na agricultura pelo farmer”; e a de
campesinato deriva da concepção européia de produção familiar baseada em Chayanov
(1974), segundo o qual a produção familiar é vista como “dotada de uma lógica própria
e, por isso, capaz de resistir “à transformação capitalista”. Ainda de acordo com Germer
(2002), a concepção norte-americana passa a prevalecer a partir dos anos 1990, no
Brasil, enquanto a concepção européia predominou nos anos de 1970-1980.
Sobre esse debate, concordamos com Wanderley (1999) que a agricultura familiar é um
conceito genérico e que o campesinato corresponde a uma das formas da agricultura
familiar.
Dessa forma, a noção de pluriatividade vem sendo utilizada para descrever o processo
de diversificação que ocorre dentro e fora da propriedade, bem como para apontar a
emergência de um conjunto de novas atividades que tomam lugar no meio rural. De
acordo com Fuller apud Schneider (1999, p. 367):
Muitas propriedades possuem mais fontes de renda do que locais de trabalho, obtendo
diferentes tipos de remuneração. A pluriatividade, portanto, refere-se a uma unidade
produtiva multidimensional, onde se pratica a agricultura e outras atividades, tanto
dentro como fora da propriedade.
Ainda de acordo com Graziano da Silva e Del Grossi (2002), a pluriatividade incorpora
os conceitos de diversificação produtiva e de agricultura em tempo parcial, sendo
consideradas todas as atividades exercidas por todos os membros do domicílio,
inclusive as ocupações por conta própria, o trabalho assalariado e não assalariado,
realizado dentro e/ou fora das explorações agropecuárias. Desse modo, a renda agrícola
vem sendo cada vez mais insuficiente para a manutenção das famílias. A agricultura
está se convertendo em uma atividade de tempo parcial e responde cada vez menos pela
renda e pelo tempo de ocupação da família nessa atividade.
O Estado do Rio de Janeiro é o segundo polo industrial do Brasil e produz cerca de 71%
do petróleo nacional, sendo também o maior produtor de gás natural do país. Além
disso, sua produção de pescado é significativa assim como a olericultura, horticultura e
produção de leite. A sua paisagem natural é bastante diversificada, mas, também,
bastante degradada devido às atividades socioeconômicas vivenciadas pelo Estado.
Corresponde ao Estado mais urbanizado do país, com de 96,7% (Censo Demográfico
2010) de sua população vivendo em áreas urbanas. De acordo com Rua (2002), o
território fluminense é marcado por eixos de urbanização, nos quais ocorre uma
urbanização mais densa, indicando assim uma redistribuição da população e das
atividades produtivas (LIMONAD, 1996, SANTOS, 2003).
Rua (2002, p. 47-48) assinala que no Estado do Rio de Janeiro “prevalece a projeção da
metrópole carioca que intensifica o processo de urbanização”, uma vez que 72% da
população fluminense reside na RMRJ, e essa intensa urbanização marca intensamente
o território fluminense nas “dimensões política, cultural, comportamental, econômica,
onde o significado dessa área urbana torna-se esmagador”.
Os agricultores familiares, como grande maioria, passam por uma grave crise devido à
concentração de renda e à falta de políticas agrícolas efetivas. As grandes propriedades
sempre ocuparam uma parcela considerável do Estado do Rio de Janeiro tendo
desempenhado papel relevante nas exportações agrícolas do País. Entretanto, após
encerrar os ciclos fluminenses de exportação de açúcar e do café (respectivamente
1900-1930 e 1970-1980), a maioria das grandes propriedades voltadas para a
comercialização desses produtos passou a se caracterizar pela falta de dinamismo das
atividades agrárias nela desenvolvidas, devido à descapitalização decorrente da
decadência das grandes lavouras comerciais. Isso contribuiu para que extensas áreas do
Estado apresentem um nível de aproveitamento agrícola muito inferior ao potencial
produtivo das terras, podendo-se mencionar o Vale do Paraíba, no qual predomina a
pecuária bovina caracterizada por índices muito baixos de produtividade.
O território que engloba as Regiões do Médio Vale do Paraíba e Centro Sul Fluminense,
além da produção leiteira, contribui com a produção de hortigranjeiros para o
abastecimento da RMRJ, mas apresenta como marca, na paisagem, a atividade cafeeira,
com presença das grandes casas nas sedes das fazendas, o que levou os municípios da
área a organizarem o “Festival do Vale do Café”. Todavia, não apresenta interatividade
com os produtores familiares, que continuam a buscar sua complementação de renda
nas indústrias da região, que concentram um grande número de empresas do setor
metal-mecânico.
3) Questionamentos
Exemplos de questionamentos:
Exemplo:
4) Objetivos
Em toda a pesquisa é necessário se apontar os objetivos de nossa investigação: o geral e
os específicos. Eles indicam a meta que pretendemos atingir em nossa investigação.
Eles devem ser claros pois indicam o caminho que o investigar pretende seguir no
processo de pesquisa.
Os objetivos são classificados como: Geral, que como o próprio nome indica é o mais
amplo e que sinaliza o escopo da investigação, ele indica a meta a ser atingida, eos
específicos que vão auxiliar nesse processo.
Exemplos:
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos:
5) Procedimentos metodológicos
Nessa etapa do projeto de pesquisa você irá expressar como irá efetuar a pesquisa.
Como irá responder a sua questão ou confirma a sua hipótese. Assim é importante
explicitar as fontes que irá utilizar. Podem ser fontes primárias, como entrevistas,
aplicação de questionários, através da realização de trabalhos de campo etc., ou fontes
secundárias, como dados estatísticos, mapas, jornais ou outro material que contenha
dados sobre o tema que está investigando. Os procedimentos devem estar de acordo
com o problema apresentado e objetivos apontados.
Exemplo:
O roteiro dos questionários, que será aplicado aos produtores rurais, contemplará
aspectos relativos a: dados do produtor; condições de moradias do produtor, bens de
consumo duráveis disponíveis, dados referentes à unidade de produção, força de
trabalho, meios de produção, irrigação, prática ambiental, financiamento, assistência
técnica e organização dos produtores. Os questionários aplicados na EMATER e em
outros órgãos públicos contemplarão aspectos relativos a objetivos, funcionamento,
atuação e compreensão dos problemas regionais do setor agrícola. Em relação aos
empreendimentos relacionados ao turismo rural (hotéis, pousadas, lojas, etc.) serão
efetuados questionamentos que contemplarão o histórico dos empreendimentos, a
atuação, força de trabalho, clientela, inserção na área onde estão localizados e sobre os
fluxos gerados.
A investigação terá resultados parciais, que deverão se traduzir em artigos de
periódicos especializados; apresentação em eventos científicos e na incorporação do
tema às aulas ministradas no curso de graduação e de pós-graduação (mestrado e
doutorado).
6) Cronograma
7) Referências
Aqui são listadas todas as referências que auxiliaram na construção do seu projeto de
pesquisa. Importante observar as normas da ABNT.
-Livros:
AUTOR(ES).Título: subtítulo. Indicação de responsabilidade (organização,revisão
crítica, tradução etc).Edição. Local de publicação (cidade): Editor, data (ano). Número
de páginas ou volumes.
-Dissertações e teses:
AUTOR(ES) Título do capítulo. In: AUTOR (ES) DO LIVRO. Título do livro. Edição.
Local de publicação (cidade): Editora, data (ano). Número de páginas. Páginas inicial e
final do capítulo.
- Artigos de revistas
AUTOR(ES). Título. Local de publicação (cidade): editora, data (ano). Tipo de suporte.
Notas.
CIDE. Anuário Estatístico do estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Nigraph, 1997.
CD-ROM.
-www:
AUTOR(ES). Título. Disponível na Internet. Endereço. Data de acesso.
MOARES, Antonio Carlos R. de. O território brasileiro no limiar do século XXI.
Disponível em: www.geografia.igeo.uerj.br/dgeo/geouerj1h/tonico.htm. Acesso em: 30
maio 2000.
Cabe a você agora iniciar a construção do seu projeto de pesquisa. A seguir indicamos
algumas referências que podem lhe ajudar nessa empreitada. Além dessas, existem
inúmeros livros de metodologia científica que podem lhe auxiliar. Consulte-os.
http://www.uel.br/cce/geo/didatico/omar/pesquisa_geografia_fisica/
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