suicídio formam-se ao longo da sua história e se revelam nos sentidos e modos de ser que constituem a sua existência. Por isso esse fenômeno não escolhe idade, classe social ou gênero.
Estatisticamente as principais causas
são as patologias mentais e, dentre elas a principal é a depressão.
Em seguida vem as psicoses e a
dependência de álcool e drogas. O suicídio significa, antes de tudo, sofrimento e desespero; consiste não só numa questão psíquica e orgânica, mas também filosófica uma vez que surgem dúvidas sobre o sentido da vida.
Portanto o suicídio é multicausal, ou
seja, não pode ser compreendido por um único fator. Na maioria dos casos, existe uma interação entre fatores psicológicos, psiquiátricos, econômicos, culturais e sociais.
Durkheim, filósofo francês, pai da
sociologia que viveu até o início do Século 20, pesquisou profundamente o suicídio, que na sua visão se divide em quatro tipos: yGSDFYIfsdiUAD 4 - Fatalista: ocorre quando uma pessoa é excessivamente regulada, seus desejos são bloqueados, e suas paixões estranguladas por uma disciplina opressiva. [4]
3 – Anomista – que se dá a partir da
perda do padrão social provocada por revoluções, crises econômicas, catástrofes. O indivíduo não suporta a mudança de padrão de vida. Exemplo a crise de 1929 com a quebra da bolsa de valores de NY.
2 - Altruísta – Onde o indivíduo não tem
vida própria, a morte é entendida como em prol de uma causa sociedade. O sujeito acha que está fazendo um bem ao defender uma causa com a própria vida. Exemplo, Kamikazes, homens bomba.
1 – Egoísta – Que acontece a partir da
fragilização dos laços sociais e a perda da identidade social que dá sentido à vida. Durkheim constatou que pessoas casadas tem menos probabilidade de se suicidar que os solteiros, assim como quem tem filhos pequenos, pais vivos e vida social profissional satisfatórias.
Nesse sentido, quem se aposenta, por
exemplo, tem mais chances de perder o sentido da vida e portanto, mais chances de pensar em suicídio do que quem está na ativa, assim como quem vive sozinho e solitário tem mais chances do que aquele que vive em grupo.
O sujeito se percebe impossibilitado de
lidar com o meio em que vive e diante dessa angústia, investe sua energia na autodestruição.
Pouco a pouco a pessoa passa a se
sentir morta em vida, e o suicídio significaria juntar a parte viva com a parte já morta.
Para acabar com o sofrimento, mata-se
o todo.
Pesquisas recentes mostram que no
Brasil em torno de 30 pessoas cometem suicídio diariamente e é a quarta causa de morte de adolescentes e adultos jovens. A prevenção pode mudar esse quadro, e consiste em não julgar quem sofre, pois ela está sem energia para lidar com as questões da vida, ter alguém por perto que a apoie e valorize aquele momento pode fazer toda a diferença para essa pessoa.
É fundamental para a prevenção do
suicídio manter relações próximas como amigos, trabalho, ocupação, relação familiar construtiva e laços afetivos relevantes, assim como cuidar da saúde física, mental e social.