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6 A autora faz um paralelo entre act, traduzido pelo verbo “agir” e pelo substantivo
“ato”, e enact, que diz do ato de representar ou encenar, de “transformar em lei”
(uma vez que act também carrega o sentido de “decreto” ou “lei”), e ainda de “pôr
em prática” como sinônimo de “pôr em ação”. A tradução de enact por “pôr em
ato”, portanto, guarda as mesmas nuances. (N.T.)
8 FOUCAULT, Michel. Discipline and Punish: The Birth of the Prison. Nova York:
Pantheon, 1977; Surveiller et punir: naissance de la prison. Paris: Gallimard, 1975;
The History of Sexuality, Volume 1: An Introduction. Tradução para o inglês de
Robert Hurley. Nova York: Vintage, 1978; Histoire de la sexualité 1: volonté de
savoir. Paris: Gallimard, 1978; The Use of Pleasure: Volume 2 of The History of
Sexuality. Nova York: Pantheon, 1985; L’usage des plaisirs. Paris: Gallimard,
1984; Two Lectures. In: Power/Knowledge: Selected Interviews and Other
Writings, 1972-77. Editado por Colin Gordon. Nova York: Pantheon, 1980, p. 78-
108. [Edições brasileiras: Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de
Raquel Ramalhete. 20. ed. Petrópolis: Vozes, 1987; História da sexualidade 1: a
vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A.
Guilhon Albuquerque. 13. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1999; História da sexualidade
2: o uso dos prazeres. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque. 13. ed.
Rio de Janeiro: Graal, 2009; Soberania e disciplina. In: Microfísica do poder.
Tradução de Roberto Machado. 13. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1998, p. 179-191.]
11 Faço uma distinção entre interno e interior, de acordo com as convenções dentro
da fenomenologia: “interno” designa uma relação contingente; “interior”, uma
relação constitutiva. Essa terminologia também ressalta o registro fenomenológico
desta última.
12 Ambos os autores usam a palavra Trieb para “pulsão”. Além disso, ambos
representam essa pulsão como o que pode se voltar e se volta sobre si mesmo.
14 Para uma discussão sobre a falta de violência originária nas noções foucaultianas
de produtividade discursiva, ver o provocativo ensaio de SPIVAK, Gayatri
Chakravorty. More on Power/Knowledge. In: Outside in the Teaching Machine.
Nova York: Routledge, 1993, p. 33.
15 As reflexões de Freud no ensaio “Luto e melancolia” são importantes para as
observações de Melanie Klein a respeito da incorporação.
16 Espinosa argumenta que “cada coisa esforça-se, tanto quanto está em si, por
perseverar em seu ser” (p. 173), mesmo que ele afirme que “uma coisa que é
determinada a operar de alguma maneira foi necessariamente determinada por
Deus” (p. 49). Desse modo, a autonomia é sempre condicionada e, até certo ponto,
subvertida pelas condições de sua própria possibilidade (SPINOZA, Benedictus de.
Ética. Tradução de Tomaz Tadeu. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2013. Edição
bilíngue.)
Apego obstinado, sujeição corporal17
Relendo Hegel sobre a consciência infeliz
19 FOUCAULT, Michel. Discipline and Punish: The Birth of the Prison. Nova
York: Pantheon, 1977, p. 30; Surveiller et punir: naissance de la prison. Paris:
Gallimard, 1975, p. 30. [Edição brasileira: Vigiar e punir: nascimento da prisão.
Tradução de Raquel Ramalhete. 20. ed. Petrópolis: Vozes, 1987, p. 29.] Doravante
citado no texto como Vigiar e punir, com a paginação referindo-se à edição
brasileira.
Talvez o objetivo hoje em dia não seja descobrir o que somos, mas
recusar o que somos. Temos que imaginar e construir o que
poderíamos ser para nos livrarmos deste “duplo constrangimento”
político, que é a simultânea individualização e totalização própria
às estruturas do poder moderno […] A conclusão seria que o
problema político, ético, social e filosófico de nossos dias não
consiste em tentar liberar o indivíduo do Estado nem das
instituições do Estado, porém nos liberarmos tanto do Estado
quanto do tipo de individualização que a ele se liga. Temos que
promover novas formas de subjetividade através da recusa deste
tipo de individualidade que nos foi imposto há vários séculos.55
35 Este ensaio foi publicado anteriormente em RAJCHMAN, John (Org.). The Question of
Identity. Nova York: Routledge, 1995.
36 Na discussão que proponho a seguir, tomo algumas ideias do primeiro capítulo do meu Bodies
That Matter e as amplio. Ver BUTLER, Judith. Bodies That Matter: On the Discursive Limits of
“Sex”. Nova York: Routledge, 1993, p. 33-36.
37 Ver BARTKY, Sandra. Femininity and Domination. Nova York: Routledge, 1990.
38 FOUCAULT, Michel. Discipline and Punish: The Birth of the Prison. Nova York: Pantheon,
1977, p. 203; Surveiller et punir: naissance de la prison. Paris: Gallimard, 1975, p. 202. [Edição
brasileira: Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 20. ed.
Petrópolis: Vozes, 1987, p. 168.] Doravante citado no texto como Vigiar e punir, com a paginação
referindo-se à edição brasileira.
39 É importante distinguir entre a noção de psique, que inclui a noção de inconsciente, e a noção
de sujeito, cuja formação é condicionada pela exclusão do inconsciente.
40 Para uma discussão extensa e rica sobre o funcionamento das normas na subjetivação, e, em
particular, sobre como devemos entender as normas como ações transitivas, ver MACHEREY,
Pierre. Towards a Natural History of Norms. In: ARMSTRONG, Timothy J. (Org.). Michel
Foucault/Philosopher. Tradução para o inglês de Timothy J. Armstrong. Nova York: Routledge,
1992, p. 176-191. No mesmo volume, para uma discussão sobre os escritos de Foucault que se
referem indiretamente a Lacan, ver MILLER, Jacques-Alain. Michel Foucault and Psychoanalysis,
p. 58-63. Sobre o problema da relação dinâmica entre as exigências éticas e a subjetividade a que
se destinam, ver a discussão comparativa e muito útil sobre Foucault e Lacan em RAJCHMAN,
John. Truth and Eros: Foucault, Lacan, and the Question of Ethics. Nova York: Routledge, 1991.
41 Não estou sugerindo que a psicanálise seja representada apenas por essas duas figuras, mas,
nesta análise, será.
43 Essa questão é proposta de uma maneira diferente por Charles Taylor quando ele pergunta se há
um lugar para a “interioridade” agostiniana em Foucault; ver o seu “Foucault on Freedom and
Truth”, em HOY, David Couzens (Org.). Foucault: A Critical Reader. Nova York: Blackwell,
1986, p. 99. Ela também é colocada de maneira interessante por William Connolly em The
Augustinian Imperative. Newbury Park, CA: Sage Press, 1993.
44 Ver o meu “Foucault and the Paradox of Bodily Inscriptions”, Journal of Philosophy, v. 86, n.
11, p. 257-279, Nov. 1989.
45 Ver as discussões sobre o Eu corporal em FREUD, Sigmund. The Ego and the Id. In: The
Standard Edition of the Complete Psychological Works of Sigmund Freud. Tradução para o inglês
de James Strachey. Londres: Hogarth, 1953-1974, v. 19, p. 26. [Edição brasileira: O Eu e o Id. In:
O eu e o Id, “Autobiografia” e outros textos (1923-1925). Tradução de Paulo César de Souza. São
Paulo: Companhia das Letras, 2011. (Obras Completas, v. 16).] Ver também WHITFORD,
Margaret. Luce Irigaray: Philosophy in the Feminine. Londres: Routledge, 1991, p. 53-74.
46 Para uma explicação mais completa de como Foucault reelabora as ideias de Aristóteles, ver
“Bodies that Matter” em meu Bodies that Matter, p. 32-36.
47 “O que estava em jogo não era o quadro rude demais ou ascético demais, rudimentar demais ou
aperfeiçoado demais da prisão, era sua materialidade na medida em que ele é instrumento e vetor
de poder” (FOUCAULT. Vigiar e punir, p. 29).
48 Ver FOUCAULT, Michel. Nietzsche, Genealogy, History. In: RABINOW, Paul. The Foucault
Reader. Nova York: Pantheon, 1984. [Edição brasileira: Nietzsche, a genealogia, a história. In:
Ditos e escritos II. Tradução de Elisa Monteiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008, p.
260-281.]
49 Ver PATHAK, Zakia; RAJAN, Rajeswari Sunder. Shahbano. In: BUTLER, Judith; SCOTT,
Joan (Org.). Feminists Theorize the Political. Nova York: Routledge, 1992, p. 257-279.
50 ALTHUSSER, Louis. Ideology and Ideological State Apparatuses (Notes Towards an
Investigation). In: Lenin and Philosophy and Other Essays. Tradução para o inglês de Ben
Brewster. Nova York: Monthly Review Press, 1971, p. 170-177. [Edição brasileira: Ideologia e
Aparelhos Ideológicos de Estado (notas para uma investigação). In: ŽIŽEK, Slavoj (Org.). Um
mapa da ideologia. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996, p. 105-142.]
51 Um excelente livro que se apropria dessa problemática de Althusser e a leva para o feminismo é
RILEY, Denise. “Am I That Name?”: Feminism and the Category of ‘Women’ in History.
Minneapolis: University of Minnesota Press, 1988.
52 Sobre a interpelação social do nome próprio, ver ŽIŽEK, Slavoj. The Sublime Object of
Ideology. Londres: Verso, 1989, p. 87-102.
53 ROSE, Jacqueline. Sexuality in the Field of Vision. Londres: Verso, 1987, p. 90-91.
54 FOUCAULT. História da sexualidade 1, p. 91.
55 FOUCAULT, Michel. O sujeito e o poder. In: DREYFUS, Hubert L.; RABINOW, Paul (Org.).
Foucault, uma trajetória filosófica. Tradução de Vera Porto Carrero. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 1995, p. 239.
56 Para uma advertência psicanalítica contra “colapsar” o psíquico e o social, ver o prefácio de
GURGIN, Victor; DONALD, James; KAPLAN, Cora (Org.). Formations of Fantasy. Londres:
Methuen, 1986.
57 Nessa discussão, os termos “apego” e “investimento” devem ser entendidos como intencionais
no sentido fenomenológico, isto é, como movimentos ou trajetórias libidinais que sempre tomam
um objeto. Não existe apego que se inicie desvinculado e tome posteriormente um objeto; em vez
disso, o apego é sempre apego a um objeto, sendo na medida em que aquilo a que se apega altera o
próprio apego. A transferibilidade do apego pressupõe que o objeto ao qual se estabelece o apego
pode mudar, mas que o apego persistirá e sempre tomará algum objeto, e também que esse ato de
vinculação (sempre ligado a um tipo de afastamento) é a ação constitutiva do apego. Essa noção de
apego é semelhante a certos esforços de explicar as pulsões em termos não biológicos (para
distingui-los dos esforços que levam a sério o biológico). Aqui poderíamos recorrer à interpretação
de Gilles Deleuze a respeito das pulsões em Masochism: An Interpretation of Coldness and
Cruelty (Nova York: Braziller, 1971; Présentation de Sacher-Masoch [Paris: Minuit, 1967]), em
que ele sugere que as pulsões podem ser entendidas como a pulsionalidade da postulação ou da
valoração. Ver também as discussões recentes de Jean Laplanche nas quais “a pulsão” se torna
indissociável de sua articulação cultural: “acreditamos ser necessário conceber um duplo estágio
expositivo: de um lado, o estágio preliminar de um organismo vinculado à homeostase e à
preservação de si, e, de outro, o estágio do mundo cultural adulto em que o infante está imediata e
completamente imerso” (FLETCHER, John; STANTON, Martin (Org.). Jean Laplanche:
Seduction, Translation, Drives. Londres: Institute of Contemporary Arts, 1992, p. 187).
“A consciência nos torna a todos sujeitos”58
A sujeição em Althusser
63 Althusser envolve sua própria escrita na versão de interpelação ideológica que explica: “é essencial
reconhecer que tanto o autor destas linhas quanto o leitor que as lê são, eles mesmos, sujeitos, e
portanto, sujeitos ideológicos (proposição tautológica), isto é, que o autor e o leitor destas linhas
vivem, ‘espontânea’ ou ‘naturalmente’, numa ideologia” (ALTHUSSER. Ideologia, p. 132). Nessa
observação, Althusser presume as capacidades de autoridade da voz e insiste que sua escrita, na medida
em que é ideológica, aborda seu leitor como o abordaria uma voz.
68 VINCENT, Jean-Marie. La lecture symptomale chez Althusser. In: FUTUR ANTÉRIEUR (Org.).
Sur Althusser: passages. Paris: Éditions L’Harmattan, 1993, p. 97.
69 Ao longo da trajetória da autora, o verbo to perform e o substantivo performance e derivados
adquirem significados importantes que ultrapassam os sentidos de “cumprir”, “desempenhar”,
“executar” e “interpretar”. Mantivemos essa nuance, portanto, em momentos em que esses sentidos
dialogam com outros escritos da autora, e traduzimos por “performar” e “performance”. (N.T.)
70 A tradução em inglês consultada por Butler usa dois termos para se referir à consciência:
consciousness, que aqui seria a consciência geral e cotidiana, e conscience, que seria a “cívica e
profissional”, nas palavras de Althusser. Tanto a tradução brasileira quanto o original em francês usam
um único termo: consciência (conscience, em francês). (N.T.)
71 ALTHUSSER. Ideologia, p. 108.
72 Sobre esse aspecto, podemos comparar produtivamente a Ética protestante, de Max Weber, com
Althusser. Em ambos, o trabalho é efetivamente garantido através de uma ética cristã, embora em
Althusser a inflexão religiosa pareça ser mais católica do que protestante.
73 Pierre Bourdieu elabora o conceito de habitus em “A lógica da prática” (In: O senso prático.
Tradução de Maria Ferreira. Petrópolis: Vozes, 2009, p. 150-163), em que analisa os rituais
incorporados do cotidiano pelos quais determinada cultura produz e sustenta a crença em sua própria
“evidência”. Bourdieu destaca o lugar do corpo, seus gestos, sua estilística, seu “conhecimento”
inconsciente como o local de reconstituição de um sentido prático sem o qual a realidade social não
poderia ser constituída. A ideia de habitus em Bourdieu pode ser interpretada como uma reformulação
da ideia de ideologia de Althusser. Enquanto Althusser escreve que a ideologia constitui a “evidência”
do sujeito, mas que essa evidência é efeito de um dispositivo [dispositif], o mesmo termo ressurge em
Bourdieu para descrever a maneira como um habitus gera certas crenças. Para Bourdieu, as disposições
são geradoras e transponíveis. Vejamos no “Ideologia”, de Althusser, o início dessa última
reapropriação: “Um indivíduo acredita em Deus, ou no Dever, na Justiça etc. Essa crença decorre (para
todo o mundo, isto é, para todos os que vivem numa representação ideológica da ideologia, que reduz a
ideologia a ideias dotadas, por definição, de uma existência espiritual) das ideias do indivíduo em
questão, ou seja, dele como sujeito provido de uma consciência que contém as ideias de sua crença.
Desse modo, isto é, mediante o dispositivo “conceituaI” absolutamente ideológico assim instaurado
(um sujeito dotado de uma consciência em que ele forma livremente ou reconhece livremente as ideias
em que acredita), o comportamento (material) do sujeito em causa é uma decorrência natural” (p. 129).
74 Ver ŽIŽEK, Slavoj. The Sublime Object of Ideology. Londres: Verso, 1989, p. 1-2.
75 DOLAR, Mladen. Beyond Interpellation. Qui Parle, v. 6, n. 2, p. 73-96, 1993. A versão em inglês é
uma revisão do original “Jenseits der Anrufung”, em ŽIŽEK, Slavoj (Org.). Gestalten der Autorität.
Viena: Hora Verlag, 1991.
82 Este artigo foi apresentado pela primeira vez nos encontros da Divisão 39 da
Associação Americana de Psicologia, em Nova York, em abril de 1993.
Posteriormente foi publicado com a réplica de Adam Phillips e minha tréplica em
Psychoanalytic Dialogues: A Journal of Relational Perspectives, v. 5, n. 2, p. 165-
194, 1995.
83 FREUD, Sigmund. The Ego and the Id. In: The Standard Edition of the
Complete Psychological Works of Sigmund Freud. Tradução para o inglês de James
Strachey. Londres: Hogarth, 1953-1974, v. 19, p. 26. [Edição brasileira: O Eu e o
Id. In: O eu e o Id, “Autobiografia” e outros textos (1923-1925). Tradução de Paulo
César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. (Obras Completas, v. 16).
E-book, sem paginação.]
94 Isso não é sugerir que uma matriz de exclusão diferencie rigorosamente nossa
forma de nos identificar e nossa forma de desejar; é perfeitamente possível haver
uma sobreposição da identificação e do desejo na troca heterossexual ou
homossexual, ou num histórico bissexual de prática sexual. Além disso,
“masculinidade” e “feminilidade” não esgotam os termos par representar a
identificação ou o desejo erotizados.
95 O projeto “AIDS Memorial Quilt” (Colcha de Retalhos da Aids) foi lançado em
1987, em São Francisco, Estados Unidos, pela NAMES Project Foundation. Trata-
se de uma colcha gigantesca, confeccionada coletivamente por parentes de vítimas
da aids, em que cada painel de retalhos presta homenagem a uma vítima. O projeto
continua ativo – em 2017 a colcha já reuniu mais de 49 mil painéis, segundo o site
da instituição: http://www.aidsquilt.org. (N.T.)
96 Ver CRIMP, Douglas. Mourning and Militancy. October, v. 51, p. 97-107, 1989.
97 Die-ins são protestos nos quais os manifestantes se deitam no chão simulando
estarem mortos. A Queer Nation é uma organização ativista formada em março de
1990, em Nova York, com ramificações em diversas cidades dos Estados Unidos.
Os die-ins estão entre os protestos promovidos pelo grupo, conhecido por táticas de
confronto e manifestações provocadoras. (N.T.)
98 BERSANI, Leo. The Freudian Body: Psychoanalysis and Art. Nova York:
Columbia University Press, 1986, p. 64-66, 112-113.
Manter em movimento
Comentário sobre “Gênero
melancólico/identificação recusada”, de
Judith Butler
Adam Phillips
O fim das frases e outras pausas só surgem quando
ficamos sem tempo ou esperança.
Carolyn Creedon, The Best American Poetry
103 “A única coisa que o luto me ensinou foi quão superficial ele é”. Ver
EMERSON, Ralph Waldo. Experience. In: Complete Essays: First and Second
Series. Nova York: Heart’s International Library, 1914, p. 269. (The Works of
Ralph Waldo Emerson, v. 1). (N.T.)
104 Citado em DUNN, Stephen. Walking light. Nova York: Norton, 1993. [A
citação brasileira é de VALÉRY, Paul. Poesia e pensamento abstrato. In:
Variedades. Tradução de Maiza Martins Siqueira. São Paulo: Iluminuras, 1991.]
105 DOUGLAS, Mary. Purity and Danger. Londres: Routledge, 1966. [Edição
brasileira: Pureza e perigo. Tradução de Mônica Siqueira Leite de Barros e Zilda
Pinto. 2 ed. São Paulo: Perspectiva, 2010.]
Resposta ao comentário de
Adam Phillips sobre “Gênero
melancólico/identificação recusada”
112 Judith Butler utiliza a tradução inglesa da Edição Standard das obras de Freud,
hoje superada. Como ela mesma revisa a tradução em seguida, traduzimos este trecho
de modo mais colado à citação em inglês. A nova tradução que ela propõe está
alinhada com a edição usada aqui como referência. (N.T.)
113 FREUD, Sigmund. Trauer und Melancholie. In: Psychologie des Unbewussten,
Studienausgabe. Frankfurt: S. Fischer, 1982, p. 193-212.
114 Word-traces, no original. Vale notar que a expressão não consta da edição em
inglês de “Luto e melancolia”. Freud fala em Erinnerungsspuren (vestígios
mnemônicos, traços de memória – memory traces) e em Wortbesetzungen
(investimentos de palavra, catexias da palavra – word-cathexes). (N.T.)
115 Ver SCHAEFER, Roy. A New Language for Psychoanalysis. New Haven: Yale
University Press, 1976, p. 177. Para uma perspectiva da fantasia que opera dentro da
melancolia, ver o capítulo 1 de ABRAHAM, Nicolas; TOROK, Maria. The Shell and
the Kernel: Renewals of Psychoanalysis. Tradução para o inglês de Nicholas T. Rand.
Chicago: University of Chicago Press, 1994. [Edição brasileira: A casca e o núcleo.
Tradução de Maria José R. F. Coracini. São Paulo: Escuta, 1995.]
116 Conscience, no original. Nas antigas tradições de Freud, não se levou muito em
consideração a diferença entre “consciência”, a Bewusstsein que se opõe ao
inconsciente, e “consciência moral” em relação à própria conduta, a Gewissen. (N.T.)
117 “É a imagem de seu corpo que é o princípio de toda unidade que ele percebe nos
objetos. […] é sempre ao redor da sombra errante do seu próprio eu que vão-se
estruturando todos os objetos de seu mundo [I’ombre errante de son propre moil]”
(LACAN, Jacques. O seminário, livro 2: o eu na teoria de Freud e na técnica da
psicanálise. Tradução de Marie- Christine Laznik-Penot. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
1985, p. 211).
118 FREUD, Sigmund. The Ego and the Id. In: Standard Edition, v. 19, p. 54. (“Wie
kommt es nun, dass bei der Melancholie das der Ich zu einer Art Sammelstätte der
Todestriebe werden kann?”) [Edição brasileira: O Eu e o Id. In: O eu e o Id,
“Autobiografia” e outros textos (1923-1925). Tradução de Paulo César de Souza. São
Paulo: Companhia das Letras, 2011. (Obras Completas, v. 16). E-book, sem
paginação.]
119 Sobre a mimese primária, ver BORCH-JACOBSEN, Mikkel. The Emotional Tie:
Psychoanalysis, Mimesis, and Affect. Stanford: Stanford University Press, 1993.
FILŌ
A alma e as formas
Ensaios
Georg Lukács
A aventura da filosofia francesa no século XX
Alain Badiou
Ciência, um Monstro
Lições trentinas
Paul K. Feyerabend
Em busca do real perdido
Alain Badiou
Do espírito geométrico e da arte de persuadir
e outros escritos de ciência, política e fé
Blaise Pascal
A ideologia e a utopia
Paul Ricœur
O primado da percepção
e suas consequências filosóficas
Maurice Merleau-Ponty
A sabedoria trágica
Sobre o bom uso de Nietzsche
Michel Onfray
Se Parmênides
O tratado anônimo De Melisso Xenophane Gorgia
Barbara Cassin
A teoria dos incorporais
no estoicismo antigo
Émile Bréhier
A união da alma e do corpo
em Malebranche, Biran e Bergson
Maurice Merleau-Ponty
Relatar a si mesmo
Crítica da violência ética
Judith Butler
FILŌAGAMBEN
Bartleby, ou da contingência
Giorgio Agamben
seguido de Bartleby, o escrevente
Herman Melville
A comunidade que vem
Giorgio Agamben
O homem sem conteúdo
Giorgio Agamben
Ideia da prosa
Giorgio Agamben
Introdução a Giorgio Agamben
Uma arqueologia da potência
Edgardo Castro
Meios sem fim
Notas sobre a política
Giorgio Agamben
Nudez
Giorgio Agamben
A potência do pensamento
Ensaios e conferências
Giorgio Agamben
O tempo que resta
Um comentário à Carta aos Romanos
Giorgio Agamben
Gosto
Giorgio Agamben
FILŌBATAILLE
O culpado
Seguido de A aleluia
Georges Bataille
O erotismo
Georges Bataille
A experiência interior
Seguida de Método de meditação e Postscriptum 1953
Georges Bataille
A literatura e o mal
Georges Bataille
A parte maldita
Precedida de A noção de dispêndio
Georges Bataille
Teoria da religião
Seguida de Esquema de uma história das religiões
Georges Bataille
Sobre Nietzsche
vontade de chance
Georges Bataille
FILŌBENJAMIN
O anjo da história
Walter Benjamin
Baudelaire e a modernidade
Walter Benjamin
Estética e sociologia
da arte
Walter Benjamin
Imagens de pensamento
Sobre o haxixe e
outras drogas
Walter Benjamin
Origem do drama trágico alemão
Walter Benjamin
Rua de mão única
Infância berlinense: 1900
Walter Benjamin
Walter Benjamin
Uma biografia
Bernd Witte
FILŌESPINOSA
Breve tratado de Deus,
do homem e do seu
bem-estar
Espinosa
Espinosa subversivo e outros escritos
Antonio Negri
Princípios da filosofia cartesiana e Pensamentos
metafísicos
Espinosa
A unidade do corpo
e da mente
Afetos, ações e paixões em Espinosa
Chantal Jaquet
FILŌESTÉTICA
O belo autônomo
Textos clássicos de estética
Rodrigo Duarte (Org.)
O descredenciamento filosófico da arte
Arthur C. Danto
Do sublime ao trágico
Friedrich Schiller
Íon
Platão
Pensar a imagem
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FILŌMARGENS
O amor impiedoso
(ou: Sobre a crença)
Slavoj Žižek
Estilo e verdade em
Jacques Lacan
Gilson Iannini
Interrogando o real
Slavoj Žižek
Introdução a Foucault
Edgardo Castro
Introdução a Jacques Lacan
Vladimir Safatle
Kafka
Por uma literatura menor
Gilles Deleuze
Félix Guattari
Lacan, o escrito, a imagem
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Jean-Claude Milner,
François Regnault, Gérard Wajcman
O sofrimento de Deus
Inversões do Apocalipse
Boris Gunjević
Slavoj Žižek
Psicanálise sem Édipo?
Uma antropologia clínica da histeria em Freud e Lacan
Philippe Van Haute
Tomas Geyskens
ANTIFILŌ
A Razão
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Copyright © 1997 the Board of Trustees of the Leland
Stanford Junior University
Copyright © 2017 Autêntica Editora
Aline
Sobreira
CAPA
Alberto
Bittencourt
(University
of
California,
Berkeley)
DIAGRAMAÇÃO
Larissa
Carvalho
Mazzoni
Waldênia
Alvarenga
Butler, Judith
A vida psíquica do poder : teorias da sujeição /
Judith Butler ; tradução Rogério Bettoni. — 1. ed.
— Belo Horizonte : Autêntica Editora, 2017. —
(Filô)
Título original: The Psychic Life of Power :
Theories in Subjection
ISBN 978-85-513-0308-5
Bibliogra a.
1. Poder (Ciências sociais) 2. Poder (Filoso a) 3.
Self (Filoso a) 4. Self - Aspectos sociais 5. Sujeito I.
Título. II. Série.
17-09470 CDD-126
Índices para catálogo sistemático:
1. Sujeito : Filoso a 126
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Relatar a si mesmo
Butler, Judith
9788582176894
200 páginas
Compre agora e leia
O que significa ter uma vida ética? Em seu
primeiro estudo amplo sobre filosofia moral, Judith
Butler nos oferece o esboço para uma nova
prática ética, que responda à necessidade de
autonomia crítica e que se fundamente em um
novo sentido do que é o sujeito. O ponto de
partida de Butler é nossa capacidade de
responder a perguntas do tipo: “Como (eu) devo
agir?” ou “O que (eu) devo fazer?” Ela mostra que
essas questões só podem ser respondidas se
antes perguntarmos quem é esse eu que se vê na
obrigação de fazer um certo tipo de relato de si e
de agir de determinada maneira. Como o sujeito
descobre que não pode narrar a si mesmo sem se
responsabilizar, ao mesmo tempo, pelas
condições sociais em que surge, a reflexão ética
exige uma teoria social. Butler nos mostra neste
livro como é difícil relatar a si mesmo e como essa
falta de autotransparência e narratividade é
crucial para um entendimento ético do ser
humano. Em um diálogo brilhante com Adorno,
Lévinas, Foucault e outros pensadores, Butler nos
oferece uma crítica do sujeito moral,
argumentando que o sujeito ético transparente e
racional é um construto impossível que busca
negar a especificidade do que é ser humano. Só
podemos nos conhecer de forma incompleta, e
apenas em relação a um mundo social mais
amplo que sempre nos precedeu e moldou de
maneiras que não somos capazes de apreender
inteiramente. Se somos opacos a nós mesmos,
de que maneira o ato ético pode ser definido pela
explicação que damos de nós? Um sistema ético
que nos considera responsáveis por nosso pleno
autoconhecimento e nossa consistência interna
não nos inflige um tipo de violência ética, levando
a uma cultura de autocensura e crueldade? Ao
reformular a ética como um projeto em que ser
ético significa tornar-se crítico das normas que
nunca escolhemos, mas que guiam nossas ações,
Butler ilumina o que significa para nós, criaturas
falíveis, criar e compartilhar uma ética da
vulnerabilidade, da humildade e da
responsabilidade.
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Estética e sociologia da arte
Benjamin, Walter
9788582178614
288 páginas
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“Com a fotografia, a mão liberta-se pela primeira
vez, no processo de reprodução de imagens, de
importantes tarefas artísticas que a partir de então
passaram a caber exclusivamente aos olhos que
veem através da objetiva.” Walter Benjamin se
aplica ao significado desse advento e destaca a
ironia dialética, pondo em questão os
fundamentos da obra de arte ao possibilitar sua
reprodução em massa – que reforça-lhe o caráter
mercadológico. O processo fotográfico extrapola o
âmbito comercial e ganha teor artístico. O vício da
ocularidade herdado dos gregos passa a ter
condição técnica. Benjamin ilumina o ponto de
inflexão, o início da nova curva crescente. Hoje se
vislumbra no que resulta. Em casa, no trabalho,
na escola, na rua, por toda parte, olhos fixos em
telas, telinhas, telões. A preponderância da visão
sobre os outros sentidos, exponenciada pelo
avanço da informática, atinge o paroxismo,
preocupa pais e educadores. A sutilização
substitui a materialidade; a experiência é preterida
por registros e simulações. A atualidade do
pensamento benjaminiano evidencia-se; o rastro
supera a aura; prefere-se a reprodução ao real,
como uma avó que responde a elogios feitos ao
bebê que leva no carrinho: “Você não viu nada,
olhe aqui!” e exibe no celular a foto da mesma
criança. Beatriz Magalhães
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Jogos para pensar
Abade, Flávia Lemos
9788582171479
96 páginas
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Uma Educação em Direitos Humanos tem se
colocado como tarefa das mais relevantes para as
instituições de ensino de todo o País, a partir do
Plano Nacional de Educação em Direitos
Humanos, que se desdobra nas Diretrizes
Nacionais para a Educação em Direitos Humanos,
aprovadas em 2012. Como enfrentar esse desafio
sem encerrar em escaninhos algo que transcende
as fronteiras disciplinares? As autoras deste livro
propõem que a Educação em Direitos Humanos
(EDH) não seja um mero repasse de informações,
e buscam equilibrar a discussão sobre os direitos
já conquistados com as questões que emergem
nas novas reivindicações sociais. Além de uma
consistente revisão de literatura sobre a EDH, a
obra destaca a importância da dimensão lúdica
para a vida em sociedade, defendendo a
capacidade de brincar como integrante das ações
que o homem opera sobre si e seu mundo. É a
partir dessa perspectiva que Maria Lúcia Miranda
Afonso e Flávia Lemos Abade tomam a
responsabilidade de propor e discutir o uso de
jogos pedagógicos na EDH e na formação para a
cidadania.
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Abrir a história
Sirinelli, Jean-François
9788582174340
128 páginas
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Jean-François Sirinelli é um dos nomes mais
destacados da historiografia francesa atual, sendo
autor de livros importantes no campo da História
do Tempo Presente. Várias de suas publicações
tornaram-se obras de referência, por abordarem
temas fundamentais para a história do século XX,
como os intelectuais, as direitas, a cultura de
massa e a ebulição político-cultural dos anos
1960. Suas pesquisas situam-se no (ou propõem
um) encontro entre o político e o cultural,
resultando em reflexões férteis e originais. Além
de contribuir para o conhecimento histórico
propriamente dito, os trabalhos do autor são
inspiradores na busca de instrumentos teórico-
conceituais adequados ao estudo dos fenômenos
próximos do nosso tempo. Neste belo livro, escrito
com elegância e clareza, ele revisita alguns de
seus temas prediletos, que implicam questões
importantes para os historiadores e demais
interessados nesse campo: as relações
complexas entre história e memória, o impacto
das guerras, a influência das culturas políticas, a
história cultural do político, as mídias e a
democracia, os dilemas da história política ante a
ampliação de escalas espaciais (transcendendo
as fronteiras nacionais) e temporais. Um dos
pontos altos do livro é sua contribuição para o
debate sobre os limites cronológicos da história
do tempo presente, em que Sirinelli usa a bem
inspirada metáfora do pôlder. Muitas são as
razões para ler este livro. Quem o fizer não se
arrependerá. Rodrigo Patto Sá Motta
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Representações do outro
Lara, Glaucia Muniz Proença
9788551300299
280 páginas
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Glaucia Lara e Rita Limberti sempre buscaram, no
garimpo das vozes abafadas das minorias sociais,
o discurso como objeto de estudo, a partir do
ponto de vista do respeito ao Outro. Ambas
edificaram suas carreiras acadêmicas não só
como pesquisadoras, na busca de fenômenos
sociais e linguísticos no ambiente em que eles
ocorrem, mas também como docentes que
sempre tiveram na ponta do giz, em sala de aula,
a magia de despertar curiosidade intelectual em
cada estudante. Mergulhadas no ideal de
(des)velar os excluídos e os injustiçados,
derrubaram fronteiras institucionais. Corajosas, as
duas levantaram bandeiras desafiadoras. Lara
privilegiou a crítica ao discurso purista em torno
da língua padrão ideal, na esteira da luta contra o
preconceito linguístico. Limberti, por sua vez,
valeu-se das heranças da colonização brasileira
para revelar, no discurso dos índios, o clamor de
uma cultura de matizes próprios, que adquire
significação no grito indígena em oposição ao
preconceito linguístico e cultural do homem
branco. A pluralidade desta coletânea que ambas
logram colocar nas mãos do público leitor reflete
apenas parte do perfil acadêmico-profissional das
organizadoras. Denize Elena Garcia da Silva
Coordenadora no Brasil da Rede Latino-
Americana de Análise do Discurso sobre a
Pobreza (REDLAD)
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