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LÍNGUA PORTUGUESA

PROFESSOR NEIDSON CLÁUDIO


2º ANO DO ENSINO MÉDIO / 4º BIMESTRE

 ANÁLISE SINTÁTICA (PARTE II)

TERMOS INTEGRANTES

OBJETO DIRETO
É o complemento de verbos transitivos diretos. Este complemento, normalmente, vem ligado ao verbo
sem auxílio de preposição.
Ex: João comprou uma bola.

ATENÇÃO!! O objeto direto torna-se sujeito da voz passiva.


Ex: Uma bola foi comprada por João.

OBJETO INDIRETO
É o complemento de verbos transitivos indiretos. Esse complemento vem ligado ao verbo por meio de
preposição.
Ex: Os filhos precisam de carinho.
Assisti ao jogo.

COMPLEMENTO NOMINAL
É o complemento de nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) sempre regido de preposição, reclamado
pela sua significação transitiva incompleta. Representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaração
expressa por um nome.
Ex: A defesa da pátria.
O respeito às leis.

ATENÇÃO!!COMPLEMENTO NOMINAL X OBJETO INDIRETO


A diferença entre o complemento nominal e o objeto indireto é que este complementa verbos e aquele é
complementa nomes.

AGENTE DA PASSIVA
É o complemento de um verbo na voz passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo
passivo. Geralmente, vem acompanhado pela preposição por:
Ex: Uma bola foi comprada por João. (João praticou a ação de comprar)

Exercícios

01 - A análise sintática é definida pela relação que se estabelece entre palavras ou grupos de palavras
dentro de um contexto. Relacione a 2ª coluna de acordo com a 1ª, observando a correta classificação dos
termos destacados. A seguir, assinale a alternativa CORRETA:
1. Objeto direto
2. Objeto indireto
3. Complemento nominal
4. Agente da passiva
( ) “ A fome pode determinar a supressão de uma delas.”
( ) “ A destruição não atinge o princípio universal e comum.”
( ) “ Uma das tribos será exterminada pela outra.”
( ) “... e morrem de inanição”
a) 3, 1, 4, 2
b) 1, 2, 3, 4
c) 2, 4, 1, 3
d) 4, 3, 2, 1
e) 3, 4, 1, 3

02. Em: Tinha grande amor à humanidade / As ruas foram lavadas pela chuva / Ele é rico em virtudes. Os
termos destacados são, respectivamente:
a) complemento nominal, agente da passiva, complemento nominal
b) objeto indireto, agente da passiva, objeto indireto
c) complemento nominal, objeto indireto, complemento nominal
d) objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva
e) objeto direto, objeto indireto, complemento nominal

03. Assinale o item em que a função não corresponde ao termo em destaque:


a) Comer demais é prejudicial à saúde. (complemento nominal)
b) Jamais me esquecerei de ti. (objeto indireto)
c) Ele foi cercado de amigos sinceros. (agente da passiva)
d) Não tens interesse pelos estudos. (complemento nominal)
e) Ele tinha receio de tudo a sua volta.. (objeto indireto)

04. O agente da passiva foi corretamente destacado em todas as opções, exceto em:
a) O presídio tinha sido cercado pelos soldados.
b) Ela é a única responsável pela festa.
c) O time foi derrotado pelo campeão da cidade.
d) O mestre foi homenageado pelos alunos.
e) A casa foi destruída pela inundação.

05. "A recordação da cena persegue–me até hoje". Os termos em destaque são:
a) objeto indireto – objeto indireto;
b) complemento nominal – objeto direto;
c) complemento nominal – objeto indireto;
d) objeto indireto – objeto direto;
e) agente da passiva – objeto indireto.

TERMOS ACESSÓRIOS

a) “Chamam-se acessórios os termos que se juntam a um nome ou a um verbo para precisar-lhes o


significado. Embora tragam um dado novo à oração, não são eles indispensáveis ao entendimento do
enunciado. Daí a sua denominação”. (CUNHA E CINTRA, 2013, p. 163)

b) “Termos acessórios são os que desempenham na oração uma função secundária, qual seja a de
caracterizar um ser, determinar os substantivos, exprimir alguma circunstância.” (CEGALLA, 2007, p.
363)

São termos acessórios:


a) o adjunto adnominal;
b) o adjunto adverbial;
c) o aposto.

ADJUNTO ADNOMINAL
Adjunto adnominal é o termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado de
um substantivo, qualquer que seja a função deste. Ele pode vir expresso por:
a) adjetivo: “Na areia podemos fazer até castelos soberbos, onde abrigar o nosso íntimo sonho.”
b) locução adjetiva: “Tinha uma memória de prodígio.”
c) artigo (definido ou indefinido): “O ovo é a cruz que a galinha carrega na vida.”
d) pronome adjetivo: “Deposito a minha dona no limiar da sua moradia.”
e) numeral: “Casara-se havia duas semanas”.
f) locução, expressão ou oração adjetiva (que exprime qualidade, posse, origem, fim ou outra
especificação):

“Os cabelos, que tinha fartos e lisos, caíram-lhe todos”.


“Água da fonte = origem”
“Fio de aço = matéria”
“Casa de ensino, aulas de inglês = fim, especialidade”
Atenção: O mesmo substantivo pode estar acompanhado por mais de um adjunto adnominal. Ex.:

“Um Cristo barroco pendia da cruz, num altar lateral.”

Observação:
1) Não confundir o adjunto adnominal formado por locução adjetiva com complemento nominal. Este,
como vimos, representa o alvo da ação expressa por um nome transitivo: a eleição do presidente,
aviso de perigo…
O adjunto adnominal formado por locução adjetiva representa o agente da ação ou a origem, pertença,
qualidade de alguém ou de alguma coisa: o discurso do presidente, aviso de amigo…

ADJUNTO ADVERBIAL
a) “Adjunto adverbial é, como o nome indica, o termo de valor adverbial que denota alguma circunstância
do fato expresso pelo verbo, ou intensifica o sentido deste, de um adjetivo, ou de um advérbio”. (CUNHA
E CINTRA, 2013, p. 165)

b) “Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em
outras palavras, que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.” (CEGALLA, 2007, p. 364)

O adjunto adverbial pode vir representado por:

a) advérbio: “Aqui não passa ninguém.”


b) por locução ou expressão adverbial: “Lá embaixo aparece Jacarecanga sob o sol do meio-dia.”
c) por oração adverbial: “Quando acordou, já Lisa ali estava.”
Classificação de alguns adjuntos adverbiais
a) de causa: “Não havia de perder o esforço daqueles anos todos, por causa de um exame só, o
derradeiro.”
b) de companhia: “Vivi com Daniel perto de dois anos.”
c) de dúvida: “Talvez Nina tivesse razão…”
d) de fim: “Há homens para nada, muitos para pouco, alguns para muito, nenhum para tudo.”
e) de instrumento: “Dou-te com o chicote, ouviste!”
f) de intensidade: “Gosto muito de ti.”
g) de lugar: “Cheguei à taberna do velho ao fim da tarde.”
h) de matéria: “Cheguei de Paris, e encontrei uma carta de Irene, escrita na véspera do casamento. Era
um adeus com raiva e lágrimas.”
i) de meio: “Voltamos de bote para a ponta do Caju.”
j) de modo: “Vagarosamente, ela foi recolhendo o fio.”
k) de negação: “- Não partas, não. Aqui todos te querem!”
l) de tempo: “Todas as manhãs ele sentava-se cedo a essa mesa e escrevia até as dez, onze horas.”

APOSTO

Aposto é o termo de caráter nominal que se junta a um substantivo, a um pronome, ou a um equivalente


destes, a título de explicação ou de apreciação:
“Eles, os pobres desesperados, tinham uma euforia de fantoches.”

1) O aposto pode
a) ser representado por uma oração: “A verdade é esta: não fala a bem dizer com acento algum”.
b) referir-se a uma oração inteira: “Pediu que lhe fornecessem papel de carta e que lhe restituíssem a sua
caneta, o que lhe foi concedido”.
c) ser enumerativo, ou recapitulativo: “Tudo o fazia lembrar-se dela: a manhã, os pássaros, o mar, o
azul do céu, as flores, os campos, os jardins, a relva, as casas, as fontes, sobretudo as fontes,
principalmente as fontes!”
“Os porcos do chiqueiro, as galinhas, os pé de bogari, o cardeiro da estrada, as cajazeiras, o bode
manso, tudo na casa de seu compadre parecia mais seguro do que dantes.”

Valor sintático do aposto


O aposto tem o mesmo valor sintático do termo a que se refere. Pode, assim, haver:
a) aposto no sujeito: Ela, Dora, foi, de resto, muitíssimo discreta.
b) aposto no predicativo: As escrituras eram duas: a do distrate da hipoteca e a da venda das
propriedades.
c) aposto no complemento nominal: “A vida é um contínuo naufrágio de tudo: de seres e de coisas, de
paixões e de indiferenças, de ambições e temores.”
d) aposto no objeto direto: “Jogamos uma partida de xadrez, uma luta renhida, quase duas horas…”
e) aposto no objeto indireto: “Meu pai cortava cana para a égua, sua montaria predileta.”
f) aposto no agente da passiva: “Esta frase foi proposta por Sebastião Freitas, o vereador dissidente, cuja
defesa dos Canjicas tanto escandalizara os colegas.”
g) aposto no adjunto adverbial: “Foi em 14 de maio de 1542, uma segunda-feira.”
h) aposto no aposto: “As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo
médico, o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de Portugal e
das Espanhas.”
i) aposto no vocativo:
“Razão, Irma do Amor e da Justiça,
Mais uma vez escuta a minha prece.”
Aposto predicativo
“Com o aposto atribui-se a um substantivo a propriedade representada por outro substantivo. Os dois
termos designam sempre o mesmo ser, o mesmo objeto, o mesmo fato ou a mesma ideia. Por isso, o
aposto não deve ser confundido com o adjetivo que, em função de predicativo, costuma vir separado do
substantivo que modifica por uma pausa sensível (indicada geralmente por vírgula na escrita). Numa
oração como a seguinte: E a noite vai descendo muda e calma…”. (CUNHA E CINTRA, 2013, p. 163)

VOCATIVO
Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto,
nem ao sujeito nem ao predicado. O vocativo serve para invocar, chamar ou nomear, com ênfase maior ou
menor, uma pessoa ou coisa personificada: “Dizei-me vós, Senhor Deus!”

Referências:
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática do português. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 2007.
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro:
Lexikon, 2013.

Exercícios

1. Nas orações que seguem, destaque os adjuntos adnominais.

a) Pessoas infelizes não sentem qualquer saudade.


b) O animado cordão carnavalesco saiu.
c) Não conseguiram salvar o pobre rapaz.
d) Jornais da cidade confirmaram aqueles fatos.
e) Várias pessoas viram o terrível acidente.

2. Nas orações que seguem, destaque os adjuntos adverbiais e indique as circunstâncias que
expressam.

a) Resolveram os problemas com calma.


b) Levava muito amor no coração.
c) Ele chegou ontem a Brasília.
d) Eles vinham de longe.
e) Eles sempre se comportam mal na sala de aula.
f) Naquele lugar, não se falava muito alto.

3. Marque:
a) para adjunto adnominal
b) para complemento nominal
( ) A intervenção do diretor serenou os ânimos.
( ) A compra do artilheiro foi comemorada pela torcida.
( ) A alegria dos torcedores animava os jogadores.
( ) O fumo é prejudicial à saúde.
( ) A construção do prédio foi demorada.
( ) A construção do engenheiro foi elogiada.
Seminário
O seminário é um gênero textual oral, em que um tema é exposto através de recursos argumentativos. Para que seja
bem-sucedido, é importante ter planejamento.

O seminário é um dos componentes dos gêneros orais, entretanto, não deve ser entendido como uma simples
exposição de um tema. Aliás, seu principal objetivo não é a exposição, é a reflexão. Diferentemente do que em
geral acontece, o seminário não deve ser considerado como concluído no final da exposição. Essa é apenas a
primeira parte, pois, a partir dela, surgem as dúvidas, as argumentações, os pontos de vistas e são esses fatores
que enriquecem o seminário.

Muitas pessoas não se acham capacitadas para falar em público, entretanto, no caso de um seminário, não é
preciso que a pessoa seja dotada dessa capacidade. Evidentemente, quem a possui pode se sentir mais à
vontade, no entanto, o que define a qualidade de um seminário é o seu planejamento.

O planejamento, ou seja, aquilo que é feito antes da apresentação, definirá o sucesso ou o insucesso do
trabalho. Portanto, atenção, essa parte não deve ser negligenciada. Veja alguns pontos que devem ser
considerados como importantes no momento do planejamento.

1- Definição do tema e dos componentes;

2- Definição do público-alvo;

4- Pesquisar sobre o tema em diferentes fontes e anexar todos os dados que possam contribuir com o
seminário;

5- Elaboração de um roteiro escrito e divisão das partes para a apresentação.

O fato de haver divisão entre as partes não significa que cada componente deve tomar conhecimento somente da
sua parte. É importante que cada um domine a sua, mas também é importante que conheça a do outro.

Informar-se sobre o público-alvo é essencial, pois isso definirá a forma com que o assunto será abordado, pois, a
partir da idade e do nível de conhecimento do grupo, é que serão definidas a linguagem e a abordagem.

O seminário por compor o gênero oral permite que sejam utilizados recursos próprios da fala, como repetição,
pausa, entonação diferenciada etc. No entanto, é imprescindível evitar as gírias e as expressões vulgares.

O seminário é um texto, portanto, suas partes não devem ser entendidas como fragmentos, mas como elementos
que compõem um todo. O que isso significa? Que as partes se relacionam, completam-se, por isso, precisam se
encaixar para que façam sentido. Logo, o seminário precisa seguir uma sequência dividida em:

Início: Em poucas palavras, uma pessoa do grupo faz a apresentação do tema e dos componentes do grupo. É
interessante justificar a escolha do tema, entretanto, isso só é necessário quando o próprio grupo escolhe o tema,
quando esse é preestabelecido, não é necessário.

Desenvolvimento: Embora cada participante apresente a sua parte, não perca o foco de que o seminário é um
texto. Portanto, os elementos de textualidade (coesão, coerência e clareza) devem estar presentes. Entenda que
as partes precisam se relacionar, por isso, é importante que se retome a fala do colega e que se utilize alguma
explicação feita anteriormente para embasar a argumentação.

Conclusão: Para finalizar o seminário, os principais pontos apresentados devem ser retomados, e o
posicionamento do grupo referente ao tema apresentado deve ser definido. Lembre-se de que, a partir desse
momento, o debate deverá ser iniciado. Logo, é importante que todos do grupo dominem o assunto e estejam
preparados para simpaticamente responderem aos colegas.

Por Mayra Gabriella de Rezende Pavan

Atividade oral (Desenvolvimento de temas)


UM GÊNERO TEXTUAL DO MEIO ELETRÔNICO

Torna-se um tanto quanto banal falar sobre algo que dominamos ao extremo. Mas pelo fato de
dominarmos, em razão da constante familiaridade, é que algumas características se tornam despercebidas.
E em se tratando da enorme variedade de gêneros textuais que perfazem o nosso cotidiano, precisamos de
nos inteirar das peculiaridades concernentes a cada um deles.

Não há nada de misterioso nesta prerrogativa, pois estamos tratando de uma modalidade
bastante corriqueira, o e-mail. O mesmo, representando as inovações tecnológicas que dia após dia
chegam para compor o quadro de recursos que tanto nos beneficiam, permite que a comunicação entre
diversos interlocutores seja realizada de forma rápida e eficiente.

Tal interação, que antes somente poderia ser feita por meio de cartas, telegramas ou telefonemas,
contemporaneamente, tornou-se muito mais viável, na qual a praticidade e o dinamismo destacam-se
como características pertinentes.

O termo e-mail (redução de eletronic mail), cuja significância se refere a correio eletrônico, designa
tanto a mensagem enviada através da Internet, como o endereço para o qual enviamos a mensagem.
Geralmente, um endereço de e-mail se compõe da seguinte estrutura: nome@provedor.com.br.

O nome designa o usuário, o símbolo @ (arroba) informa ao computador que o conjunto das informações
é um endereço de e-mail, o provedor é a empresa que possibilita o aceso à Internet, sendo que esta pode
ser gratuita ou mediante o pagamento de uma determinada taxa. O termo com designa
comercial e br, Brasil.

Sua estrutura assemelha-se a da carta, com vocativo, a mensagem em si e a despedida. A data e o


horário, o próprio sistema se encarrega de atribuir. No que tange à linguagem utilizada, esta pode variar
de acordo com o grau de formalismo estabelecido pelos interlocutores. Podendo variar de um certo
coloquialismo, tendendo para uma intimidade mais rebuscada, quanto para um nível mais formal, ao se
tratar de correspondências ligadas à esfera profissional.

No caso de um clima mais íntimo entre os interlocutores, permite-se que haja a abreviação de algumas
palavras, como também a inserção de alguns elementos denominados emoticons (do inglês emotion
icons, ícones de emoção), cuja característica é indicar o estado de espírito por parte do emissor, que para
serem interpretados, faz-se necessário uma inclinação da cabeça para o lado direito.

Por Vânia Duarte


Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

EXERCÍCIOS
FIGURAS DE LINGUAGEM

As figuras de linguagem são recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em
figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.

Figuras de som

a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.


"Belos beijos bailavam bebendo breves brumas boreais" (Luan Farigotini)
b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.
“Ó Formas alvas, brancas, Formas claras” (Cruz e Sousa)
c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
"Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias" (Padre António Vieira)

Figuras de construção

a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.


“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)
b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.
Ela come pizza; eu, carne. (omissão de como)
c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
"Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!" (Olavo Bilac)
d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.
“Do que a terra mais garrida / Teus risonhos, lindos campos têm mais flores" (Osório Duque Estrada, em
Hino Nacional Brasileiro)
e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o
que está implícito. A silepse pode ser:
• De gênero
Vossa Excelência está preocupado.
• De número
Os Lusíadas glorificou nossa literatura.
• De pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que
se derrete na boca.”
f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma
determinada construção sintática e depois se opta por outra.
"O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto" (Carlos Drummond de Andrade) .
g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal"
(Fernando Pessoa)
h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
“ Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer” (Camões)
Figuras de pensamento

a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.
"Eu vi a cara da morte, e ela estava viva". (Cazuza)
b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito
crítico ou humorístico.
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”
c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se
suavizar alguma afirmação desagradável.
Seu Jurandir partiu desta para uma melhor. (em vez de ele morreu)
d) hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.
Estava morrendo de fome. (em vez de estava com muita fome)
e) prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios
de seres animados.
“Devagar as janelas olham...” (Carlos Drummond de Andrade)
f) gradação ou clímax: é a apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax) ou descendente
(anticlímax)
"O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha a gula do milionário." (Olavo Bilac)
g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).
“Ó Leonor, não caias!”

Figuras de palavras
a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa
relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma
comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
“Meu coração é um balde despejado” (Fernando Pessoa)
b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que
usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de
significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora
sempre alguma relação lógica entre os termos. Observe:
Sócrates tomou as mortes. (O efeito é a morte, a causa é o veneno).
c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro
por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado
em sentido figurado.
O pé da mesa estava quebrado.
d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com
facilidade:
O Rei do Futebol (em vez de Pelé)
e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
"Como era áspero o aroma daquela fruta exótica" (Giuliano Fratin)

EXERCÍCIO

01. Analise a publicidade abaixo.

Fonte: http://www.portalimpacto.com.br/docs/1Erika1ANOAula42e43e44e45e46.pdf, acessado em 17 set. 2011


Quanto a o uso da conotação no texto, temos que ela é representada por:
A) imagens metafóricas evidenciadas pela representação dos atores sociais por lâmpadas.
B) imagens hiperbólicas representadas pela quantidade de lâmpadas.
C) imagens eufemísticas já que, ao serem apagadas, as lâmpadas sintetizam o que ocorre com aqueles que
não leem.
D) transposição metonímica já que as pessoas são simbolizadas através das lâmpadas.

2) (ITA) Classifique as figuras de linguagem abaixo.


a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono."
b) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece”.
c) Já não são tão frequentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro.
d) "E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua..."
e) "Oh sonora audição colorida do aroma."
f) "Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste."
g) "A moral legisla para o homem; o direito para o cidadão."
h) "A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam."
i) "Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão em viseira, firma os olhos."

3) Em cada um dos períodos abaixo ocorre uma silepse. Marque a alternativa que classifica corretamente
cada uma delas.
“Está uma pessoa ouvindo missa, meia-hora o cansa e atormenta e faz romper em murmurações”.
“E todos assim nos distraímos nesses preparativos”. (Aníbal Machado)
“A multidão vai subindo, subiram, subiram mais”. (Murilo Mendes)
a) silepse de gênero, silepse de número, silepse de número.
b) silepse de pessoa, silepse de número, silepse de pessoa.
c) silepse de gênero, silepse de pessoa, silepse de pessoa.
d) silepse de gênero, silepse de pessoa, silepse de número.
e) silepse de número, silepse de pessoa, silepse de gênero.
 INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

Texto I

O PEQUENO PRÍNCIPE (fragmento)

E foi então que apareceu a raposa.


– Bom dia, disse a raposa.
– Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
– Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira…
– Quem és tu? Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita…
– Sou uma raposa, disse a raposa.
– Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste…
– Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
– Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
– Que quer dizer “cativar”?
– Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
– Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer “cativar”?
– Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única
coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?
– Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?
– É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços”…
– Criar laços?
– Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil
outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus
olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um
do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo.
– Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor… eu creio que ela me cativou…
– É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra…
– Oh! Não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada.
– Num outro planeta?
– Sim.
– Há caçadores nesse planeta?
– Não.
– Que bom! E galinhas?
– Também não.
– Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua ideia.
– Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e
todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha
vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os
outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse
música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil.
Os campos de trigo não me lembra coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então
será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o
barulho do vento no trigo.
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe.
– Por favor… cativa-me! disse ela.
– Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas
coisas a conhecer.
– A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de
conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os
homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
– Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
– É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na
relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos.
Mas, cada dia, te sentarás mais perto.
No dia seguinte o principezinho voltou.
– Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde,
desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às
quatro horas, então, estarei inquieta e agitada e descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a
qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração… É preciso ritos.
– Que é ritos? Perguntou o principezinho.
– É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos
outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na
quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é um dia maravilhoso! Vou passear até a vinha.
Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
– Ah! eu vou chorar.
– A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse…
– Quis, disse a raposa.
– Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
– Vou, disse a raposa.
– Então, não sais lucrando nada!
– Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
– Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e
eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas.
– Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou,
nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu
fiz dela uma amiga. Ela é agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
– Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um
transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós
todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o para-
vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu
escutei queixar-se ou gabar-se ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa.
– Adeus, disse ele.
– Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é
invisível para os olhos.
– O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
– Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez tua rosa tão importante.
– Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa… repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
– Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas
eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa…
– Eu sou responsável pela minha rosa… repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

(ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY, O Pequeno Príncipe. 22a Edição, 1981, Livraria Agir Editora, Rio
de Janeiro)

__________________________________________
Exercícios

01- Procure no dicionário o significado da palavra “cativar” e identifique qual dos significados é
utilizado neste texto.
02- O principezinho convidou a raposa para brincar com ele, mas ela não aceitou. Por quê?
03- De acordo com o texto, explique a diferença entre “ser cativada” e “não ser cativada”?
04- Por que segundo a raposa, os homens não cativam (não amam) e não são cativados (não são
amados)?
05- Assinale a única resposta correta:
Pelo texto podemos concluir que cativar ou amar uma pessoa é:
( ) algo que se compra nas lojas ( ) decisão própria de cada pessoa
06-Explique com suas palavras a frase: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

Texto II

O ex-campeão mundial dos pesos pesados Mike Tyson se esbaldou na noite paulistana. Em duas noites,
foi ao Café Photo e ao Bahamas, casas freqüentadas por garotas de programa. Na madrugada da quinta-
feira, foi barrado com seis delas no hotel onde estava hospedado, deu gorjeta de US$ 100 a cada uma e foi
terminar a noite na boate Love Story. Irritado com o assédio, Tyson agrediu um cinegrafista e foi levado
para a delegacia. Ele vai responder por lesões corporais, danos materiais e exercício arbitrário das
próprias razões.
(Época, n 391, nov. 2005.)

01. Segundo o texto, é correto afirmar:

a) Mike Tyson estava irritado com o assédio das garotas de programa.


b) Mike Tyson foi preso em companhia das garotas.
c) Tyson foi liberado da delegacia por demonstrar exercício arbitrário de suas razões.
d) Mike Tyson, em duas noites, esteve em três boates e uma delegacia.
e) Mike Tyson distribuiu US$ 100 em gorjetas e se esbaldou na noite paulistana.

02. Considere as seguintes sentenças:

I. Ele sempre falou por meias palavras.


II. É meio-dia e meio.
III. Estava meia nervosa por causa da mãe.
IV. Quero meia maçã para a sobremesa.
V. Ficaram meio revoltados com a situação.

Do ponto de vista da gramática normativa, estão corretas as sentenças:

a) III e IV somente.
b) II e V somente.
c) I, II e III somente.
d) II e IV somente.
e) I, IV e V somente.

03. _____________ fábricas _________ produtos são _________ feitos.


Assinale a alternativa cujos termos completam as lacunas de acordo com a norma culta.

a) Existe, aonde, mal.


b) Existem, onde, mau.
c) Há, aonde, mau.
d) Há, onde, mal.
e) Há, onde, mau.

04. Considere as seguintes previsões astrológicas:

I. Tanto a Lua como Vênus _______ a semana mais propícia a negociações. (deixar)
II. Calma e tranqüilidade _______ em seus relacionamentos. (ajudar)
III. Discussões, contratempos financeiros, problemas sentimentais, nada o ________ nesta semana.
(atrapalhar)

Assinale a alternativa em que os verbos entre parênteses completam o texto do horóscopo acima de
acordo com a norma culta.

a) deixará, ajudará, atrapalhará.


b) deixarão, ajudará, atrapalhará.
c) deixará, ajudarão, atrapalharão.
d) deixarão, ajudarão, atrapalharão.
e) deixarão, ajudarão, atrapalhará.

05. Considere o seguinte anúncio de jornal:

No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla sertaneja Antenor e
Secundino, onde excursionaram pela Europa, que fizeram grande sucesso se divulgando a nossa música
sertaneja.
Assinale a alternativa que reescreve o texto acima de acordo com a norma culta.

a) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarca no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores


Antenor e Secundino, que excursionou pela Europa, com grande sucesso na divulgação da nossa
música sertaneja.
b) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores
Antenor e Secundino, onde excursionaram pela Europa, em que fizeram grande sucesso e
divulgando a nossa música sertaneja.
c) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores
Antenor e Secundino, cujos excursionaram pela Europa e fizeram grande sucesso, onde
divulgaram a nossa música sertaneja.
d) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarcam no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores
Antenor e Secundino, os quais excursionaram pela Europa com grande sucesso, se divulgando a
nossa música sertaneja.
e) No próximo dia 20/03, às 7 horas, desembarca no aeroporto de Guarulhos a dupla de cantores
Antenor e Secundino, que excursionaram pela Europa, inclusive que fizeram grande sucesso, onde
divulgou a nossa música sertaneja.

06. Enquanto na fala muitas vezes nem todos os verbos e substantivos são flexionados, na escrita isso
pode ser considerado um erro. Considere as seguintes sentenças:

I. Saíram os resultados.
II. Foi inaugurado as usina.
III. Apareceu cinquenta pessoas na festa.
IV. O time apresentou os jogadores.
V. Saiu os nomes dos jogadores.
VI. Também vieram os juízes.

Seguem as normas da escrita padrão as sentenças:

a) I, IV e VI apenas.
b) II, III e V apenas.
c) I, II e III apenas.
d) IV, V e VI apenas.
e) I, III e V apenas.

07. Assinale a alternativa que NÃO está de acordo com a norma culta.

a) Vitamina é bom para o adequado funcionamento do organismo.


b) É necessária a contribuição de todas as pessoas.
c) É necessário autorização para entrar na festa.
d) Embora fossem belos, os moços estavam só.
e) Anexas ao documento, vão as fotos da criança.

08. Considere as seguintes sentenças:

I. Eu ___ fé em suas promessas. (pôr)


II. Os ministros ____ as decisões. (manter)
III. Ficará tudo bem, se você ____ o estoque. (repor)

Assinale a alternativa em que os verbos entre parênteses foram empregados de acordo com a norma culta.

a) ponhei, manteram, repuser.


b) pus, mantiveram, repuser.
c) pus, manteram, repor.
d) ponhei, mantiveram, repor.
e) ponhei, mantém, repuser.

Texto III

Aparecem novos casos

Cinco novos casos de febre maculosa foram identificados no Rio de Janeiro depois que a doença foi
confirmada como causa da morte do superintendente da Vigilância Sanitária Fernando Villas-Boas. A
doença também provocou a morte do jornalista Roberto Moura e a internação de um professor
aposentado, um menino de 8 anos e uma turista. Em São Paulo, uma garota de 12 anos morreu em
decorrência da doença. Ela foi picada por um carrapato quando passeava em um parque.
(Época, n 391, nov. 2005.)

01. De acordo com as informações do texto acima, assinale a alternativa correta.

a) O texto não aponta a forma provável como a vítima paulista contraiu a febre maculosa.
b) Todas as vítimas da febre maculosa morreram.
c) As vítimas fatais da febre maculosa foram infectadas no Rio de Janeiro.
d) Dos seis infectados, apenas dois sobreviveram.
e) O texto inclui Fernando Villas-Boas na contagem de casos de febre maculosa no Rio de Janeiro.
02. O Projeto Genoma, que envolve centenas de cientistas de todos os cantos do globo, às vezes tem de
competir com laboratórios privados na corrida pelo desenvolvimento de novos conhecimentos que
possam promover avanços em diversas áreas.

Assinale a alternativa em que o termo “privado” foi usado no mesmo sentido que apresenta acima.

a) Muitos laboratórios acabam privados de participar da concorrência pelos obstáculos legais que se
impõem aos participantes.
b) Nem sempre os projetos que envolvem ciência básica podem contar com a injeção de recursos
privados, que privilegiam as pesquisas com perspectivas de retorno econômico no curto prazo.
c) Mesmo alguns dos grandes laboratórios que atuam no mercado vêem-se privados de condições
materiais para investir em pesquisa de ponta.
d) Os laboratórios privados da licença para desenvolver pesquisas com clonagem de seres humanos
prometem recorrer da decisão.
e) Muitos projetos desenvolvidos em centros universitários, privados de recursos, acabam sendo
engavetados.

O texto a seguir é referência para as questões 03 a 06.

Reduzir a poluição causada pelos aerossóis – partículas em suspensão na atmosfera, compostas


principalmente por fuligem e enxofre – pode virar um enorme tiro pela culatra. Estudo de pesquisadores
britânicos e alemães revelou que os aerossóis, na verdade, seguravam o aquecimento global. Isso porque
eles rebatem a luz solar para o espaço, estimulando a formação de nuvens (que também funcionam como
barreiras para a energia do sol). Ainda é difícil quantificar a influência exata dos aerossóis nesse processo
todo, mas as estimativas mais otimistas indicam que, sem eles, a temperatura global poderia subir 4 C até
2100 – as pessimistas falam em um aumento de até 10, o que nos colocaria “dentro” de uma
churrasqueira. Como os aerossóis podem causar doenças respiratórias, o único jeito de lutar contra a alta
dos termômetros é diminuir as emissões de gás carbônico, o verdadeiro vilão da história.
(Superinteressante, dez. 2005, p. 16.)

03. Assinale a alternativa cujo sentido NÃO está de acordo com o sentido que a expressão “pode virar um
enorme tiro pela culatra” apresenta no texto.

a) Pode ter o efeito contrário do que se pretende.


b) Pode aumentar ainda mais o problema que se quer combater.
c) Pode fazer com que o aquecimento global aumente.
d) Pode provocar diminuição na formação de nuvens.
e) Pode aumentar a ocorrência de doenças respiratórias.

04. Assinale a alternativa cuja afirmativa mantém relações lógicas de acordo com o texto.

a) Os aerossóis seguram o aquecimento global porém estimulam a formação de nuvens.


b) Os aerossóis seguram o aquecimento global mas estimulam a formação de nuvens.
c) Os aerossóis seguram o aquecimento global pois estimulam a formação de nuvens.
d) Os aerossóis seguram o aquecimento global e estimulam a formação de nuvens.
e) Os aerossóis seguram o aquecimento global entretanto estimulam a formação de nuvens.

05. Segundo o texto, “o verdadeiro vilão da história” é(são):

a) o aquecimento global.
b) as emissões de gás carbônico.
c) a formação de nuvens.
d) as doenças respiratórias.
e) as barreiras para a energia do sol.

06. O termo “pessimistas”, em destaque no texto, está se referindo às:


a) temperaturas.
b) pessoas.
c) influências.
d) estimativas.
e) barreiras.

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