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Multiculturalismo e Educação
Clique e saiba o que é multiculturalismo e qual sua relação com a educação!
Resumo
Vivemos em uma sociedade heterogênea quanto a gênero, raça, religião, “deficiências”, padrões culturais e outros. Dessas
diferenças surgem conflitos, porque a sociedade e a escola padronizaram uma cultura e raça como a correta e a euro
americana e branca. Proporcionando direitos desiguais de sobrevivência e ação individual no espaço vivido. Gerando-se
nesse contexto histórico, conflitos dos subalternos em busca de seu reconhecimento e respeito ao seu modo de ser pensar
e agir. Neste sentido este artigo aborda o que é multiculturalismo, onde surgiu como se processa e desafios para a
superação dos impasses gerados por essa pluralidade cultural.
Palavras- chave:
Introdução
O termo multiculturalismo possui uma polissemia de significados; com o estudo do artigo de Flávia Pansini e Miguel Nenevé
que citaram Silva (2007) Entendemos que o multiculturalismo se refere a estudos voltados para as diferentes culturas
espalhadas nos lugares do mundo, objetivando a partir da aprendizagem a importância de cada cultura a fim de evitar os
conflitos sociais. Podendo também estar voltado à política, quando os grupos como negros, índios, mulheres e outros
reivindicam perante as autoridades políticas seus direitos e deveres como cidadãos.
O multiculturalismo é um movimento social surgido nos estados unidos e tem como objetivos principais: a luta pelos direitos
civis dos grupos dominados, excluídos por conta de não pertence a uma cultura e classe social considerada superior a euro
americana, branco, letrado, masculino, heterossexual e cristão. A formação de um currículo escolar que aborde essa
questão ensinando os alunos a “não terem preconceitos e discriminações, já que a escolar e uma espaço de socialização”.
O multiculturalismo só ganhou pulso e força a nível estadunidense e mundial, pois os grupos silenciados num primeiro
momento, não calaram sua voz se uniram nos movimentos negro, feminista, homossexuais, e a luta dos deficientes. Hoje o
assunto interressa o currículo escolar e aos políticos. Relataremos para exemplificação o que tem acontecido de eventos no
Brasil e no mundo tratado da temática e os desafios para a justiça social
Ainda falaremos como o currículo escolar e o educador são fundamentais no assunto e quando se contradizem quando as
praticas curriculares segregam as crianças negras e a formação universitária não prepara de forma eficaz os profissionais
da educação a tratarem da diversidade em suas aulas.
O não reconhecimento e respeito a identidades culturais diferentes das nossas criam atritos; quando olhamos para
determinado grupo social e vemos esses com mais direitos do que o nosso, principalmente as questões econômicas já que
precisamos de oportunidades para aprender e se desenvolver como ser social e profissional. E por isso que Paulo Freire
defende que o fim maior da educação deve ser desenvolvido a partir do diálogo e da consciência, onde as pessoas podem
lutar por sua liberdade, contra a máquina opressora do capitalismo.
Escolhemos o tema devido à necessidade individual de convivência com o próximo, sabendo das nossas diferenças,
buscamos entender o multiculturalismo para aprendermos a interagir e respeitar os diferentes grupos sociais de forma
harmoniosa e influenciar como futuro educador, nossos alunos a tais práticas, minimizando os preconceitos e conflitos no
ambiente escolar e consequentemente social.
História do Multiculturalismo
O movimento multiculturalista se inicia no final do século XIX nos Estados Unidos com a ação principal do movimento negro
para combater a discriminação racial no país e lutar pelos seus direitos civis.
Segundo SILVA e BRANDIM (2008:56) “Os precursores do multiculturalismo foram professores, doutores afro-americanos,
docentes universitários na área dos estudos sociais que trouxeram por meio de suas obras, questões sociais, políticas e
culturais de interesse para os afro-descendentes”. Esses precursores foram essenciais para que no século XX por meio de
novos intelectuais o tema se voltasse também à educação.
Na década de 90 algumas universidades estadunidenses aderem ao movimento e que com as pressões populares ganham
força e espaço com a criação de políticas publica em todas as esferas do poder público no que cocerne a oportunidades
educacionais iguais aos grupos sociais favorecidos daquele país.
O pós-modernismo que defende a valorização da pluralidade cultural no seu discurso curricular ajuda o fortalecimento dos
estudos multiculturais nos anos 80 e 90. Hoje na contemporaneidade o tema é influenciado pela globalização, com os
intercâmbios culturais fala-se de uma hegemonia cultural o que tem causado problemas sociais.
Segundo McLaren (1997 apud PANSINI E MENEZES, 2008, P. 35) há pelo menos quatro tendências de multiculturalismo
enquanto projeto político: O multiculturalismo conservador, multiculturalismo humanista liberal, multiculturalismo liberal de
esquerda e multiculturalismo critico e de resistência, visão esta ultima do qual se diz partidário o próprio autor.
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O multiculturalismo conservador ou empresarial e aquele que pretender construir uma cultura comum o que faz com que
apartir desse princípio negue a diversidade existente e construída há séculos e que nos leva a entende sua defesa a uma
cultura padrão a branca. Nesse contexto desmotiva os grupos dominados em suas lutas a seu capital cultural.
Esse tipo de visão conservadora (...) “mesmo quando reconhece outras culturas assenta-se sempre na incidência, na
prioridade a uma língua normalizada- e, portanto, é um multiculturalismo que de fato não permite que haja um
reconhecimento efetivo das outras culturas’’. (SOUZA SANTOS, 2003, P 12).
“A vertente Humanista liberal por ingenuidade ou idealismo ressalta a existência de uma igualdade natural entre as diversas
etnias, sem se preocupar em evidenciar a falta de oportunidades iguais em termos sociais e educacionais” (SILVA E
BRADIN, 2008, P.63). Sem levar a risca a realidade social do sistema econômico capitalista se valendo de seus próprios
argumentos. Fala-se da criação de uma organização econômica mais igualitária daí dizer que todos somos capazes de
competir e vencer no mundo.
O multiculturalismo liberal de esquerda defende a diversidade cultural, Pansini e Nenevé quando citam McLaren
compreendemos que o fim desse tipo de vertente é se focar mais nas diferenças e respeita-las esquecendo-se que elas são
formadas nas pessoas pela interação do meio social em que convivem sendo negativa a tendência a elitizar outros grupos
ao mesmo tempo em que deixa de lado a participação de outros grupos nas discussões multiculturais.
O multiculturalismo critico ou de resistência é o que podemos considerar mais voltados aos anseios dos movimentos
multiculturais conforme Silva e Bradim
A escola é um sistema aberto que faz parte da superestrutura social formada por diversas instituições como: a igreja,
família, meios de comunicação; faz parte do ambiente escolar crianças pertencentes a classes sociais, costumes, aspectos
físicos,e culturais diferentes que estão em processo de aprendizagem.
(...) Ao contemplarmos as relações raciais dentro do espaço escolar questionarmos até que
ponto ele está sendo coerente com a sua função social quando se propõe a ser um espaço que
preserva a diversidade cultural, responsável pela promoção da equidade. Sendo assim,
aguardamos mecanismos que devam possibilitar um aprendizado sistematizado favorecendo a
ascensão profissional e pessoal de todos os que usufruem os seus serviços.
A escola atende aos padrões dominantes das classes consideradas superiores, os brancos euros americanos essa cultura
e ensinada e os que dela não fazem parte ou não se adéquam são excluídos vemos isso no dia a dia quando os grupos
inferiores índios e negros sofrem, são insultados no espaço escolar, e dificilmente vemos algum negro ocupado um posto
elevado na sociedade.
Como coloca Menezes: “a escola pode ser um espaço de disseminação quanto um meio eficaz de prevenção e diminuição
do preconceito”. A escola dissemina o preconceito quando em seus currículos aplicados, métodos de ensino, apresentação
de imagens caricatas negras em cartazes ou livros didáticos e através da linguagem não verbal desprezam a cultura dos
grupos não dominantes, a exemplo quando falam só da escravidão negra e não valoriza a cultura dessa raça.
O docente passa a ser um disseminado do problema quando pela linguagem não verbal não mantém contato físico com as
crianças negras, o que demonstra rejeição a elas por sua cor e condição social da qual fazem parte causando-lhe
sofrimento. “A sua dor não é reconhecida, havendo uma aparente falta de acolhimento por parte de pessoas autorizadas
(educadores), que silenciam ou se omitem em face de uma situação de discriminação. Tal postura denuncia a banalização
do preconceito e a conivência dos profissionais com ele” (Romão, 2001)
Quanto à diminuição do preconceito, o que não e tão fácil a exemplo do Brasil aonde a exclusão dos negros, índios vem
desde a colonização portuguesa. O que pode ser feito e incorporar nos currículos das instituições formadoras de
professores a temática multicultural seja as instituições públicas ou privadas. O educador que tem papel na formação de
identidades pode segundo Moreira (2001, p. 49 apud PANSINI E NENEVÉ, 2008, P.41) a ideia e que o professor reflexivo
preserve a preocupação com os aspectos políticos, sociais e culturais em que se insere sua pratica, leve em conta todos os
silêncios e discriminações que se manifestam na sala de aula, bem como amplie o espaço de discussão de sua atuação.
Focalizamos a etnia negra, tendo em vista que o multiculturalismo se iniciou como movimento por esse grupo racial. A
exclusão deles começa desde a infância dentro das escolas por possuírem características físicas e costumes diferentes; de
acordo com pesquisas, feitas com crianças elas se sentem oprimidas pelos seus colegas, pois são chamadas de “feias,
fedoretas, cabelo duro, preta”, ou seja, são desvalorizados seus atributos individuais o que influencia na sua formação
identitária porque nesse período da vida seu caráter esta sendo formado.
O preconceito racial e a discriminação fazem com que aos índios e, em especial aos negros se mantenham em uma
situação marginal e excluída sem a assistência devida dos órgãos responsáveis, eles tornam-se alheios ao exercício de
cidadania, sem condições de crescer intelectual e profissionalmente.
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O preconceito racial cria uma ação perversa que desencadeia estímulos dolorosos e retira do
sujeito toda possibilidade de reconhecimento e mérito, levando-o a utilizar mecanismos defensivos
das mais diversas ordens, contra a identidade ou o pensamento persecutório que o despersonaliza
e o enlouquece. Nessa perspectiva, é fortalecida a ideia de dominação de grupos que se julgam
mais adiantados, legitimando os desequilíbrios e desintegrando a dignidade dos grupos dominados.
Na escola os educandos não conseguem relacionar ou praticar os conteúdos ensinados a sua realidade fora da escola, pois
a maioria deles fazem parte dos grupos inferiores, daí a importância do professor ter criatividade e levar seus alunos a
refletir e investigar as questões relacionadas a vida e cultura dos grupos mais próximos a sua vida, tendo autonomia em seu
ensino e deixando um pouco de lado as praticas colonizadoras.
Devido aos padrões de branqueamento muitas crianças negras querem ser brancas e incorporam em suas atitudes os
costumes deles porque estes são incluídos na sociedade nos aspectos econômicos políticos e sociais e culturais. Como
relatam pesquisas feitas com crianças negras, que demonstra isso muito bem quando uma garota diz: eu gostaria de dormir
e acordar branca e de cabelo liso, essa fala demonstra o seu sofrimento porque vem sofrendo preconceitos por colegas de
classe, elas tem acesso a matricula e sala de aula exceto as atividades escolares com êxito e aceitação, daí resulta em sua
reprovação, e quando adultos sua indignação ou silenciamento por sua condição de vida.
Na verdade o que seria necessário era “uma formação cultural deve voltada para sua realidade local de modo que os
educadores possam romper com tais praticas possibilitando aos educadores” afirmar suas tradições culturais e recuperar
suas historias reprimidas” (Bhabha, 1998, p. 29).
Os movimentos sociais conquistaram na constituição brasileira de1988 admissão do nosso pluralismo étnico. Os efeitos são
observados na educação no campo da produção artística, sobretudo da literatura fala-se em “escrita feminina”, em “vozes
negras”, homoerótico etc. Nessa linha de raciocínio:
Para Romão (2001), a reversão desse quadro será possível pelo reconhecimento da escola como reprodutora das
diferenças étnicas, investindo na busca de estratégias que atendam as necessidades especificas de alunos negros,
incentivando-os e estimulando-os nos níveis cognitivo, cultural, físico. O processo educativo pode ser uma via de acesso ao
resgate da autoestima, da autonomia e das imagens distorcidas, pois a escola é ponto de encontro e de embate das
diferenças étnicas, podendo ser instrumento eficaz para diminuir e prevenir o processo de exclusão social e incorporação
do preconceito pelas crianças negras.
É impossível viver na escola e na sociedade sem se relaciona com pessoas diferentes de nos, não somos melhores do que
nenhuma raça somos iguais às diferenças não devem ser vistas como barreiras e sim como o complemento de nossa
existência e aprendizado. Mais uma vez coloco a participação dos docentes no sentido de comprometimento a estuda o
multiculturalismo e respeita a bagagem cultural de seus alunos.
Daí citaram que a “leitura critica que ser realiza nos cursos de formação deve ser entendida como uma interseção da
linguagem, da cultura, do poder, e da historia”.(McLaren e Giroux,2000)
A manifestação do multiculturalismo nas análises educacionais, de fato trouxe desafios muito importantes às investigações
sobre o conhecimento, e com isso abriu possibilidades para se pensar em práticas curriculares e de formação docente que
pode ser voltadas à construção de identidades discente e docente multiculturalmente comprometidas com o
ensino/aprendizagem, visando assim promover o respeito à diferença e à pluralidade cultural.
A problemática multicultural tem sido um tema discutido principalmente na pedagogia e no currículo com um intuito de
solucionar os conflitos que dela surgem, já que a mesma abrange gênero, sexualidade, cultura. Também de entidades
políticas do mundo inteiro. Temos observado a inserção do assunto nos debates, literatura, eventos conferencias, teses e
dissertações, que são respostas as vozes dos diferentes movimentos sociais que lutam pelos seus direitos e legitimidades
Ainda nesse contexto apoiado – nos em SILVA e BRADIM, nas universidades CANDAU (1997)
reafirma o crescimento, nos últimos anos, de encontros, seminários e congressos abordando
temas relativos à globalização, pluralismo cultural, identidades sociais e culturais etc. O marco
para o inicio dos debates nos foros educacionais universitários deu-se numa das reuniões anuais
da ANPED. Ela relata que, “(...) em 1995, pela primeira vez, foi realizada uma sessão especial
sobre o tema multiculturalismo e universidade. Os participantes fomos testemunhas das
reticências e reservas que o tema suscitou no debate” (Ibid,: 241)
Na área educacional muitos estudos têm sido formulados na tentativa de criar um currículo que busque os interesses dos
não pertencentes aos padrões dominantes, assim:” Nos parâmetros curriculares nacionais – PCN (BRASIL,1997) consta
que o Brasil tem participado de eventos importantes, como a Conferencia Mundial de Educação para Todos, realizada em
Jostiem, na Tailândia, em 1990, convocada por organizações como a UNESCO, UNICEF e Banco Mundial”.(SILVA e
BRADIM,P. 59, 2008)
“Somente no inicio do século XXI e que podemos perceber uma significativa mudança, posto que varias
instituições do ensino superior começaram a adotar as denominadas ações afirmativas para negros e
indígenas, com ênfase no sistema de cotas. E, desde 2003, há a obrigatoriedade das temáticas história e
cultura do negro no Brasil nos currículos escolares, sancionada através da Lei 10.639”.(Santos E
Queiroz,2007)
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“No contexto educacional as praticas que se engajaram a despeito do multiculturalismo são:” Nos parâmetros curriculares
nacionais – PCN (BRASIL, 1997) consta que o Brasil tem participado de eventos importantes, como a Conferencia Mundial
de Educação para Todos, realizada em Jostiem, na Tailândia, em 1990, convocada por organizações como a UNESCO,
UNICEF e Banco Mundial”. (SILVA e BRADIM, P. 59, 2008)
O movimento negro no Brasil só ganhou força nos anos 50 porque eles tomaram atitudes eficazes como: fim do isolamento
dos movimentos brasileiros em relação aos movimentos de libertação racial em outros países. Os congressos e
conferencias pan-africanas irão possibilitar trocas de informações visando á conscientização do valor da cultura negra e a
libertação do complexo de inferioridade em relação ás culturas branca; a criação de organizações de revindicação do
movimento negro no país, a exemplo da Associação dos Negros Brasileiros (ANB), Convenção Nacional do Negro Brasileiro
(CNNB), União Nacional dos Homens de Cor (UNHC), a criação do Teatro Experimental Negro (TEM); a atuação de
organizações internacionais, como a ONU.
Nos parâmetros curriculares nacionais – PCN (BRASIL, 1997) consta que o Brasil tem participado de eventos importantes,
como a Conferencia Mundial de Educação para Todos, realizada em Jostiem, na Tailândia, em 1990, convocada por
organizações como a UNESCO, UNICEF e Banco Mundial”. (SILVA e BRADIM, P. 59, 2008)
Quanto às ações políticas SILVA e BRADIM relatam que devido as pressões populares multiculturais e
as teorias criticas e pós – criticas, as próprias organizações internacionais de defesa dos direitos
humanos firma o compromisso de promover uma educação para a cidadania baseada no respeito a
diversidade cultural, visando a superação das discriminações e preconceitos. CANDAU (1997) menciona
a conferencia mundial sobre políticas culturais, promovida pela UNESCO, em 1982, no México, cujo
papel é o de contribuir para a aproximação entre os povos e uma melhor compreensão entre as pessoas.
“A propósito a ONU e suas agencias especializadas, sobretudo a UNESCO, impulsionarão os países membros a elaborar
garantias jurídico-institucionais para proteger as vidas de grupos culturalmente dominados” (SILVA e BRADIM, 2008)
Conclusão
O multiculturalismo e a educação estão intimamente ligados, porque ao mesmo tempo em que a escola ensina as
pluralidades culturais ela segrega os que não fazem parte daquele padrão aceitável pelo seu sistema educacional. Quando
em seus ensinamentos morais pregam o respeito à tolerância ao próximo ela segrega dando num mesmo espaço maiores
oportunidades de expressão e atenção aos brancos.
Daí a s discussões, e os inúmeros estudos voltados as multiculturalidades, sendo que abrangem não apenas um grupo
social mais várias vitimas do preconceito, exclusão social, discriminação juntamente com as manifestações desses grupos
oprimidos, o olhar governamental e a instituição escolar se preocupam em criar mecanismos que silencie ou minimize os
conflitos das diferenças. No sentido político ouvimos mais discursos, sem grandes repercussões concretas.
Como argumenta SILVA e BRADIM o problema ameaça todos, indistintamente (dominados e dominantes, pobres e ricos,
negros e brancos, mulheres e homens), independente de classe ou grupo social. Para isso traçam metas, definem
propostas e promovem eventos (fóruns e conferencias), a fim de manter sob controle os antagonismos sociais e culturais.
Vimos no subtítulo ações escolares e políticas que a ONU, por exemplo, tem dado sua contribuição ao tema para combater
as discriminações e preconceitos assim como os espaços acadêmicos de formação de professores onde constatamos a
necessária intervenção do professor nessas questões.
Torna-se urgente uma educação verdadeiramente democrática, que inclua a diversidade cultural, para que este processo
aconteça é necessário o convívio multicultural que implica respeito ao outro, diálogo com os valores do outro. Propomos a
realização eficaz de mudanças nos sistemas educacionais enquanto espaços monoculturais, através do desenvolvimento
de atitudes, projetos curriculares e ideias pedagógicas, que sejam sensíveis à emergência do multiculturalismo.
O professor deve ser crítico reflexivo, humano; Questionado o que ele vai ensinar aos seus alunos e propor reformas
pedagógicas já que ele e o mediador do conhecimento, ouvindo seus alunos quanto a suas dificuldades, incentivar
trabalhos que levem os mesmos a pesquisa sua realidade local, humano quando não despreza um aluno que não pertence
ao padrão cultural aceito, ele deve ser um profissional com todas essas competências e não apenas aquele que sabe do
conteúdo, mas que com sua bagagem teórica ensine a viver neste mundo capitalista.
Queremos, sobretudo a ação das autoridades políticas com projetos, leis mais eficazes que inclua a diversidade dando
chances para que tenham seus direitos atendidos, pois estes vem lutando há muito tempo pelo seu valor e dignidade. Isso
é possível mesmo sabendo que a globalização parece querer cria apenas uma cultura algo que jamais acontecera, pois a
multiculturalidade estar presente antes dos avanços tecnológicos.
Propomos que esses assuntos estejam presentes no processo ensino – aprendizagem desde as primeiras series do ensino
básico, na formação de professores enfim concordamos com Silva e Bradim
“Defendemos o multiculturalismo crítico para quem as diferenças não têm um fim em si, mas situam-se num contexto de
lutas por mudança social, contrapondo- se ao ideário neoliberal e a globalização econômica e cultural vigente, como
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Contudo somos afavor do multiculturalismo crítico, entendendo que o respeito à vida humana, diversidade cultural e
essencial para a construção de um mundo de paz, como futuro educador vemos na instituição escolar uma força maior que
nos conduzirá a esse processo de justiça social e democracia. Nessa vertente é necessário o avanço de pesquisas teóricas
e praticas envolvida na formação de identidades e pluralidades culturais.
Referências Bibliográficas
CANEM, Ana, ARBACHE, Ana Paula, FRANCO, Monique. Pesquisando Multiculturalismo e Educação o que dizem as
Dissertações e Teses. 168.96.200.17/ar/libros/anped/1208T.PDF. Acesso: 24/04/2012.
SILVA, Maria José Albuquerque, BRANDIM, Maria Rejane Lima, Multiculturalismo e Educação: em defesa da
diversidade cultural. Diversa. Ano1, n
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