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Introdução

O presente trabalho visa revisar o conteúdo sobre densitometria óssea e apresentar os


protocolos de posicionamento, análise e critérios de análise sobre o antebraço. As indicações e
contra – indicações das pessoas que podem ou não submeter-se a esse exame.
Densitometria Óssea

A densitometria óssea é uma modalidade de Diagnóstico por Imagem que determina


a Densidade Mineral Óssea de uma ou mais regiões anatômicas do paciente permitindo o
diagnóstico de doenças ósseas metabólicas e endócrinas que envolvem alterações na auto-
regulação dos sais inorgânicos, cálcio e fósforo, no corpo humano. A osteoporose é um
exemplo de doença metabólica, independente de sua causa, passível de detecção por este
método diagnóstico que permite ainda a avaliação da resposta a um dado tratamento.

Indicações

O exame de densitometria óssea é indicado para mulheres acima de 65 anos e


homens acima de 70 anos. Entretanto, pode ser indicado para mulheres abaixo de 65 anos e
homens abaixo de 70 anos que preenchem um dos critérios abaixo:

Baixo Peso (Índice de Massa Corporal menor que 18,5 kg/m²)

Fratura Prévia

Medicações que aumentam o risco de osteoporose

Doenças que aumentam o risco de osteoporose

Monitorar osteoporose já diagnosticada

Monitorar tratamento.

Contra-indicações

Mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez, por conta da radiação

Pessoas que fizeram exame com contraste de iodo ou bário não podem fazer a
densitometria óssea durante uma a duas semanas a depender do contraste utilizado (tempo
para que seja eliminado do corpo), pois este interfere no resultado. Outros exames
radiológicos como os de cintilografia devem ter um intervalo de eliminação determinado pelo
médico

Cirurgia ortopédica extensa ou prótese extensa na região avaliada: no caso de


pessoas que tem próteses em um fêmur, é feita a avaliação do outro. Para pessoas que tem
prótese na coluna, é feita uma análise do fêmur e outra do antebraço
Obesidade grave: a maioria dos aparelhos para a densitometria óssea suporta até 160
kg. Alguns aparelhos suportam até 200 kg.

Estatística e a importância da precisão na densitometria

A performance de um método de densitometria óssea é caracterizada pela sua


sensibilidade diagnóstica, acurácia e precisão. A sensibilidade diagnóstica é a capacidade de
uma medida de fazer a distinção entre indivíduos normais e osteoporóticos e entre a perda
óssea relacionada à idade ou à doença.

A acurácia é a habilidade do sistema em medir o mesmo conteúdo de osso mineral de


um objeto como o medido por um método independente como calcinação ou análise por
ativação de nêutrons.

Precisão é a habilidade do instrumento em reproduzir o mesmo resultado em


repetidas medidas em um mesmo objeto. A precisão de um determinado equipamento é
importante porque é ela que determina a mínima alteração que pode ser estatisticamente
reconhecida como tal e não como um simples erro de medida.

Dois fatores são de extrema importância para se obterem exames de alta precisão:
posicionamento do paciente e Controle de Qualidade.

Controle de Qualidade

O Controle de Qualidade nos equipamentos de Densitometria Óssea é obrigatório e


tem a finalidade de garantir a precisão do diagnóstico. Além da calibração inicial efetuada
pelo fabricante, devem-se realizar testes diários para monitorar a performance do
equipamento pontualmente e ao longo do tempo. Esses testes são realizados com objetos
simuladores próprios fornecidos pelo fabricante. Os objetos simuladores podem ser blocos de
alumínio em forma de escada (diferentes espessuras) ou blocos contendo estruturas que
simulam uma coluna lombar. Além do teste diário, alguns fabricantes podem incluir testes
semanais, como é o caso da Hologic que executa uma varredura de corpo inteiro no ar (sem
nenhum objeto na mesa de exames). Esse teste tem a finalidade de avaliar a uniformidade da
imagem e seu resultado é comparado com os limites estabelecidos.
Controle de qualidade do densitômetro

A validade para determinar a quantidade da massa óssea depende da precisão de


algumas medidas.

Os dois fatores básicos que afetam a precisão são:

a) a desempenho dos instrumentos usados para fazer as medidas;

b) a desempenho dos operadores que adquirem e analisam o exame.

No entanto, a desempenho dos operadores e equipamentos precisa ser


cuidadosamente monitorada e controlada para que se consigam informações confiáveis.

Conseqüentemente o (CQ) controle de qualidade que são sempre implantados pelo


fabricante para monitorar o processo e manter uma excelente qualidade de modo que todo
esse conjunto consiste em um papel importante para a densitometria Óssea. Por isso que a
precisão é importante, pois possui a capacidade do sistema em obter os mesmos resultados de
medidas repetidas.

Fatores que afetam a precisão

- Técnica do operador para posicionamento e análise do exame - Calibração


inadequada do equipamento;

- Presença de outras fontes de radiação no ambiente;

- Desconhecimento da his16ria do paciente;

- Presença de artefatos (botões, zíperes, etc.);

- Endurecimento do feixe de raios-X, processo que ocorre progressivamente com o


tempo;

- Contraste oleoso (mielografia ) pode permanecer depositado no organismo por


vários anos;

- Calcificações na Aorta abdominal;

- Cálculos Renais e Biliares;

- Contrastes baritado (deve-se aguardar 5 dias para se fazer a densitometria);


- Área de análise inadequadamente selecionada;

- Variação de temperatura na sala;

- Envelhecimento do detector de cintilação;

- Exames de Medicina Nuclear recentemente Uso recente de comprimido de cálcio;

- Distorções da arquitetura esquelética: doença degenerativa discal espondilolistes,


cifoescoliose, fraturas vertebrais.

Procedimentos

Um exame bem sucedido de Densitometria Óssea leva em conta não só a aquisição


em si, mas também o levantamento histórico do paciente. Assim, é importante que antes da
aquisição o paciente responda um questionário.

Iniciando o exame

Após realização do(s) teste(s) iniciamos a rotina. Verificamos se a sala de exame está
preparada para receber os pacientes. Observar se: temperatura: 18 a 25 graus (sem variação
nas 24 horas); umidade: 20 a 80% (sem variação nas 24 horas).

Com o paciente em sala identificar o mesmo, conferindo com um documento; nome


e data de nascimento. Atentar-se ao fato de não digitar como sobrenomes (Júnior, Filho, Neto
etc.). Não identificar o paciente antes de ele estar posicionado. Importante perguntar à
paciente se já fez esse exame. Caso tenha feito, solicitar exames anteriores, que por sua vez
ficará com o técnico para comparação (caso seja solicitado pelo médico) e entregue junto com
o resultado. Caso seja a primeira vez, tranqüilizar a mesma em relação ao exame, explicando
a sua realização.

Devemos lembrar-nos dos pré-requisitos exigidos para realização do mesmo, tais


como; a paciente não deve estar grávida, não ter recebido contraste nos últimos 3 a 6 dias.
Questionar o paciente sobre a ingestão de cálcio, principalmente se essa ingestão anteceder
em até 2 horas o exame de densitometria, comprometendo a imagem. Pedir à paciente que tire
os sapatos e ou qualquer tipo de metal que possa interferir no exame, tais como; fivelas,
botões, sutiãs com aro metálico roupas com zíperes, colchetes e se necessário fazer uso do
avental.
Protocolos de posicionamento

ANTEBRAÇO

Coloca-se o paciente sentado ao lado da mesa de exame, certificando que as costas


do paciente estejam eretas e que o ombro esteja alinhado com o centro vertical do
posicionado, mede-se o comprimento do antebraço, essa medida deve ser feita desde o
processo estilóide da ulna (osso localizado no pulso na parte externa) até o olécrano (osso do
cotovelo). O antebraço escolhido é o não dominante isto é, braço contrário à mão que se
escreve. A peça de apoio (posicionado) para tal deve ser colocada sobre a mesa e deve-se
posicionar o antebraço sobre o mesmo, sendo importante recomendar ao paciente que deixe o
pulso relaxado e que feche às mãos de modo que com este movimento haja uma retificação do
mesmo, o que colabora com o exame. Posiciona-se o feixe do laser no centro do pulso,
alinhado com o processo do cúbito estilóide, a 1 cm abaixo do processo estilóide da ulna,
prende-se o mesmo com velcro, mantendo a posição e finalmente inicia-se o exame. Verifica-
se na tela do computador se a imagem que está sendo escaneada está adequada, observando se
o membro está centralizado, retificado e paralelo e com a presença de uma pequena porção
dos ossos da mão. Se imagem estiver correta prossegue-se o exame. Caso imagem não esteja
adequada interrompe-se o procedimento, reposiciona-se e inicia-se novamente. Terminado o
exame solta-se o braço do paciente e aguarda-se o braço escaneador retornar à posição inicial.

Análise e critérios de análise

1) SELECIONE O ÍCONE DE ANÁLISE

2) DE PREFERENCIA NÃO AJUSTE ( MOVA, GIRE OU DIMENCIONE)

A avaliação da BMD do antebraço pode ser útil em três situações: no


hiperparatiroisdismo primário, pois a perda óssea tende a afetar predominantemente o osso
cortical, que pode ser avaliado de forma sensível na diáfise do rádio; quando o fêmur ou a
coluna lombar não puderem ser avaliados, para complementação diagnóstica; e nos pacientes
com antecedentes familiares de fratura de Colles (rádio distal), pois o fator genético é muito
importante neste tipo de fratura.
Três regiões são delimitadas: o rádio ultra-distal (com predomínio de osso
trabecular), a região diafisária do rádio e ulna (com predomínio de osso cortical) e a região
intermediária que inclui tanto osso cortical quanto trabecular.

O exame de antebraço deve ser realizado quando o exame de coluna e ou o exame do


fêmur não puderem ser interpretados, tais como: pacientes obesos (acima dos limites
especificados para o equipamento DXA), presença de próteses, etc. A região do rádio 3% (às
vezes chamada de radio 1/3) é a região de interesse, pois outras regiões de interesse no
antebraço não são recomendadas.
Conclusão

Concluímos que o exame de antebraço deve ser realizado quando o exame de coluna
e ou o exame do fêmur não puderem ser interpretados, tais como: pacientes obesos (acima dos
limites especificados para o equipamento DXA), presença de próteses, etc.

A densitometria óssea é feita a cada um ou dois anos, a depender do controle da


osteopenia/osteoporose determinado pelo médico assistente. Intervalos mais curtos podem
ocorrer em casos de rápida perda óssea, como em pessoas que utilizam medicamentos a base
de corticóides.
Anexos

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