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MME

ESTRUTURA REGIMENTAL DO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA


DA NATUREZA E COMPETÊNCIA DECRETO Nº 9.675, DE 2 DE JANEIRO DE 2019
Art. 1º  O Ministério de Minas e Energia, órgão da administração pública federal direta, tem
como área de competência os seguintes assuntos:

I - políticas nacionais de geologia, de exploração e de produção de recursos minerais e


energéticos;

II - políticas nacionais de aproveitamento dos recursos hídricos, eólicos, fotovoltaicos e de


demais fontes para fins de energia elétrica;

III - política nacional de mineração e transformação mineral;

IV - diretrizes para o planejamento dos setores de minas e de energia;

V - política nacional do petróleo, do combustível, do biocombustível, do gás natural de energia


elétrica, inclusive nuclear;

VI - diretrizes para as políticas tarifárias;

VII - energização rural e agroenergia, inclusive eletrificação rural, quando custeada com
recursos vinculados ao setor elétrico;

VIII - políticas nacionais de integração do sistema elétrico e de integração eletroenergética


com outros países;

IX - políticas nacionais de sustentabilidade e de desenvolvimento econômico, social e


ambiental dos recursos elétricos, energéticos e minerais;

X - elaboração e aprovação das outorgas relativas aos setores de minas e energia;

XI - avaliação ambiental estratégica, quando couber, em conjunto com o Ministério do Meio


Ambiente e demais órgãos relacionados;

XII - participação em negociações internacionais relativas aos setores de minas e energia; e

XIII - fomento ao desenvolvimento e adoção de novas tecnologias relativas aos setores de


minas e de energia.

Parágrafo único.  Compete, ainda, ao Ministério de Minas e Energia zelar pelo equilíbrio
conjuntural e estrutural entre a oferta e a demanda de energia elétrica no País.

III - entidades vinculadas:

a) autarquias:

1. Agência Nacional de Mineração - ANM;

2. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP; e

3. Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL;

b) empresas públicas:

1. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM;


2. Empresa de Pesquisa Energética - EPE; e

3. Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. - Pré-Sal Petróleo


S.A. - PPSA; e

c) sociedades de economia mista:

1. Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras;

2. Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobras.;

3. Indústrias Nucleares do Brasil S.A. - INB; e

4. Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. - NUCLEP.

EPE
A Empresa de Pesquisa Energética – EPE tem por finalidade prestar serviços ao Ministério de
Minas e Energia (MME) na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do
setor energético, cobrindo energia elétrica, petróleo e gás natural e seus derivados e
biocombustiveis. Somos uma empresa pública federal, dependente do Orçamento Geral da União.
A empresa foi criada por meio de medida provisória convertida em lei pelo Congresso Nacional -
Lei 10.847, de 15 de Março de 2004. E a efetivação se deu em um decreto de agosto de 2004.

A EPE foi criada com o objetivo de resgatar a responsabilidade constitucional do Estado nacional


em assegurar as bases para o desenvolvimento sustentável da infraestrutura energética do país.   
A partir de sua criação, a atuação da EPE consolidou-se como parte fundamental de um ciclo de
atividades que se inicia com as definições de políticas e diretrizes no âmbito do CNPE – Conselho
Nacional de Política Energética e do MME. A partir dessas definições materializam-se os estudos e
as pesquisas que irão efetivamente orientar o desenvolvimento do setor energético brasileiro.

Desde sua constituição, a EPE tem participado ativamente das grandes discussões que dizem
respeito ao setor energético brasileiro. A Empresa atua no planejamento do setor energético
nacional conduzindo os estudos e pesquisas que culminam na construção do conjunto de
procedimentos e ações que visam à realização da política necessária ao suprimento de energia.

Nossa atuação requer ampla articulação com órgãos e instituições diversos. Nesse sentido, a EPE
empreendeu, no âmbito setorial, estreita articulação com o Ministério de Minas e Energia - MME,
com as agências reguladoras – Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, Agência Nacional
do Petróleo, Gás e Biocombustíveis – ANP e Agência Nacional de Águas – ANA, com o Operador
Nacional do Sistema Elétrico - ONS e com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica –
CCEE.

Art. 5º Compete à EPE: (ESTATUTO SOCIAL EPE)

I - realizar estudos e projeções da matriz energética brasileira;

II - elaborar e publicar o balanço energético nacional;

III - identificar e quantificar os potenciais de recursos energéticos;

IV - dar suporte e participar das articulações relativas ao aproveitamento energético de rios


compartilhados com países limítrofes;

V - realizar estudos para a determinação dos aproveitamentos ótimos dos potenciais hidráulicos;
VI - obter a licença prévia ambiental e a declaração de disponibilidade hídrica necessárias às
licitações envolvendo empreendimentos de geração hidrelétrica e de transmissão de energia
elétrica selecionados pela EPE;

VII - elaborar estudos necessários para o desenvolvimento dos planos de expansão da geração e
transmissão de energia elétrica de curto, médio e longo prazos;

...

XX - calcular a garantia física dos empreendimentos de geração;

ONS
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é o órgão responsável pela coordenação e
controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema
Interligado Nacional (SIN) e pelo planejamento da operação dos sistemas isolados do país, sob a
fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Instituído como uma pessoa jurídica de direito privado, sob a forma de associação civil sem fins
lucrativos, o ONS foi criado em 26 de agosto de 1998, pela Lei nº 9.648, com as alterações
introduzidas pela Lei nº 10.848/2004 e regulamentado pelo Decreto nº 5.081/2004.

Para o exercício de suas atribuições legais e o cumprimento de sua missão institucional, o ONS
desenvolve uma série de estudos e ações exercidas sobre o sistema e seus agentes proprietários
para gerenciar as diferentes fontes de energia e a rede de transmissão, de forma a garantir a
segurança do suprimento contínuo em todo o país, com os objetivos de:
(a) promover a otimização da operação do sistema eletroenergético, visando ao menor custo para
o sistema, observados os padrões técnicos e os critérios de confiabilidade estabelecidos nos
Procedimentos de Rede aprovados pela Aneel;
(b) garantir que todos os agentes do setor elétrico tenham acesso à rede de transmissão de forma
não discriminatória; e
(c) contribuir, de acordo com a natureza de suas atividades, para que a expansão do SIN se faça
ao menor custo e vise às melhores condições operacionais futuras.

O ONS é composto por membros associados e membros participantes, que são as empresas de
geração, transmissão, distribuição, consumidores livres, importadores e exportadores de energia.
Também participam o Ministério de Minas e Energia (MME) e representantes dos Conselhos de
Consumidores.

Art. 13.  As atividades de coordenação e controle da operação da geração e da transmissão de


energia elétrica integrantes do Sistema Interligado Nacional (SIN) e as atividades de previsão de
carga e planejamento da operação do Sistema Isolado (Sisol) serão executadas, mediante
autorização do poder concedente, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), pessoa
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, fiscalizada e regulada pela Aneel e integrada por
titulares de concessão, permissão ou autorização e consumidores que tenham exercido a opção
prevista nos arts. 15 e 16 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995, e que sejam conectados à rede
básica.           (Redação dada pela Lei nº 134.360, de 2016)           (Regulamento)
        Parágrafo único.  Sem prejuízo de outras funções que lhe forem atribuídas pelo Poder
Concedente, constituirão atribuições do ONS:         (Redação dada pela Lei nº 10.848, de 2004)

        a) o planejamento e a programação da operação e o despacho centralizado da geração, com


vistas a otimização dos sistemas eletroenergéticos interligados;

        b) a supervisão e coordenação dos centros de operação de sistemas elétricos;

        c) a supervisão e controle da operação dos sistemas eletroenergéticos nacionais interligados


e das interligações internacionais;

        d) a contratação e administração de serviços de transmissão de energia elétrica e respectivas


condições de acesso, bem como dos serviços ancilares;

       e) propor ao Poder Concedente as ampliações das instalações da rede básica, bem como os
reforços dos sistemas existentes, a serem considerados no planejamento da expansão dos
sistemas de transmissão;         (Redação dada pela Lei nº 10.848, de 2004)

        f) propor regras para a operação das instalações de transmissão da rede básica do SIN, a
serem aprovadas pela ANEEL.        (Redação dada pela Lei nº 10.848, de 2004)

        g) a partir de 1o de maio de 2017, a previsão de carga e o planejamento da operação do


Sisol.           (Incluído pela Lei nº 134.360, de 2016)

       Art. 14. Cabe ao Poder Concedente definir as regras de organização do ONS e implementar os


procedimentos necessários ao seu funcionamento.        (Redação dada pela Lei nº 10.848, de
2004)       (Regulamento)

        § 1o  1 (um) Diretor-Geral e 4 (quatro) Diretores, em regime de colegiado, sendo 3 (três)
indicados pelo Poder Concedente, incluindo o Diretor-Geral, e 2 (dois) pelos agentes, com
mandatos de 4 (quatro) anos não coincidentes, permitida uma única recondução.          (Incluído
pela Lei nº 10.848, de 2004)

        § 2o A exoneração imotivada de dirigente do ONS somente poderá ser efetuada nos 4
(quatro) meses iniciais do mandato, findos os quais é assegurado seu pleno e integral
exercício.         (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)

        § 3o Constitui motivo para a exoneração de dirigente do ONS, em qualquer época, a


condenação em ação penal transitada em julgado.        (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)

        § 4o O Conselho de Administração do ONS será integrado, entre outros, por representantes
dos agentes setoriais de cada uma das categorias de Geração, Transmissão e
Distribuição.        (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)

        Art. 15. Constituído o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a ele serão progressivamente
transferidas as atividades e atribuições atualmente exercidas pelo Grupo Coordenador para
Operação Interligada - GCOI, criado pela Lei no 5.899, de 1973, e a parte correspondente
desenvolvida pelo Comitê Coordenador de Operações do Norte/Nordeste - CCON.

CNPE

Art. 1o O Conselho Nacional de Política Energética - CNPE, criado pela Lei no 9.478, de 6 de
agosto de 1997, é órgão de assessoramento do Presidente da República para a formulação de
políticas e diretrizes de energia, destinadas a:

I - promover o aproveitamento racional dos recursos energéticos do País, em conformidade com o


disposto na legislação aplicável e com os seguintes princípios:
a) preservação do interesse nacional;

b) promoção do desenvolvimento sustentado, ampliação do mercado de trabalho e valorização dos


recursos energéticos;

c) proteção dos interesses do consumidor quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos;

d) proteção do meio ambiente e promoção da conservação de energia;

e) garantia do fornecimento de derivados de petróleo em todo o território nacional, nos termos do §


2o do art. 177 da Constituição Federal;

f) incremento da utilização do gás natural;

g) identificação das soluções mais adequadas para o suprimento de energia elétrica nas diversas
regiões do País;

h) utilização de fontes renováveis de energia, mediante o aproveitamento dos insumos disponíveis


e das tecnologias aplicáveis;

i) promoção da livre concorrência;

j) atração de investimentos na produção de energia;

l) ampliação da competitividade do País no mercado internacional;

m) incremento da participação dos biocombustíveis na matriz energética nacional; (incluído


pelo Decreto nº 5.793, de 29.5.2006)

n) garantia de suprimento de biocombustíveis em todo o território nacional; (Incluído pelo


Decreto nº 5.793, de 29.5.2006)

II - assegurar, em função das características regionais, o suprimento de insumos energéticos às


áreas mais remotas ou de difícil acesso do País, submetendo as medidas específicas ao
Congresso Nacional, quando implicarem criação de subsídios, observado o disposto no parágrafo
único do art. 73 da Lei no 9.478, de 1997;

III - rever periodicamente as matrizes energéticas aplicadas às diversas regiões do País,


considerando as fontes convencionais e alternativas e as tecnologias disponíveis;

IV - estabelecer diretrizes para programas específicos, como os de uso do gás natural, do carvão,
da energia termonuclear, dos biocombustíveis, da energia solar, da energia eólica e da energia
proveniente de outras fontes alternativas; (Redação dada pelo Decreto nº 5.793, de
29.5.2006)

V - estabelecer diretrizes para a importação e exportação, de maneira a atender às necessidades


de consumo interno de petróleo e seus derivados, gás natural e condensado, e assegurar o
adequado funcionamento do Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis e o cumprimento do
Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustíveis, de que trata o art. 4o da Lei no 8.176, de 8
de fevereiro de 1991.

Art. 2o Integram o CNPE:

I - o Ministro de Estado de Minas e Energia, que o presidirá;

II - o Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República; (Redação dada


pelo Decreto nº 9.601, de 2018)
III - o Ministro de Estado das Relações Exteriores; (Redação dada pelo Decreto nº 9.601, de
2018)

IV - o Ministro de Estado da Economia; (Redação dada pelo Decreto nº 9.715, de 2019)

V - o Ministro de Estado da Infraestrutura; (Redação dada pelo Decreto nº 10.105, de


2019)

VI - o Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; (Redação dada pelo


Decreto nº 10.105, de 2019)

VII - o Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; (Redação


dada pelo Decreto nº 10.105, de 2019)

VIII - o Ministro de Estado do Meio Ambiente; (Redação dada pelo Decreto nº 10.105, de
2019)

IX - o Ministro de Estado do Desenvolvimento Regional; (Redação dada pelo Decreto nº


10.105, de 2019)

X - o Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da


República; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.105, de 2019)

XI-A - o Presidente da Empresa de Pesquisa Energética.

CMSE
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) foi criado pela lei 10.848, de 2004, com a
função de acompanhar e avaliar permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento
eletroenergético em todo o território nacional.

De acordo com o decreto 5.175, de 9 de agosto de 2004, o CMSE será presidido pelo Ministro de
Estado de Minas e Energia e terá a seguinte composição:

I - quatro representantes do Ministério de Minas e Energia; e

II - os titulares dos órgãos a seguir indicados:

a) Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL;

b) Agência Nacional do Petróleo - ANP;

c) Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE;

d) Empresa de Pesquisa Energética - EPE; e

e) Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS

Compete ao CMSE as seguintes atribuições:

I - acompanhar o desenvolvimento das atividades de geração, transmissão, distribuição,


comercialização, importação e exportação de energia elétrica, gás natural e petróleo e seus
derivados;

II - avaliar as condições de abastecimento e de atendimento, relativamente às atividades referidas


no inciso I deste artigo, em horizontes pré-determinados;
III - realizar periodicamente análise integrada de segurança de abastecimento e atendimento ao
mercado de energia elétrica, de gás natural e petróleo e seus derivados, abrangendo os seguintes
parâmetros, dentre outros:

a) demanda, oferta e qualidade de insumos energéticos, considerando as condições hidrológicas e


as perspectivas de suprimento de gás e de outros combustíveis;

b) configuração dos sistemas de produção e de oferta relativos aos setores de energia elétrica, gás
e petróleo; e

c) configuração dos sistemas de transporte e interconexões locais, regionais e internacionais,


relativamente ao sistema elétrico e à rede de gasodutos;

IV - identificar dificuldades e obstáculos de caráter técnico, ambiental, comercial, institucional e


outros que afetem, ou possam afetar, a regularidade e a segurança de abastecimento e
atendimento à expansão dos setores de energia elétrica, gás natural e petróleo e seus derivados; e

V - elaborar propostas de ajustes, soluções e recomendações de ações preventivas ou saneadoras


de situações observadas em decorrência da atividade indicada no inciso IV, visando à manutenção
ou restauração da segurança no abastecimento e no atendimento eletroenergético, encaminhando-
as, quando for o caso, ao Conselho Nacional de Política Energética - CNPE.

ANEEL

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9427compilada.htm

Art. 1o É instituída a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, autarquia sob regime
especial, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, com sede e foro no Distrito Federal e prazo
de duração indeterminado.

Art. 2o A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL tem por finalidade regular e fiscalizar
a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, em conformidade com
as políticas e diretrizes do governo federal.

O que a ANEEL faz?


Concessão, permissão e autorização
Implementa políticas. Por delegação do Governo Federal, a ANEEL promove as atividades
relativas às outorgas de concessão, permissão e autorização de empreendimentos e serviços de
energia elétrica.
Leiloa concessões do setor. A ANEEL promove, mediante delegação, com base no plano de
outorgas e diretrizes aprovadas pelo Ministério de Minas e Energia, os procedimentos licitatórios
para a contratação de concessionárias e permissionárias de serviço público para produção,
transmissão e distribuição de energia elétrica e para a outorga de concessão para aproveitamento
de potenciais hidráulicos.
Faz a gestão dos contratos de fornecimento. Cabe à ANEEL celebrar a contratação e gerir os
contratos de concessão ou de permissão de serviços públicos de energia elétrica, de concessão de
uso de bem público.
Regulação
Estabelece as regras para o serviço de energia. Regular a produção, transmissão, distribuição e
comercialização de energia elétrica;
Dita metas para o equilíbrio e o bom funcionamento do mercado. A ANEEL determina as
metas a serem periodicamente alcançadas pelas distribuidoras de energia elétrica. Cria também
limites ou condições para empresas, grupos empresariais e acionistas, com vistas a propiciar
concorrência efetiva entre os agentes e a impedir a concentração econômica nos serviços e
atividades de energia elétrica;
Cria a metodologia de cálculo de tarifas. A ANEEL estabelece as metodologias de cálculo das
diferentes tarifas do setor e calcula as tarifas aplicadas às contas das concessionárias e
permissionárias de distribuição de energia.
Fiscalização
Fiscaliza o fornecimento do serviço. É papel da ANEEL controlar e fiscalizar, diretamente ou
mediante convênios com órgãos estaduais, as concessões, as permissões e os serviços de energia
elétrica. Tal atuação tem como objetivos assegurar o bom funcionamento dos agentes, para que
não venham a comprometer o serviço ao consumidor, e principalmente a qualidade de
fornecimento dos serviços de energia elétrica. A fiscalização pode fazer exigências, impor multas e,
em última instância, recomendar à Diretoria Colegiada da ANEEL o fim do contrato de concessão.

Mediação e Ouvidoria
Media conflitos. Cabe à ANEEL dirimir, no âmbito administrativo, as divergências entre
concessionárias, permissionárias, autorizadas, produtores independentes e autoprodutores, bem
como entre esses agentes e seus consumidores.
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)
Gestão e fomento de programas. A ANEEL gere os programas de Pesquisa e Desenvolvimento e
de Eficiência Energética, ambos conduzidos por concessionárias de geração, transmissão e
distribuição. Responsável pela regulamentação dos investimentos compulsórios em P&D pelos
agentes do setor, nos termos da Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, a ANEEL procura incentivar
a realização de projetos que melhorem a eficiência e a qualidade dos serviços prestados e
reduzam a dependência tecnológica do setor.
O que a ANEEL não faz?
 Horário Brasileiro de Verão. Trata-se de uma atribuição do Ministério de Minas e Energia.
 Políticas públicas do setor.
 Investimento direto em projetos.
 Fiscalização de Itaipu Binacional. A usina está sujeita a regras binacionais de fiscalização,
auditoria e mecanismos de transparência e acesso a informações especiais, decorrentes do
Tratado Internacional que a criou e rege. Mais informações no site da Itaipu Binacional.
 A Agência é conduzida por uma Diretoria Colegiada, composta por um diretorgeral e
quatro diretores que, após aprovação do Senado Federal, são nomeados pelo presidente
da República para mandatos não coincidentes de quatro anos.

CCEE

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, mais conhecida por sua sigla, CCEE, é um
órgão e uma entidade sem fins lucrativos, criada mediante lei federal nº 10.848 de 15 de março de
2004. Ela foi regulamentada pelo decreto nº 5.177 de 12 de agosto de 2004. Este órgão tem como
finalidade tornar viável o comércio de energia elétrica no mercado livre de energia.

Seu Conselho Administrativo é constituído por 5 profissionais executivos, que são eleitos por
assembleia geral. Eles possuem um mandato de 4 anos, não coincidente e dá os executivos o
direito de apenas uma recondução.

É um órgão técnico que faz a compensação entre o que foi feito e o que está programado. Por
exemplo, quando uma distribuidora utiliza a energia do sistema integrado, ela não sabe quem está
fornecendo-a, podendo ser hidrelétricas, em períodos normais, ou termelétricas, em períodos de
seca. Nesse segundo caso, o valor da energia se torna mais caro.

Cabe à CCEE apurar essas questões, além da compra e venda de energia. Outro ponto que é
responsabilidade da CCEE é determinar os créditos e débitos dos agentes envolvidos no mercado
livre de energia. Por fim, a CCEE promove leilões de compra e venda, gerenciando os seus
contratos.

DECRETO Nº 5.177 DE 12 DE AGOSTO DE 2004.


Art. 1o Fica autorizada a criação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE,
pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da Agência
Nacional de Energia Elétrica - ANEEL.

§ 1o A CCEE tem por finalidade viabilizar a comercialização de energia elétrica no Sistema


Interligado Nacional - SIN, nos termos do art. 4o da Lei no 10.848, de 15 de março de 2004.

§ 2o O Estatuto Social da CCEE e suas alterações serão aprovados pela Assembléia Geral e
homologados pela ANEEL.

Art. 2o A CCEE terá, dentre outras, as seguintes atribuições:

I - promover leilões de compra e venda de energia elétrica, desde que delegado pela ANEEL;

II - manter o registro de todos os Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente


Regulado - CCEAR e os contratos resultantes dos leilões de ajuste, da aquisição de energia
proveniente de geração distribuída e respectivas alterações;

III - manter o registro dos montantes de potência e energia objeto de contratos celebrados no
Ambiente de Contratação Livre - ACL;

IV - promover a medição e o registro de dados relativos às operações de compra e venda e


outros dados inerentes aos serviços de energia elétrica;

V - apurar o Preço de Liquidação de Diferenças - PLD do mercado de curto prazo por


submercado;

VI - efetuar a contabilização dos montantes de energia elétrica comercializados e a liquidação


financeira dos valores decorrentes das operações de compra e venda de energia elétrica
realizadas no mercado de curto prazo;

VII - apurar o descumprimento de limites de contratação de energia elétrica e outras infrações


e, quando for o caso, por delegação da ANEEL, nos termos da convenção de comercialização,
aplicar as respectivas penalidades; e

VIII - apurar os montantes e promover as ações necessárias para a realização do depósito, da


custódia e da execução de garantias financeiras relativas às liquidações financeiras do mercado de
curto prazo, nos termos da convenção de comercialização.

IX - efetuar a estruturação e a gestão do Contrato de Energia de Reserva, do Contrato de Uso


da Energia de Reserva e da Conta de Energia de Reserva;e (Incluído pelo Decreto nº 6.353, de
2008)

X - celebrar o Contrato de Energia de Reserva - CER e o Contrato de Uso de Energia de


Reserva - CONUER. (Incluído pelo Decreto nº 6.353, de 2008)

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