Você está na página 1de 76

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI

APOSTILA

Laboratório de
Fundamentos de
Eletrônica
EL8210 / NEA210
CENTRO UNIVERSITÁRIO da FEI - v5.1 (fevereiro/2021)
Índice

1a Experiência: "Uso de Instrumentos - Multímetro e Osciloscópio" ................03

2a Experiência: "Diodos e LEDs" ......................................................................08

3a Experiência: "Circuitos Retificadores de Meia e Onda Completa" ...............15

4a Experiência: "Circuito Básico de uma Fonte de Alimentação cc" .................20

5a Experiência: "Circuito Monoestável com o LM555" ....................................25

6a Experiência: "Circuito Astável com o LM555" .............................................34

7a Experiência: "O TBJ Funcionando como Chave" .........................................46

8a Experiência: "Circuitos Inversor e Não-inversor com o Amp Op" ...............51

9a Experiência: "Circuitos Integrador e Diferenciador com o Amp Op" ..........57

10a Experiência: "Conversor Digital/Analógico (D/A)" .....................................63

11a Experiência: "Sensores Eletrônicos" ...........................................................70

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 ii


CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI
EL8210/NEA210 - Relatório de Fundamentos de Eletrônica - Laboratório
Prof º.: ________________ Turma:______ Bancada nº:____
Data de entrega: ____ / ____ / _____
Relatório: ACEITO RECUSADO REFAZER

1a Experiência: "Uso de Instrumentos - Multímetros e


Osciloscópio"

NOMES DOS INTEGRANTES DO GRUPO NÚMEROS


1.
2.
3.
4.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 1ª EXPERIÊNCIA 3


I. Objetivos

 Familiarização e uso de instrumentos de medidas - voltímetros e osciloscópio - em circuitos


operando em regime de corrente contínua "cc" (dc - direct current) e corrente alternada "ca"
(ac - alternating current).
 Estudo e análise dos resultados provenientes das medidas realizadas através dos voltímetros
(digital e analógico) e do osciloscópio utilizados em circuitos operando em regime cc e ca.

II. Lista de Material


• 01 Osciloscópio duplo canal Tektronix TDS210 ou equivalente com 02 pontas de prova
• 01 Fonte Minipa "simples"
• 01 Multímetro Analógico com pontas de prova
• 01 Multímetro Digital Minipa ET2231 ou equivalente com pontas de prova
• 01 transformador 110V × 6-0-6V
• 06 cabos banana-banana

III. Informações Teóricas: O conceito de Fator de Forma


Um voltímetro analógico utiliza como transdutor de tensão elétrica para deslocamento angular
(de um ponteiro) um galvanômetro de bobina móvel. Para este tipo de galvanômetro, esse
deslocamento é diretamente proporcional ao valor médio do sinal de tensão (ou de corrente) medido.
Se for desejada a medida do valor eficaz (ou valor RMS – Root Mean Square) de uma tensão senoidal,
conclui-se que o galvanômetro por si só não fornecerá um valor correto, pois, o valor médio de um
sinal senoidal é simplesmente nulo (medida nula).
Portanto, nos voltímetros analógicos ca, utiliza-se um circuito retificador de meia onda para
eliminar um dos semiciclos do sinal senoidal (vide figura abaixo). Então, esse sinal não mais terá um
valor médio nulo, sendo conhecido como senoide retificada em meia onda (vO).
vI vO
VM VM
D
vI R vO
0 t 0 t
–VM

O funcionamento dos circuitos retificadores será abordado em detalhes nas aulas de teoria. Em
relação ao valor de pico ou valor máximo (VM) da senoide retificada em meia onda, demonstra-se
que o valor médio é dado por V V V É V ⁄π . Portanto, como o galvanômetro do
voltímetro ca medirá o valor médio da tensão senoidal retificada em meia onda (vO) e não o valor
eficaz da senoide (vI), será necessário utilizar um fator de correção. Se para um sinal senoidal, de-
monstra-se que o valor eficaz é dado por V V V ⁄√2 , a relação V ⁄V É que é
conhecida por Fator de Forma, resulta:
valor eficaz da senoide V ⁄√2
Fator de Forma ≅ 2,22
valor médio da senoide retificada V ⁄π
Observe que esta relação somente é válida para sinais com formato puramente senoidal aplicados
em retificadores de meia onda (e ainda admitindo que o diodo do circuito seja ideal).
ATENÇÃO: Estas informações não são válidas para multímetros digitais "True RMS", que
fornecem a leitura correta do valor eficaz de qualquer formato de onda.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 1ª EXPERIÊNCIA 4


IV. Parte Prática

1. Medida de tensão contínua constante


1.1. Montar o circuito da figura 1 ajustando a fonte de tensão contínua (constante) para 12V.
A
INSTRUMENTO DE MEDIDA

12V

B
Figura 1 – Circuito para medida de tensão com o auxílio de voltímetro ou de osciloscópio.

1.2. Com o auxílio dos multímetros analógico e digital, medir a tensão entre os pontos A e B (VAB)
para os instrumentos ajustados nas escalas de "volts cc" e "volts ca", preenchendo a tabela I.
Tabela I – Uso de Multímetros

Escala do VAB [V] VAB [V] VAB eficaz [V] VAB médio [V]
Instrumento (analógico) (digital) (valor teórico) (valor teórico)
"volts cc" 12 12
"volts ca"

Complete as frases a seguir:


A medida de uma tensão contínua constante com o multímetro analógico ajustado para volts ca
resultou __________________ (correta ou incorreta?) por causa do fator de forma.
Calcule o fator de forma e anote-o a partir das medidas efetuadas com o multímetro analógico:
VAB medida na escala de volts ca
Fator de Forma (prático) = = =
VAB medida na escala de volts cc
O valor medido de uma tensão contínua constante com o multímetro digital ajustado para volts
ca resultou igual a ________________ porque nesta condição ele não lê o valor médio de um sinal.

1.3. Ajuste o osciloscópio (por exemplo, use o canal 1 – CH1) para acoplamento cc pressionando a
tecla CH1/menu (ou tecla 1) e buscando no lado direito da tela a indicação do tipo de
acoplamento feito – para alterá-lo basta pressionar a tecla ao lado. Verifique ainda na tela o ajuste
do tipo de ponta de prova, escolhendo a opção 1× (ponta de prova não atenuadora). Utilize a
tecla AUTOSET (ou "AUTO-SCALE" dependendo do osciloscópio recebido) para um ajuste
imediato da forma de onda na tela do osciloscópio (acerto automático das escalas vertical e
horizontal).

1.4. Medir a tensão VAB (de pico, pico a pico e médio), preenchendo a tabela II (pressione a tecla
MEASURE para obter diretamente na tela várias medidas). Desenhar também a forma de onda
observada devidamente cotada em amplitude.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 1ª EXPERIÊNCIA 5


Tabela II – Uso de Osciloscópio

valores medidos valores teóricos


Vpico [V] 12
Vpico a pico [V] 0
Vmédio [V] 12
Período [s] ∞
Frequência [Hz] 0

Forma de onda observada com o osciloscópio


VAB (V)

0
t (s)

2. Medida de tensão alternada senoidal


2.1. Para o circuito da figura 2 medir a tensão VAB com os multímetros analógico e digital nas
escalas de "volts cc" e "volts ca", preenchendo a tabela III. Como o transformador opera em vazio
(isto é, sem carga), assuma que o valor teórico esperado seja o valor nominal (6Veficazes) mais
20%.

NÃO OPERAR O MULTÍMETRO ANALÓGICO EM ESCALA INFERIOR A 10V

A
rede
127Veficazes
60Hz
B
Figura 2 – Circuito para medida de VAB com o auxílio de voltímetro e osciloscópio.

Tabela III – Uso de Multímetros


Escala do VAB [V] VAB [V] VAB eficaz [V] VAB médio [V]
Instrumento (analógico) (digital) (valor teórico) (valor teórico)
"volts cc" 7,2 0
"volts ca"

Complete a frase a seguir:

Como o valor médio de uma senoide é _______________, a tensão medida pelos multímetros
ajustados em "volts cc" deve ser _________________.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 1ª EXPERIÊNCIA 6


2.2. Utilizando o osciloscópio ajustado para acoplamento cc medir a tensão VAB (de pico, pico a pico
e médio), bem como seu período e frequência, preenchendo a tabela IV. Desenhar a forma de
onda de VAB devidamente cotada em amplitude e tempo.

2.3. Completar o preenchimento da tabela IV com os valores teóricos esperados.

Tabela IV – Uso de Osciloscópio

valores medidos valores teóricos


Vpico [V]
Vpico a pico [V]
Vmédio [V]
Período [s]
Frequência [Hz]

Forma de onda observada com o osciloscópio


VAB (V)

0
t (s)

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 1ª EXPERIÊNCIA 7


CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI
EL8210/NEA210 - Relatório de Fundamentos de Eletrônica - Laboratório
Prof º.: ________________ Turma:______ Bancada nº:____
Data de entrega: ____ / ____ / _____
Relatório ACEITO RECUSADO REFAZER

2a Experiência: "Diodos e LEDs"

NOMES DOS INTEGRANTES DO GRUPO NÚMEROS


1.
2.
3.
4.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 2ª EXPERIÊNCIA 8


I. Objetivos

 Familiarização e uso de diodos de uso geral e polarização de diodos emissores de luz - LEDs.
 Análise de circuitos com diodos e avaliação dos resultados obtidos.
 Familiarização e uso de capacitores eletrolíticos monitorando sua descarga através de um LED.
 Aprender a utilizar o "protoboard" (matriz de contatos) para a montagem de circuitos.

II. Lista de Material

• 01 Fonte Minipa "simples"


• 01 Multímetro Digital Minipa ET2231 ou equivalente com pontas de prova
• 01 "protoboard" (matriz de contatos)
• 01 LED verde, 01 vermelho e 01 amarelo
• 01 diodo 1N4007 ou equivalente
• 01 resistor de 33 ou 39Ω × 5 W
• 01 resistor de 100Ω, 120Ω, 220Ω e 470Ω
• 01 capacitor de 4700µF × 16V
• 01 lâmpada incandescente de 6V × 3W com soquete e fios para ligação
• fios para conexões no protoboard
• 06 cabos banana-banana

III. Informações Teóricas


 Breve Revisão de Resistores
Os resistores são bipolos passivos, construídos com a finalidade de limitar a corrente elétrica entre
dois pontos de um circuito. O resistor é um componente eletrônico, não devendo ser confundido com
a resistência elétrica que é um fenômeno físico.

Componente: Símbolos:

 Código de cores dos resistores

A leitura do valor nominal dos resistores é dada através do código de cores. Os resistores podem
apresentar 4 ou 5 faixas coloridas. No resistor com 5 faixas, as 3 primeiras faixas indicam valores
significativos, a 4ª indica o valor multiplicativo (número de zeros) e a 5ª, a tolerância. No caso do
resistor com 4 faixas, a leitura é praticamente igual, porém existem apenas 2 faixas que indicam os
valores significativos. A seguir está a tabela de código de cores para resistores.

Unidade: ohms

Símbolo: Ω
(letra grega ômega maiúscula)

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 2ª EXPERIÊNCIA 9


Tabela I - Códigos de cores e seus respectivos valores.
1ª faixa 2ª faixa 3ª faixa 4ª faixa
"4 faixas" Valor Valor Multiplicador Tolerância
significativo significativo
1ª faixa 2ª e 3ª faixas 4ª faixa 5ª faixa
"5 faixas" Valor Valor Multiplicador Tolerância
significativo significativo
Preto - 0 ×1 -
Marrom 1 1 × 10 ±1%
Vermelho 2 2 × 102 ±2%
Laranja 3 3 × 103 -
Amarelo 4 4 × 104 -
Verde 5 5 × 105 -
Azul 6 6 × 106 -
Violeta 7 7 - -
Cinza 8 8 - -
Branco 9 9 - -
Ouro - - × 10-1 ±5%
Prata - - × 10-2 ±10%

Exemplos: - marrom, preto, marrom, ouro: 100Ω ± 5%


- amarelo, violeta, laranja, prata: 47kΩ ± 10%
- vermelho, verde, azul, ouro: 25MΩ ± 5%
Principais prefixos numéricos: - Quilo ( k ) = 1000 = 1E3: exemplo 5,6kΩ
- Mega ( M ) = 1000000 = 1E6: exemplo 10MΩ
Apesar de não ser uma exigência decorar o código de cores, existem frases que facilitam esse
processo. Uma delas é: Papai e Mamãe Vão Lá Amanhã Ver A Vovó Cozinhar Bananas Ouro e
Prata. Notem que as iniciais das palavras nessa frase correspondem às iniciais das cores na ordem
em que elas aparecem na tabela.
Apesar de ser possível pela aplicação da tabela obter resistores de qualquer valor, na prática isso
não ocorre. Existem valores comerciais típicos como os mostrados na tabela abaixo, incluindo a partir
daí os seus múltiplos (valores ×10, ×100, ×1000, etc).

Valor nominal (Ω): 1 1,2 1,5 1,8 2,2 2,7 3,3 3,9 4,7 5,6 6,8 8,2 9,1

 Identificação de terminais dos diodos, LEDs e capacitores eletrolíticos


• Diodo:
Componente: A K Símbolo:
(anodo) (catodo) A K
FAIXA

• LED:
Componente: Símbolo:
CHANFRO A K
A K
K – terminal mais curto ou mais próximo do chanfro

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 2ª EXPERIÊNCIA 10


• Capacitor Eletrolítico:
Componente: Símbolos:

+ –
+ –
RADIAL AXIAL
+ –

 O uso do "protoboard" (matriz de contatos)

As figuras abaixo esclarecem o uso de um "protoboard" típico (as linhas contínuas mostram como
os pontos para inserção dos terminais dos componentes estão conectados).

Estrutura típica Conexões elétricas

IV. Parte Prática

1. Verificação da funcionalidade do diodo

1.1. Monte o circuito 1 e observe se a lâmpada acende.

1.2. Repetir o procedimento do item 1.1 para o circuito 2.

A K

K A
5V 5V

6V x 3W 6V x 3W

(Circuito 1) (Circuito 2)
Complete as frases a seguir:

No circuito 1 a lâmpada _____________ porque o diodo está polarizado __________________.

No circuito 2 a lâmpada _____________ porque o diodo está polarizado __________________.


APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 2ª EXPERIÊNCIA 11
2. Verificação da funcionalidade do LED

2.1. Monte o circuito 3 (não se esqueça do resistor de 100Ω), observando se o LED acende.

2.2. Meça os valores de VR e VLED anotando-os na tabela II. Termine de preencher a tabela calculando
a corrente para cada circuito (I = VR/100).

2.3. Repetir o procedimento dos ítens 2.1 e 2.2 para o circuito 4.

I VR I VR

100
100ohm
Ω 100
100ohm

A K
5V 5V
VLED VLED
K A

(Circuito 3) (Circuito 4)

Tabela II - Valores experimentais dos circuitos 3 e 4.

VR (V) VLED (V) I = VR/100 (A)


Circuito 3
Circuito 4

Complete as frases a seguir:

No circuito 3 o LED _____________ porque o mesmo está polarizado ____________________.

No circuito 4 o LED _____________ porque o mesmo está polarizado ____________________.

2.4. Montar o circuito 5 (montagem dos LEDs em série) e observar o acendimento dos LEDs.

verde vermelho amarelo

verde vermelho amarelo

V1 V2
R1 R2

120Ω
120ohm
9V
33 ou 39Ω
39ohm
6V

(Circuito 5) (Circuito 6)

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 2ª EXPERIÊNCIA 12


2.5. Inverta a polaridade do LED vermelho e observe o que ocorre. Complete a frase a seguir.

Após inverter a polaridade do LED vermelho este ________________ enquanto que os outros
dois ______________________________________________. Isto ocorre porque na montagem em
série a corrente é _________________ em todos os bipolos.

2.6. Montar o circuito 6 (montagem dos LEDs em paralelo) e observar o acendimento dos LEDs.

2.7. Repetir o item 2.5.

Após inverter a polaridade do LED vermelho este ________________ enquanto que os outros
dois ______________________________________________. Isto ocorre porque na montagem em
paralelo a tensão é _________________ em todos os bipolos.

2.8. Neste item será verificada a descarga de um capacitor por meio do acendimento de um LED
(observe o circuito 7). Assim, é necessário que o capacitor seja primeiramente carregado (chave
na posição A) para a posterior descarga (chave na posição B).

470Ω A B 220Ω

5V
+
4700µF

(Circuito 7)
Monte o circuito 7, prestando atenção nas polaridades do capacitor e do LED (a chave será
simplesmente um fio manualmente conectado em A ou B). Com a chave na posição A, aguarde
uns 10s (no mínimo por um tempo tc) para o capacitor carregar. Em seguida, passe a chave para
a posição B e observe o que ocorre com o LED. A figura a seguir auxilia na montagem do
circuito no "protoboard".

470Ω 220Ω

À fonte cc
de 5V { +

A B

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 2ª EXPERIÊNCIA 13


Complete a frase a seguir:

Ao passar a chave da posição A para a B notou-se que o LED inicialmente _________________


para posteriormente _______________________ de forma gradual devido ao processo de
____________________ do capacitor.

2.9. Calcular os tempos aproximados (a resistência do LED varia em função da tensão/corrente) de


carga (tc) e descarga do capacitor (td) e anote-os nos espaços abaixo (explicite os cálculos). O
tempo de carga ou descarga de um capacitor pode ser calculado por t ≅ 4 R C [s], sendo R a
resistência em ohms (Ω) do resistor série (470Ω na carga e 220Ω na descarga) e C a capacitância
em farad (F).

Cálculo do tempo de carga:

tc = ____________s
Cálculo do tempo de descarga:

td = ____________s

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 2ª EXPERIÊNCIA 14


CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI
EL8210/NEA210 - Relatório de Fundamentos de Eletrônica - Laboratório
Prof º.: ________________ Turma:______ Bancada nº:____
Data de entrega: ____ / ____ / _____
Relatório: ACEITO RECUSADO REFAZER

3a Experiência: "Circuitos Retificadores de Meia Onda e


Onda Completa"

NOMES DOS INTEGRANTES DO GRUPO NÚMEROS


1.
2.
3.
4.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 3ª EXPERIÊNCIA 15


I. Objetivos

 Familiarização prática dos diversos circuitos retificadores estudados em sala de aula: retificadores
de meia onda e onda completa.
 Analisar algumas formas de onda provenientes dos circuitos retificadores em estudo, bem como a
determinação de alguns parâmetros de cada circuito analisado.
 Constatar a vantagem dos retificadores de onda completa sobre os de meia onda.

II. Lista de Material

• 01 Osciloscópio duplo canal Tektronix TDS210 ou equivalente com 02 pontas de prova


• 01 Placa Didática "Circuitos Retificadores"
• 01 Multímetro Digital Minipa ET2231 ou equivalente com pontas de prova
• 02 resistores de 10Ω × 1W
• 01 resistor de 1kΩ
• 01 capacitor eletrolítico de 470µF × 50V

III. Parte Prática

1. Circuito retificador de meia onda


1.1. Utilizando a placa didática, montar o circuito da figura 1.

RS= 10Ω D
R

rede
127Vef vS RL= 1kΩ vO
60Hz

T
Figura 1 – Circuito retificador de meia onda.

1.2. Com o auxílio do multímetro ajustado na escala para a medida de tensões contínuas cc, medir o
valor médio da tensão no secundário do transformador e na carga, preenchendo a coluna
correspondente da tabela I. Complete-a com os valores de pico calculados a partir da medida do
valor médio da tensão na carga. Utilize estas expressões aproximadas: V #é$%& ≡ V ≅ V ⁄π
e V (%)& ≡ V ≅ V * 0,7 . Obs: V (%)& ≡ V

Tabela I – Retificador de meia onda (sem filtragem capacitiva)

valor médio (medido) valor de pico (calculado)


vS (V)
vO (V)

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 3ª EXPERIÊNCIA 16


1.3. Utilizando o osciloscópio com acoplamento cc, obter as formas de ondas de vS(t) e vO(t),
desenhando-as sincronizadas no tempo (eixos abaixo) e cotadas (basta indicar os valores de pico),
para cada forma de onda medida.

Preparação do osciloscópio (as denominações dos comandos podem variar de acordo com o
osciloscópio recebido): Para ajustar o canal 1, pressione a tecla CH1/menu (ou tecla 1) e busque no
lado direito da tela a indicação do tipo de acoplamento feito – para alterá-lo basta pressionar a tecla
ao lado. Verifique ainda na tela o ajuste do tipo de ponta de prova, escolhendo a opção 1× (ponta de
prova não atenuadora). Repita esta operação para o canal 2, isto é, pressione a tecla CH2/menu (ou
tecla 2) e...
Após conectar as pontas de prova nos pontos de medida, pressione a tecla AUTOSET
(ou AUTO-SCALE) para um ajuste imediato das formas de onda na tela do osciloscópio (acerto
automático das escalas vertical e horizontal).

IMPORTANTE: Nunca ligue "os terras" (conector na cor PRETA) das pontas de prova em
nós distintos do circuito (sugestão: ligue apenas um dos terras no circuito ou mantenha-os
"sempre juntos").

vS (V)

0
t (s)

vO (V)

0
t (s)

Obs: fique atento aos valores de pico medidos com o osciloscópio, pois, devem corresponder
(aproximadamente) aos anteriormente calculados (tabela I).

1.4. Em seguida, acrescentar em paralelo à carga RL, um capacitor de 470µF conforme mostra a
figura 2. Cuidado com a polaridade do capacitor.

R RS= 10Ω D

rede
vS C vO
127Vef RL= 1kΩ
470µF
60Hz

T
Figura 2 – Circuito retificador de meia onda com filtro capacitivo.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 3ª EXPERIÊNCIA 17


1.5. Observe com o osciloscópio (ainda em acoplamento cc) a forma de onda de vO e complete as
frases a seguir:
A forma de onda de vO ficou com um formato aproximado de uma ___________ porque o
capacitor acrescentado forneceu corrente à carga (RL) quando o diodo ____________________.

A capacitância não pode ser excessivamente elevada por conta do risco de queima do diodo por
conta do excesso (surto) de corrente ao ligar o circuito (capacitor totalmente descarregado).

Por outro lado, uma capacitância muito baixa acarreta numa rápida __________________ do
capacitor resultando em um "ripple" _______________________.

1.6. Observe novamente a forma de onda de vO, mas desta vez, com o osciloscópio ajustado para
acoplamento ca. Pressione a tecla AUTOSET e meça a tensão de "ripple" de pico a pico na carga.

VOripple = ____________ V

2. Circuito retificador de onda completa - com dois diodos


2.1. Montar o circuito da figura 3, utilizando a placa didática.

R RS1=10Ω D1

rede vS RL
127Vef T vO
60Hz 1kΩ
vS
S RS2=10Ω D2

Figura 3 – Circuito retificador de onda completa com dois diodos.

2.2. Com o auxílio do multímetro ajustado na escala para a medida de tensões contínuas cc, medir o
valor médio da tensão no secundário do transformador (entre R e T ou entre S e T) e na carga,
preenchendo parte da tabela II. Complete-a com os valores de pico calculados a partir da medida
do valor médio da tensão na carga. Para o cálculo, utilize estas expressões aproximadas:
V #é$%& ≡V ≅V ⁄π e V (%)& ≡V ≅V * 0,7 . Obs: V (%)& ≡V

Tabela II – Retificador de onda completa (sem filtragem capacitiva)

valor médio (medido) valor de pico (calculado)


vS (V)
vO (V)

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 3ª EXPERIÊNCIA 18


2.3. Utilizando-se o osciloscópio com acoplamento cc, desenhar a forma de vO(t) nos eixos abaixo,
indicando o valor de pico (isto é, forma de onda cotada em amplitude).

vO (V)

0
t (s)
Obs: fique atento ao valor de pico medido com o osciloscópio, pois, deve corresponder
(aproximadamente) ao anteriormente calculado (tabela II).

2.4. Em seguida, acrescentar em paralelo à carga RL, um capacitor de 470µF conforme mostra a figura 4.
Cuidado com a polaridade do capacitor.

R RS1=10Ω D1

rede vS RL C vO
127Vef T 470µF
60Hz 1kΩ
vS
S RS2=10Ω D2

Figura 4 – Circuito retificador de onda completa com filtro capacitivo.

2.5. Apenas observe com o osciloscópio (ainda em acoplamento cc) a forma de onda de vO.
Obs: Note, que o efeito da fitragem capacitiva é em linhas gerais, idêntico ao que ocorreu para o
circuito de meia onda. Então, as frases completadas no item 1.5 também se aplicam a este caso.

2.6. Observe novamente a forma de onda de vO, mas desta vez, com o osciloscópio ajustado para
acoplamento ca. Pressione a tecla AUTOSET e meça a tensão de "ripple" de pico a pico na carga.

VOripple = ____________ V

Complete a frase a seguir:

Este valor de "ripple" é __________ que o do item 1.6 porque sua frequência é o __________ da
frequência da rede, isto é, o capacitor de filtragem tem ___________ tempo para se descarregar.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 3ª EXPERIÊNCIA 19


CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI
EL8210/NEA210 - Relatório de Fundamentos de Eletrônica - Laboratório
Prof º.: ________________ Turma:______ Bancada nº:____
Data de entrega: ____ / ____ / _____
Relatório: ACEITO RECUSADO REFAZER

4a Experiência: "Circuito Básico de uma Fonte de


Alimentação cc"

NOMES DOS INTEGRANTES DO GRUPO NÚMEROS


1.
2.
3.
4.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 4ª EXPERIÊNCIA 20


I. Objetivos

 Montagem de uma fonte de alimentação (básica) cc com um estágio estabilizador de tensão e


retificação por meio de uma ponte de diodos integrada.
 Comprovar a diminuição do "ripple" com o uso de um estabilizador de tensão implementado tanto
com diodo zener como com um circuito integrado (CI).
 Compreender a necessidade de usar o osciloscópio com acoplamento CC ou acoplamento CA.

II. Lista de Material

• 01 Osciloscópio duplo canal Tektronix TDS210 ou equivalente com 02 pontas de prova


• 01 "protoboard" com fios para ligação
• 01 transformador 110V × 6-0-6V
• 01 circuito integrado LM7805
• 01 ponte de diodos SKB1.2/1.2 ou equivalente, 01 diodo zener 1N4735 (6,2V × 1W)
• 01 capacitor eletrolítico de 470µF × 50V, 01 capacitor de 0,1µF
• 01 resistor de 180Ω × 1W, 01 resistor de 560Ω
• 06 cabos banana-banana

 Identificação de terminais do diodo zener (A → anodo, K → catodo):


Componente: Símbolo:
A K A K

III. Parte Prática

1. Fonte de alimentação cc com regulador zener paralelo


1.1. Montar o circuito da figura 1a. Para a montagem em "protoboard" sugere-se seguir as indicações
da figura 1b.
~ Ponte retificadora integrada

rede 180Ω
127Vef
– +
60Hz vC
Zener RL
~ 470µF 6,2V 560Ω
vO

Figura 1a – Fonte regulada de tensão com regulador zener paralelo.

Ao secundário 180Ω
do
transformador
+
~ ~
– 560Ω

Figura 1b – Sugestão de montagem em "protoboard".

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 4ª EXPERIÊNCIA 21


1.2. Medir com o auxílio do osciloscópio, ajustado para acoplamento cc, as formas de ondas de vC e
vO. Desenhá-las cotadas em amplitude (eixos a seguir).

Preparação do osciloscópio (as denominações dos comandos podem variar de acordo com o
osciloscópio recebido): Para ajustar o canal 1, pressione a tecla CH1/menu (ou tecla 1) e busque no
lado direito da tela a indicação do tipo de acoplamento feito – para alterá-lo basta pressionar a tecla
ao lado. Verifique ainda na tela o ajuste do tipo de ponta de prova, escolhendo a opção 1× (ponta de
prova não atenuadora). Repita esta operação para o canal 2, isto é, pressione a tecla CH2/menu (ou
tecla 2) e...
Após conectar as pontas de prova nos pontos de medida, pressione a tecla AUTOSET
(ou AUTO-SCALE) para um ajuste imediato das formas de onda na tela do osciloscópio (acerto
automático das escalas vertical e horizontal).

IMPORTANTE: Nunca ligue "os terras" (conector na cor PRETA) das pontas de prova em
nós distintos do circuito (sugestão: ligue apenas um dos terras no circuito ou mantenha-os
"sempre juntos").

Obs: relembrando a experiência anterior, a tensão de "ripple" (ondulação) resultará bastante


pequena em relação ao nível médio. Portanto, com o osciloscópio ajustado para acoplamento cc,
será visualizada uma tensão praticamente contínua constante (quase uma reta horizontal,
principalmente para vO).

vC (V)

0 t (s)

vO (V)

0 t (s)

Complete a frase a seguir:


Notou-se que a tensão vC é ___________ que a tensão vO (que é a própria tensão zener). Caso
contrário, não haveria a correta polarização do diodo zener.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 4ª EXPERIÊNCIA 22


1.3. Medir a tensão de "ripple" de pico a pico de vC e de vO, com o osciloscópio ajustado para
acoplamento ca (assim, o nível médio do sinal não será mais medido, podendo-se diminuir a
escala vertical do osciloscópio – simplesmente pressione a tecla AUTOSET). Anote os valores
medidos.
VCripple = ____________ V VOripple = ____________ V

Complete a frase a seguir:


Naturalmente, VOripple resultou __________ que VCripple porque esta é a função do estágio
estabilizador.

1.4. Retire do "protoboard" APENAS o diodo zener e o resistor de 180Ω. Os demais componentes
serão utilizados na próxima montagem.

2. Fonte de alimentação cc com regulador integrado LM7805

2.1. Montar o circuito da figura 2a. Para a montagem em "protoboard" sugere-se seguir as indicações
da figura 2b, reaproveitando parte da montagem anterior (etapas de retificação e filtragem).

~ Ponte retificadora integrada

rede
127Vef
– + 1
7805
3

7805
60Hz 2

~ vO
C1 C2 RL
vC 470µF 0,1µF 560Ω
1 2 3

Figura 2a – Fonte regulada de tensão com o regulador integrado LM7805.

7805
1 2 3

Ao secundário
do
transformador
+
~ ~
– C1 C2 560Ω

Figura 2b – Sugestão de montagem em "protoboard".


Obs: pino 1 → IN (input), pino 2 → GND (ground), pino 3 → OUT (output)

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 4ª EXPERIÊNCIA 23


2.2. Medir com o auxílio do osciloscópio, as formas de ondas em vC e vO com o osciloscópio ajustado
para acoplamento cc. Desenhá-las cotadas, notando que a observação do item 1.2 continua válida.

vC (V)

0 t (s)

vO (V)

0 t (s)

2.3. Medir a tensão de "ripple" de pico a pico de vC e de vO, com o osciloscópio ajustado para
acoplamento ca (assim, o nível médio do sinal não será mais medido, podendo-se diminuir a
escala vertical do osciloscópio – simplesmente pressione a tecla AUTOSET). Anote os valores
medidos.

VCripple = ____________ V VOripple = ____________ V

Obs: a comparação qualitativa entre os valores das tensões de "ripple" na entrada e saída do
estabilizador com CI deve resultar idêntica à do item 1.3 (inclusive a correspondente justificativa).

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 4ª EXPERIÊNCIA 24


CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI
EL8210/NEA210 - Relatório de Fundamentos de Eletrônica - Laboratório
Prof º.: ________________ Turma:______ Bancada nº:____
Data de entrega: ____ / ____ / _____
Relatório ACEITO RECUSADO REFAZER

5a Experiência: "Circuito Monoestável com o LM 555"

NOMES DOS INTEGRANTES DO GRUPO NÚMEROS


1.
2.
3.
4.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 5ª EXPERIÊNCIA 25


I. Objetivos

 Montagem e familiarização com um circuito temporizador do tipo monoestável.


 Compreensão básica do uso do circuito integrado 555 como um temporizador.
 Confrontar a duração do estado instável medido com o calculado.
 Acionar o circuito monoestável (também) por meio de um sensor de presença óptico.

II. Lista de Materiais


• 01 Placa Didática – Digitais I com "sonoalarme" ou uma placa dedicada ao LM555 (preferencial)
• 01 Fonte CC de 5V
• 02 resistores de 100kΩ e 01 resistor de 270kΩ
• 01 capacitor de 22µF e 47µF (ambos de 16V)
• 01 cronômetro digital
• 01 módulo com sensor de presença
• 01 módulo com interruptor de contato momentâneo NA (normalmente aberto)
• fios para ligações
• 10 cabos banana-banana

III. Informações Teóricas


Circuito integrado 555
Um circuito temporizador tem diversas aplicações, por exemplo, na atuação de sistemas de
iluminação de escadas/halls de edifícios. Assim, utiliza-se um sistema chamado minuteria, que
funciona como um temporizador. Uma das possibilidades de implementação de um temporizador
reside no uso do circuito integrado (CI) 555 (temporizador 555).
Este CI é de baixo custo, estável e de fácil utilização. Foi desenvolvido no início dos anos 70 e,
posteriormente, inúmeros circuitos foram desenvolvidos fundamentados neste CI.
O encapsulamento mais comum é o de 8 pinos, conforme mostrado na figura 1.

TERRA (GROUND) 1 8 +VCC


DISPARO (TRIGGER) 2 7 DESCARGA (DISCHARGE)
SAÍDA (OUTPUT) 3 6 LIMIAR (THRESHOLD)
INICIALIZAÇÃO (RESET) 4 5 CONTROLE (CONTROL)

Figura 1: Encapsulamento típico do LM555.

PINO FUNÇÃO
1 Referência – terra (zero volts – terminal negativo da fonte cc)
2 Sua tensão é comparada com uma tensão de referência interna (VCC/3)
3 Saída: pode assumir o valor da tensão de terra (zero) ou de VCC
4 Zero volts → saída = zero volts, VCC volts → operação normal
5 Permite alterar as tensões internas de referência (para comparação)
6 Sua tensão é comparada com uma tensão de referência interna (2VCC/3)
7 Pode estar em aberto ou em zero volts (depende das tensões dos pinos 2, 4, 5 e 6)
8 Alimentação do CI (4,5V < VCC < 16V) – tensão positiva em relação a do pino 1

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 5ª EXPERIÊNCIA 26


Circuito Monoestável com o CI 555

O circuito monoestável é um circuito que tem um estado estável e um instável, podendo


permanecer no estado estável (nível "0") indefinidamente. Se houver um disparo (Disp), o circuito
passa do estado estável para o estado instável, onde permanece por um intervalo de tempo Ti, ao final
do qual retorna e permanece no estado estável, até que outro disparo ocorra.

Em cada estado a saída assume um valor distinto de tensão de 0 ou VCC volts (nível lógico "0" ou "1").
Assim, a variável lógica de saída pode ser usada como base para um temporizador.

Circuito ligado disparo em t = td


há muito tempo Estado Estado
estável instável
Saída = 0 Saída = 1
Sem
disparo t = td + Ti

Este circuito tem muitas aplicações: geração de atrasos, temporizações propriamente ditas,
eliminação de ruídos de chaveamento, etc.

No diagrama de tempos representado abaixo, o disparo ocorre sempre que a variável Disp vai de
"1" para "0". Observe que uma vez disparado, o monoestável continua contando o tempo Ti sem
disparar novamente. Isto se deve ao circuito estar no estado instável, não sendo susceptível às
variações do sinal de disparo (Disp).

Ti Est. estável

SAÍDA

Disp

Obs: Para o correto funcionamento do circuito monoestável com o LM555, o sinal "Disp" deve
retornar a "1" antes do final do tempo "Ti" (estado instável). Caso contrário, o tempo de duração
do estado instável será estendido até o retorno de Disp para "1". Isso ocorre por conta da
configuração interna do circuito lógico (digital) do LM555, cuja explicação foge ao escopo
desta disciplina.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 5ª EXPERIÊNCIA 27


O circuito monoestável com o CI555 pode ser observado na figura 2.
VCC

8
R Rx 4 VCC
RST
7 3
DIS OUT Saída
6
THR
2 TRI
5
CON
C GND
CH
1

Disparo

Figura 2: Circuito Monoestável

O resistor RX é conhecido como o resistor de "pull-up", isto é, propicia a tensão de VCC volts no
pino 2 do 555 quando a chave (CH) não está pressionada. Nesta situação (em função da lógica interna
do 555), os pinos 3 e 7 estarão em zero volts.
Tensão no pino 2 Como o capacitor (C) está conectado ao pino 7,
VCC permanece descarregado. Esta situação
caracteriza o estado estável, que permanece
VCC/3 enquanto não for pressionada a chave CH.
t
0
Ao pressioná-la (instante de tempo td), a
Tensão no pino 6 tensão no pino 2 vai ao potencial de terra (zero)
conforme indica a forma de onda ao lado. Como
2VCC/3 essa tensão passou a ficar abaixo de VCC/3, a
lógica interna do 555 deixa o pino 7 em aberto
e faz a tensão no pino 3 passar de zero para VCC
t volts. Com o pino 7 em aberto, o capacitor
0
começa a ser carregado pela corrente fornecida
Tensão no pino 3 pelo resistor "R", gerando o crescimento da
VCC tensão no pino 6 (a partir de zero). Esta situação
é temporária, portanto, caracterizando o estado
instável. Quando a tensão no capacitor atingir
t 2VCC/3 (tensão de comparação do pino 6),
0 Ti novamente a lógica interna do 555 causará a
td mudança de estado do pino 7 (de aberto para
curto-circuito com o terra) e da tensão no pino
3 (de VCC para zero volts).

Para este circuito, pode-se demonstrar que a duração do estado instável é dada por:
Ti = 1,1 R C [s]
sendo R o valor da resistência em ohm [Ω] e C o valor do capacitor em farad [F].

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 5ª EXPERIÊNCIA 28


Sensor de Presença

O Sensor de presença utilizado é uma versão simplificada dos existentes comercialmente no


mercado. Ele baseia-se em um emissor (LED) e um receptor (fototransistor) de luz infravermelho. É
fundamental que os módulos do emissor e do receptor estejam alinhados para permitir que a luz incida
diretamente sobre o receptor. A figura 3 mostra o circuito utilizado.

V CC =5V
VCC 5V

R1
R1 R2
R2
47Ωohm
120 1Ωohm
1.0

TIL32 TIL78
Sensor
Saída

R3
R3 C1
10Mohm
10M Ω 1.0 nF

Figura 3: Circuito de um sensor de presença

No fototransistor do circuito, a intensidade da luz incidente controlará a intensidade da corrente


entre seus dois terminais. O importante é que os módulos do emissor e do receptor estejam alinhados,
permitindo que a luz incida diretamente sobre o receptor.
Na presença de luz o fototransistor conduz e a corrente em R2 e R3 será proporcional à incidência
de luz. Portanto, haverá uma tensão sobre R3 (tensão de saída) que poderá ser próxima de 5V (nível
lógico "1") pois R3 >> R2. Na ausência de luz, o fototransistor não conduz (está cortado) resultando
numa corrente nula em R3 e, portanto, numa tensão de saída também nula (nível lógico "0").
Então, se momentaneamente houver um bloqueio da luz (infravermelho) do emissor (fotodiodo)
ao receptor (fototransistor), a tensão na saída será alterada momentaneamente de nível lógico "1"
( ≅ 5V) para nível lógico "0" (0V). Portanto, conectando-se a saída deste circuito ao pino 2 do 555
operando na configuração monoestável, será possível dispará-lo com um simples bloqueio da luz
infravermelha.

IV. Parte Prática


Esta experiência utiliza a placa didática da figura 4a ou da figura 4b.
• Para a placa da figura 4a, note que existem vários componentes e circuitos montados. Destes,
utilizaremos o circuito monoestável, localizado na parte inferior direita da placa. O
monitoramento do estado do monoestável será realizado por um LED conectado na saída do
CI 555 por meio de um circuito "driver" (reforçador de corrente) já presente na placa. As
linhas brancas indicam conexão entre bornes e/ou componentes.
• A placa da figura 4b é dedicada apenas a montagens com o CI 555. O LED verde (topo da
placa) indica que a placa está alimentada (através dos dois bornes – vermelho e preto –
próximos a este LED), enquanto que o diodo conectado ao borne vermelho serve como
proteção contra inversão de polaridade da fonte de alimentação. Assim como para a outra
placa somente utilizaremos o circuito monoestável (parte inferior da placa).

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 5ª EXPERIÊNCIA 29


LED + DRIVER

Figura 4a: Vista de uma das placas didáticas (placa A) a ser utilizada no experimento com destaque
ao "driver" do LED.

Conexão de GND
Conexão de +VCC

Diodo de proteção

Indicação de circuito
Linha de GND
alimentado

Linha de +VCC

GND

R
100kΩ
+
C

CH

Pino 2 GND

Figura 4b: Vista da outra placa didática (placa B) que poderá ser utilizada no experimento. Nesta placa
não há o "driver" para cada LED (vermelho) porque os mesmos já se encontram conectados
nas saídas dos CIs em série com resistores limitadores de corrente – 180Ω).

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 5ª EXPERIÊNCIA 30


1. Montagem de um temporizador

1.1. Monte o circuito monoestável como especificado no diagrama abaixo (figura 5) usando
R=100kΩ e C=47µF×16V (cuidado com a polaridade do capacitor).
Placa A: faça a ligação para o driver do LED (localizado na parte superior da placa) na saída do 555
(pino 3). Não se esqueça de interligar o pino 4 (reset) a VCC. Os pontos de conexão com a
indicação VCC já estão interligados com +5V (via circuito impresso).
Placa B: veja as indicações das conexões na figura 4b. O pino 2 corresponde ao borne verde. Repare
que existem componentes previamente soldados na placa.

*componentes
VCC= 5V VCC= 5V soldados na placa

*10kΩ
100kΩ 100kΩ
R 8 4 R 8 4
CH CH
7 2 7 2
6 555 6 555
3 3 *
C C
1 5 1 5
ao driver do
*180Ω
LED

PLACA A PLACA B
Figura 5: Esquema elétrico do circuito a ser montado (conforme a placa usada).

1.2. Depois que terminar a montagem ligue a alimentação da placa, ligue a chave e verifique o seu
funcionamento. Aperte e imediatamente solte o botão do interruptor. Observe o que ocorre com
o LED e complete as frases a seguir:
Ao pressionar e soltar o botão do interruptor, o LED ____________ por um determinado espaço
de tempo, que é a duração do estado _______________ do circuito monoestável.
Este é disparado por causa da tensão no pino 2 do 555 que muda de _____V para _____V ao
pressionarmos o botão e que deve ser rapidamente liberado para o _______________ funcionamento
do circuito (característica inerente do CI 555).

1.3. Meça com o cronômetro o tempo no qual o LED permanece aceso. Calcule o tempo teoricamente
esperado. Preencha a tabela abaixo e explicite os cálculos efetuados.

Medido Calculado
Ti (s)

Cálculos:

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 5ª EXPERIÊNCIA 31


1.4. Substitua o resistor R por um resistor de 270kΩ. Meça novamente o tempo no qual o LED
permanece aceso. Preencha a tabela abaixo e explicite os cálculos efetuados.

Medido Calculado
Ti (s)

Cálculos:

1.5. Substitua agora o capacitor C por um capacitor de 22µF (cuidado com a polaridade na hora da
montagem!) e mantenha o valor de R em 270kΩ. Meça novamente o tempo no qual o LED
permanece aceso. Preencha a tabela abaixo e explicite os cálculos efetuados.

Medido Calculado
Ti (s)

Cálculos:

1.6. Complete a frase a seguir:


Em função dos resultados obtidos nos itens 1.3, 1.4 e 1.5 constata-se que o tempo de permanência
do circuito monoestável no estado instável é _____________________ proporcional aos valores do
resistor e do capacitor.

2. Montagem de um sensor de presença

Ao invés do uso de um interruptor, muitas vezes prefere-


se acionar um circuito temporizador por meio de um sensor
específico para detectar a presença de alguém e acionar
automaticamente o sistema de minuteria.

Figura 6: Sensor de presença (módulo externo)

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 5ª EXPERIÊNCIA 32


2.1. Substitua o botão interruptor e o resistor de "pull-up" de 100kΩ (é o resistor que está conectado
nos pinos 4 e 2 do 555 e que tem a função de "puxar para cima" a tensão do pino 2) pelo sensor
de presença do módulo externo, ou seja, retire o resistor e conecte o pino 2 no borne verde do
módulo externo. Interligar os bornes preto e vermelho aos correspondentes da placa didática (veja
as figuras 6 e 4).

2.2. Obstrua momentaneamente a passagem de luz entre o fototransistor e o LED (do módulo externo)
e observe o que ocorreu.
Complete a frase a seguir:
Ao obstruir momentaneamente a passagem de luz notou-se um comportamento do circuito
monoestável absolutamente __________________ ao do item 1.2 (incluindo a necessidade da
obstrução apenas momentânea do feixe de luz).

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 5ª EXPERIÊNCIA 33


CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI
EL8210/NEA210 - Relatório de Fundamentos de Eletrônica - Laboratório
Prof º.: ________________ Turma:______ Bancada nº:____
Data de entrega: ____ / ____ / _____
Relatório ACEITO RECUSADO REFAZER

6a Experiência: "Circuito Astável com o LM555"

NOMES DOS INTEGRANTES DO GRUPO NÚMEROS


1.
2.
3.
4.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 6ª EXPERIÊNCIA 34


I. Objetivos

 Montagem e familiarização com um circuito temporizador do tipo astável.


 Confrontar valores medidos e calculados dos períodos dos sinais gerados.
 Utilização do circuito integrado 555 numa montagem que integre os circuitos temporizadores
monoestável e astável como parte de um alarme residencial simples.
 Apresentar um interruptor magnético conhecido como "reed-switch".

II. Lista de Materiais

• 01 Placa Didática – Digitais I com "sonoalarme" ou uma placa dedicada ao LM555 (preferencial)
• 01 Fonte CC de 5V
• 02 resistores de 2,2kΩ, 01 resistor de 1MΩ e 4,7kΩ
• Capacitores (um de cada e todos de 16 V): 22µF, 100µF, 220µF e 470µF
• 01 cronômetro digital
• 01 módulo externo (porta e janela)
• fios para ligações
• 12 cabos banana-banana

III. Informações Teóricas


Circuito integrado 555
Existem vários processos que funcionam sequencialmente, realizando uma tarefa após a outra,
comandados por um circuito oscilador. Por exemplo, considere um computador de 2GHz. Esta
frequência (conhecida como frequência de "clock") refere-se à frequência do oscilador interno que
comanda a execução dos diferentes procedimentos do processador.

Existem várias formas de se obter um oscilador. Para frequências altas podemos utilizar um cristal
de quartzo, que associado a capacitores, resistores e componentes ativos (por exemplo, transistores
bipolares de junção) é capaz de gerar uma onda quadrada com uma determinada frequência. Outra
forma é através do CI 555. No entanto, deve-se deixar claro que esse circuito integrado não é capaz
de operar em frequências muito elevadas (como no exemplo do computador) limitando-se à faixa das
centenas de quilohertz.

O encapsulamento mais comum do CI 555 é o de 8 pinos, conforme mostrado na figura 1.

TERRA (GROUND) 1 8 +VCC


DISPARO (TRIGGER) 2 7 DESCARGA (DISCHARGE)
SAÍDA (OUTPUT) 3 6 LIMIAR (THRESHOLD)
INICIALIZAÇÃO (RESET) 4 5 CONTROLE (CONTROL)

Figura 1: Encapsulamento típico do LM555.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 6ª EXPERIÊNCIA 35


PINO FUNÇÃO
1 Referência – terra (zero volts – terminal negativo da fonte cc)
2 Sua tensão é comparada com uma tensão de referência interna (VCC/3)
3 Saída: pode assumir o valor da tensão de terra (zero) ou de VCC
4 Zero volts → saída = zero volts, VCC volts → operação normal
5 Permite alterar as tensões internas de referência (para comparação)
6 Sua tensão é comparada com uma tensão de referência interna (2VCC/3)
7 Pode estar em aberto ou em zero volts (depende das tensões dos pinos 2, 4, 5 e 6)
8 Alimentação do CI (4,5V < VCC < 16V) – tensão positiva em relação a do pino 1

Circuito Astável com o CI 555

O circuito astável é um circuito que opera em dois estados instáveis, permanecendo determinados
intervalos de tempo (T1 e T2) em cada um deles. Em cada estado a saída assume um valor diferente
("0" ou "1"), sendo assim considerado um gerador de onda quadrada. Este tipo de onda é fundamental
nos circuitos digitais, funcionando como um relógio (clock) de sincronismo.

decorridos T1 s
Estado Estado
Circuito instável 1 instável 2 Circuito
Energizado Energizado
Saída = 1 Saída = 0
decorridos T2 s

Saída

T1 T2

sendo: T1 = intervalo de tempo com a saída em nível lógico "1"


T2 = intervalo de tempo com a saída em nível lógico "0"
T = período do sinal ( T = T1 + T2 )

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 6ª EXPERIÊNCIA 36


O circuito astável com o CI555 pode ser observado na figura 2.

VCC
VCC 5V

8
4 VVC
CCC
Ra
Ra
RST
RST
7 3
6 DIS
DIS OUT
OUT Saída
THR
2 THR
Rb
Rb TR
TRI
5
CON
CON
GND
GND
1
C vC

Figura 2: Circuito Astável com o LM555.

Para a análise do circuito, pode-se admitir (em função circuito interno do 555) como condição
inicial que o capacitor esteja inicialmente descarregado (tensão nula nos pinos 2 e 6, isto é, vC = 0),
que o pino 7 esteja em estado aberto e que a tensão de saída seja VCC. Assim, o capacitor iniciará um
ciclo de carga através da corrente passando por
Tensão nos pinos 2 e 6 Ra e Rb.
2VCC/3 Quando a tensão vC a ultrapassar o valor de
VCC/3 não haverá alteração no comportamento
VCC/3 externo do 555, mas, isso será detectado (via
t
0 pino 2) e memorizado por seu circuito interno.
Porém, quando a tensão vC atingir a 2VCC/3,
Tensão no pino 3 haverá mudança na tensão de saída (pino 3) de
VCC VCC para zero (detectado via pino 6) e no
estado do pino 7 que passa a ser curto-
circuitado com o terra. Nesse instante, o
t capacitor inicia um ciclo de descarga através
0 T1 T2 do resistor Rb, pois o nó comum a Ra e Rb tem
seu potencial fixado em zero.

Assim, a tensão vC decrescerá ao longo do tempo até que ao atingir o valor de VCC/3, a tensão de
saída mudará para VCC e o pino 7 novamente volta a ficar em estado de circuito aberto. Portanto, o
capacitor volta a iniciar um ciclo de carga (via Ra e Rb). A partir deste ponto, o circuito já está
operando em regime permanente e enquanto estiver energizado, terá comportamento periódico
gerando em sua saída (pino 3) uma tensão retangular, enquanto que a forma de onda de vC será do
tipo conhecido como dente de serra.

Nomeando a duração da carga e da descarga do capacitor, respectivamente, como T1 e T2,


demonstra-se que:

T1 ≅ 0,69 (Ra + Rb) C [s] T2 ≅ 0,69 (Rb) C [s]

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 6ª EXPERIÊNCIA 37


Assim, é possível determinar o período (T) e a frequência (f) dos sinais gerados pelo astável:
T = (T1 + T2) [s]  f = 1/T [Hz]

A relação entre T1 e o período é conhecida como ciclo de operação (Duty Cicle ≡ D) do astável:
D = T1/ T = (Ra + Rb) / (Ra + 2 Rb)

Os valores de D e f são normalmente especificados. O projeto geralmente é feito determinando


os valores de Ra e Rb para um valor de C fixo.

Sensor Magnético e Módulo Externo

Para proteger portas e janelas contra aberturas indevidas podemos utilizar um simples sensor
magnético com reed-switch. O reed-switch (figura 3) é um interruptor formado por duas lâminas
flexíveis de material ferromagnético, seladas hermeticamente dentro de uma cápsula de vidro que é
preenchida por um gás inerte. Essa atmosfera de gás inerte protege as regiões de contato elétrico das
lâminas impedindo as oxidações. As lâminas estão sobrepostas, porém separadas por um pequeno
espaço. Esta configuração é comumente referida como "normalmente aberto", ou seja, sem nenhuma
intervenção, o sistema está aberto, sem nenhum contato elétrico entre os terminais.

Figura 3: Estrutura do interruptor magnético - reed-switch aberto

A aplicação de um campo magnético, mediante a aproximação de um imã permanente, induz uma


magnetização nessas lâminas, com polaridades opostas e uma consequente força de atração
magnética, que une fisicamente as lâminas, fechando o circuito externo do qual elas fazem parte
(figura 4). Quando o campo magnético é afastado, a indução magnética diminui e, com ela as forças
de atração, resultando no afastamento das lâminas e consequentemente abrindo o contato elétrico
entre os terminais.

Figura 4: Estrutura do interruptor magnético - reed-switch fechado

De forma idêntica, existem sensores magnéticos com reed-switch normalmente fechados, isto é,
sem nenhuma intervenção o sistema está fechado, mantendo o contato elétrico entre os terminais. A
aproximação do imã provoca a separação das lâminas e consequentemente a interrupção do contato
elétrico entre os terminais.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 6ª EXPERIÊNCIA 38


VVCC
CC = 5V
5V VVCC
CC = 5V
5V

R1
R1 R2
R2 R1
R1 R2
R2
120 ohm 1.0 ohm
47Ωohm
120 1.0
1Ω ohm 47Ω 1Ω

TIL32 TIL78 TIL32 TIL78

R3
R3
R3
R3
10M ohm
10M
10MΩohm 10MΩ

5 8
5 8 1 4 10
1 4 10 3 6 9
3 6 9 2
2 Saída
Saída
CI4011
CI4011

Reed Switch (NA)


Reed Switch (NA)
(porta aberta)
(porta fechada) Imã
Imã

Figura 5: Diagrama do circuito (ilustrando duas situações: porta aberta ou fechada) do sensor
magnético e do sensor de presença implementados no módulo externo da porta e janela.

O sensor utilizado nesta implementação foi um reed-switch normalmente aberto. Enquanto a porta
está fechada, o imã está próximo ao reed-switch, fechando o sistema com um nível de tensão igual a
zero. Através de uma lógica digital inversora obtemos, uma tensão na saída, próximo de 5V (nível
lógico alto). Quando a porta se abre, o imã se afasta, o reed-switch volta ao estado inicial normalmente
aberto, resultando em um nível de tensão igual a zero na saída.

A figura 5 mostra o sistema implementado, adicionando-se o sensor de presença (apresentado na


experiência anterior) possibilitando monitorar tanto a porta (sensor magnético) quanto a janela
(sensor de presença).

IV. Parte Prática

Esta experiência utiliza a placa didática da figura 6a ou a da figura 6b.


• Para a placa da figura 6a, note que existem vários componentes e circuitos montados. Destes,
utilizaremos tanto o circuito monoestável como o circuito astável, ambos localizados na parte
inferior direita da placa. O monitoramento do estado do circuito astável (operação em baixa
frequência) será realizado por um LED conectado na saída do CI 555 por meio de um circuito
"driver" (reforçador de corrente) já presente na placa. As linhas brancas indicam conexão
entre bornes e/ou componentes.
• A placa da figura 6b é dedicada apenas a montagens com o CI 555. O LED verde (topo da
placa) indica que a placa está alimentada (através dos dois bornes – vermelho e preto –
próximos a este LED), enquanto que o diodo conectado ao borne vermelho serve como
proteção contra inversão de polaridade da fonte de alimentação.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 6ª EXPERIÊNCIA 39


LED + DRIVER

Figura 6a: Vista de uma das placas didáticas (placa A) a ser utilizada no experimento com destaque
ao "driver" do LED..

conexão de GND
Conexão de +VCC Buzina

Diodo de proteção pino 4


Ra
Linha de GND
Rb
+
C Interligar para habilitar

a buzina (astável)
pino 4
Linha de +VCC

1MΩ Conectar ao pino 4


do astável
+
22µF

Conectar ao borne verde
do módulo externo

Conexão da chave S1 Conexão da chave S2


Conectar S1ou S2 ao pino 4 (monoestável)
Figura 6b: Vista da outra placa didática (placa B) que poderá ser utilizada no experimento. Nesta placa
não há o "driver" para cada LED (vermelho), porque os mesmos já se encontram conectados
nas saídas dos CIs em série com resistores limitadores de corrente – 180Ω).

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 6ª EXPERIÊNCIA 40


1. Monte o circuito da figura 7a (placa A) ou da figura 7b (placa B). Utilize Ra=Rb=2,2kΩ e
C=220µF×16V (cuidado com a polaridade do capacitor).

Placa A: faça a ligação para o driver do LED (localizado na parte superior da placa) e buzina na
saída do circuito astável (pino 3 do 555). Os pontos de conexão com a indicação VCC já estão
interligados com +5V (via circuito impresso).

Placa B: Veja as indicações de conexão dos resistores e capacitores na figura 6b. O pino 2 do
circuito monoestável corresponde ao borne verde. Repare que existem componentes previamente
soldados na placa (indicados com um asterisco – circuito da figura 7b). Use uma das chaves presentes
na placa (S1 ou S2) como chave de reset (S) – basta interligar o borne de conexão de uma delas
(amarelo) ao pino 4 do 555 do circuito monoestável (borne também amarelo).

Obs: O circuito contém dois integrados 555 em configurações diferentes. CI-1 está como
monoestável (temporizador – após acionado, libera o funcionamento de CI-2 durante o estado
instável) e CI-2 como astável (oscilador – a buzina tocará de modo intermitente até o término do
estado instável do monoestável ou acionamento da chave de "reset").

Porta e Janela
(pino verde do módulo externo)
5V VCC

5V VCC

1M
8 4
Ra
7 CI-1 2 8 4
CI-2 Ao LED
Driver e Buzina
do led
555 7
6 3
3 Rb 6 555 Driver da buzina
100uF
22µF
1 5 2
1 S 1 5
C
0
Chave de Dados

Figura 7a: Esquema elétrico do circuito a ser montado na placa didática A (S → Chave de "reset")

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 6ª EXPERIÊNCIA 41


S ao borne verde do módulo externo
1
VCC= 5V 0 VCC= 5V

*10kΩ *10kΩ

Ra
*1,2kΩ
1MΩ 8 4 8 4 *componentes
CI-1 7 CI-2 soldados na placa
7 2
555 Rb 555
6 6
3 3 Buzina
22µF * 2 *
1 5 1 5
*180Ω C *180Ω

Figura 7b: Esquema elétrico do circuito a ser montado na placa didática B (S → Chave de "reset")

Saída
GND
+ 5V

Figura 8: Detalhes do módulo utilizado na montagem do experimento.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 6ª EXPERIÊNCIA 42


2. Após a montagem ligue a alimentação da placa e ligue a chave (liga-desliga). Para armar o sistema
inicialize através da chave de "reset", colocando-a inicialmente na posição do "0" e retornando
para a posição "1". Abra a porta, fechando-a em seguida e observe o que acontece com o LED e
com a buzina (para desligar/rearmar o alarme, utilize novamente a chave de "reset", conforme já
descrito) e complete as frases abaixo, considerando para as tensões apenas valores de 0 (zero)
ou 5 (cinco) volts:
Ao abrir a porta o LED _____________ e a buzina ______________ porque o reed-switch tem
seus contatos _______________ e a tensão no pino 2 do circuito monoestável muda de ____V para
____V, acionando-o. Em sua saída a tensão muda de ____V para ____V, liberando o funcionamento
(via pino 4 – reset) do circuito ________________. Terminado o tempo de duração do estado instável
do circuito monoestável (em torno de 25s) o sistema
____________________________________________________________________________.

3. Repita o item anterior, mas, ao abrir a porta, mantenha-a aberta e observe se houve alguma
mudança no funcionamento do sistema e complete as frases abaixo, considerando para as tensões
apenas valores de 0 (zero) ou 5 (cinco) volts:
Ao abrir a porta o LED _____________ e a buzina ______________ porque o reed-switch tem
seus contatos _______________ e a tensão no pino 2 do circuito monoestável muda de ____V para
____V, acionando-o. Em sua saída a tensão muda de ____V para ____V, liberando o funcionamento
(via pino 4 – reset) do circuito ________________. Terminado o tempo de duração do estado instável
do circuito monoestável (em torno de 25s) o sistema
____________________________________________________________________________.

4. Repita o item 2 para uma simulação de invasão da casa através da janela e observe o que acontece.
Complete as frases abaixo, considerando para as tensões apenas valores de 0 (zero) ou 5 (cinco)
volts:
Ao invadir pela janela o LED _____________ e a buzina ______________ porque o fototransistor
passa da saturação para o __________ e a tensão no resistor R3 muda de ____V para ____V,
acionando o circuito __________________ em cuja saída a tensão muda de ____V para ____V,
liberando o funcionamento via pino 4 (reset) do circuito ________________. Terminado o tempo de
duração do estado instável do monoestável (em torno de 25s) o sistema
____________________________________________________________________________.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 6ª EXPERIÊNCIA 43


5. Observando o LED, meça o tempo de 10 oscilações (LED piscando) com o cronômetro e obtenha
o valor médio do período de uma oscilação (T = tempo medido/10) e a frequência de oscilação
(f = 1/T) anotando-os na coluna "medido" da tabela abaixo. Utilize as expressões fornecidas nas
informações teóricas e calcule o período e a frequência teoricamente esperados, explicitando no
espaço abaixo estes cálculos efetuados. Complete o preenchimento da tabela.

Medido Calculado
T (s)
f (Hz)

CÁLCULOS:

6. Substitua o capacitor C por um de 100µF (cuidado com a polaridade na hora da montagem) e


repita o procedimento anterior.

Medido Calculado
T (s)
f (Hz)

CÁLCULOS:

7. Substitua agora o capacitor C por um capacitor de 470µF (cuidado com a polaridade na hora da
montagem) e repita o procedimento anterior.

Medido Calculado
T (s)
f (Hz)

CÁLCULOS:

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 6ª EXPERIÊNCIA 44


8. Substitua agora o resistor Ra por um resistor de 4,7kΩ mantendo C=470µF. Com esta alteração,
o LED ficou mais tempo: aceso apagado

9. Completar as frases abaixo.

Ao alterar C, os tempos do LED aceso ou apagado são proporcionalmente alterados, afinal, o


capacitor é o componente que se ______________ durante T1 (LED aceso) e se _______________
durante T2 (LED apagado).
Alterando Ra, apenas o tempo ____ é proporcionalmente alterado, porque Ra atua apenas na
_______________ do capacitor.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 6ª EXPERIÊNCIA 45


CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI
EL8210/NEA210 - Relatório de Fundamentos de Eletrônica - Laboratório
Prof º.: ________________ Turma:______ Bancada nº:____
Data de entrega: ____ / ____ / _____
Relatório: ACEITO RECUSADO REFAZER

7a Experiência: "O Transistor Bipolar de Junção ( TBJ )


Funcionando como Chave"

NOMES DOS INTEGRANTES DO GRUPO NÚMEROS


1.
2.
3.
4.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 7ª EXPERIÊNCIA 46


I. Objetivos

 Montagem de um circuito básico para testar a operação de um transistor bipolar de junção (TBJ)
nas regiões de corte e saturação.
 Efetuar medidas de tensões e de correntes (indiretamente) confrontando com valores calculados.
 Compreender o porquê das diferenças encontradas entre valores medidos e teoricamente
esperados.

II. Lista de Material

• 01 Fonte Minipa "simples" com seu respectivo cabo de força


• 01 "protoboard", fios para ligações e alicates de bico e de corte
• 01 Multímetro Digital Minipa ET2231 ou equivalente com pontas de prova
• 01 transistor BC548 ou equivalente
• 01 LED vermelho
• 01 resistor de 470Ω e 5,6kΩ
• 06 cabos banana-banana

III. Informações Teóricas/Práticas


Medidas de Tensão em Circuitos com Resistências Elevadas

Ao efetuar medidas de tensão em algum circuito, deve-se observar com cuidado a ordem de
grandeza das resistências/impedâncias envolvidas. Se forem próximas ou superiores à resistência
interna do instrumento de medida, em alguns casos os erros de medida serão elevados. Nesta análise
será admitido que o instrumento de medida (voltímetro) é ideal, exceto por sua resistência interna
não ser infinita (um voltímetro ideal não desviaria corrente do circuito a ser medido).
A
O circuito simples ao lado serve como um bom exemplo.
Considerando a fonte de tensão cc como ideal, qualquer voltímetro
R1 seria capaz de medir corretamente a tensão entre os pontos A e C.
Significa, que o voltímetro poderia desviar qualquer valor de
12V B corrente entre esses pontos que os 12V da fonte seriam mantidos.

R2 Assumindo R1 = R2, e um voltímetro com uma resistência


interna (RV) de 10MΩ, pode-se calcular o valor esperado para a
tensão a ser medida entre os pontos B e C do circuito (VBC).
C
Naturalmente, o valor teórico é VBC = 6V independendo do valor
dos resistores. Porém, ao efetuar a medida, coloca-se a resistência interna do voltímetro em paralelo
com R2 o que altera o circuito e, portanto, a medida. A tabela a seguir, mostra a influência de alguns
valores dos resistores na medida de VBC.

R1 (Ω) R2 (Ω) RV (Ω) R2 // RV (Ω) VBC (V)


102 102 107 99,999 5,99997
103 103 107 999,90001 5,9997
4 4
10 10 107 9990,00999 5,997001
105 105 107 99009,9013 5,970149
6 6
10 10 107 909090,942 5,714286
107 107 107 5×106 4

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 7ª EXPERIÊNCIA 47


Se a ordem de grandeza entre R1 e R2 for diferente, a influência de RV na medida será menor. Por
exemplo, considere R1 = 10MΩ e R2 = 1kΩ. Neste caso, como RV // R2 praticamente continua sendo
o próprio valor de R2, não haverá influência significativa na medida. Em caso contrário, isto é,
R1 = 1kΩ e R2 = 10MΩ, a influência de RV também será desprezível. Embora, resulte
RV // R2 = 5MΩ, este valor ainda é muito maior que R1 e, portanto, a medida não sofrerá influência
significativa.

Medida de VCE de Corte

Abaixo é mostrado o circuito a ser utilizado nesta experiência, com o objetivo de alertar quanto à
medida da tensão entre coletor e emissor (VCE) com a chave (CH) na posição "B", isto é, com o TBJ
operando no modo de corte.

+12V +12V No modo de corte, o TBJ se comporta praticamente


como um circuito aberto entre coletor e emissor. Portanto,
não haverá corrente circulando por R2 e pelo LED,
470Ω R2 concluindo-se que a tensão teoricamente esperada para VCE
seja de 12V.

Contudo, efetuando-se a medida obtém-se um valor


CH IV menor que o esperado (geralmente entre 10 e 11V). Para um
A R1 voltímetro de 10MΩ de resistência interna (instrumento
V utilizado no laboratório), de imediato nota-se que R2 tem um
B 5,6kΩ
valor muito baixo para poder interferir na medida.

ILED
A interferência na medida fica por conta do LED cuja
curva característica típica é mostrada ao lado.

Embora a corrente que circule pelo voltímetro seja


baixa, o LED possui uma característica não linear
(assumindo 12V para VCE de corte, resulta em
IV ≅ 12/107 = 1,2µA). Mesmo para correntes baixas, a
queda de tensão sobre o LED será apreciável, conforme
indicado na curva ao lado. É justamente essa queda de IV
tensão sobre o LED que resulta no menor valor medido 0 VLED
≅1,5V
para VCE de corte.

Identificação dos Terminais do Transistor BC548

Simbologia Encapsulamento
C

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 7ª EXPERIÊNCIA 48


IV. Parte Prática

1. Monte o circuito dado abaixo no "protoboard". Cuidado com a polarização do LED e do TBJ.

R2
R2
VR2
470Ω
470ohm

LED_red

V1
IC 12V
"chave"
VR1 IB
"a" R1
VCE
R1
5.6kohm
5,6kΩ VBE BC548BP
"b"
Q1

Figura 1 - Esquema elétrico do circuito a ser implementado no "protoboard".

2. Com a chave na posição "a", meça os valores das tensões nos resistores R1 e R2 (VR1 e VR2) e
calcule (lei de Ohm) as correntes de base (IB) e do coletor (IC). A seguir, meça as tensões entre base
e emissor (VBE) e entre coletor e emissor (VCE), anotando todos os valores obtidos na tabela I.
Em seguida, repita as medições e anotações para a chave na posição "b".
Tabela I - Relação dos dados experimentais obtidos no circuito.

CHAVE VR1 (V) VR2 (V) IB=VR1/5,6 (mA) IC=VR2/0,47 (mA) VBE (V) VCE (V)

"a"

"b"

3. Determinar os valores teoricamente esperados completando a tabela II. Mostrar os cálculos


relativos à chave na posição "a" no espaço a seguir (próxima página). Assuma uma queda de
tensão no LED de 2,2V (obviamente, aceso!).
Tabela II – Resultados teoricamente esperados.

CHAVE IB (mA) IC (mA) VBE (V) VCE (V)

"a" 0,7 0,2

"b"

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 7ª EXPERIÊNCIA 49


CÁLCULOS (resultados teoricamente esperados):

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 7ª EXPERIÊNCIA 50


CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI
EL8210/NEA210 - Relatório de Fundamentos de Eletrônica - Laboratório
Prof º.: ________________ Turma:______ Bancada nº:____
Data de entrega: ____ / ____ / _____
Relatório: ACEITO RECUSADO REFAZER

8a Experiência: "Circuitos Inversor e Não-inversor com o


Amplificador Operacional"

NOMES DOS INTEGRANTES DO GRUPO NÚMEROS


1.
2.
3.
4.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 8ª EXPERIÊNCIA 51


I. Objetivos

 Familiarização com Amplificadores Operacionais – Amp Op.


 Observação do comportamento real do amplificador operacional nas configurações inversora e
não-inversora, comprovando a boa aproximação das equações deduzidas.
 Familiarização e uso de um gerador de sinais.

II. Lista de Material

• 01 Osciloscópio duplo canal Tektronix TDS210 ou equivalente com 02 pontas de prova


• 01 Fonte Minipa "simétrica" com seu respectivo cabo de força
• 01 Placa Didática "Amplificadores Operacionais" com fios para ligações
• 01 gerador de funções com seus respectivos cabos
• 01 Multímetro Digital Minipa ET2231 ou equivalente com pontas de prova
• 02 resistores de 10kΩ
• 01 resistor de 100kΩ
• 06 cabos banana-banana

III. Parte Prática:

1. Estudo da configuração inversora

1.1. Montar o circuito da figura 1. Repare que R2 = 100kΩ


R3 não consta no circuito inversor visto
em teoria, pois, seria inócuo para o amp.
op. considerado ideal (corrente de +10V
R1 = 10kΩ
entrada nula). Contudo, na realidade as
correntes das entradas não são nulas e a
presença de R3 auxilia no balanceamento
–10V
das correntes nas entradas. vi vo
R3 = 10kΩ

Gerador de sinais

Figura 1 – Configuração inversora.


1.2. Ajuste vi para ser um sinal senoidal de 1Vpp/1kHz. Medir vi e vo simultaneamente (sem
deformação), com o auxílio do osciloscópio. Utilize o canal 1 do osciloscópio para medir vi e o
canal 2 para medir vo, ambos os canais ajustados para acoplamento ca.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 8ª EXPERIÊNCIA 52


Uso do gerador de sinais: Em termos gerais, um gerador de sinais tem por objetivo fornecer sinais
variáveis no tempo. Será utilizado um tipo particular de gerador conhecido por gerador de funções
(function generator) que, basicamente, tem a capacidade de gerar três tipos de sinais: senoidal,
triangular e quadrado. Para esta experiência será necessário apenas efetuar o ajuste da amplitude
(AMPL.) e da frequência (FREQUENCY) de um sinal senoidal.
Para o ajuste da amplitude, basta atuar no controle AMPL. e observar no osciloscópio se o valor de
pico a pico (ou de pico) desejado foi obtido (no caso 1Vpp).
Para o ajuste da frequência, escolha a faixa de frequência desejada (pressione a tecla correspondente)
e ajuste-a no controle FREQUENCY observando no display do gerador (ou no osciloscópio) se o
valor desejado foi obtido (no caso 1kHz).

Preparação do osciloscópio (as denominações dos comandos podem variar de acordo com o
osciloscópio recebido): Para ajustar o canal 1, pressione a tecla CH1/menu (ou tecla 1) e busque no
lado direito da tela a indicação do tipo de acoplamento feito – para alterá-lo basta pressionar a tecla
ao lado. Verifique ainda na tela o ajuste do tipo de ponta de prova, escolhendo a opção 1× (ponta de
prova não atenuadora). Repita esta operação para o canal 2, isto é, pressione a tecla CH2/menu (ou
tecla 2) e...
Após conectar as pontas de prova nos pontos de medida, pressione a tecla AUTOSET
(ou AUTO-SCALE) para um ajuste imediato das formas de onda na tela do osciloscópio (acerto
automático das escalas vertical e horizontal).

IMPORTANTE: Nunca ligue "os terras" (conector na cor PRETA) das pontas de prova em
nós distintos do circuito (sugestão: ligue apenas um dos terras no circuito ou mantenha-os
"sempre juntos").

1.3. Desenhar as formas de onda de vi e vo cotadas em amplitude e sincronizadas no tempo.


vi [V]

0 t [s]

vo [V]

0 t [s]

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 8ª EXPERIÊNCIA 53


1.4. Preencher a tabela abaixo com valores medidos e teóricos. Para a configuração inversora com
um amp. op. aproximado para ideal: v& ⁄v% -R / ⁄R0 .
valores medidos valores teóricos
vi (Vpp) 1,0
vo (Vpp)
|vo/vi| (V/V)

2. Estudo da configuração não-inversora


2.1. Repetir os itens 1.1 a 1.3 para o circuito da figura 2.
R1 = 10kΩ R2 = 100kΩ

+10V

R3 = 10kΩ –10V
vi vo

Figura 2 – Configuração não-inversora.

vi [V]

0 t [s]

vo [V]

0 t [s]

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 8ª EXPERIÊNCIA 54


2.2. Preencher a tabela abaixo com valores medidos e teóricos. Lembre-se que para a configuração
não-inversora e para um amp. op. aproximado para ideal: v& ⁄v% 1 * 2R / ⁄R0 3.
valores medidos valores teóricos
vi (Vpp) 1,0
vo (Vpp)
vo/vi (V/V)

3. O circuito de ganho unitário (seguidor de tensão)


3.1. Repetir os itens 1.1 a 1.3 para o circuito da figura 3.

+10V
R3 = 10kΩ

vi –10V vo

Figura 3 – Circuito de ganho unitário.


vi [V]

0 t [s]

vo [V]

0 t [s]

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 8ª EXPERIÊNCIA 55


3.2. Preencher a tabela abaixo com valores medidos e teóricos. Repare que o circuito da figura 3 é
um caso particular do circuito da figura 2 com R1 = ∞ e R2 = 0 .
valores medidos valores teóricos
vi (Vpp) 1,0
vo (Vpp)
vo/vi (V/V)

------------------------------×------------------------------

 IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS DO


AMPLIFICADOR OPERACIONAL µA741 →

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 8ª EXPERIÊNCIA 56


CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI
EL8210/NEA210 - Relatório de Fundamentos de Eletrônica - Laboratório
Prof º.: ________________ Turma:______ Bancada nº:____
Data de entrega: ____ / ____ / _____
Relatório: ACEITO RECUSADO REFAZER

9a Experiência: "Circuitos Integrador e Diferenciador com o


Amplificador Operacional"

NOMES DOS INTEGRANTES DO GRUPO NÚMEROS


1.
2.
3.
4.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 9ª EXPERIÊNCIA 57


I. Objetivos

 Montar e comprovar o funcionamento do circuito integrador com amplificador operacional, por


meio de ensaio com sinais senoidal e quadrado.
 Montar e comprovar o funcionamento do circuito diferenciador com amplificador operacional, por
meio de ensaio com sinal senoidal.
 Determinar a expressão matemática do sinal teoricamente esperado na saída do circuito
diferenciador.

II. Lista de Material

• 01 Osciloscópio duplo canal Tektronix TDS210 ou equivalente com 02 pontas de prova


• 01 Fonte Minipa "simétrica" com seu respectivo cabo de força
• 01 Placa Didática "Amplificadores Operacionais" com fios para ligações
• 01 gerador de funções com seus respectivos cabos
• 01 Multímetro Digital Minipa ET2231 ou equivalente com pontas de prova
• 01 capacitor de 0,01µF
• 01 capacitor de 0,1µF
• 02 resistores de 10kΩ
• 01 resistor de 100kΩ e 1MΩ
• 06 cabos banana-banana

III. Parte Prática:

1. Circuito Integrador Inversor


1.1. Montar o circuito da figura 1. Os sinais de entrada (vi) deverão ser senoidal e quadrado, na
frequência de 1kHz e 1Vpp de amplitude. Medir e desenhar as formas de onda dos sinais de
entrada (vi) e saída (vo) simultaneamente, cotadas em amplitude e sincronizadas no tempo (vide
próximas páginas) para cada uma das formas de onda (senoidal e quadrada). Utilize o canal 1 do
osciloscópio para medir vi e o canal 2 para medir vo, ambos os canais ajustados para acoplamento
ca.
R2 = 1MΩ
Observações:
C = 0,01µF
1. A chave seletora ao lado apenas
simboliza a escolha do tipo de forma 10kΩ
A +10V
de onda no gerador de sinais (único).
2. A resistência R2 de 1MΩ serve para B
R1
"bypass" de corrente contínua (isto é, –10V
evita-se o que o amp. op. fique em
malha aberta para corrente contínua) e
vi R3 vo
10kΩ
sendo de valor elevado, interfere pouco
no comportamento teórico esperado.
3. A resistência R3 está presente neste
circuito pelos motivos já explicados no
item 1.1 da experiência anterior.
Figura 1 – Circuito integrador inversor.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 9ª EXPERIÊNCIA 58


Uso do gerador de sinais: Em termos gerais, um gerador de sinais tem por objetivo fornecer sinais
variáveis no tempo. Será utilizado um tipo particular de gerador conhecido por gerador de funções
(function generator) que, basicamente, tem a capacidade de gerar três tipos de sinais: senoidal,
triangular e quadrado. Para esta experiência será necessário apenas efetuar o ajuste da amplitude
(AMPL.) e da frequência (FREQUENCY) de um sinal senoidal e de um sinal quadrado.
Para o ajuste da amplitude, basta atuar no controle AMPL. e observar no osciloscópio se o valor de
pico a pico (ou de pico) desejado foi obtido (no caso 1Vpp).
Para o ajuste da frequência, escolha a faixa de frequência desejada (pressione a tecla correspondente)
e ajuste-a no controle FREQUENCY observando no display do gerador (ou no osciloscópio) se o
valor desejado foi obtido (no caso 1kHz).

Preparação do osciloscópio (as denominações dos comandos podem variar de acordo com o
osciloscópio recebido): Para ajustar o canal 1, pressione a tecla CH1/menu (ou tecla 1) e busque no
lado direito da tela a indicação do tipo de acoplamento feito – para alterá-lo basta pressionar a tecla
ao lado. Verifique ainda na tela o ajuste do tipo de ponta de prova, escolhendo a opção 1× (ponta de
prova não atenuadora). Repita esta operação para o canal 2, isto é, pressione a tecla CH2/menu (ou
tecla 2) e...
Após conectar as pontas de prova nos pontos de medida, pressione a tecla AUTOSET
(ou AUTO-SCALE) para um ajuste imediato das formas de onda na tela do osciloscópio (acerto
automático das escalas vertical e horizontal).

IMPORTANTE: Nunca ligue "os terras" (conector na cor PRETA) das pontas de prova em
nós distintos do circuito (sugestão: ligue apenas um dos terras no circuito ou mantenha-os
"sempre juntos").

 Informações Teóricas (comportamento teórico esperado)


1 t
Para o circuito integrador com amp. op. ideal e sem R2: vO = vO (0) −
RC 0
v I dt
t
1
• onda senoidal: v i = 0 ,5 sen ( 2 π 10 3 t ) [V]  v O = VOp − 0
10 4 10 −8 0 
,5 sen (2 π10 3 t ) dt

Naturalmente, sabe-se que a integral de uma senoide é uma cossenoide defasada de 180º.
Contudo, sendo o circuito um integrador inversor, o resultado será simplesmente uma cossenoide.
Então, para t = 0 deve-se ter na saída o seu pico positivo, isto é, vO(0) = VOp.
t
1  − 0,5 cos(2π103 t )  0,5
v O = VOp −   = VOp + [cos(2π103 t ) − cos(0)]
10 10−8
4
 2 π10 3
0 2 π10 3 10 4 10 −8

6
v V ( * 0,8 cos2 2π10 t3 - 0,8 cos2 03  VOp = 0,8V  v 0,8 cos2 2π106 t3 [V]

• onda quadrada: sendo uma função rampa (linear) a integral de uma constante, deve resultar
para vO uma onda triangular, porém, "invertida" (circuito integrador inversor):
vi(V) t
1
0,5

0 0,5 1,0 t(ms)


0 ≤ t ≤ 0,5ms  vi = 0,5V  v O = VOp −
10 10 −8
4 
0
0,5 dt

1
–0,5
vO = VOp − [0,5 t ]0t = VOp − 5000 t
vo(V) 104 10−8
VOp Sendo vO = 0 para t = 0,25ms:
0 t(ms) v 20,25ms3 V ( - 500020,25 ⋅ 1096 3 0V ( 1,25V
–VOp

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 9ª EXPERIÊNCIA 59


Gráficos para vi sendo uma onda Senoidal:
vi [V]

0 t [s]

vo [V]

0 t [s]

Gráficos para vi sendo uma onda Quadrada:


vi [V]

0 t [s]

vo [V]

0 t [s]

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 9ª EXPERIÊNCIA 60


2. Circuito Diferenciador Inversor
2.1. Montar o circuito da figura 2. O sinal de entrada deve ser senoidal, na frequência de 1kHz e
1Vpp de amplitude. Medir e desenhar as formas de onda dos sinais de entrada e saída cotados
em amplitude e sincronizados no tempo (vide próxima página). Utilize o canal 1 do osciloscópio
para medir vi e o canal 2 para medir vo, ambos os canais ajustados para acoplamento ca.
R2 = 10kΩ

C = 0,1µF +10V

–10V
vi R1 vo
10kΩ

Figura 2 – Circuito diferenciador inversor.

Obs: a resistência R1 presente neste circuito tem o mesmo papel que R3 no circuito anterior.
vi [V]

0 t [s]

vo [V]

0 t [s]

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 9ª EXPERIÊNCIA 61


2.2. Para o circuito diferenciador com amp. op. ideal e sem R1: v -RC dv% ⁄dt .
Então, determinar a expressão de vO(t) e verifique se corresponde (aproximadamente) à forma
de onda obtida no osciloscópio (use o espaço abaixo).

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 9ª EXPERIÊNCIA 62


CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI
EL8210/NEA210 - Relatório de Fundamentos de Eletrônica - Laboratório
Prof º.: ________________ Turma:______ Bancada nº:____
Data de entrega: ____ / ____ / _____
Relatório: ACEITO RECUSADO REFAZER

10a Experiência: "Conversor Digital/Analógico (D/A)"

NOMES DOS INTEGRANTES DO GRUPO NÚMEROS


1.
2.
3.
4.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 10ª EXPERIÊNCIA 63


I. Objetivos
 Montar um circuito conversor D/A de três bits, inicialmente, com seleção manual dos níveis
lógicos em suas entradas.
 Medir os níveis de tensão correspondentes aos níveis lógicos das entradas do conversor.
 Medir a tensão na saída do conversor D/A para cada combinação binária nas suas entradas e
confrontar com valores teoricamente esperados.
 Ensaiar o conversor D/A com a geração automática da contagem binária em suas entradas.

II. Lista de Material


• 01 Placa Didática "Digitais II"
• 01 Fonte de 5V
• 01 Osciloscópio duplo canal Tektronix TDS210 ou equivalente e 02 pontas de prova
• 01 Multímetro Digital Minipa ET2231 ou equivalente com pontas de prova
• 03 resistores de 1kΩ
• 05 resistores de 2kΩ
• 01 CI 74161
• fios diversos para as ligações
• 06 cabos banana

III. Informações Teóricas: base binária


A base numérica conhecida por todos é a base decimal. Nela temos 10 dígitos correspondendo
aos números de 0 a 9. Além disso, cada dígito apresenta um peso que cresce em potência de 10. Isto
quer dizer que no número 1, este dígito representa a unidade (1 = 100). No número dez, o dígito 1 não
vale mais uma unidade, mas vale uma dezena (10 = 101). Da mesma forma, no número 100, o dígito
1 vale uma centena (100 = 102) e assim sucessivamente com os demais dígitos.

Uma variável digital pode assumir apenas dois valores: 0 e 1 o que equivale a um nível de tensão
baixo e um nível de tensão alto respectivamente. Para podermos representar diferentes situações
devemos ter um código específico que utilize diferentes combinações de 0’s e 1’s, caracterizando o
que chamamos de base binária ( bi = 2 ). Da mesma forma que a base decimal, cada dígito tem um
peso que cresce em potência de 2. Na tabela abaixo temos a equivalência entre as duas bases
numéricas.

A sequência de códigos apresentada pode, portanto, ser P=22 P=21 P=20 Decimal
entendida como uma sequência numérica crescente, porém
0 0 0 0
numa base numérica diferente da qual estamos acostumados.
0 0 1 1
O que o conversor digital-analógico (D/A) faz é associar
um valor de tensão para cada código numérico da sequência. 0 1 0 2
O valor de tensão é proporcional à quantidade representada 0 1 1 3
pelo código. 1 0 0 4
O conversor D/A será testado de duas formas: 1 0 1 5
primeiramente selecionando os códigos binários manualmente 1 1 0 6
por meio de três chaves e depois utilizando o CI 74161 que 1 1 1 7
gera automaticamente e num ritmo constante, uma sequência
numérica binária e por isso é chamado de contador binário.

No conversor D/A, para cada código gerado, haverá um valor de tensão equivalente e
proporcional. Então, a representação analógica da sequência numérica resultará na forma de onda de
uma escada, conforme será observado na parte prática.
APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 10ª EXPERIÊNCIA 64
IV. Parte Prática:
A maioria das variáveis físicas é analógica, o que quer dizer que podem assumir qualquer valor
dentro de uma faixa contínua de valores. Podemos citar como exemplos: temperatura, pressão,
velocidade de rotação, sinais de áudio e vídeo, etc. Por outro lado, atualmente, a maioria dos sistemas
apresenta um controle digital, cujo valor é especificado entre duas possibilidades, tal como "0" e "1".
Uma grandeza analógica deve ser codificada, ou seja, convertida para um conjunto de "1's" e "0's",
de forma adequada, para ser tratado pelos programas computacionais. Na conversão contrária, isto é,
um conjunto de "1's" e "0's" é convertido para um valor analógico que é enviado a um display, alto-
falante, monitor de vídeo, etc. Estas conversões são realizadas pelos conversores analógico-digitais e
digital-analógicos.

Figura 1 – Vista da placa didática a ser utilizada ao longo deste experimento.


Nesta experiência, iremos observar o funcionamento de um conversor digital-analógico. Para
tanto, utilizaremos a placa didática II apresentada na figura 1. Note que existem vários componentes
e circuitos montados. Destes, precisaremos das chaves, da fonte de alimentação e do sinal de 1kHz.

1. Operação manual do circuito conversor Digital/Analógico (D/A)


1.1. Com a alimentação desligada, montar o circuito da figura 2 no "protoboard" da placa didática,
conforme esquema de montagem da figura 3. A alimentação do "protoboard" já está definida nas
trilhas centrais, conforme indicado (atenção! a placa didática II pode ter as posições das
trilhas centrais invertidas em relação à figura 3, isto é, VCC trocado com GND e vice-versa).
A alimentação é de 5V sendo aplicada nos bornes (vermelho e preto) situados no canto
superior esquerdo da placa – um valor superior a 5V danificará a placa!

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 10ª EXPERIÊNCIA 65


R2 R4

1kΩ 1kΩ
vO
R1 R3 R5 R6 R7
2kΩ 2kΩ 2kΩ 2kΩ 2kΩ

v3 v2 v1

C3 C2 C1

1 0 1 0 1 0 ← Níveis Lógicos (NL)


Figura 2 – Circuito conversor digital-analógico (com rede R-2R).

R2 R4

R1 R3 R5 R6 R7

vO

Figura 3 – Esquema de montagem do circuito no "protoboard".

1.2. Ligue a alimentação (5V) e selecione as três chaves para nível lógico "0" (NL0 – deve ser menor
que 1V). Meça as tensões v1, v2 e v3 com o voltímetro cc anotando-as na tabela I. Repita o
procedimento para as chaves selecionadas para nível lógico "1" (NL1 – deverá resultar entre 3 e 4V).
C1 C2 C3 MÉDIA
Tabela I: Medidas dos níveis lógicos das chaves. v1 (V) v2 (V) v3 (V) (v1+v2+v3)/3
NL0
Obs: para valores medidos fora da faixa
esperada, utilizar outra chave (de C4 a C9). NL1

1.3. Anote na tabela II as tensões de saída (vO) medidas com o voltímetro cc para cada combinação
das posições das chaves. Repare que a chave C1 é a de maior influência no circuito (representa
o bit mais significativo, MSB – Most Significant Bit), a chave C2 é a de peso intermediário e a
chave C3 é a de menor peso entre as 3 chaves (representa o bit menos significativo, LSB – Least
Significant Bit).

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 10ª EXPERIÊNCIA 66


1.4. Determine os valores teoricamente esperados para cada combinação das chaves, terminando de
preencher a tabela II. Para os cálculos (explicite-os no espaço abaixo), considere 0V para a
tensão de nível lógico "0" e a tensão de nível lógico "1" média obtida no item 1.2 (tabela I).

Tabela II: Valores das medidas obtidas e teóricos.

Posição das chaves Saída (V) Saída (V)


C1 C2 C3 (medidas) (cálculos)
0 0 0
0 0 1
0 1 0
0 1 1
1 0 0
1 0 1
1 1 0
1 1 1

 Cálculo dos valores teoricamente esperados


O cálculo fica mais simples se atribuirmos um número binário cujo bit mais significativo seja "1"
e os demais "0". Então, considerando-se C2 e C3 em nível lógico "0" (NL0), C1 em nível lógico "1"
(NL1) e assumindo NL0 = 0V, obtém-se o circuito equivalente a seguir com
Req = {[(R1//R3) + R2]//R5} + R4 = 2kΩ.

+ +
Req R6 R7 R6 R7//Req
2kΩ 2kΩ 2kΩ V  2kΩ 1kΩ V
NL1 NL1

NL1 ⋅10 3 NL1


A tensão lida pelo voltímetro será: VO = =
(2 + 1)10 3 3
Como esta tensão é decorrente da aplicação do número 4 (em binário) nas entradas, deve-se ter
VO = 4 × ∆V sendo ∆V o aumento de tensão correspondente a cada incremento da numeração
binária. Obtido o valor de ∆V , pode-se calcular o valor da tensão na saída do conversor para
quaisquer sequências binárias. Por exemplo, a tensão de saída para (110)2 será VO = 6 × ∆V .

CÁLCULOS:

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 10ª EXPERIÊNCIA 67


2. Geração Automática dos Códigos
Nesta parte da experiência, substituiremos as chaves C1, C2 e C3 por um circuito que irá gerar
automaticamente e sequencialmente os valores indicados na tabela II (contador binário).

2.1. Desconectar as ligações das chaves C1, C2 e C3 do circuito. Aproveite o restante da montagem
anterior e monte o circuito da figura 4, conforme indicado no esquema de montagem da figura
5 (use o osciloscópio com acoplamento cc).

2.2. Ligue o circuito e posicione a chave C9 na posição "0" e a seguir na posição "1". Isto prevenirá
um eventual erro na contagem.

R2 R4

1kΩ 1kΩ
+VCC vO
(+5V) R1 R3 R5 R6 R7
2kΩ 2kΩ 2kΩ 2kΩ 2kΩ
v3 v2 v1

"1" C9 16 9
74161
"0" 1 8

clock: 1kHz

Figura 4 – Esquema elétrico do circuito a ser montado.

R2 R4

R1 R3 R5 R6 R7

vO

Figura 5 – Esquema de montagem utilizando o "protoboard".

2.3. Medir e desenhar a forma de onda de vo no espaço especificado na figura 6, cotando o valor de
pico da mesma. Note que este valor deve corresponder aproximadamente ao valor de tensão
anotada na tabela II para C1=C2=C3=1.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 10ª EXPERIÊNCIA 68


2.4. Conectar o segundo canal do osciloscópio ao pino 14 do CI 74161, desenhando e cotando a forma
de onda obtida no espaço reservado da figura 6. Preste atenção ao sincronismo desse sinal com
o do outro canal que já foi desenhado.

2.5. Repita o item anterior para os pinos 13 e 12 do CI 74161. Repare que os sinais nos pinos 12, 13
e 14 (v1, v2 e v3) são codificados na forma digital. Isto quer dizer que o nível de tensão baixo
corresponde a "0" (NL0) e o nível de tensão alto corresponde a "1" (NL1).

pino14 – v3 (V)

0
t
pino13 – v2 (V)

0
t
pino12 – v1 (V)

0
t
Saída – vO (V)

0
t
Figura 6 - Formas de ondas observadas com o auxílio do osciloscópio.

2.6. Explicite a relação existente entre o sinal na saída e os valores dos sinais nos pinos 12, 13 e 14.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 10ª EXPERIÊNCIA 69


CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI
EL8210/NEA210 - Relatório de Fundamentos de Eletrônica - Laboratório
Prof º.: ________________ Turma:______ Bancada nº:____
Data de entrega: ____ / ____ / _____
Relatório ACEITO RECUSADO REFAZER

11a Experiência: "Sensores Eletrônicos"

NOMES DOS INTEGRANTES DO GRUPO NÚMEROS


1.
2.
3.
4.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 11ª EXPERIÊNCIA 70


I. Objetivos

 Verificar o comportamento prático de dois sensores amplamente utilizados na prática: o LDR


(sensor óptico) e o NTC (sensor de temperatura).
 Montagem e análise de um "relé acionado por luz", na configuração "luz de emergência".
 Montagem e análise de um controlador de temperatura do tipo "on-off".

II. Lista de material

• 01 Placa Didática "Conexão Darlington"


• 01 módulo com motor de 12V CC com hélice e 01 lâmpada incandescente 12V × 21W
• 01 Multímetro Digital Minipa ET2231 ou equivalente com pontas de prova
• 01 fonte de tensão contínua de 12V
• 01 LDR de 1,6kΩ montado na base
• 01 NTC de 1kΩ montado na base
• 01 resistor de 680Ω, 2kΩ, 10kΩ e 15kΩ
• fios para ligações e alicates de bico e de corte
• 12 cabos banana-banana

III. Informações Teóricas


Os sensores eletrônicos são dispositivos que mudam de comportamento sob a ação de uma
grandeza física, podendo fornecer diretamente ou indiretamente um sinal que indique esta grandeza.
Quando operam diretamente, convertendo uma forma de energia noutra, são chamados transdutores.
Os sensores de operação indireta alteram suas propriedades, como a resistência, a capacitância ou a
indutância, sob a ação de uma grandeza física, de forma mais ou menos proporcional.
O sinal de um sensor pode ser usado para detectar e corrigir desvios em sistemas de controle e
instrumentos de medição.

LDR

O LDR (Light Dependent Resistor) possui a interessante característica de ser um componente


eletrônico cuja resistência elétrica diminui quando sobre ele incide energia luminosa. Isto possibilita
a utilização deste componente para desenvolver um sensor que é ativado (ou desativado) quando
sobre ele incidir energia luminosa.
A resistência do LDR varia de forma inversamente proporcional à quantidade de luz incidente
sobre ele, isto é, enquanto o feixe de luz estiver incidindo, o LDR oferece uma resistência muito
baixa. Quando este feixe é cortado, sua resistência aumenta.
Os usos mais comuns do LDR são em relés fotoelétricos, fotômetros e alarmes. Sua desvantagem
está na lentidão de resposta, que limita sua operação.

Figura 1: Aspecto físico típico de um LDR


APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 11ª EXPERIÊNCIA 71
TERMISTORES

O controle de temperatura é necessário em processos industriais ou comerciais, como a


refrigeração de alimentos e compostos químicos, fornos de fusão (produção de metais e ligas),
destilação fracionada (produção de bebidas e derivados de petróleo), usinas nucleares e aquecedores
e refrigeradores domésticos.
O NTC (Negative Temperature Coefficient) é um termistor (thermistor - thermal resistor) com
resistência inversamente proporcional à temperatura. Ele é feito de compostos semicondutores, como
os óxidos de ferro, magnésio e cromo. Devido a seu comportamento não linear é utilizado numa
pequena faixa de temperaturas.

Figura 2: Aspecto físico típico de um NTC

Os NTC's podem ser usados como sensores de temperatura, bem como em outras aplicações.
Exemplo: limitador de picos de corrente.
O PTC (Positive Temperature Coefficient) tem resistência proporcional à temperatura e atua numa
faixa restrita. A variação da resistência com a temperatura é maior que a de um NTC. Geralmente é
usado como fusível "resetável", elemento de aquecimento e sensor de temperatura.

RELÉS

Os relés são dispositivos comutadores (ou chaves) eletromecânicos. A estrutura simplificada de


um relé é mostrada na figura 3. Nas proximidades de um eletroímã é instalada uma armadura móvel
que tem por finalidade abrir ou fechar um conjunto de contatos. Quando a bobina é percorrida por
uma corrente elétrica, é criado um campo magnético que atua sobre a armadura, atraindo-a. Nesta
atração ocorre um movimento que ativa os contatos, os quais podem ser abertos ou fechados. Isso
significa que, através de uma corrente aplicada à bobina do relé, podemos abrir ou fechar os contatos,
controlando assim as correntes que circulam por circuitos externos. Quando a corrente deixa de
circular pela bobina do relé, o campo magnético criado desaparece, e com isso a armadura volta a sua
posição inicial pela ação de uma mola. Dessa forma, o relé pode ser usado como uma chave ligando
ou desligando um circuito externo.

3 Mola Armadura 1
4

1 3
Bobina 2 4
Símbolo
2
Núcleo

Figura 3: Estrutura simplificada de um relé e sua simbologia.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 11ª EXPERIÊNCIA 72


Aberto Fechado Vedado

Figura 4: Aspectos físicos típicos de relés.

IV. Parte Prática:

1) O LDR ("Ligth Dependent Resistor" ou Resistor Dependente da Luz)


1.1) A placa didática desta experiência pode ser visualizada na figura 5. Note que existem espaços
livres para a montagem de alguns componentes e terminais para conexões com dispositivos
externos.

Figura 5 - Vista da placa didática a ser utilizada ao longo do experimento.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 11ª EXPERIÊNCIA 73


1.2) Inicialmente, utilize o multímetro para medir o valor da resistência do LDR (identifique-o
orientando-se pela figura 1) para as condições (subjetivas) de claro e escuro.

RLDRclaro=_________Ω RLDRescuro=_________Ω

Complete a frase a seguir:


Com o aumento da luminosidade a resistência do LDR _______________ porque a quantidade
de portadores de corrente no material fotossensível ____________________ .

1.3) Monte o circuito abaixo na placa didática. Note que existem espaços livres para a montagem de
R1, LDR, R2 e que os terminais do relé (C = Comum, NF = Normalmente Fechado e
NA = Normalmente Aberto) e os de alimentação (Vcc e GND) estão livres para conexão externa.
A lâmpada está num módulo a parte (vide figura 6). Ajuste o cursor do potenciômetro para a
posição central (permitido pela sua excursão) e no final, ligue a alimentação (fonte de 12V).

VCC 12V

R1
R1 = 15kΩ C
lâmpada

NF

LDR NA
relé
BC547

R2 Ω
R= =2k2kΩ
2 BD139

POT
POT 1 =Ω)
1 (1k 1kΩ

MOTOR LÂMPADA SENSOR


(a)
(a) (b)
- + (b)

Figura 6 - Esquema elétrico do ser circuito a ser montado ( a ) e detalhes dos itens a serem
anexados ao circuito ( b ).

1.4) Escolha uma opção e complete a frase a seguir:


Quando o LDR recebe luminosidade, a lâmpada: acende apaga

Porque a resistência do LDR ______________ fazendo com que as correntes de base e de coletor
________________ causando o __________________ do relé.

1.5) Verifique a atuação do potenciômetro na sensibilidade à luz do circuito.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 11ª EXPERIÊNCIA 74


1.6) Escolha uma opção e complete a frase a seguir:
Na posição de mínima resistência do potenciômetro a sensibilidade do circuito à luz:
aumenta diminui
Porque as correntes de base e coletor _______________ não permitindo que o relé seja
_________________ tão facilmente quanto para a posição de máxima resistência.

2) NTC ("Negative Temperature Coefficient" ou Resistência de Coeficiente


Negativo com a Temperatura)

2.1) Antes de montar o circuito, utilize o multímetro para medir o valor da resistência do NTC para
temperatura ambiente. Em seguida, segure bem firme o NTC com a ponta dos dedos. Espere uns
10 segundos e anote o novo valor da resistência lida.

RT.ambiente=_______Ω RT.aquecido=_______Ω
Complete a frase a seguir:
A resistência do NTC _____________________ com o aquecimento, pois, seu coeficiente de
temperatura é __________________ .

2.2) Monte o circuito abaixo na mesma placa didática, mas agora o sensor (NTC) estará no módulo
externo (como mostra a figura 7) e conectado à placa através de fios, bem como a lâmpada e o
motor com a hélice. Ajuste o cursor do potenciômetro todo para a esquerda e ligue a alimentação
(fonte de 12V).

VCC 12V

U3
R1= 10kΩ
R1 C
Lâmpada
(Módulo externo)
NF
NTC _
(Módulo externo) NA +
relé
BC547 Motor com Hélice
(Módulo externo)

R2= 680Ω
R2=1k2 Ω BD139

POT11(1k)
POT = 1kΩ

(a) (b)

Figura 7 – Circuito a ser montado (a) e detalhes da base (módulo externo)


com os elementos adicionais (b).

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 11ª EXPERIÊNCIA 75


2.3) Gire o cursor do potenciômetro totalmente no sentido anti-horário para em seguida girá-lo
lentamente no sentido horário até que ligue o motor. Volte ligeiramente o potenciômetro até que
o motor desligue. Aguarde um pouco. Observe e descreva o comportamento do sistema.

Obs 1: se não for conseguido o funcionamento automático do circuito, aumente sua sensibilidade à
variação de temperatura. Acrescente um resistor de 15kΩ em paralelo a R1.
Obs 2: caso a providência anterior ainda não permita conseguir o funcionamento automático do
circuito, aumente ainda mais a sua sensibilidade à variação de temperatura. Altere R1 para
680Ω e substitua R2 por um curto-circuito.

2.4) Sugira uma aplicação prática para esse sistema.

APOSTILA DE LABORATÓRIO (v5.1) - EL8210/NEA210 – 11ª EXPERIÊNCIA 76

Você também pode gostar