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ENERGIA DE

DEFORMAÇÃO
Cálculo de deslocamentos
Cálculo de estruturas hiperestáticas
Introdução
 Método Newtoniano: se apoia nas relações vetoriais de equilíbrio para o
tratamento da mecânica.
Método Lagrangiano: se apoia nas relações escalares (energia por
exemplo) para o tratamento da mecânica.
1ª Lei da Termodinâmica: trabalho externo realizado = variação na
energia. Para um processo adiabático e sem geração de calor no sistema:
𝑊𝑒 = 𝑈𝑖
𝑊𝑒 = trabalho realizado pelos esforços externos
𝑈𝑖 = variação da energia interna de deformação
Introdução
P P = carga
δ = deslocamento na direção da carga
dP
C A OAB = Energia de deformação ( U )

OAC = Energia Complementar de deformação ( U* )


P
𝑑𝑈 = 𝑃. 𝑑𝛿
B
δ 𝑑𝑈 ∗ = 𝛿. 𝑑𝑃
O
δ dδ
Para um sistema não linear dU ≠ dU*
Introdução
Para um sistema elástico e linear: P = kδ

𝑑𝑈 = 𝑃. 𝑑𝛿 = 𝑘. 𝛿. 𝑑𝛿
𝑘. 𝛿 2 𝑘. 𝛿. 𝛿 𝑃. 𝛿
𝑈=𝑘 𝛿. 𝑑𝛿 = = =
2 2 2

ou ainda

𝑃. 𝑑𝛿
𝑑𝑈 =
2

Obs: O nosso curso tratará das estruturas elásticas e lineares


Energia de deformação em função dos
esforços internos solicitantes
𝑃. 𝑑𝛿
𝑑𝑈 =
2

𝑇𝑟𝑎çã𝑜 − 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑁. 𝑑𝑥 𝑁 2 𝑑𝑥 𝑙
𝑁 2 𝑑𝑥
𝑃 = 𝑁; 𝑑𝛿 = 𝑑𝑈 = 𝑈𝑁 =
𝐸. 𝐴 2𝐸𝐴 0 2𝐸𝐴
𝐹𝑙𝑒𝑥ã𝑜 𝑀. 𝑑𝑥 𝑀2 𝑑𝑥 𝑙
𝑀 2 𝑑𝑥
𝑃 = 𝑀; 𝑑𝛿 = 𝑑𝑈 = 𝑈𝑀 =
𝐸. 𝐼 2𝐸𝐼 0 2𝐸𝐼
𝐶𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑉. 𝑑𝑥 𝑉 2 𝑑𝑥 𝑙
V 2 𝑑𝑥
𝑃 = 𝑉; 𝑑𝛿 = 𝑑𝑈 = 𝑓𝑠 𝑈𝑉 = 𝑓𝑠
𝐺𝐴 2𝐺𝐴 0 2𝐺𝐴
𝑇𝑜𝑟çã𝑜 𝑇. 𝑑𝑥 𝑇 2 𝑑𝑥 𝑙
𝑇 2 𝑑𝑥
𝑃 = 𝑇; 𝑑𝛿 = 𝑑𝑈 = 𝑈𝑇 =
𝐺𝐼𝑇 2𝐺𝐼𝑇 0 2𝐺𝐼𝑇
Observações
 sendo a energia um escalar, então uma barra solicitada
simultaneamente por N, M, V e T tem uma energia acumulada igual
à soma das energias correspondentes:
𝑈 𝑖 = 𝑈𝑁𝑖 + 𝑈𝑀𝑖
+ 𝑈𝑉𝑖 + 𝑈𝑇𝑖

 para uma estrutura formada por n barras a energia total


acumulada é igual à soma das energias de todas as barras:
𝑛

𝑈= 𝑈𝑖
𝑖=1
Simplificações nos termos da energia
𝑛

𝑎) 𝑇𝑟𝑒𝑙𝑖ç𝑎𝑠: 𝑈= 𝑈𝑁𝑖
𝑖=1
𝑛
𝑖
𝑏) 𝑉𝑖𝑔𝑎𝑠, 𝑃ó𝑟𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠 𝑒 𝐴𝑟𝑐𝑜𝑠: 𝑈= 𝑈𝑀
𝑖=1
𝑛
𝑖
𝑐) 𝐵𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑟çã𝑜 𝑒 𝐺𝑟𝑒𝑙ℎ𝑎𝑠: 𝑈= (𝑈𝑀 + 𝑈𝑇𝑖 )
𝑖=1

𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çã𝑜: 𝑜𝑠 𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑠ã𝑜 𝑠𝑖𝑔𝑛𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎𝑠


Teorema de Castigliano
(cálculo de deslocamentos)
O deslocamento em um ponto de uma estrutura elástica e linear é numericamente igual ao
valor numérico da derivada da sua energia de deformação em relação à carga aplicada nesse
ponto e na sua direção.
P
dP Para um sistema não linear dU = dU* ou

𝑑𝑈
C A 𝑑𝑈 = 𝑑𝑈 ∗ = 𝑃. 𝑑𝛿 = 𝛿. 𝑑𝑃 𝑜𝑢 𝛿=
𝑑𝑃
P
𝐶𝑜𝑚𝑜 𝑈 = 𝑓 𝑃1 , 𝑃2 , 𝑃3 , … … . . , 𝑃𝑛 , 𝑒𝑛𝑡ã𝑜:
B
δ 𝜕𝑈
O 𝛿=
δ dδ 𝜕𝑃
Teorema de Castigliano
(demosntração)
Considere a viga da figura abaixo carregada com o sistema de esforços Pi, deslocando de δi e
armazenando a energia interna Ui. Para a demonstração do teorema, calculemos o
deslocamento δ1.
Considere, então, que a carga P1 possa variar, permanecendo as demais cargas constantes.
𝜕𝑈
𝑃1 → 𝑃1 + 𝑑𝑃1 𝑒 𝑈→ 𝑈+ 𝑑𝑃1
𝜕𝑃1
dP1
P1 P2 P3 P4 Pn
δ1 δ2 δ3 δ4 δn

𝜕𝛿1
𝑑𝑃 𝜕𝛿𝑛
𝜕𝑃1 1 𝜕𝛿2 𝜕𝛿3 𝜕𝛿4 𝑑𝑃
𝑑𝑃 𝑑𝑃 𝜕𝑃1 1
𝜕𝑃1 1 𝑑𝑃
𝜕𝑃1 1 𝜕𝑃1 1
Teorema de Castigliano
(demosntração)
Calculemos a variação da energia devido a variação de P1:
𝜕𝑈 1 𝛿1 𝜕𝛿1 𝜕𝛿2 𝜕𝛿3 𝜕𝛿1
𝑑𝑃1 = ∙ 𝑑𝑃1 ∙ 𝑑𝑃1 + 𝑃1 ∙ 𝑑𝑃1 + 𝑃2 ∙ 𝑑𝑃1 + . 𝑃3 ∙ 𝑑𝑃1 … . … + 𝑃𝑛 ∙ 𝑑𝑃1
𝜕𝑃1 2 𝛿𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1
𝑑𝑃1 2 ≈ 0
𝜕𝑈 𝜕𝛿1 𝜕𝛿2 𝜕𝛿3 𝜕𝛿𝑛
= 𝑃1 ∙ + 𝑃2 ∙ + 𝑃3 ∙ . … … … … … … + 𝑃𝑛 ∙ (1)
𝜕𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1

𝑛 𝑃𝑖 𝛿𝑖
Por outro lado, podemos derivar a expressão da energia expressa por 𝑈 = (
𝑖=1 2 ) em relação
a P1 (teorema de Clapeyron)
𝑃1 𝛿1 𝑃2 𝛿2 𝑃3 𝛿3 𝑃𝑛 𝛿𝑛
𝑈= + + + ⋯………………….+
2 2 2 2
𝜕𝑈 𝜕𝑃1 𝜕𝛿1 𝜕𝑃2 𝜕𝛿2 𝜕𝑃3 𝜕𝛿3 𝜕𝑃𝑛 𝜕𝛿𝑛
2 = 𝛿1 + 𝑃1 + 𝛿2 + 𝑃2 + 𝛿3 + 𝑃3 + ⋯ … … … … + 𝛿𝑛 + 𝑃𝑛
𝜕𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1
=1 =0 =0 =0
Teorema de Castigliano
(demosntração)
Resulta, então:
𝜕𝑈 𝜕𝛿1 𝜕𝛿2 𝜕𝛿3 𝜕𝛿𝑛
2 = 𝛿1 + 𝑃1 ∙ + 𝑃2 ∙ + 𝑃3 ∙ . … … … … … … + 𝑃𝑛 ∙ (2)
𝜕𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1 𝜕𝑃1

Efetuando a diferença entre as expressões (2) e (1), resulta demonstrado o teorema, isto é

𝜕𝑈
𝛿1 =
𝜕𝑃1
Teorema de Castigliano
Técnica para utilização do teorema: No ponto da estrutura e na direção do
deslocamento que se quer medir, aplique uma carga fictícia X e calcule a energia de
deformação que será função de X e das cargas aplicadas.
Então, aplique o teorema:
𝜕𝑈
𝛿=
𝜕𝑋 𝑋=0

Obs: - aplique uma carga concentrada X no ponto e direção do deslocamento linear que
se quer calcular.
- aplique um momento concentrado X no ponto e direção do deslocamento
angular que se quer calcular
Teorema de Castigliano em termos
matemáticos
Para efeito de raciocínio, considere o caso dos deslocamentos em vigas, onde:
𝑀2 𝑑𝑧
𝑈𝑀 =
2𝐸𝐼
𝜕𝑈𝑀 2𝑀 𝜕𝑀 𝑀∙𝑀
= ∙ 𝑑𝑧 = dz (1)
𝜕𝑋 2𝐸𝐼 𝜕𝑋 𝐸𝐼
Interpretação para 𝑀
𝜕𝑀
X 𝑀 = 𝑋. 𝑧 𝑀= = 1. 𝑧
𝜕𝑋
Δ
z Conclui-se que:
𝑀 é 𝑀 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑋 = 1
X 𝜕𝑀
𝑀=𝑋 𝑀= =1
ϕ 𝜕𝑋
z
Teorema de Castigliano em termos
matemáticos
Interpretação para M
𝑀 = 𝑀𝑜 + 𝑀𝑋
𝑀𝑜 é o momento das cargas dadas
𝑀𝑋 é o momento da carga X . Entretanto 𝑀𝑋 = 𝑋 ∙ 𝑀 e portanto
𝑀 = 𝑀𝑜 + 𝑋 ∙ 𝑀 e substituindo em (1)

𝜕𝑈𝑀 𝑀∙𝑀 (𝑀𝑜 +𝑋∙𝑀)∙𝑀


= dz = dz
𝜕𝑋 𝐸𝐼 𝐸𝐼

𝜕𝑈 𝑀𝑜 ∙𝑀
Aplicando o Teorema de Castigliano: 𝛿 = 𝛿= dz
𝜕𝑋 𝑋=0 𝐸𝐼
Teorema de Castigliano
Resumindo as aplicações do teorema de Castigliano, temos:
𝑁𝑜 ∙𝑁 𝑛 𝑁𝑜 ∙𝑁∙𝑙
𝑎) 𝑇𝑟𝑒𝑙𝑖ç𝑎𝑠: 𝛿 = dz ou para N = cte 𝛿= 𝑖=1 𝐸𝐴 )
(
𝐸𝐴

𝑀𝑜 ∙ 𝑀
𝑏) 𝑉𝑖𝑔𝑎𝑠, 𝑃ó𝑟𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠 𝑒 𝐴𝑟𝑐𝑜𝑠: 𝛿 = dz
𝐸𝐼

𝑀𝑜 ∙ 𝑀 𝑇𝑜 ∙ 𝑇
𝑐) 𝐵𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑟çã𝑜 𝑒 𝐺𝑟𝑒𝑙ℎ𝑎𝑠: 𝛿 = dz + dz
𝐸𝐼 𝐺𝐼𝑇
Técnica para uso do teorema de
Castigliano
Para efeito de raciocínio, considere o caso dos deslocamentos em vigas, pórticos e arcos, onde:
𝑀𝑜 ∙𝑀
𝛿= dz
𝐸𝐼

 desenhar o diagrama de Mo (momento das cargas dadas) da estrutura


 aplicar a carga X no ponto e direção do deslocamento que deseja calcular (X é força para deslocamento linear
e X é momento para deslocamento angular)
 desenhar o diagrama da estrutura para X = 1 obtendo 𝑀
 calcular a integral acima para cada barra da estrutura e somar os resultados, obtendo como o deslocamento
desejado
 o cálculo das integrais é feito graficamente utilizando-se a tabela de Kurt Bayer
OBS: o cálculo das integrais pode ser feito analiticamente, embora não aconselhável por ser muito trabalhoso
Integrais de Mohr e tabela de Kurt Beyer
𝑙
 As integrais de Mohr são do seguinte tipo: 𝐼 = 𝑓
0 (𝑥)
∙ 𝑔(𝑥) ∙ 𝑑𝑥
 Considere o seguinte caso como exemplo: 𝑓(𝑥) = a.x e 𝑔(𝑥) = b.x para 0 ≤ 𝑥 < 𝑙
𝑙 𝑎𝑏𝑙 3 𝑎𝑙 𝑏𝑙 𝑙
 Portanto I = 0
𝑎𝑥 ∙ 𝑏𝑥 ∙ 𝑑𝑥 = =
3 3

𝑔(𝑥 ) = b.x
𝑓(𝑥) = a.x
bl = k
al = i
l=s l=s

𝑠𝑖𝑘
𝐼=
3
Tabela de Kurt Beyer
𝑠
(integrais 𝐼= 𝑓
𝑜 (𝑥)
∙ 𝑔(𝑥) ∙ 𝑑𝑥)
Exercício 1
Para cada viga das figuras abaixo (EI=cte), calcular:
a) deslocamento vertical no ponto A (δV-A)
b) deslocamento angular no ponto A (ϕA)

P 2Pl
ω

B l A B l A B l A
Exercício 2
Para a estrutura da figura abaixo (EI = cte), calcular:
ωa2 ωa

a) deslocamento vertical no ponto A (δV-A)


b) deslocamento angular no ponto A (ϕA) B a A

c) deslocamento horizontal no ponto B (δH-A)


d) deslocamento angular no ponto B (ϕA) ω
2a

C
Exercício 3
Para a estrutura da figura (EI = cte) calcular,

a) o deslocamento horizontal do nó C (δH-C)


4Pa
b) o deslocamento angular do nó E (ϕE)

2a

D A B E

a a a a
Exercício 4
Para a estrutura da figura (EI = cte) calcular,

E articulação
a) o deslocamento horizontal do nó D (δH-D) 2Pa
a
b) o deslocamento angular do nó C (ϕC) 2a
D
4P
C 2a
2a B

A
2a a
Exercício 5
Para os arcos da figura (EI = cte) calcular,
a) o deslocamento angular do ponto A (ϕA)
b) o deslocamento horizontal do ponto A (δH-B)
c) o deslocamento vertical do ponto A (δV-B)

r
r
A P
A B
B
P
Exercício 6
Para o arco da figura (EI = cte) calcular,
a) o deslocamento angular do ponto C (ϕC)
b) o deslocamento horizontal do ponto C (δH-C)
c) o deslocamento vertical do ponto C (δV-C)
2P
P
C
r

A B
Exercício 7
Para a estrutura da figura (EI = cte) calcular,
a) o deslocamento angular do nó A (ϕA)
b) o deslocamento horizontal do nó B (δH-B)

C r

r
P

A
Exercício 8
Para a treliça da figura abaixo (E = cte), calcular:
a) o deslocamento vertical do nó G (δV-G)
b) o deslocamento relativo entre os nós F e G (δF-G)

Obs: as barras horizontais têm área da secção transversal igual a 2A. Todas as outras barras têm área A

2P

3P H
P
1,5a
F G
2a

C E D
A 3a 2a 2a 3a B
Exercício 9
Para a estrutura da figura, calcular o deslocamento vertical
do ponto A sabendo se que: EI = cte, GIT = cte, a secção transversal
𝐸
das barras é circular de diâmetro d e 𝐺 = com υ=0,3.
2∗(1+υ)

2a P

a A
a
C B
Exercício 10
Para a estrutura da figura sabe-se que todas as barras são perpendiculares entre si, que
EI = cte, GIT = cte e G = 0,4E. Pede-se o deslocamento vertical do ponto A.

P
b A
b ∅d = b
a
b B D
b 2a
a
C b
P 2a
2b

E
Teorema de Menabrea
cálculo de estruturas hiperestáticas

 1º Teorema de Menabrea (hiperestaticidade externa relativamente aos apoios)


GHE = NRA – NEE
GHE – grau de hiperestaticidade externa
NRA – número de reações de apoio
NEE – número de equações da estática
 GHE representa o número de equações necessárias para o cálculo das incógnitas hiperestáticas
 como tratamos de estruturas planas NEE = 3
Teorema de Menabrea
cálculo de estruturas hiperestáticas
 1º Teorema de Menabrea – As reações (forças e momentos) nos apoios das estruturas
externamente hiperestáticas são tais que tornam mínima a energia de deformação (TEOREMA
DA MÍNIMA ENERGIA DE DEFORMAÇÃO).
𝜕𝑈
=0
𝜕𝑋

Obs: Tantas vezes a estrutura for hiperestática, tantas vezes deve ser aplicado o Teorema.
Para efeito de raciocínio, considere o caso de um pórtico uma vez hiperestático, onde X1 é a
incógnita. Então:
𝑀2 𝑑𝑧
𝑈𝑀 =
2𝐸𝐼
𝜕𝑈𝑀 2𝑀 𝜕𝑀 𝑀∙𝑀1
= ∙ 𝑑𝑧 = dz
𝜕𝑋1 2𝐸𝐼 𝜕𝑋1 𝐸𝐼
Teorema de Menabrea
cálculo de estruturas hiperestáticas
Interpretação para M
𝑀 = 𝑀𝑜 + 𝑀𝑋1
𝑀𝑜 é o momento das cargas dadas
𝑀𝑋1 é o momento da carga X1 . Entretanto 𝑀𝑋1 = 𝑋1 ∙ 𝑀1 e portanto
𝑀 = 𝑀𝑜 + 𝑋1 ∙ 𝑀1 e substituindo em (1)
𝜕𝑈𝑀 𝑀∙𝑀1 (𝑀𝑜 +𝑋1∙𝑀1)∙𝑀1
= dz = dz e aplicando o Teorema de Menabrea:
𝜕𝑋1 𝐸𝐼 𝐸𝐼
𝜕𝑈𝑀 𝑎10
= 𝑀1 ∙ 𝑀𝑜 𝑑𝑧 + 𝑋1 𝑀1 ∙ 𝑀1 𝑑𝑧 = 0 → 𝑎10 + 𝑋1 𝑎11 = 0 → 𝑋1 = −
𝜕𝑋1 𝑎11
Teorema de Menabrea
cálculo de estruturas hiperestáticas
 Caso de uma estrutura n vezes hiperestáticas. com as seguintes incógnitas:
 incógnitas escolhidas: 𝑋1 , 𝑋2 , 𝑋3 , … … … … … … , 𝑋𝑛
 solução: resolver o sistema de equações:
𝑎10 + 𝑋1 𝑎11 + 𝑋2 𝑎12 + 𝑋3 𝑎13 + … … … … … . +𝑋𝑛 𝑎1𝑛 = 0 𝑎10 = 𝑀1 ∙ 𝑀𝑜 𝑑𝑧
𝑎20 + 𝑋1 𝑎21 + 𝑋2 𝑎22 + 𝑋3 𝑎23 + … … … … … . +𝑋𝑛 𝑎2𝑛 = 0 𝑎11 = 𝑀1 ∙ 𝑀1 𝑑𝑧
𝑎30 + 𝑋1 𝑎31 + 𝑋2 𝑎32 + 𝑋3 𝑎33 + … … … … … . +𝑋𝑛 𝑎3𝑛 = 0 𝑎12 = 𝑎21 = 𝑀1 ∙ 𝑀2 𝑑𝑧
.................................................................................................. 𝑎43 = 𝑎34 = 𝑀4 ∙ 𝑀3 𝑑𝑧
.................................................................................................. ..........................................
𝑎𝑛0 + 𝑋1 𝑎𝑛1 + 𝑋2 𝑎𝑛2 + 𝑋3 𝑎𝑛3 + … … … … … . +𝑋𝑛 𝑎𝑛𝑛 = 0 𝑎50 = 𝑀5 ∙ 𝑀𝑜 𝑑𝑧
Teorema de Menabrea
cálculo de estruturas hiperestáticas
 Para o caso de Treliças Hiperestáticas: Para o caso de Barras de torção e Grelhas:

𝑎10 = 𝑁1 ∙ 𝑁𝑜 𝑑𝑧 𝑎10 = 𝑀1 ∙ 𝑀𝑜 𝑑𝑧 + 𝑀𝑡1 ∙ 𝑀𝑡0 𝑑𝑧

𝑎11 = 𝑁1 ∙ 𝑁1 𝑑𝑧 𝑎11 = 𝑀1 ∙ 𝑀1 𝑑𝑧 + 𝑀𝑡1 ∙ 𝑀𝑡1 𝑑𝑧

𝑎12 = 𝑎21 = 𝑁1 ∙ 𝑁2 𝑑𝑧 𝑎12 = 𝑎21 = 𝑀1 ∙ 𝑀2 𝑑𝑧 + 𝑀𝑡1 ∙ 𝑀𝑡2 𝑑𝑧

𝑎43 = 𝑎34 = 𝑁4 ∙ 𝑁3 𝑑𝑧 𝑎43 = 𝑎34 = 𝑀4 ∙ 𝑀3 𝑑𝑧 + 𝑀𝑡4 ∙ 𝑀𝑡3 𝑑𝑧

𝑎50 = 𝑁5 ∙ 𝑁𝑜 𝑑𝑧 𝑎50 = 𝑀5 ∙ 𝑀𝑜 𝑑𝑧 + 𝑀𝑡5 ∙ 𝑀𝑡0 𝑑𝑧


Teorema de Menabrea
cálculo de estruturas hiperestáticas
 2º Teorema de Menabrea (hiperestaticidade interna relativamente a configuração interna da
estrutura - indica o número de vínculos internos que se necessita conhecer para que seja
possível traçar completamente os diagramas de esforços solicitantes)
GHi – grau de hiperestaticidade interna

X2 X3 X3
X2
X1 X1

corte GHE = 2
GHi = 3 X5
GH = 5 X4
Teorema de Menabrea
cálculo de estruturas hiperestáticas

X2 X3 X3
X2
X1 X1

X4 X4
X6
GHE = 3
GHi = 4 X5
GH = 7 X7
Exercício 1
Resolver as estruturas hiperestáticas abaixo (EI=cte) e traçar os diagramas finais de esforços
solicitantes (N, V e T)

P 2Pl
ω
l/2 C A
B A B l B l A
l
Exercício 2
Resolver as estruturas hiperestáticas abaixo (EI=cte) e traçar os diagramas finais de esforços
solicitantes (N, V e T)

ωa2
2ωa C B 2ωa C B
2a 2a

a a ω a a

D D
A A
Exercício 3
Calcular as forças nas barras AB e BC da treliça mostrada na figura, usando estas forças como as
incógnitas X1 e X2, respectivamente. Usar os seguintes dados numéricos na solução: L=1,0 m,
H=0,75 m, P1 = 1,5 KN, P2 = 0,9 KN, E = 80500 MPa e A = 1000 mm2 para todas as barras.

C B A

F L E L D
P2 P1
Exercício 3
Resolver a estrutura da figura (EI=cte) e traçar o diagrama final de momentos fletores

2P C D

A B
2a

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