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CONSTRUÇÃO DE

ESTRADAS E
INFRAESTRUTURA

CURSO: Engenharia Civil


Docente: Aline Cristina Costa Gomes
CONSTRUÇÃO DE ESTRADAS E
INFRAESTRUTURA

CONTEÚDO(S): OBJETIVO:

Construção da superestrutura Conhecer os materiais e métodos


rodoviária de pavimentos de execução de revestimento, base
flexíveis. e sub-base.

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RECAPITULANDO..
.
Em nossa última aula...

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PAVIMENTOS
FLEXÍVEIS E
BETUMINOSOS
MATERIAIS BETUMINOSOS
 CAP – Cimento Asfáltico de Petróleo

É um asfalto preparado para apresentar qualidades e


consistências próprias para uso direto na construção de
revestimentos asfáltico.
MATERIAIS BETUMINOSOS
Aplicações de
CAP

Usinados Tratamento
Superficial

Lama e Penetração Penetração


PMF, PMQ microrrevestimento Direta Invertida
e mistura asfálticos

Asfalto Diluído Emulsão Asfáltica


de petróleo de Petróleo
MATERIAIS BETUMINOSOS
 Asfaltosdiluídos de petróleo (ADP)
É obtidos com a diluição do CAP em solventes apropriados. Utilizado para serviços de
imprimação (aplicação de película) em solos argilosos e em solos arenosos e pintura de
ligação.

 Emulsão Asfáltica de Petróleo (EAP)


São dispersões em água de CAP, estabilizada com tenso-ativos possuindo rupturas variadas.
Existem emulsões com lama asfáltica, em que se adiciona material fino (filler) e possuem
ruptura lenta. Estas são utilizadas para:
Pintura de Ligação, tratamento superficial, macadame betuminoso, reciclagem a frio, micro
revestimentos e etc.
TIPOS DE REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS
- Misturas Usinadas:

. Usinas estacionárias:
- misturas a quente
- pré-misturados a frio

. Misturas in situ em usinas móveis:


- lamas asfálticas
- microrrevestimento asfáltico

. Misturas asfálticas recicladas

- Tratamentos superficiais:
- por penetração invertida;
- por penetração direta.
TIPOS DE REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS
- Misturas Usinadas:

. Usinas estacionárias:
- misturas a quente

Concreto asfáltico (CA) também denominado concreto betuminoso


usinado a quente (CBUQ). Trata-se do produto da mistura
convenientemente proporcionada de agregados de vários tamanhos e
cimento asfáltico, ambos aquecidos em temperaturas previamente
escolhidas, em função da característica viscosidade-temperatura do ligante.
TIPOS DE REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS
- Misturas Usinadas:

. Usinas estacionárias:
- pré-misturados a frio

Os pré-misturados a frio (PMF) consistem em misturas usinadas de


agregados graúdos, miúdos e de enchimento, misturados com emulsão
asfáltica de petróleo (EAP) à temperatura ambiente. Dependendo do local
da obra, podem ser usadas para misturar os PMFs: usinas de solo ou de
brita graduada, usinas de concreto asfáltico sem ativar o sistema de
aquecimento dos agregados, usinas de pequeno porte com misturadores
tipo rosca sem fim, ou usinas horizontais dotadas de dosadores especiais.
TIPOS DE REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS
- Misturas Usinadas:

. Misturas in situ em usinas móveis:


- lamas asfálticas

Consistem basicamente de uma associação, em consistência fluida, de


agregados minerais, material de enchimento ou fíler, emulsão asfáltica e
água, uniformemente misturadas e espalhadas no local da obra, à
temperatura ambiente. Aplicação principal em manutenção de pavimentos,
especialmente nos revestimentos com desgaste superficial e pequeno grau
de trincamento, sendo nesse caso um elemento de impermeabilização e
rejuvenescimento da condição funcional do pavimento. Aplica-se, também
em ruas e vias secundárias.
TIPOS DE REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS
- Misturas Usinadas:

. Misturas in situ em usinas móveis:


- microrrevestimento asfáltico

Esta é uma técnica que pode ser considerada uma evolução das lamas
asfálticas, pois usa o mesmo princípio e concepção, porém utiliza emulsões
modificadas com polímero para aumentar a sua vida útil. O
microrrevestimento é uma mistura a frio processada em usina móvel
especial, de agregados minerais, fíler, água e emulsão com polímero, e
eventualmente adição de fibras.
TIPOS DE REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS
- Misturas Usinadas:

. Misturas asfálticas recicladas

Processo de reutilização de misturas asfálticas envelhecidas e


deterioradas para produção de novas misturas, aproveitando os agregados
e ligantes remanescentes, provenientes da fresagem, com acréscimo de
agentes rejuvenescedores, espuma de asfalto, CAP ou EAP novos, quando
necessários, e também com adição de aglomerantes hidráulicos.

A reciclagem pode ser efetuada: • a quente, utilizando-se CAP, agente


rejuvenescedor (AR) e agregados fresados aquecidos; • a frio, utilizando
EAP, agente rejuvenescedor emulsionado (ARE) e agregados fresados à
temperatura ambiente.
TIPOS DE REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS
- Tratamentos superficiais:

- por penetração invertida;

Consistem em aplicação de ligantes asfálticos e agregados sem mistura


prévia, na pista, com posterior compactação que promove o recobrimento
parcial e a adesão entre agregados e ligantes. De acordo com o número de
camadas sucessivas de ligantes e agregados, podem ser: • TSS –
tratamento superficial simples; • TSD – tratamento superficial duplo; • TST –
tratamento superficial triplo. A espessura acabada é da ordem de 5 a 20mm.
TIPOS DE REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS
- Tratamentos superficiais:
- por penetração direta.

Utilizado em acostamentos, executados com emulsão de baixa


viscosidade, onde é necessário iniciar-se por um espalhamento de
agregado para evitar o escorrimento do ligante.

O macadame betuminoso tem sido pouco empregado nos últimos anos,


e é obtido por penetração direta: espalha-se primeiro o agregado e depois o
ligante betuminoso. Inicia- se pela aplicação do agregado mais graúdo

Caminhão espargidor


Distribuidor de agregados rebocável
Barra Espargidora

Uma faixa executada e outra
com primeira camada do
ligante


Aplicação ligante

Distribuidor de agregados autopropelido

Tratamento superficial por penetração invertida
Tratamento superficial por penetração direta: Macadame Betuminoso
MATERIAIS DE BASE, SUB-BASE E
REFORÇO DO SUBLEITO
Materiais estabilizados granulometricamente:

Os materiais mais empregados em pavimentação da classe dos granulares


e solos são: brita graduada simples (BGS) e bica ou brita corrida;
macadame hidráulico; macadame a seco; misturas estabilizadas
granulometricamente (estabilizadas por combinação de materiais para
atender certos requisitos ou mecanicamente); solo-agregado; solo natural.

4 – Distribuição Manual do material de enchimento em toda área

1 – Limpeza e Desempenamento da superfície, seguidos da eventual
do agregado

execução de camada de rolamento 
5 – Penetração dos vazios do agregado graúdo por meio da

2 – Distribuição, Espalhamento e Regularização do Agregado Graúdo 
Atuação de vassouras manuais ou mecânicas

3 – Compactação com rolo liso do agregado graúdo, com evolução dos 
6 – Irrigação com água permitindo que o material de enchimento

bordos para o eixo
penetre nos vazios, com simultânea compactação

7 – Repetição sucessiva dos itens 5 e 6 ate que não se consiga
penetração do material de enchimento


8 – Interrupção dos trabalhos até a evaporação superficial da água

9 – Compactação final da camada até o desaparecimento das ondulações à frente

10 – Repetição da sequência para as demais camadas, de acordo com o projeto.
Materiais estabilizados com aditivos (estabilização química):

- Solo cimento: enrijecimento significativo do solo, empregam-se


percentuais em massa em geral acima de 5% e denomina-se esta mistura
de solo-cimento ; no caso de melhoria parcial das propriedades,
principalmente trabalhabilidade conjugada com certo aumento de
capacidade de suporte, empregam-se percentuais baixos, da ordem de
3%, denominando-se neste caso a mistura de solo melhorado com
cimento.

- Solo cal: em geral utiliza-se cal em teores entre 4 e 10% em massa.

- Brita graduada tratada com cimento (BGTC): com adição de cimento na


proporção de 3 a 5% em peso.
Materiais estabilizados com aditivos (estabilização química):

As misturas asfálticas são: solo-asfalto; solo-emulsão; macadame


betuminoso e base asfáltica de módulo elevado.
Deve-se ressaltar ainda a existência de outros materiais de uso crescente em
pavimentação, decorrentes de reutilização e reciclagem: escória de alto-forno;
agregado reciclado de resíduo sólido de construção civil e demolições; rejeitos de
extração de rochas ornamentais; mistura asfáltica fresada etc.
REFERÊNCIAS

Bernucci, L.B.; Motta, L.M.G.; Ceratti, J.A. P.; Soares, J.B. Pavimentação
Asfáltica: Formação Básica para Engenheiros. Petrobras. ABEDA. RJ. 2006.
Senço, W. - Manual de Técnicas de Pavimentação. Vol. 1. Ed. Pini. 2000.
DNIT. Ministério dos Transportes. Publicação IPR 719. Manual de
Pavimentação. 2006.

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OBRIGADA !

Aline Cristina Costa Gomes

alineccgomes@gmail.com

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