ABSTRACT
Social development is related, among other factors, to the quality of education, which is
considered universal right nowadays. The natural imposition of the expansion of access
to education, confers new demand related to the difficulty of assimilation of content
among certain emerging groups. In this scenario, which presents itself challenging by
the growing demand cited, psychopedagogical interventions appear as support; however
its intervention must encompass issues that go beyond the cognitive aspects. In
summary, the Psychopedagogy aims to understand the teaching-learning process,
seeking the development, specially of those less favored groups, enabling not only
school success, but also in their own coexistence in society. In this sense, Vygotsky’s
theories constitute the basis for a psychopedagogical intervention so it’s related to the
actions and intervention of the Psychopedagogue. This intervention, in response to
social requirements, aims to provide educational actors, presente in the school context,
tools for reflection and mobilization in mediating action in the teaching-learning
processes.
conteúdos que constam nos projetos curriculares, mas visando também a própria
convivência social.
Assim, diante deste desafio, pela crescente demanda relacionada às dificuldades
de assimilação e aprendizagem de conteúdos, apresentados entre determinados grupos,
este artigo tem como objetivo identificar os princípios sociointeracionistas presentes nos
postulados e Teorias Vygotskyanas e sua contribuição no campo da Psicopedagogia.
A importância da atuação do psicopedagogo como mediador no contexto escolar
e a influência que as interações sociais e culturais têm neste processo fornecem
elementos para identificar as teorias vygotskyanas inseridas no contexto da
Psicopedagogia, contribuindo para esclarecer o papel do psicopedagogo no contexto
escolar e sua relação de mediação e auxílio.
Portanto, faz-se mister uma breve contextualização da Teoria Sócio-Histórico-
Cultural (TSHC) de Vygotsky e de outros autores, com enfoque no contexto escolar,
além de alguns aspectos do desenvolvimento intelectual com base nas influências
sociais e culturais.
Lev Semenovich Vygotsky nasceu em Orsha, na Bielo-Rússia, em 1896.
Formou-se em Direito e foi um estudioso das áreas de Pedagogia, Psicologia, Filosofia,
Literatura e Deficiência física e mental. Segundo Salami & Sarmento (2011) sofreu
influência marxista em suas teorias, tendo como um dos pilares a interação social.
As funções cerebrais, segundo Vygotsky (referência aqui e final) não são fixas,
mas possuem plasticidade e se moldam ao longo da história, transformando o homem de
biológico em sócio-histórico, e nesse aspecto a cultura é essencial para o homem.
Exemplo é a utilização de signos (elementos externos para auxílio do intelecto) como
instrumentos de processos psicológicos internos do sujeito que, segundo Oliveira
(1997), são influenciados pela cultura do local de nascimento das crianças, como
ambiente estruturado, onde qualquer elemento possui um significado. Para
Vygotsky(referência aqui e final), a síntese das aprendizagens que são apropriadas ao
longo da vida não significa soma, mas algo novo, que não estava presente no início e
que surge com a interação entre os elementos num processo de transformação.
Relembro o caso de três irmãos (9, 8 e 6 anos) que se matricularam juntos pela
primeira vez na vida, em classe de alfabetização de uma escola pública (março).
Já no mês de junho eram encaminhados para diagnóstico em clínica comunitária
porque não conseguiam caminhar na alfabetização. A escola nada questionou
em relação à profunda "carência social" dessa família de migrantes que chegava
ao Rio de Janeiro fugindo de outra miséria pior. De imediato "culpou" os três
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uma possível ascensão social pelo conhecimento que possuir. (WEISS, 2007
p.18)
regra cada criança recebia três ou quatro tarefas que diferiam quanto às
restrições impostas a suas respostas e quanto aos tipos de estímulos auxiliares
em potencial que poderiam usar. Cada tarefa consistia de dezoito questões, sete
delas referentes a cores (por exemplo, "Qual a cor...?") A criança deveria
responder prontamente a cada questão, usando uma única palavra. A tarefa
inicial foi conduzida exatamente dessa maneira. A partir da segunda tarefa,
introduzimos regras adicionais que deviam ser obedecidas para que a criança
acertasse a resposta. Por exemplo, a criança estava proibida de usar o nome de
duas cores e nenhuma cor poderia ser usada duas vezes. A terceira tarefa tinha
as mesmas regras que a segunda, e forneciam-se às crianças nove cartões
coloridos como auxiliares para o jogo ("estes cartões podem ajudar você a
ganhar o jogo"). (VYGOTSKY, 1991 p.30)
REFERÊNCIAS
BOSSA, Nadia Aparecida. A emergência da Psicopedagogia como ciência. Rev.
psicopedag., São Paulo , v. 25, n. 76, p. 43-48, 2008 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
84862008000100006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 18 out. 2016.
IVIC, Ivan. Lev Semionovich Vygotsky esse é o nome do artigo? Qual o nome do
livro? Ivan Ivic; Edgar Pereira Coelho (org.) – Recife: Fundação Joaquim Nabuco,
Editora Massangana, 2010. 140 p. corrigir inteira a referência
WEISS, Maria Lúcia Lemme Psicopedagogia Clínica - uma visão diagnostica dos
problemas de aprendizagem escolar. 12.ed. rev. e ampl. - Rio de Janeiro: Lamparina,
2007.
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