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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,


CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA
CAMPUS VITÓRIA DA CONQUISTA

Curso de Engenharia Elétrica

Laboratório de Eletricidade e Magnetismo

Turma: PE2

Experimento No 3

Ponte de Wheatstone

Professor: Dr. Enrique Peter Rivas Padilla

Alunos: Douglas Oliveira Campos


João Pedro Fernandes Vilasboas
Lucas dos Santos Ribeiro
Rafael Silva Nogueira Pacheco

Vitória da Conquista - BA, 15 de maio de 2018


SUMÁRIO

1. RESUMO .............................................................................................................. 2
2. OBJETIVOS ......................................................................................................... 2
3. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.................................................................... 5
4.1. Materiais e equipamentos ........................................................................... 5
4.2. Metodologia .................................................................................................. 5
4.3. Montagem experimental .............................................................................. 7
4.4. Apresentação de dados ............................................................................. 10
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 13
5.1. Tratamento de dados ................................................................................. 13
5.2. Resultados .................................................................................................. 14
5.3. Verificação quantitativa ............................................................................. 16
6. OBSERVAÇÕES E CONCLUSÕES .................................................................. 17
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. .....18
1. RESUMO

Neste trabalho descrevemos o experimento “Ponte de Wheatstone”, o qual foi


utilizado para encontrar o valor de uma resistência desconhecida. Para isto, foi
montado um circuito composto por 3 resistores, 2 reostatos, um amperímetro e uma
fonte DC, onde fizemos as medidas das resistências dos reostatos e da corrente no
amperímetro. Os reostatos são ajustados para que não passe corrente no
amperímetro, o que permite a estimativa da resistência desconhecida por
comparação. Os resultados experimentais mostram que o valor determinado é
próximo do valor estipulado pelo fabricante, indicando que a metodologia usada é a
adequada e os erros obtidos estão dentro do esperado.

2. OBJETIVOS

No experimento “Ponte de Wheatstone”, os objetivos a serem alcançados são:

 Estudar o funcionamento da Ponte de Wheatstone e verificar


experimentalmente as equações desenvolvidas na literatura.
 Utilizar a Ponte de Wheatstone para medir as resistências desconhecidas por
comparação.
 Verificar a sua sensibilidade através da variação da corrente no
miliamperímetro.

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3. INTRODUÇÃO

A Ponte de Wheatstone é um circuito utilizado para medir o valor de


resistências desconhecidas por comparação. Ela consiste de 4 resistores montados
de modo a formar um quadrilátero, nos quais se divide uma corrente entre dois de
seus vértices, onde é colocado um galvanômetro para medir essa corrente, como
indica a Figura 1. Desses resistores, 3 são conhecidos e 1 é desconhecido.

Figura 1. Circuito da Ponte de Wheatstone.

Um galvanômetro consiste em um dispositivo eletrônico que pode medir


correntes muito pequenas, ideal para ser utilizado nesse circuito devido a sua
sensibilidade. Quando o galvanômetro da Ponte de Wheatstone não registrar
nenhuma corrente, dizemos que o circuito está em equilíbrio, e as resistências
podem ser relacionadas da seguinte maneira:
𝑅1 𝑅2
= (1)
𝑅3 𝑅4
3
O galvanômetro do circuito pode ser substituído por um miliamperímetro, que
também mede correntes muito baixas, mas ele não é tão preciso quanto o
galvanômetro, na maioria das vezes. É comum os multímetros atuais terem a função
de miliamperímetro, tendo que simplesmente ajustar para escalas de correntes
pequenas.
O equilíbrio do circuito pode ser atingido com mais facilidade ao substituir
uma das resistências conhecidas por um reostato. O reostato é um dispositivo que
permite modificar sua resistência elétrica. Logo, é possível ajustar sua resistência
até que não passe corrente pelo galvanômetro, ou seja, podemos forçar o equilíbrio
no circuito.
Neste contexto, foi montado o circuito da Ponte de Wheatstone, com o
objetivo de estudar seu comportamento e verificar experimentalmente as equações
no equilíbrio.

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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1. Materiais e equipamentos

- 1 protoboard
- 1 fonte de alimentação;
- 1 amperímetro;
- 1 ohmímetro;
- 2 reostatos;
- Resistências de valor nominal: 33 Ω, 150 Ω, 330 Ω.
- Fios de ligação;
- Cabos de ligação.

4.2. Metodologia

- Montar o circuito da Ponte de Wheatstone e usar os resistores fornecidos segundo


as condições estabelecidas para utilizar a equação de equilíbrio desse circuito.
- Utilizar a escala de 2000 Ω para os resistores de 330 Ω e a escala de 200 Ω para
os outros resistores.
- Substituir uma resistência por um Reostato (Re).
- Utilizar a escala de 200 mA no amperímetro e depois que encontrar o zero, abaixar
a escala para 20 mA para obter uma precisão maior.
- Observar para cada grupo de resistores o comportamento do miliamperímetro
quando a resistência do reostato varia;
- Substituir o primeiro resistor da ponte por um resistor desconhecido, Rx, e variar a
resistência do reostato, Re, a fim de obter a condição de equilíbrio, isto é, quando
IA = 0.
- Para descobrir o valor da resistência desconhecida, utilizamos a equação de
equilíbrio seguinte:

𝑅1 𝑅𝑒
𝑅𝑋 = (2)
𝑅2

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- Variáveis envolvidas: Resistências conhecidas (R1 e R2), resistência desconhecida
(RX), resistência do reostato (Re), corrente no miliamperímetro (IA).
- O circuito do experimento foi montado de acordo com a Figura 2, onde R1, R2, R3 e
R4 representam os resistores da Ponte de Wheatstone, A o amperímetro, Rp o
resistor de proteção e V0 a fonte de tensão DC.

Figura 2. Diagrama do circuito da Ponte de Wheatstone.

Planejamento
- Fazer a leitura da resistência através do Código de Cores (RN) e com um
ohmímetro (RO), e anotar na Tabela 1 os resultados para comparação.

- Fazer a leitura da resistência com um ohmímetro (RO).

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- Estudar o circuito proposto, utilizando a equação 2, e encontrar o valor da
resistência desconhecida.

- Identificar, no esquema e nas equações, as resistências conhecidas fixas, a do


reostato (Re) e a desconhecida (Rx).

4.3. Montagem experimental

Parte I – Equilíbrio da ponte de Wheatstone e verificação das equações no


equilíbrio.

O experimento foi realizado com os seguintes passos:

1) Com a fonte DC desconectada do protoboard ajustamos a sua tensão para


5,0 V e a desligamos.
2) Montamos o circuito apresentado na Figura 3 conforme o diagrama da Figura
2, e utilizamos o resistor de proteção de 100 Ω. Como mostrado no diagrama
da Figura 2, utilizamos resistores de valor nominal R1 = R2 = R3 = 33 Ω, sendo
que R3 = Rx é o valor a ser determinado experimentalmente. Substituímos R4
por 2 reostatos conectados em série, estes possuindo um alcance de 0 Ω até
400 Ω.
3) Colocamos o amperímetro na escala de 200 mA, e em seguida ligamos a
fonte DC, com seu valor de tensão já preestabelecido.
4) Variamos o reostato até o amperímetro zerar, e, em seguida, mudamos sua
escala para 20 mA. Caso o amperímetro marcasse algum valor diferente de 0,
variamos o reostato até o amperímetro zerar novamente.
5) Desligamos a fonte DC sem alterar a sua tensão, para preservar o equilíbrio
do sistema. Desconectamos o reostato do circuito, medimos sua resistência
com o multímetro e anotamos esse valor na Tabela 2.
6) Substituímos os resistores para R1 = R2 = ~150 Ω e repetimos os passos 3 a
5, observando o comportamento do amperímetro para cada substituição.
7) Substituímos os resistores para R1 = R2 = ~330 Ω e repetimos os passos 3 -
5, observando o comportamento do amperímetro para cada substituição.
8) Repetimos os passos 2 – 7 para R3 = ~150 Ω.
9) Repetimos os passos 2 – 7 para R3 = ~330 Ω.
7
10) Substituímos os resistores para R1 = ~150 Ω, R2 = ~33 Ω e R3 = ~330 Ω.
Após a substituição, variamos a resistência do reostato até o amperímetro
zerar e anotamos o valor de Re na Tabela 3.
11) Repetimos o passo 10 para R1 = ~150 Ω, R2 = ~330 Ω e R3 = ~33 Ω.
12) Repetimos o passo 10 para R1 = ~330 Ω, R2 = ~150 Ω e R3 = ~33 Ω.
13) Utilizando os valores medidos com o multímetro, comparamos os resultados
obtidos com o valor esperado de Rx, sendo calculado pela equação (2),
quando IA = 0.

Figura 3. Foto da montagem do circuito no protoboard.

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Parte II – Sensibilidade da ponte de Wheatstone.

14) Utilizando os valores nominais R1 = R2 = 33Ω e R3 = Re = 150Ω, montamos o


mesmo circuito da Figura 2.
15) Ligamos a fonte DC e medimos a corrente na escala de 200 mA. Em
seguida, anotamos o valor de Re e de IA na Tabela 4.
16) Variamos a resistência do reostato Re de modo a obter 8 pontos, medimos
suas respectivas correntes, e anotamos na Tabela 4.
17) Repetimos os passos 14 - 16 para R1 = R2 = ~150Ω e anotamos os
resultados na Tabela 5.
18) Repetimos os passos 14 - 16 para R1 = R2 = ~330Ω e anotamos os
resultados na Tabela 6.

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4.4. Apresentação de dados

A Tabela 1 expõe os valores dos resistores medidos através do código de


cores e com o multímetro, sendo um total de 9 resistores medidos. Percebe-se que o
valor de RO está dentro da tolerância informada pelo fabricante, até mesmo em
valores aparentemente distantes do nominal.

Tabela 1. Valor nominal (RN) e medido pelo ohmímetro (RO) das resistências
utilizadas no experimento.

N RN (Ω) RO (Ω)
R(1) 33 33,1
R(2) 33 32,9
R(3) 33 33,0
R(4) 150 150,3
R(5) 150 150,2
R(6) 150 150,3
R(7) 330 320
R(8) 330 321
R(9) 330 320

A Tabela 2 apresenta as resistências utilizadas nas permutações da Ponte de


Wheatstone quando R1 = R2, juntamente com o valor da resistência do reostato
(medido com o ohmímetro) quando o circuito está no equilíbrio.

Tabela 2. Valores nominais (R1N, R2N e R3N) e medidos no multímetro (R1O, R2O e
R3O) das resistências do circuito, e a resistência do reostato (Re) quando IA = 0.

N R1N (Ω) R1O (Ω) R2N (Ω) R2O (Ω) R3N (Ω) R3O (Ω) Re (Ω)
1 33 33,1 33 32,9 33 33,0 31,1
2 150 150,3 150 150,2 33 33,0 32,1
3 330 320 330 321 33 33,0 31,8
4 33 33,1 33 32,9 150 150,3 148,9
5 150 150,3 150 150,2 150 150,3 149
6 330 320 330 321 150 150,3 149,8
7 33 33,1 33 32,9 330 320 318
8 150 150,3 150 150,2 330 320 318
9 330 320 330 321 330 320 320

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Já a Tabela 3 mostra os valores das resistências em outros 3 arranjos do
circuito, assim como o valor no reostato quando a Ponte está no equilíbrio.

Tabela 3. Valores nominais (R1N, R2N e R3N) e medidos no multímetro (R1O, R2O e
R3O) das resistências do circuito, e a resistência do reostato (Re) quando IA = 0.

N R1N (Ω) R1O (Ω) R2N (Ω) R2O (Ω) R3N (Ω) R3O (Ω) Re (Ω)
1 150 150,3 33 32,9 330 320 69,5
2 150 150,3 330 321 33 33,0 70,1
3 330 320 150 150,2 33 33,0 14,5

Nas Tabelas 4, 5 e 6, temos dados da corrente medida pelo amperímetro para


8 valores distintos da resistência do reostato. Assim, a diferença entre as tabelas
apresentadas abaixo está no valor dos resistores R1 e R2.

Tabela 4. Dados da corrente no Tabela 5. Dados da corrente no


amperímetro (IA) como função da amperímetro (IA) como função da
resistência do reostato (Re), onde resistência do reostato (Re), onde
R1N = R2N = 33 Ω e R3N = 150 Ω. R1N = R2N = 150 Ω e R3N = 150 Ω.

N Re (Ω) IA (mA) N Re (Ω) IA (mA)


1 150,0 0,0 1 150,0 0,0
2 135,0 0,5 2 135,0 0,4
3 120,0 1,3 3 120,0 1,0
4 105,0 2,2 4 105,0 1,7
5 90,0 3,3 5 90,0 2,5
6 75,0 4,6 6 75,0 3,4
7 60,0 6,3 7 60,0 4,6
8 45,0 7,6 8 45,0 6,1
9 30,0 11,0 9 30,0 7,9

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Tabela 6. Dados da corrente no amperímetro (IA) como função da resistência do
reostato (Re), onde R1N = R2N = 330 Ω e R3N = 150 Ω.

N Re (Ω) IA (mA)
1 150,0 0,0
2 135,0 0,3
3 120,0 0,7
4 105,0 1,2
5 90,0 1,8
6 75,0 2,5
7 60,0 3,3
8 45,0 4,3
9 30,0 5,5

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1. Tratamento de dados

Para se obter o erro percentual entre a resistência encontrada pela equação (2) e
seu valor nominal, utilizamos a seguinte equação:

|R3x −R3o |
∆R 3x = 𝑥 100% (3)
R3o

A partir dos dados da Tabela 2, comparamos os valores encontrados para a


resistência desconhecida com os valores medidos pelo ohmímetro. A Tabela 7
apresenta os resultados para cada uma das situações da Tabela 2, com o seu
respectivo erro percentual.

Tabela 7. Resistências medidas pelo ohmímetro (R1O, R2O e R3O) e do reostato (Re)
conforme a Tabela 2, assim como o valor encontrado pela equação do equilíbrio
(R3X) e seu erro percentual (ΔR3X).

N R1O (Ω) R2O (Ω) R3O (Ω) Re (Ω) R3X (Ω) ΔR3X (%)
1 33,1 32,9 33,0 31,1 31,3 5,18
2 150,3 150,2 33,0 32,1 32,1 2,66
3 320 321 33,0 31,8 31,7 3,94
4 33,1 32,9 150,3 148,9 149,8 0,33
5 150,3 150,2 150,3 149 149,1 0,80
6 320 321 150,3 149,8 149,3 0,64
7 33,1 32,9 320 318 320 0,02
8 150,3 150,2 320 318 318 0,56
9 320 321 320 320 319 0,31

A Tabela 8 expõe os resultados de uma comparação análoga à anterior, mas


agora em relação aos dados da Tabela 3.

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Tabela 8. Resistências medidas pelo ohmímetro (R1O, R2O e R3O) e do reostato (Re)
conforme a Tabela 3, assim como o valor encontrado pela equação do equilíbrio
(R3X) e seu erro percentual (ΔR3X).
N R1O (Ω) R2O (Ω) R3O (Ω) Re (Ω) R3X (Ω) ΔR3X (%)
1 150,3 32,9 320 69,5 318 0,78
2 150,3 321 33,0 70,1 32,8 0,54
3 320 150,2 33,0 14,5 30,9 6,39

Utilizando do programa Microsoft Excel, plotamos sobre um mesmo gráfico


IA x Re três curvas que representam, cada uma, os dados das Tabelas 4, 5 e 6, como
mostra a Figura 4.

Gráfico IA x Re
12,0
Corrente elétrica (mA)

10,0

8,0

6,0

4,0

2,0

0,0
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0
Resistência (Ω)

Tabela 4 Tabela 5 Tabela 6

Figura 4. Gráfico das três curvas da corrente no amperímetro (IA) versus a


resistência do reostato (Re), correspondentes às medidas das Tabelas 4, 5 e 6.

5.2. Resultados

O erro percentual das resistências encontradas pela equação (2) com relação
ao valor medido no ohmímetro variou entre 0,02% e 6,39%, como mostram as
Tabelas 7 e 8. Dentre as diversas causas desses desvios, a principal se encontra na
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imprecisão do amperímetro utilizado no circuito. Na primeira parte do experimento,
registramos a resistência dos reostatos quando a corrente que passa pelo
amperímetro é 0, porém, devemos lembrar que este dispositivo faz uma
aproximação em sua última casa decimal. Nesse caso, utilizamos a escala de 20 mA
para constatar que não há corrente, que dá uma aproximação de até 2 casas
decimais, mas nada além disso. Sabendo que a equação (2) só dará um resultado
satisfatório quando o circuito está em equilíbrio, ou seja, quando não há
absolutamente nenhuma corrente no amperímetro, é esperado que o valor
encontrado para R3X difira um pouco de R3O.

Apesar das fontes de erro serem as mesmas para qualquer grupo de


resistores, algumas combinações deles fazem com que o circuito fique mais sensível
a alterações na corrente que outras. Observando a Tabela 7, por exemplo,
percebemos que o menor desvio encontrado (0,02%) ocorreu quando
R1 = R2 = ~33 Ω e R3 = ~320 Ω, onde os valores de R1 e R2 são bem menores que
R3. Esse comportamento ocorre, pois, a sensibilidade da Ponte de Wheatstone é
máxima quando os valores dos 4 resistores são iguais (ou muito próximos uns dos
outros), fazendo com que uma pequena alteração em um dos resistores provoque
uma grande variação da corrente no amperímetro.

Sabendo disso, podemos inferir que quanto mais os valores das resistências
da Ponte divergem umas das outras, menor é o erro. Assim, o desvio causado pela
imprecisão do amperímetro é minimizado, pois a pequena corrente que passa
despercebida pelo amperímetro no equilíbrio terá um efeito menor sobre o circuito,
que agora está menos susceptível a alterações indesejadas.

Outra forma de reduzir o erro seria utilizando um galvanômetro no lugar do


amperímetro. Como mencionado anteriormente, o galvanômetro possui uma alta
sensibilidade a correntes, e sua precisão dependerá da escala de fundo do
dispositivo, que geralmente é muito baixa [1]. Assim, o equilíbrio é mais simples de
ser obtido, e a confiabilidade dos resultados encontrados pela equação (2) se torna
maior.

No gráfico da Figura 4, podemos notar que as curvas possuem


comportamentos similares, mas em proporções diferentes. A curva azul (que
representa os dados da Tabela 4) possui um declive maior que as outras, indicando
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que para R1 = R2 < R3, a corrente varia mais rápido quando o circuito se afasta do
equilíbrio. Em contraparte, a curva cinza (que representa os dados da Tabela 6)
possui um declive menor, indicando que para R1 = R2 > R3, a corrente varia mais
devagar quando o circuito se afasta do equilíbrio. Seguindo a mesma linha de
raciocínio, para R1 = R2 = R3 (Tabela 5), a curva possui um comportamento
intermediário. Isso mostra que a sensibilidade do circuito depende dos valores que
escolhemos para as resistências conhecidas, e que quanto maiores forem suas
resistências (em comparação à desconhecida), maior será a variação de corrente
para pequenas alterações na resistência.

5.3. Verificação quantitativa

Para o experimento realizado, notamos que a margem de erro varia de forma


sistemática, pois quanto maior o valor da resistência medida, maior é a precisão dos
dados obtidos. Dessa forma, desconsideramos erros gerados por variáveis físicas,
pois os experimentos foram realizados relativamente nas mesmas condições. Essas
informações nos fazem concluir que a diferença de ordem de grandeza entre as
resistências analisadas interfere diretamente no erro relativo, tomando como base
que utilizamos uma mesma escala no multímetro para a medida da corrente.

De forma análoga, se analisarmos com uma mesma escala de medida objetos


com ordem de grandezas distintas, poderemos afetar a precisão dos dados obtidos,
pois teremos para distintos objetos um mesmo parâmetro, nesse caso, a corrente
elétrica. Assim, obtivemos uma margem de erro menor que 7%, e podemos afirmar
que os resultados obtidos são compatíveis com a literatura.

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6. OBSERVAÇÕES E CONCLUSÕES

Pudemos entender como funciona a Ponte de Wheatstone, principalmente no


ajuste do reostato buscando anular a corrente e atingir o equilíbrio. Depois
conseguimos comprovar a equação pela proximidade do valor calculado e medido no
experimento para diversos arranjos de resistência utilizados. Além disso,
constatamos que o circuito é mais instável quando as suas resistências possuem
valores próximos uns dos outros. Isso indica que, se quisermos medir uma
resistência desconhecida no circuito, devemos utilizar resistências mais dispersas, a
fim de evitar a variabilidade da corrente no amperímetro.

Na segunda parte do experimento, observamos, em três situações distintas, o


comportamento da corrente no miliamperímetro conforme o circuito se afasta do
equilíbrio. Percebemos que as curvas geradas por cada uma delas são parecidas,
onde a corrente varia cada vez menos conforme a Ponte se aproxima do equilíbrio,
mas o seu nível de sensibilidade irá depender das resistências conhecidas que
utilizamos. Isso mostra que devemos escolher com cautela as resistências do
circuito, se quisermos aumentar a precisão dos resultados e minimizar os possíveis
erros.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Galvanômetro como amperímetro e como voltímetro – Ponte de


Wheatstone. Disponível em:
<http://fisicaevestibular.com.br/novo/eletricidade/eletrodinamica/galvanometro-como-
amperimetro-e-como-voltimetro-ponte-de-wheatstone/>. Acesso em: 19 de maio
2018.

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