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PEDAGOGIA – 2º SEMESTRE
VERA
2019
MARIANA GABRIELA MARIANA SOARES
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDICIPLINAR
RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NO COTIDIANO DA SALA
DE AULA.
VERA
2019
Sumário
Sumário.........................................................................................................................3
INTRODUÇÃO..............................................................................................................4
DESENVOLVIMENTO..................................................................................................5
Histórico da Avaliação...................................................................................................5
Práticas docentes..........................................................................................................6
Possibilidades da educação formal e não formal nas práticas escolares....................7
Construção do currículo e avaliação da aprendizagem...............................................8
Teoria e prática comparadas......................................................................................10
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................13
INTRODUÇÃO
A prática de currículo e avaliação é de caráter fundamental e primário
para o exercício docente. Por isso conhecer as diferentes teorias de ensino-
aprendizagem e avaliação é essencial para que se possa entender no dia a dia de
sala de aula quais as oportunidades e também os desafios da prática docente para
que se possa obter boas ferramentas e fundamentos teóricos a fim de alcançar os
melhores resultados na prática. Para isso o trabalho proposto no presente semestre
objetiva estudar as diferentes teorias relacionadas a prática de currículo e avaliação,
a partir das quais se poderá solucionar os desafios de relacionar teoria e prática em
sala de aula. A proposta de trabalho em como situação geradora de aprendizagem a
historia de Carolina e Pedro, graduandos do curso de pedagogia que vivenciaram
em seus respectivos estágios diferentes experiências em relação às práticas de
currículo e avaliação em sala de aula. Por tanto se pretende comparando ambas as
experiências com os pressupostos teóricos encontrar qual será a melhor alternativa
que eles possam aplicar em sua prática quando do exercício da docência.
DESENVOLVIMENTO
Histórico da Avaliação
A avaliação escolar surge no sec. XVII e já no sec. XIX alcança grande
expansão devido a obrigatoriedade da escolarização nos países europeus. No
século XVII na Europa a educação era destinada somente a nobreza e ao clero
sendo um privilégio dos homens. A maior parte da população era analfabeta, porém
segundo ARCAS (2017) com as transformações ocorridas nos seculos XVII a XIX,
tais como a revolução industrial, revolução francesa e o crescimento do capitalismo
a educação passou a ser vista de outro modo, sendo uma exigência dos estados
nacionais para a preparação da força de produção.
Por esse tempo houve a criação de colégios, porém sempre ligados à
igreja. Em países católicos a ordem Jesuíta aplicou o ensino aos planos de
colonização do Novo Mundo. Segundo ARCAS apud. LUCKESI a pedagogia jesuíta
via a educação como um “instrumento de controle da construção do homem
educado”, concentrado-se na avaliação dos resultados ao invés do processo.
Devido a obrigatoriedade da escolarização vai se formando uma
definição de avaliação separando ensino-apredizagem de avaliação, colocando
assim o aluno como único responsável por sua aprendizagem, usando a avaliação
como determinante para a usa promoção ou reprovação para o não seguinte.
No final do séc. XIX e inicio do séc. XX o modelo objetivista
predominava a ideia de avaliação como medida, dando ênfase naquilo que se pode
observar e medir. Ainda nesse período temos também o modelo subjetivista o
ensino deveria se adaptar ao aluno, colocando-o no centro do processo de ensino-
aprendizagem, fazendo com que a avaliação fosse voltada para o desenvolvimento,
buscando respeitar o tempo de cada individuo, considerando a autoavaliação,
entendendo como as experiências afetivas e emocionais causam interferências nos
processos de apredizagem.
Com a insatisfação e a crítica aos modelos objetivista e subjetivista em
1970 surge, então, uma concepção de ensino-aprendizagem socioconstrutivista,
usando de concepções de aprendizagem de Piaget e Vygotiscky. A avaliação no
modelo socioconstrutivista se utiliza de instrumentos variados tendo em vista
garantir a aprendizagem dos alunos.
Apesar de todas as mudanças pelas quais a avaliação passou, ainda
hoje se observa práticas tradicionais de forma a classificar e medir, em contrapartida
há também uma prática de avaliação mais flexível onde o professor atua de maneira
interativa se utilizando de instrumentos variados, valorizando os aspectos culturais,
políticos, histórico e sócias, garantindo a aprendizagem do educando assumindo
uma postura de mediador entre o conhecimento e o aluno.
Práticas docentes
È preciso compreender as diferentes filosofias pedagógicas afim de
conhecer qual melhor se aplica para nossa realidade.
Para LIBANEO (1992) “a prática escolar consiste na concretização das
condições que asseguram a realização do trabalho docente”.
Há um pano de fundo social e político que tem concepções de homem,
classes e sociedades diferentes, logo possui entendimentos diferentes quanto as
técnicas de ensino e avaliação.
Diferem entre si as filosofias liberal e progressista, tradicional
tecnicista e libertadora crítica respectivamente.
A pedagogia liberal tem sua origem dentro de um sistema capitalista
baseado na propriedade privada e dos meios de produção, logo sua prática
caracteriza-se por destacar o ensino de massa, formando os alunos para alcançar
sua realização pessoal dentro dos parâmetros da divisão de classes sociais,
ignorando suas realidades particulares. Nesse sistema “é a predominância da
palavra do professor, das regras impostas, do cultivo exclusivamente intelectual”
(Libaneo, 1992). Como é tecnicista tal modelo objetiva a preparação de cidadãos
para alcançar as metas sociais e econômicas da sociedade, focando no treinamento,
nas técnicas para maximizar os resultados em detrimento do conteúdo.
Nesses modelo a escola funciona como uma oficina que monta os
alunos classificando-os e padronizando conformes suas “capacidades” para
ocuparem os postos na hierarquia dos meios de produção onde os “mais capazes”
devem avançar para uma formação intectual e aqueles que não puderem
acompanhar “devem procurar o ensino mais profissionalizante” (Libaneo, 1992).
Seus métodos consistem na transmissão na transmissão vertical de
conteúdos visando a memorização pelos alunos, assim a postura do docente é
regida e disciplinadora. Nesse método os alunos atingem o objetivos quando obtém
bons resultados nas avaliações, pelas quais ele deverá ele ser promovido ou
reprovado.
Apesar dos avanços tal modelo mecânico de ensino e avaliação
perdura desde os anos 1950 na educação brasileira.
No método progressista a tendência da critica social sustentam uma
visão oposta ao ensino tradicionalista, daí sua dificuldade em firmar-se numa
sociedade capitalista.
Tal pedagogia segundo LIBANEO (1992) possui tendências
libertadoras, libertária e crítico-social dos conteúdos. Nessa visão valoriza-se a
autonomia, autogestão, a autoavaliação e também há espaço para a educação
informal e não-formal. O papel da escola na pedagogia progressista é complementar
e não central. Ela cumpre seu papel ao lado de outras fontes de aprendizagens,
como a família e a comunidade. Os conteúdos são extraídos das experiências
vivenciadas pelos educando e são denominados temas geradores. Dessa forma a
espaço para diversidade cultural e para os saberes populares valorizando a
bagagem que os alunos trazem consigo. Seu método de ensino é dialógico aonde
educador e educando aprendem juntos com as experiências um do outro, sem,
contudo deixar a transmissão do conteúdo formal da educação. Essa pedagogia foi
amplamente estudada nas teorias do educador brasileiro Paulo Freire.
Outro aspecto da pedagogia progressista é seu fator critico social dos
conteúdos que vis ama aprendizagem viva e fluída a partir dos conhecimentos
prévios adquiridos pelo educando somando-os ao currículo formal transmitido em
sua linguagem própria.
BRUNO, Ana. Educação formal, não formal e informal: da trilogia aos cruzamentos,
dos hibridismos a outros atributos. Lisboa. 2014.