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FENOMENOS ÉLETRICOS DA NATUREZA

1.0 Fenômenos naturais com eletricidade:


1.1 Raios

Um raio é uma descarga elétrica de grande intensidade que ocorre quando a rigidez dielétrica do ar é
quebrada e cargas elétricas fluem diretamente da nuvem para o solo, ou vice-versa, produzindo diversos
tipos de radiação eletromagnética, além de ondas sonoras, que são conhecidas como trovões. A principal
diferença entre relâmpagos e raios consiste no fato de que o termo relâmpago refere-se a qualquer
descarga elétrica atmosférica, enquanto um raio é uma descarga que ocorre entre a nuvem e o solo. Por
isso, pode-se dizer que todo o raio é um relâmpago, mas nem todo o relâmpago é um raio.
Os raios sempre foram motivo de fascínio, tanto que mitos e superstições relacionados com descargas
elétricas estiveram presentes no surgimento das primeiras religiões. Diversas explicações mitológicas foram
propostas ao longo da história, até que, no século XVIII, o cientista norte-americano Benjamin
Franklin descobriu a natureza elétrica do fenômeno. Atualmente, os mais variados instrumentos,
como câmeras digitais de alta velocidade, detectores de radiação eletromagnética e osciloscópios, são
utilizados para estudo deste fenômeno atmosférico.
1.2 Trovões:
O trovão (do latim: turbōnis, com metátese1 ) é o som gerado pela onda de choque provocada pelo
aquecimento e subsequente expansão supersónica do ar atravessado por uma descarga eléctrica (o raio)
produzida por uma trovoada. A descarga provoca uma corrente eléctrica de grande intensidade que ioniza o
ar ao longo do seu percurso, criando um plasma sobreaquecido que emite luz (o relâmpago) e se expande
rapidamente, gerando uma onda de choque sónica. Ao propagar-se pela atmosfera, as ondas sonoras
geradas interagem com as diferentes camadas de ar, a topografia, os edifícios e outros obstáculos capazes
de produzir ecos e fenómenos difracção e refracção do som, o que origina as
características reverberações do ribombar do trovão, prolongando o som no tempo e modelando a
sua intensidade e frequência. Dependendo do tipo de descarga, da distância ao observador e da topografia
do terreno circundante, o trovão pode soar como um simples estouro, de muito curta duração, ou ser
constituído por múltiplos ecos de intensidade e frequência variáveis, em geral na gama de frequências dos
20 –  120 Hz, num ribombar que se prolonga por vários segundos. Nas proximidades da descarga o nível
sonoro do trovão excede os 120 dB(A), gerando sobrepressões de até 10 vezes a pressão
atmosférica normal.
1.3 Relâmpagos:
O relâmpago (do latim: re- + lampare, infinitivo de lampare, "brilhar".1 ), também referido
como corisco, lôstrego ou relampo, é a emissão intensa de radiação electromagnética resultante de
uma descarga electrostática na atmosfera (o raio) produzida por uma trovoada. A descarga provoca
uma corrente eléctrica de grande intensidade que ioniza o ar ao longo do seu percurso, criando
um plasma sobreaquecido que emite radiação electromagnética, parte da qual sob a forma
de luz no espectro visível (o relâmpago propriamente dito).2 O relâmpago é percebido pelo olho
humano como um repentino clarão de intensa luminosidade, frequentemente com acentuada cintilação, que
precede ou acompanha o trovão,3 embora durante a noite o relâmpago possa ser visto sem ser
acompanhado pelo trovão (fenómeno conhecido por "gelação") e durante o dia o trovão possa ser ouvido
sem que o relâmpago seja percebido.
Diferença entre raios e trovões: Raio é o nome da descarga elétrica propriamente dita;Trovão é o som de
explosão que vem alguns segundos depois. Esta é uma boa maneira de medir a qual distância o raio caiu: a
diferença entre as velocidades da luz e do som. A luz viaja a 300 mil km/s, então você verá o relâmpago
imediatamente, quando o raio cair. Já a velocidade do som é 340 m/s – ou seja, se você contar os segundos
entre o relâmpago e o trovão e multiplicar o número por 340, você saberá a quantos metros o raio caiu.
FENOMENOS ÉLETRICOS DA NATUREZA
Por exemplo, se você ouvir o trovão 5 segundos depois de ver o relâmpago, isso quer dizer que o raio caiu a
1,7 km. E também quer dizer que você deve procurar abrigo imediatamente.

Por que acontecem os raios e trovões?

O raio ocorre basicamente pela precipitação de partículas dentro de uma nuvem que, devido
ao atrito eletrostático, provoca a separação de cargas elétricas, isto é, uma parte da nuvem
ficará com excesso de elétrons livres e outra, com falta deles. Isto indica uma grande diferença
de potencial entre as partes da nuvem, o que se assemelha a uma grande bateria que tende a
se descarregar em direção à Terra ou a outra nuvem. Note que essa tendência a voltar a seu
estado de equilíbrio pode também fazer com que elétrons livres da Terra subam na direção da
nuvem – é o chamado “raio que sobe”. Quando esses elétrons livres, tanto que sobem como
que descem da nuvem, são deslocados com grande velocidade e rompem o dielétrico do ar,
isto é, se chocam com as moléculas do caminho, a energia é tanta que eles acabam emitindo
fótons, que é o “flash” que vemos ziguezagueando o céu. Já o trovão é o barulho provocado
por esses choques se deslocando com velocidade bem inferior ao flash, ou seja, com a
velocidade do som.

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