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ENTROPIA
É um fato observado que, através do Universo, a energia tende a ser dissipada de tal modo que a energia
total utilizável se torna cada vez mais desordenada e mais difícil de captar e utilizar.
Quando conduzimos uma carro a energia armazenada na gasolina é convertida em calor por combustão
e, depois, em energia mecânica, no motor. A energia mecânica, ordenada, assim produzida, dá origem ao
movimento controlado e ordenado do carro. Mas parte dessa energia foi irrevogavelmente dissipada sob a
forma de calor, na estrada, como resultado do atrito dos pneus, no aquecimento do ar por meio da
exaustão de gases e para vencer a resistência do vento. Perdemos essa energia para sempre.
A extensão do estado de desordem em que esta energia se encontra é medida por uma quantidade
conhecida por entropia. Quanto maior é o estado de desorganização, tanto maior é a entropia, quanto
menos extensa for a desorganização, menor é a entropia. De fato, como estabelece a termodinâmica, à
temperatura de zero absoluto quando todas as vibrações atômicas e movimento param, a entropia é nula,
porque não há movimento desordenado.
Outro exemplo: Suponha que temos água vermelha, com tinta, e água branca, sem tinta, em um tanque,
com uma separação. Removendo delicadamente a separação, a água começa dividida, vermelha de um
lado e branca do outro. Com o passar do tempo, a água vai gradativamente misturando-se, e no final
temos água avermelhada, com a tinta uniformemente distribuída. Agora, mesmo que observemos a
mistura por um longo período de tempo, ela não vai separar-se espontaneamente.
A energia total do Universo tende a se tornar cada vez mais desordenada e, por consequência, podemos
afirmar que a entropia do Universo cresce continuamente.
Fonte: br.geocities.com
ENTROPIA
Estado de Equilíbrio Termodinâmico
Um certo corpo desliza sobre uma superfície plana. Devido ao atrito, a energia cinética do corpo diminui
e, simultaneamente, a sua energia interna e a da superfície aumentam. A energia interna do corpo (e da
superfície) é a soma das energias cinéticas do movimento desordenado (microscópico) de cada átomo
que constitui esse corpo (ou essa superfície) e das energias potenciais devido às interações mútuas entre
esses mesmos átomos. Cada átomo pode ficar, em princípio, com qualquer parcela da energia cinética
inicial do corpo, desde que a energia total do sistema corpo + superfície permaneça constante. E como é
imensamente grande o número de átomos de qualquer corpo macroscópico, a parte da energia cinética
inicial do corpo em questão que fica com ele na forma de energia interna pode ser distribuída de um
imenso número de modos entre seus átomos. Assim, qualquer estado do corpo em questão pode ser
realizado de um número de modos microscópicos imensamente maior do que qualquer estado anterior,
no qual os movimentos dos átomos são ordenados em maior grau, já que o corpo se desloca como um
todo com velocidade decrescente.
A passagem espontânea, para o corpo em questão, de um estado a outro significa, com uma
probabilidade extremamente grande, a passagem de um estado que pode ser realizado de um certo
número de modos microscópicos a um estado que pode ser realizado de um número muito maior de
modos microscópicos. E o estado mais provável é aquele que pode se realizar do maior número possível
desses modos. Este é o estado de equilíbrio termodinâmico de tal corpo.
Irreversibilidade Termodinâmica
Segundo as leis de Newton, para cada movimento possível de um corpo, existe, sempre, outro
movimento, inverso. Em outras palavras, se um corpo pode se deslocar no espaço segundo um
movimento direto, digamos, do ponto A ao ponto B, ele também pode se deslocar do ponto B ao ponto A,
passando pelos mesmos pontos do espaço e tendo, em cada ponto, a mesma velocidade que no
movimento direto, só que em sentido oposto. Como exemplo, seja um projétil lançado do ponto A da
superfície da Terra com uma velocidade de módulo v e fazendo um ângulo q com a horizontal. Se a
resistência do ar pode ser desprezada, esse projétil atinge o ponto B da superfície da Terra com uma
velocidade de módulo v e fazendo um ângulo p - q com a horizontal. Então, se o mesmo projétil é lançado
do ponto B com uma velocidade de módulo v e fazendo um ângulo p - q com a horizontal, ele percorre a
mesm a trajetória, só que em sentido inverso, e cai no ponto A com uma velocidade de módulo v e
fazendo um ângulo q com a horizontal.
Os fenômenos termodinâmicos, por outro lado, são irreversíveis. Se um sistema termodinâmico isolado é
abandonado em um certo estado de não equilíbrio, o seu novo estado, no instante seguinte, será, muito
provavelmente, um estado que pode ser realizado por um número maior de modos microscópicos e a
tendência do sistema é a de se aproximar cada vez mais do estado de equilíbrio termodinâmico. E, uma
vez atingido tal estado de equilíbrio, é muito pouco provável que o corpo saia desse estado. A
irreversibilidade dos processos termodinâmicos tem um caráter probabilístico, isto é, a passagem
espontânea do sistema de um estado de equilíbrio a um estado de não equilíbrio, estritamente falando,
não é impossível, mas é tanto mais improvável quanto maior o número de partículas que constituem o
sistema.
Para discutir essa última afirmação, seja um recipiente dividido em duas partes iguais contendo numa
delas uma certa quantidade de gás e na outra, vácuo. Ao se abrir uma passagem na parede de
separação, a metade antes evacuada é preenchida com gás. O processo inverso, a saída espontânea de
todo gás de uma das metades do recipiente para a outra, nunca se realiza se o número de partículas é
grande. Como cada molécula do gás permanece, em média, o mesmo tempo em cada uma das duas
metades do recipiente, a probabilidade de encontrar qualquer molécula numa delas é 1/2. Se o gás em
questão pode ser considerado ideal, cada molécula se move independentemente das demais e a
probabilidade de encontrar duas moléculas dadas na mesma metade do recipiente (1/2)2, a probabilidade
de encontrar três moléculas dadas na mesma metade do recipiente é (1/2)3, etc., de modo que a
probabilidade de encontrar todas as N moléculas do gás na mesma metade do recipiente é (1/2)N. Assim,
se existem 100 moléculas, por exemplo, a probabilidade de encontrá-las todas na mesma metade do
recipiente é (1/2)100 7,9 x 10-31. E se fosse possível medir a posição dessas 100 moléculas uma vez a
cada segundo, existe uma chance a cada (1/2)-100 segundos de encontrar todas elas numa metade do
recipiente, ou seja, uma chance a cada 1,27 x 1030 segundos ou uma chance a cada 4,03 x 1022 anos.
Qualquer sistema macroscópico está constituído de um número de partículas da ordem do número de
Avogadro, cerca de 6 x 1023 moléculas. Portanto, a afirmativa de que não é impossível a passagem
espontânea do sistema de um estado de equilíbrio a um estado de não equilíbrio, embora verdadeira, é
apenas formal.
Entropia
O número de modos microscópicos com que um estado termodinâmico de um sistema pode ser realizado,
e que representaremos por W, define a tendência desse sistema passar a outros estados
termodinâmicos. O sistema, abandonado a si mesmo, tende a passar de um estado a outro onde W é
maior.
A GRANDEZA DEFINIDA POR:
S = k ln W
onde k 1,38 x 10-23 JK-1 é a constante de Boltzmann, é o que se chama de entropia do sistema. O
número de modos microscópicos com que se pode realizar o estado de um sistema composto de dois
subsistemas, por exemplo, é W = W1 W2, onde W1 e W2 são os números de modos microscópicos com
que se pode realizar os estados dos dois subsistemas em questão. Então:
S = k ln W = k ln [ W1 W2 ] = k ln W1 + k ln W2 = S1 + S2
Assim, a entropia de um sistema composto é a soma das entropias de suas partes. Para que esta
propriedade termodinâmica da entropia seja realizada é que entra o logaritmo na definição de entropia.
Considerando uma variação infinitesimal no estado de um sistema, a correspondente variação
infinitesimal de entropia (DS) se relaciona à quantidade infinitesimal de energia absorvida ou perdida na
forma de calor (Q) e à temperatura absoluta (T) pela relação termodinâmica:
DS Q / T
onde a igualdade vale se a variação no estado do sistema é reversível e a desigualdade, se a variação é
irreversível.
Fisicamente, essa relação se justifica do seguinte modo. Como a energia absorvida por um sistema na
forma de calor aparece como energia interna desse sistema, ou seja, aparece nos movimentos
microscópicos associados aos átomos e/ou moléculas desse sistema, e isso aumenta o número de
modos microscópicos com que o novo estado do sistema pode ser realizado, a variação na entropia do
sistema deve ser proporcional à quantidade de energia absorvida na forma de calor: DS Q. Além disso,
dada uma certa quantidade de energia Q absorvida na forma de calor, a variação da entropia do sistema
deve ser tanto menor quanto maior a energia interna do sistema, e como a energia interna do corpo é
medida pela sua temperatura absoluta, a variação na entropia do sistema deve ser inversamente
proporcional a essa temperatura: DS T-1.
Fonte: br.geocities.com
ENTROPIA
Entropia é a medida da "quantidade de desordem" de um sistema. Muita desordem implica uma entropia
elevada ao passo que a ordem implica uma baixa entropia. Não é difícil compreender o motivo desta
associação já que a entropia de uma sustância no estado gasoso é superior à entropia da mesma
substância no estado líquido, que é maior que no estado sólido... E as moléculas estão mais ordenadas
no estado sólido e mais dispersas e caóticas no estado gasoso, sendo o estado líquido um estado
intermédio.
Do mesmo modo, numa divisão onde haja objectos espalhados desordenadamente pelo chão, a entropia
é superior à da mesma divisão onde esses objectos estão arrumadinhos em locais devidamente
adequados. Assim se percebe a associação entropia/desordem... Uma boa desculpa para quem se
desleixa na arrumação do seu quarto! De acordo com o Segundo Princípio da Termodinâmica, a
diminuição da entropia num espaço, equivale ao aumento da mesma na pessoa que gasta energia a
arrumar!!!
Fonte: www.ajc.pt
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Ricardo Di Bernardi