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HISTÓRIA DE PERNAMBUCO

Ocupação Pré-Colonial
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

OCUPAÇÃO PRÉ-COLONIAL

OCUPAÇÃO PRÉ-COLONIAL DO ATUAL ESTADO DE PERNAMBUCO

 Obs.: O ano de 1500 (chegada ao Brasil) ainda é período pré-colonial.

Os nomes do Brasil

• O primeiro nome dado foi Pindorama. Os indígenas o inventaram e apenas


eles o utilizavam.

• Na descoberta em 1500, os portugueses batizaram a nova terra de Ilha


de Vera Cruz. Após, foi chamada de Terra Nova em 1501; Terra dos Papa-
gaios, em 1501; Terra de Vera Cruz, em 1503; Terra de Santa Cruz, em
1503; Terra de Santa Cruz do Brasil, em 1505; Terra do Brasil em 1505; e,
finalmente, em 1526, passou a se chamar Brasil, devido ao pau-brasil.

Período pré-colonial (1500-1530)

Depois da unificação dos reinos, no início do século XV, Portugal iniciou o pro-
cesso de expansão marítima. No Mediterrâneo, as cidades italianas de Gênova
e Veneza dominavam a navegação no Mediterrâneo, o que lhes conferia muito
poder e influência comercial naquela região. A expansão árabe estava conquis-
tando e dominando o norte da África, o que dificultou a passagem de Portugal para
as índias. Portugal se viu na necessidade de realizar suas navegações no oceano
Atlântico para chegar às Índias. Nesse percurso, Portugal chegou ao Brasil.
Portugal não teve interesse no Brasil em um primeiro momento, porque seu
objetivo era chegar às Índias. O que se encontrava lá era mais lucrativo e não se
encontraram metais preciosos no Brasil, o que atenderia à política do metalismo
– inerente ao mercantilismo.
ANOTAÇÕES

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• Choque cultural entre nativos – considerados primitivos e endemonizados – e


europeus, que se sentiam responsáveis por difundir seu processo civilizador;
• Expedições portuguesas (exploradoras e policiadoras);
• Acordo entre a Coroa Portuguesa e grupos particulares, que, em troca, se
comprometiam a erguer feitorias no litoral;
• Feitorias: armazéns fortificados para estoque e proteção de produtos;
• Desinteresse inicial de Portugal em investir na colonização;

Expedições:

• Gaspar de Lemos (1501).


• Gonçalo Coelho (1503).
• Objetivos: fazer o reconhecimento geográfico
e verificar as possibilidades de exploração eco-
nômica da nova terra descoberta. Denomina-
ção dos acidentes geográficos e constatação
da existência de pau-brasil.

• Cristovão Jacques
◦ Objetivos: policiar o litoral e expulsar os con-
trabandistas.

 Obs.: A parte verde do mapa indica a área de atuação e ocupação dos portu-
gueses.

Declínio do comércio português no Oriente

• O crescimento da concorrência do comércio de especiarias entre os países


europeus abalou a economia portuguesa;
• Aumento de expedições policiadoras no território, principalmente para
impedir invasões estrangeiras como as dos franceses;
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• Expedição de Martin Afonso de Souza em 1530 e fundação da Vila de São


Vicente em 1531, a primeira da colônia, além da doação de sesmarias e
criação do Engenho do Governador para a produção de açúcar;

 Obs.: Essas expedições eram uma forma de efetivar a colonização, expulsar os


invasores e ocupar a terra.

Portugal confiou a missão de ocupar, desenvolver e proteger a terra aos particu-


lares, o que ensejou uma conjuntura de doação de terras: capitanias hereditárias.
Quando os portugueses chegaram em Pernambuco, encontraram tribos indígenas.

Ocupação pré-histórica de Pernambuco

Entende-se por “pré-histórico” o período relativo ao processo de não escrita;


civilizações ágrafas – não dominam a escrita.

• Registro rupestre é a primeira manifestação estética da pré-história brasi-


leira, especialmente rica no Nordeste;
• Área arqueológica de Araripina; 24 sítios arqueológicos:
◦ sítios rupestres em abrigos sob rocha;
◦ sítios lito-cerâmicos a céu aberto;
◦ sítios de oficinas líticas.

• Sítio Aldeia do Baião;


• Ceramistas pré-históricas;

 Obs.: Ainda não há escrita nesse período, mas já se desenvolvem as técnicas


de cerâmica, de representação do cotidiano.

• Chapada do Araripe
• A origem da agricultura no Nordeste brasileiro remonta a 3000 anos;
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Obs.:
 Por mais que os índios se sedentarizassem, ocorria processos de nomandismo.

• O sítio Furna do Estrago está assentado no município do Brejo da Madre


de Deus;
• Sítio Alcobaça, no município de Buíque;
• Cavernas do Angico, Morro dos Ossos, Pedra do Tubarão, Toca da Bica,
Pedra da Caveira, Alcobaça II, PE 48 – Mxa, Cachorro II e Furna do Nego.

Nesses sítios arqueológicos, foram encontradas cerâmicas de excelente


fabricação, vestígios de armazenamento de alimentos. Observa-se que coleta
e caça eram práticas dos indígenas pré-coloniais e que seus núcleos familiares
estavam presentes no processo de ocupação de Pernambuco.

Direto do concurso
1. “...não se pode ignorar o NE na hora de se discutir a antiguidade do homem
na América e as vias de dispersão por ele percorridas, não importando se foi
há 20, 30 ou 40 mil anos... É conhecida de todos a longa sequência estrati-
gráfica lograda no Sítio do Boqueirão da Pedra Furada, que pode significar
a permanência do homem pré-histórico nesse sítio, a partir de 48 mil anos.
Mas a Pedra furada não é um caso único.” MARTIM, G. Pré-História do Nordeste:
pesquisas e pesquisadores. Clio Arqueológica, Recife: UFPE, n° 12, p. 7-15. ano 1997.
p.11. Adaptado.

Em Pernambuco, por exemplo, localizado no município de Buíque, o sítio de


“Alcobaça” possui um dos maiores e mais representativos painéis de figura
rupestre do estado, que, por seu tamanho e complexidade, é de grande re-
levância para o entendimento da pré-história local e nacional. Em relação ao
estudo do período pré-colonial sobre o atual estado de Pernambuco, assina-
le a alternativa INCORRETA.

a. O sítio “Furna do Estrago”, localizado no município do Brejo da Madre de


Deus, é de grande importância para o entendimento dos grupos que ha-
bitaram o atual agreste nordestino, uma vez que permite se entender um
pouco mais sobre os rituais funerários da época.
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b. O material arqueológico, encontrado nos sítios que remontam ao período pré-


-colonial do estado, é fundamental para se entender o povoamento da região,
bem como parte das características socioculturais daqueles que os utilizaram.
c. As figuras rupestres, encontradas em vários sítios de Pernambuco, são de
grande relevância para a compreensão das populações que habitaram as
terras pertencentes hoje a esse estado.
d. Embora a região da Zona da Mata também possua vestígios da presença
dos Homo Sapiens Sapiens, o Agreste e o Sertão pernambucano, durante
o longo período pré-colonial, são os locais onde pode ser encontrado o
maior número de sítios arqueológicos do Estado.
e. Embora “Alcobaça” possua grande representatividade entre os arqueólo-
gos, o estado de Pernambuco, como um todo, tem pouca importância para
o entendimento do período pré-colonial. Isso se deve, dentre outras coi-
sas, ao pequeno número de sítios encontrados em seu território.

Comentário
Há 24 sítios arqueológicos no estado, o que denota sua importância para o
entendimento do período pré-colonial.

Atenção!
Adicione as quatro alternativas corretas às informações da aula.

GABARITO
1. e

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Admilson Costa.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.
ANOTAÇÕES

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