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Prelúdio Idrikus

“Em breve o que vou lhe contar será tão oculto e reservado que tocará as
margens do esquecimento, assim como meu passado no Velho Mundo que já não
se faz tão importante nas noites que vivemos hoje”.

Meu nome verdadeiro é Idrikus Salvatore. Minha ocupação atual... Além de


monstro predador e assassino sem escrúpulos, sou líder. Faço parte de
uma seita conhecida como Sabá e dentro dessa ocupo o cargo conhecido
como Ductus, que quer dizer que lidero um bando de monstros como eu e
que, eles são tudo o que tenho para conseguir realizar meus objetivos e
metas. Mas sou confiante quanto a isso. A cada contato com meus
soldados eu me torno mais confiante. Confiante porque sei de suas
capacidades, e ainda mais confiante porque acima de tudo, eu conheço as
minhas.
Acredite, não sou uma criança da noite sortuda e oportunista que vive das
sobras das intrigas e guerras dos anciões. Poderia mencionar inúmeros
vampiros que conseguiram chegar onde estão por um acaso do destino ou
por pura sorte. Mas como muitos deles estão dentro da mesma seita que
eu, prefiro não me prolongar nesse assunto. Mesmo assim, quero deixar
bem claro que sorte é uma palavra que não existe no meu vocabulário. Sou
definitivamente o vampiro mais perfeccionista que está nessa cidade, e
isso me manteve vivo até aqui, e vai me levar à vitória quando o momento
certo chegar.
Para seu maior entendimento, vou adiantar o principal motivo da minha
vinda para essa cidade: O Sabá tem planos para esse lugar e eu fui
escolhido para levar adiante esses planos, e sou o primeiro entre muito
que ainda estão por vir.

“Nascido sob as sombras e jornada noturna


Será em reino e bondade soberano
Fará renascer seu sangue do antigo esquadro
Renovando o Século de Ouro por meio do Bronze”

- Nostradamus V. 41
Fazendo as Malas
Após receber a missão São Paulo, tomei alguns cuidados que precederam
minha chegada aqui.
Exatamente um ano antes da data da viagem enviei uma equipe composta
por minha criança da noite e cinco carniçais. Todos experientes em
investigação e espionagem. Seu dever era preparar o ambiente para minha
chegada. Esse trabalho era meticuloso e exigia muita perícia, mas isso não
era problema para os que enviei.
Eles tinham que estabelecer moradia na cidade. O que não foi difícil.
Alugaram uma pequena casa no centro. Também tinham que estabelecer
contato com a sociedade vampírica local. Isso ficou a cargo de minha cria.
Não foi difícil para ela, afinal, vivendo em meio ao caos das noites do
centro, rodeada por vampiros muito inferiores à sua astúcia, e carniças
principalmente Brujah e contatos Nosferatu, era comum ouvir comentários
e rumores sobre as decisões do príncipe, sobre as vidas dos Anciões e
sobre os acontecimentos mais importantes da Camarilla.
Depois de fazer contatos com os membros de sangue mais fraco, meus
enviados passaram a se concentrar nos Anciões. É lógico que eu não
arriscaria colocar espiões próximos aos Anciões. Seria uma questão de
tempo até eles serem descobertos. Minhas crianças não tinham permissão
de se aproximar, mas com as informações que tinham, eles conseguiram
descobrir os lugares mais freqüentados por eles, e fotografá-los em sua
tediante rotina.
Outra tarefa dos meus enviados era de pura espionagem. Mandei que, a
partir de informações básicas obtidas em arquivos do Sabá, os carniçais
revirassem a história dos vampiros em evidência na cidade. Príncipe e
Primigenie principalmente, e que descobrissem tudo o possível sobre seu
passado, de quando ainda eram mortais.

“Durante todos esses anos, aprendi que apenas 1 em cada 100 vampiros toma o
cuidado de apagar ou manipular as informações referentes à suas vidas
mortais”.

Informações sobre amigos, família, trabalho, relacionamentos...enfim, eles


deviam colher o máximo de informações para que eu as analisasse depois.
A última tarefa era providenciar um refúgio onde eu me estabeleceria
inicialmente. Então alugaram um apartamento em um bairro tranqüilo e
nobre na Zona Sul.
Preparativos para a Festa

Exatamente um ano depois, como eu havia planejado, desembarcamos em


São Paulo. Meu bando e eu.
Quando cheguei ao apartamento encontrei uma pilha de arquivos e fotos
deixados pelos meus enviados.
Durante a primeira semana dei a ordem para cada um conseguir um
refúgio discreto. Durante essa semana eu me concentrei em estudar e
decorar os arquivos.
Na segunda semana a ordem era de reconhecimento de área. Todos
deviam conhecer a cidade o melhor possível. Entender como funcionam as
coisas. Se possível prestar atenção nos hábitos da sociedade local.
Na primeira noite da terceira semana eu já tinha pronta e detalhada toda
a operação, e durante toda essa semana eu a revisei inúmeras vezes, e fiz
com que todos estudassem exaustivamente cada etapa do plano de ação.
Para ter certeza de que tudo será perfeito, de que todos estarão prontos a
ponto de reagir automaticamente às mudanças no ambiente e às ações do
inimigo, muitas vezes eu fiz uso de meus poderes para condicionar todos
segundo as especificações do plano.
Então com o plano fixado na mente do bando, na quarta semana eu dei o
sinal verde e colocamos em prática mais uma etapa do objetivo.
Todos deviam arrumar um jeito de entrar na sociedade vampírica de São
Paulo. Tínhamos que ser aceitos pelo Príncipe, conhecer os membros, fazer
adquirir contatos, nos vestir, falar e nos alimentar como eles. E tudo isso
sem levantar suspeitas. Todos nós sabíamos que tudo deveria ser perfeito.
Eu não estava disposto a arriscar um contato direto com o Príncipe que,
assim que batesse os olhos em um deles, descobriria que eram
estrangeiros, isso sem falar na aura de um vampiro do Sabá.
Foi aí que surgiu o ritual de troca de corpo. Com ele foi fácil enganar os
olhos e as mentes dos vampiros e finalmente fomos aceitos como membros
locais.
A cada membro do bando foi permitido escolher de quem tomaria o corpo,
depois disso, cada um deveria se infiltrar em um clã previamente escolhido
de acordo com suas habilidades próprias.

Minhas Escolhas

Nos arquivos que providenciei eu procurava achar um trunfo a mais.


Qualquer coisa útil, qualquer falha, qualquer ponto fraco... foi aí que eu
achei uma coisa que me chamou atenção.
Descobri que nos arquivos relacionados ao Príncipe havia um mortal a
quem ele nutria um apreço especial. Um amigo antigo com quem se
identificava muito. Descobri também que ele pediu a um amigo de
confiança e de fora da cidade chamado Ricardo, que abraçasse esse antigo
amigo chamado Trevor Romano. Só para ter o prazer da eterna presença
do companheiro de tantas afinidades com quem costumava se aconselhar
nos tempos em que era mortal.
Imediatamente eu cacei o tal Trevor. Durante alguns anos, que precediam
o esperado abraço (que tinha data marcada para acontecer), eu com a
ajuda da minha cria e dos carniçais revirei toda a vida de Trevor. Eu
acabei conhecendo-o e me tornando seu melhor amigo. Com o tempo,
vasculhei sua mente e extraí tudo que havia em relação ao Príncipe.
Enquanto isso minha cria revirava arquivos, contas de banco e tudo mais
que Trevor possuía.
Quando chegou a data da viagem, na qual Trevor seria abraçado por
Ricardo que era um conhecido dele, Trevor conseguiu a permissão para
que eu fosse junto em sua viagem supostamente para passar as férias em
Campinas.
Ao chegar em Campinas, seguidos de perto por minha cria e pelos
carniçais que tinham ordens de ficarem sempre nas proximidades, fomos
muito bem recebidos pelo Ventrue.
Na mesma noite, enquanto Trevor dormia, eu ordenei que minha cria
liderasse um ataque contra a propriedade de Ricardo. E com as defesas
voltadas para o lado de fora, Ricardo não deu conta do maior perigo que já
estava dentro da casa. Quando se deu conta disso as trevas já haviam
dominado todo o lugar. A última coisa que Ricardo fez foi ligar para o
principe comunicando que já havia abraçado Trevor, e que em breve ele
estaria de volta. Na mesma noite matei Ricardo e voltei com Trevor para
São Paulo, onde mudei do meu antigo corpo para o do que seria
supostamente o mais novo Ventrue da cidade naquela época. Trevor
Romano.
Depois de algum tempo eu me apresentei ao Príncipe, que recebeu seu
velho companheiro de braços abertos. Não demorou muito para eu ser
apresentado aos outros membros da cidade, e em poucos anos eu já era
uma figura freqüentadora do elísio. Mas isso não era o suficiente para
mim. Tudo deveria ser perfeito e ainda havia uma margem de erro. Os
Anciões. Eu era uma estrela ascendente e não era ingênuo para acreditar
que sendo amigo de Rosália eu estaria seguro. Todo Príncipe tem seus
inimigos, e logo as atenções deles se voltariam para mim como forma de
atingi-lo. Era preciso dar um jeito de ganhar a confiança de todos.

De Vilão a Bom Samaritano

Uma certa noite, dei ordem para minha cria liderar um segundo ataque.
Durante algum tempo eu passei a observar as figuras mais importantes do
cenário local. Assim eu preparei armadilha para o Xerife da cidade. Toda
vez que se dirigia a um certo elísio na cidade ele seguia a mesma rota.
Então eu comuniquei a minha cria e antecipei os passos dele naquela
noite. Eu criei a oportunidade e quando cheguei ao local combinado,
encontrei o xerife cercado. Eu o ajudei naquela batalha. As instruções que
passei a minha cria não tinha sido feitas verbalmente e ela não sabia da
minha troca de corpo, então entramos em conflito.
Admito que eram ótimos servos, mas eles encontraram a morte final em
nome de um objetivo maior.
Agora eu era amigo do xerife, afinal de contas qualquer homem honrado
se tornaria amigo de alguém que o ajudou em um momento crítico como
aquele. Talvez ele conseguisse sobreviver sozinho ao ataque que sofreu
aquela noite, mas a vontade de lutar sozinho não estava estampada em
seus olhos que tentavam a todo custo esconder o medo de cair naquela
noite. Além disso, essa história se espalhou como eu já havia previsto
anteriormente, afinal de contas é para isso que servem as harpias, então
consegui uma boa reputação e ainda o status de veterano, sou um dos
poucos na cidade a sobreviver a um ataque das temíveis hordas de
monstros do Sabá. (detalhe é que sem saber o Xerife acabou tendo uma
experiência real contra uma pequena célula do Sabá e ainda deve ter
recebido o mesmo mérito que eu).
No entanto, eu tinha livrado os olhos dos mais novos, mas não dos
experientes.
Nas décadas seguintes eu me dediquei ao relacionamento com a
primigenie. Ser amigo do Príncipe, do Xerife e tudo mais que eu tinha
conseguido me serviu como ponte que, adicionada às minhas feições de
um homem inofensivo que aos poucos se fixaram nas mentes de todos,
me aproximaram da primigenie.
Nessas últimas décadas eu me ocupei em construir um relacionamento de
amizade e cumplicidade com cada membro do restrito círculo dos
membros mais velhos de cada clã. Procurei estar por perto para ajudar a
resolver os problemas (algumas vezes criados por mim), mas também
soube esperar que eles me procurassem para pedir meus conselhos. Hoje,
sou tido como um amigo da primigenie, e muitas vezes considerado como
um conselheiro oficial. Tenho certeza da eficiência do trabalho que realizei
até aqui para poder fazer o lobo andar desapercebido em meios aos
cordeiros. E sei que hoje seria mais fácil um cordeiro ser sacrificado
injustamente do que o pastor descobrir que o lobo está entre seu rebanho.
Agora que os meus soldados, lógico que não com a mesma perícia,
conseguiram se firmar como membros da Torre de Marfim eu dei ordem
para colocarem em prática a próxima etapa do plano. Enfraquecer as
defesas da Camarilla.
“É chegada a hora da Espada de Caim ser desembainhada”.

“A morte súbita do primeiro personagem


Fará mudar e trazer um outro ao reino
Cedo, tarde virá a tão alto e em baixa idade
Que a terra e o mar precisarão temê-lo”.
- Nostradamus, IV. 14

FICHA DO PERSONAGEM.

Nome: Idrikus Salvatore / Trevor Romano


Natureza: visionário
Comportamento: perfeccionista
Clã: Lasombra / Ventrue
Geração: 7*

Atributos: força 1, destreza 2, vigor 3.


Carisma 4, manipulação 4, aparência 2
Percepção 2, inteligência 3, raciocínio 4

Habilidades: Prontidão 2, empatia 3, intimidação 3, liderança 3, lábia 4


Disfarce 5, performance 3, armas de fogo 1, armas brancas 2,
Furtividade 1, sobrevivência 2, burocracia 2, investigação 3, direito 3,
lingüística 3, ocultismo (abismo) 6, política 4.

Antecedentes: status 4, Recursos 5, rebanho 2, cultura da Camarilla 4, cultura Ventrue


3.

Virtudes: Frieza 5, instintos 3, moral 5

Disciplinas: Tenebrosidade 6, potência 5, Presença 4, Auspícius 4, Dominação 3,


Fortitude 3.

Trilha do Poder da Voz Interior.

Força de vontade 7.

Qualidades:
Inofensivo (guia da camarilla 3 edição)
Reputação (guia da camarilla 3 edição)
Veterano (guia da camarilla 3 edição)
Freqüentador do elísio (guia da camarilla 3 edição)
Amigo do Xerife (guia da camarilla 3 edição)
Velho Companheiro ( guia da camarilla 3 edição )
Vontade de Ferro (Vampiro a Máscara 3 edição)
Diablerie Oculta (guia da camarilla 3 edição)
Estrela ascendente (guia da camarilla 3 edição)
Aptidão Mágica (guia do Sabá 2 edição)
Magia do ferreiro (trilha da conjuração nível três)
Amigo da Primigenie (guia da camarilla 3 edição)
Amigo de clã ( guia da camarilla 3 edição )
Malkaviano

Defeitos:
Excesso de Confiança
Intolerância (comediantes - aqueles caras que fazem piadas na hora que não devem)
Segredo Sombrio (acho que o meu prelúdio inteiro é um segredo sombrio mas
considero ser do Sabá o maior deles)
Toque congelado
Macula do apodrecimento
Fobia leve (gatos)

Aos mestres:

Caros companheiros, quero pedir que esse personagem não seja alterado. Sei
que a maioria de vocês não me conhece salvo a Viviane, que já me conhece há
algum tempo e sabe como eu jogo. Gostaria que soubessem que em nenhum
momento meu personagem ou qualquer outro do bando que eu estarei
comandando tem a intenção de estragar o divertimento de todos e o
andamento regular planejado da história. Sei que de cara, a ficha que lhes
apresentei acima é de um personagem relativamente poderoso, mas acredito
que para mestres experientes personagens assim não representem problemas e
sim possibilidades de acontecimentos e intrigas ainda mais interessantes.
Gostaria de ressaltar que personagens poderosos como Sasha Vikos, Lucita,
Anatole, Monçada e Lady Anne são do tipo relativamente poderoso e nem por
isso saem por ai arruinando o mundo com suas disciplinas, acho muito mais fácil
um personagem de 13 geração responder a um insulto com força bruta e gerar
uma confusão do que um ancião como esse personagem.
Veja, eu sou mestre de vampiro há muito tempo e hoje na minha mesa jogam
PCs de Quinta geração e sei a pressão que é para o mestre Ter um desses em
jogo, mas como já disse, quanto mais poderoso o Player, mais cuidadoso. Sendo
assim, espero que tenham notado q tipo de personagem eu estarei
interpretando, acho que dá pra ter uma idéia olhando sua natureza,
comportamento e clã.
Qualquer dúvida podemos sentar e conversar, os mestres meu bando e eu.
Mais uma vez agradeço a todos pela compreensão.
Denon.

“Nós sabemos quão habilidoso o Lasombra é quando ele consegue resolver


todos os seus problemas apenas com o jogo das sombra, de acordo com o
emprego e o uso desse poder. Pois os que usam os níveis avançados da disciplina
sem necessidade nada mais são do que meros covardes”.
Livro do clã Lasombra 3 edição.

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