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I.E.

E VISCONDE DE CAIRU

A VIDA E OBRA DE MARIO QUINTANA

Eduardo H. Maximenco, Rafaele A. Neske


9°Ano do ensino fundamental de nove anos
Português
Sandra Mix

Santa Rosa/RS, dezembro de 2019


INTRODUÇÃO

Abordaremos, Nesse Artigo, a vida de Mario Quintana, a vida que


construíra ao longo do tempo, bem como as dificuldades de vida e diversas
injustiças por qual passara, e quais motivos o levaram a sua carreira
artística, tal como a análise das mesmas, que revelam muito sobre a
personalidade deste ilustre autor que ficará para sempre marcado na
história como um dos maiores poetas do Brasil e do mundo.
A LINHA DO TEMPO DE MÁRIO QUINTANA

Mário de Miranda Quintana nasceu numa família nuclear comum em


30 de julho de 1906 na cidade de Alegrete, Rio Grande do Sul. Nasceu
com uma mãe dona de casa e um pai farmacêutico, como um cidadão
classe média, sem ter muitas riquezas para desfrutar, mas nunca algo que
o impediu de seguir seus sonhos.
Com apenas 13 anos, em 1919, logo após o termino da 2° Guerra
Mundial, Mário Quintana se mudou para a cidade de Porto Alegre, capital
do estado e ingressou em uma escola militar local (Escola militar de Porto
Alegre).
Mesmo com pouca idade, Mário Quintana já tinha a sua paixão por
escrever os mais diversos poemas e anedotas, publicando seus primeiros
versos em revistas literárias estudantis de sua escola militar.
Sua obra mais antigo registrado foi um soneto publicado no jornal
de Alegrete em 1923, pelo qual o artista atendia ao nome de “JB”, e deixa
o colégio militar com 18 anos, em 1924, para então começar seu trabalho
como atendente da livraria Globo, onde permanece durante 3 meses, até
sua volta para Alegrete, em 1925, onde passa a trabalhar na farmacêutica
de seu pai. Foi premiado em um concurso literários de contos no Jornal
Diário de Notícias de Porto Alegre com o conto “A Sétima Passagem” em
1926, mesmo ano do falecimento de sua mãe, o que acaba por deixar um
grande luto no coração do jovem poeta.
Em 1927, seu pai também veio a óbito, deixando mais um grande
vazio na vida de Mário, visto que não tinha se recuperado completamente
da morte de sua mãe, o que levara a uma grande mudança em sua arte,
que começou a retrar comumente a morte em suas obras, assim como
fantasmas e o sentimento de solidão, demonstrando assim que a dor da
morte de seus pais foi canalizada pelo artista em criatividade para suas
obras, também sendo uma das causas de seu alcoolismo e fumo, o que o
levaria a morar em sarjetas por um futuro período de sua vida.
Em 1929 começou a trabalhar como tradutor no jornal O Estado do
Rio Grande. Já em 1930, vários versos do poeta eram publicados pelas
Revistas Globo e O Correio do Povo, mesmo ano do término do jornal O
Estado Do Rio Grande. Com o estopim da revolução de 1930, Mário
Quintana vai para o Rio de Janeiro, onde vira parte do 7° batalhão de
Caçadores de Porto Alegre, regressando apenas 6 meses depois.
Em 1934 publica sua primeira tradução, sendo essa a tradução do
livro “Palmeiras e Pontes”, de Giovanni Papini, também Voltaire, Virginia
Woolf e Emil Ludwig, traduziu também “Em Busca do Mundo Perdido”, por
Marcel Prost. Em 1935 começa a trabalhar na livraria O Globo, com suas
obras sendo publicadas na revista Ibirapuitan.
Em 1940 pública seu primeiro livro, o conjunto de sonetos “A Rua
dos Cataventos”, já em 1948, pública “Sapato Florido”, que reunia versos
curtos, mas com uma profundidade poética e normalmente com um tom
de ironia.
Durante a sua vida, Mario Quintana tentou 3 vezes entrar para a
Academia Brasileira de Letras, sendo recusado todas as vezes, até em 25
de agosto de 1966, quando foi recebido numa sessão da academia por
Augusto Mayer e Manuel Bandeira, que leem um poema da autoria de
Quintana e o convidam para se candidatar pela quarta vez, proposta que
é recusada pelo autor.
Sem nunca casar ou ter filhos, Mário Quintana viveu a maioria de sua vida
sozinho, chegando a ficar 12 anos seguidos, de 1968 até 1980 morou em
um hotel chamado Hotel Majestic, que hoje em dia foi transformado na
Casa de Cultura de Mário Quintana.
Em 1980 recebeu o prêmio Machado de Assis da ABL pelo conjunto
da obra, e no ano seguinte foi agraciado com o prêmio Jabuti de
Personalidade Literária do ano, mesmo ano em que ficou desempregado
e foi despejado do hotel e passou a morar na sarjeta por um período de
tempo, até Paulo Roberto Falcão o alojar em um quarto de sua
propriedade no Hotel Royal.
Mário Quintana faleceu com 84 anos no dia 5 de maio de 1984, em
Porto Alegre, RS, e seu corpo está sepultado no cemitério São Miguel e
Almas, em Porto Alegre.
LITERÁRIA EXPLICADA

Para o maior entendimento de seus versos e poesias, mostraremos


aqui o possível significado por trás de alguns de seus versos.
“Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!

Não é motivo para não as querer...

Que tristeza os caminhos, se não fora

A mágica presença das estrelas.”

No trecho “Se as coisas são inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las...”,
o autor se refere ao fato de que não é preciso o toque físico ou algo ser
que possa ser obtido fisicamente para ser apreciado, logo após dando
como exemplo as estrelas, que mesmo não podendo ser alcançadas por
nós, engrandecem e tornam faustuosas as noites
“A Construção

Eles erguem a Torre de Babel

Para escalar o Céu,

Mas Deus não estava lá!

Estava ali mesmo, entre eles,

ajudando a construir a torre.”

Nesse verso, o autor metaforicamente fala que não é preciso ver


algo para acreditar, que se parássemos um pouco para apreciar o que já
temos, veríamos que já temos o que estávamos procurando, só que
estávamos muitos concentrados em procurar que não sabíamos que já
tínhamos isso o tempo todo, só precisávamos ter um pouco de fé.
CONCLUSÃO

Concluímos, nesse artigo, que apesar de grandes perdas e dificuldades,


Mário Quintana revolucionou o modo como a poesia brasileira é vista, se
tornando um dos poetas mais famosos do Brasil, sendo com certeza um
dos maiores poetas que o mundo já conheceu, que com certeza não
recebe hoje em dia o reconhecimento devido, já que apesar de ter partido
a mais de 30 anos, suas obras continuam abrangendo tópicos atuais com
obras que envelheceram muito bem com o passar dos anos.
ANEXOS

Das Utopias
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não as querer...
Que tristeza os caminhos, se não fora
A mágica presença das estrelas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRAZÃO, Dilva. Mário Quintana, Poeta e tradutor brasileiro. Disponível em:


https://www.ebiografia.com/mario_quintana/. Acesso em 22/12/2019.

MINAS TÊNIS CLUBE, Centro de esportes e cultura de MG. Delicadeza de Quintana.


Disponível em: http://centroculturalminastc.com.br/noticias/delicadeza-de-quintana/.
Acesso em 22/12/2019.

WIKIPÉDIA, A Enciclopédia Livre. Mário Quintana. Disponível em:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Mário_Quintana. Acesso em 22/12/2019.

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