Prof. Esp. Pablo Fabricio “Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.”
(LDB, Capítulo II, Da Educação Básica, Seção II,
Da Educação Infantil) Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil “A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também o marca. A criança tem na família, biológica ou não, um ponto de referência fundamental, apesar da multiplicidade de interações sociais que estabelece com O respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas etc.; O direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; O acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à CRIANÇA E INFÂNCIA
“A infância é um artefato social, não uma categoria biológica” (POSTMAN apud URBIM, 2009, p. 65). Criança pós-moderna
As crianças de hoje nascem dentro da
cultura consumista e crescem modelando-se segundo seus padrões e suas normas. (COSTA, 2009, p. 35-36) [...] Também entra em cena [...] o fato de que as crianças se assemelham a suas mães e seus pais, que não têm pejo em ostentar – muito pelo contrário –, em suas bolsas, pastas, camisetas, Mais crianças pequenas sabem como jogar em computador (58%) do que nadar (20%) ou andar de bicicleta (52%). 28% das crianças pequenas sabem fazer uma ligação de celular, mas somente 20% sabem discar 911 em caso de emergência. 69% das crianças com idade entre 2 e 5anos sabem operar um mouse de computador, mas apenas 11% conseguem amarrar seus próprios cadarços. RECNEI O movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. As crianças se movimentam desde que nascem, adquirindo cada vez maior controle sobre seu próprio corpo e se apropriando cada vez mais das possibilidades de interação com o mundo. Ao movimentar-se, as crianças expressam sentimentos, emoções e pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais. O movimento humano, portanto, é mais do MOVIMENTO
O trabalho com movimento contempla
a multiplicidade de funções e manifestações do ato motor, propiciando um amplo desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade das crianças, abrangendo uma reflexão acerca das posturas corporais implicadas nas atividades cotidianas, bem como atividades voltadas para a ampliação da cultura corporal de cada Brincar “A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é o “não-brincar”. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se. Nesse sentido, para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma a atribuir-lhes novos significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade. Toda brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e das idéias, de uma realidade anteriormente vivenciada”. (MEC/SEF, 1998, p. 27) JOGO A cultura vai influenciar a visão de vida de cada um, orientando o fazer e o imaginar individual e interferindo na própria educação da sensibilidade, ampliando ou congelando suas possibilidades. A cultura torna-se parte da natureza humana. É através das relações dialéticas com o meio físico e social que a criança constrói seu pensamento, transformando os processos psicológicos elementares em processos complexos, fazendo com que Bibliografia Indicada COSTA, Marisa Vorraber (Org.). A educação na cultura da mídia e do consumo. Rio de Janeiro: Lamparina, 2009. FREIRE, João Batista. O jogo: entre o riso e o choro. Campinas: Autores Associados, 2005. KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 2009. POSTMAN, Neil. O desaparecimento