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Conselheira: Izaltina Gusmão Victorino Machirica

1. Primeiro passo: Avaliação das necessidades do cliente


1.1. Objectivo: Avaliar as necessidades do cliente
1ª Sessão: Fizemos uma chamada com durabilidade de 45min no Google Meet. Tanto o
cliente e a conselheira se encontravam nas suas respectivas casas. Número do cliente:
849646407. Para o começo da sessão foi explicado ao cliente o que era a orientação
vocacional, qual seria o meu papel e o papel do cliente, traçamos os objetivos e fez-se
uma anamnese sobre o historial do cliente.

Elyzaudi Denzel (nome fictício), atualmente residente em Quelimane, no Bairro de


Torrone˗Novo, Província da Zambézia e no início deste ano concorreu ao curso de
Licenciatura em Estatística e Gestão da Informação na Universidade Licungo de
Quelimane. Fez o curso Básico de Eletricidade no Instituto Industrial de Morrumbala
(Num Distrito da mesma Província) e Frequentou o segundo ciclo tendo feito a
12ªclasse em 2020 no mesmo Distrito. Perdeu o Pai aos 6 anos de idade. Portanto, mora
com sua Mãe e seus irmãos (duas irmãs e dois irmãos). Sua mãe é Professora e seu
Irmão mais velho é como se fosse o pai deles (fez o curso de Informática e trabalha
como Oficial na FGH). Diz que começou a estudar aos 07 de idade, pois aos 06 anos
desistiu de ir a escola e no ano seguinte por esforço da irmã a que ele segue conseguiu ir
devidamente a escola, pois esta garantia que ele não fugisse da Escola. Aos 14 anos
começou a se importar com Eletricidade pelo facto de estar a frequentar o curso Básico
e diz que ate já imaginava os lugares os quais trabalharia. O cliente relata que ama usar
computadores e até concerta celulares e computadores e afirma que não fez curso algum
de IT. Parece estar a inspirar-se no seu irmão mais velho.

2. Segundo Passo: Promoção da auto-compreensão


2ª Sessão: chamada no Google Meet com durabilidade 45min (tanto o cliente e o
conselheira se encontravam nas suas casas).

2.1. Objectivo: Identificar as preferências do Cliente


Para se fazer a promoção da auto-compreensão do cliente fez questões ao cliente
inerentes as preferências do mesmo tendo em conta: (a) tarefas de trabalho mas
concretamente a rotina de trabalho onde cliente mostrou uma satisfação relatando que
preferiria trabalhar 8 à 10 horas de tempo, das 7h as 15˗17 horas em atividades
aleatórias envolvendo máquinas e para ele é divertido. Diz ainda, que prefere trabalhos

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que não envolvam interação com outras pessoas. (b) Em relação as condições de
trabalho o cliente diz que prefere um trabalho que lhe pusesse a desenvolver o espírito
criativo e não descartou a possibilidade das condições de trabalho serem em ambientes
variados. Diz ainda que gostaria de trabalhar (c) fora do país (especificamente na china,
pois a maior parte das TICˊs são desenvolvidas lá). (d) Quando perguntados os
benefícios que prefere ter no seu local de trabalho, relatou que gostaria que fosse um
local na qual pudesse ampliar seus conhecimentos, um lugar com um salário que podem
sustentar a sua família e que tivesse como benefícios adicionais: assistência médica e
alimentícia garantida.

2.2. Análise da significação do cliente


O nosso cliente diz que sonha em fazer Engenharia Informática. Se olhado o sonho la do
nosso cliente sob ponto de vista de Yost (1897) o mesmo fundamenta-se como um
processo de tomada de decisão que se estende da pré-puberdade até ao final da
adolescência, é o período em que os indivíduos fazem um compromisso vocacional
definitivo. A teoria de desenvolvimentista de Ginzberg acrescenta que para se fazer essa
escolha profissional é necessário que haja uma compatibilização entre características
pessoais e oportunidades ocupacionais. Holland (1973, 1985, 1997) por sua vez, diz que
ambiente em congruência com os interesses do indivíduo sustentará uma motivação
interna para o trabalho. Portanto, essas características compatibilizadas do nosso cliente
são: preferem atividades relacionadas com a manipulação de máquinas e trabalhos que
não envolvam a interação com os outros.

O sonho do nosso cliente foi influenciado pelo ambiente da mesma forma que da Costa
(2011) citando a teoria de John Krumboltz, diz que é através destas interações que o
indivíduo desenvolve e aprende a aplicar uma série de competências em cada nova
tarefa, que dependem das suas experiências anteriores. Alias a própria teoria de Jonh
Krumboltz admite que as condições e os acontecimentos do meio ambiente
caracterizam-se por estarem fora do controlo do indivíduo.

Observado o lugar onde o nosso cliente preferia trabalhar e os benefícios que ele
pretendia ter através do seu trabalho e analisado na perspectiva de Yost (1897) citando a
teoria desenvolvimentista de Ginzberg admite que a possibilidade dos interesses, como
as habilidades e os valores do nosso cliente serem aspectos considerados na realização

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das escolhas, sem, contudo, existir ainda uma consideração efectiva e adequada de
aspectos da realidade.

3. Desenvolver e Refinar as Escolhas


3ª Sessão: chamada no Google Meet com durabilidade de 45min (tanto o cliente e o
conselheira se encontravam nas suas casas).

3.1. Objectivos: Gerar uma lista de possibilidades de carreira e Aprender


as opções dessa lista
No final da sessão anterior foi deixada uma tarefa para ser realizada em casa que
consistia no cliente identificar vária profissões e saber um pouco a respeito delas e
assim feito. Quando cobrada a tarefa o cliente as 9 profissões como mostra as que tabela
1. Quando confortado se as profissões que mencionou terem relação com as profissões
dos seus familiares, ele referenciou apenas uma que é Mecânica que é exercida pelo seu
avo apesar de existirem outras profissões na sua família como Operário, Alfandegária, e
enfatizou que não se via a fazer nenhuma das profissões que os que os seus familiares
fazem alem da mecânica. Todavia, aceita na possibilidade de escolha dos cursos como
Ciências Políticas e Sociologia pelo seu ambiente social na sua infância e pelos seus
amigos no final do ensino médio respetivamente.

Preferênc Profissõ Vantagens Desvantag Após as Pre*


ias es ens Discuss Actuais
ões
Prefere Eng. Pesquisas Viver longe ### ؆؇؆
Informátic sobre base de de casa e
a dados, existencia de
microsoft, poucas
BIOS, vagas.

Eng. Trata dos Existência de ### ؆؇؆


Eléctrica estudos e poucas vagas
aplicacoes da
electricidade,
electromagnet
ismo e
eletronica.
Eng. Responsavel Existencia de ### X

3
Mecânica por projectar poucas vagas
1
e desenvolver
motores,
veiculos,
maquinas e
manutencao
de sistemas
mecanicos.
Eng. Engloba a Curso ### ؆؇؆
Mecatróni projecao dos bastante
ca sistemas complexo
eletromecanic
os
automatizado
s, controlados
por
computadador
es.
Eng. Subárea da Faria sob ### ؆؇؆
Electrónic Eng. influência
a Eléctrica, dos outros
cuida da
energia
electrica sub
aspectos de
Computacao,
controle e
telecomunica
cao.
Estatistica Trata da Faria sob ### X
e Gestao Gestao de influencia da
da Dados familia
Informaca estatisticamen
o te analisados.
Relações Conhecer Viver longe ### X
Internacio novas dos seus pais
nais pessoas,
cultura,
Eng. Civil Planeja, Medo de ### X
projecta, altura.
executa e
gerencia
obras e
empreendime
ntos.
Contabilid Trata dos Trabalhar ### ؆؇؆
ade e aspectos com pessoas.
Auditoria qualitativos e
quantitativos
1
Sociologia – é área que o nosso cliente esta a seguir.

4
e suas
onsequencia
na dinaica
financeira
Tabela 1: Fonte: O autor

Legenda

 ### - Após de profundas discussões e analise a respeito da área entre o


conselheira e o cliente
 ؆؇؆ -Uma profissão que o cliente faria
 X – Uma profissão que foi descartada após profundas discussões
 * - Preferências Actuais
4. Fazer a escolha
Para se chegar a esse ponto, foi necessário colher todas as profissões que melhor se
enquadra (ver na tabela 1).

Critérios Opções
Engenharia Engenharia Engenharia Engenharia Contabilidade
Informática Elétrica Eletrónica Mecatrónica e Auditoria
Maior atracção 1 1 2 1 2
Melhor horário 1 2 3 1 3
Chance de se dar bem 1 2 1 2 3
Aspectos negativos 2 3 2 2 2
Aspectos Positivos 1 1 1 1 1
Influências familiares 3 3 3 3 3
Total 14 18 17 15 20
Tabela 2.

Para se estes todos resultados foi preciso os seguintes elementos ou significados:

(1)=Opção que melhor atende ao critério; (2)=Opção que melhor aproximadamente atende
ao critério; (3)=Não atende muito ao critério;

Para a execução do processo de cotação, fez-se o somatório dos números da cada coluna
(Opções) nas cinco coluna e por baixo colocou-se o somatório total. E para se obter a
pontuação final usou-se abordagem de Yost & Corbishley (1987) segundo a qual para se

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dar o último resultado deve-se olhar o somatório que apresentar menor número possível.
Neste caso, o menor número possível é 14 que recai na área de Relações Internacionais.
Explicou-se o cliente que a área que ele pode trazer maior rentabilidade, satisfação,
comprometimento, produtividade curso de engenharia informática. Não obstante,
explicou-se ao mesmo que poderia seguir qualquer área, no entanto nas tais áreas que
seguiria o cliente teria muito desconforto ou mesmo chegaria o ponto de não se sentir
melhor ou feliz consigo mesmo.

5. Resolução de Problemas
Durante este processo de Orientação vocacional e Profissional, não se verificou
problemas.

6
Actividades
Qua Técnicas de
6. Fazer Planos Custo
Mês -2021/2022 ntida Total estudo para
s
de preparação

Fevere Març Junh Setembr Outub Novemb Dezemb Dia e


Janeiro Abril Maio Julho Agosto Janeiro2      
iro o o o ro ro ro disciplina
2ª Mı 5h/
Arranjar X 1
 53,33 1600 Fei T3
explicadores. Mês
ra
Começar a se
3ª 5h/
preparar para X Fı
      Fei T
exame de
ra
admissão
Ter dinheiro
2
para copiar 4ª
X X Disci 5h
exames dos 120 240 Fei
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anos ra /T
s
anteriores
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Ter dinheiro X ante  1 5ªF Fı
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de internet da Mês eira
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2
Janeiro do ano seguinte
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h/T horas de tempo

7
Criar um 5h
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plano de X      
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estudo
Fı e Mı
Fazer pré-  Sáb 6h/T
inscrição X  3600    
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resultados
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Ter dinheiro
para inscrição
X 6 3600  
na
Universidade
Orçamento
                          10040  
Total

Tabela 3. Fonte: Autor

Referências Bibliográfica
Yoste, E. & Corbishley, M. (1987). Career Counseling: a Psychological Approach. A Wiley Imprint: San Francisco.

Krumboltz, J. D., & Worthington, R. L. (1999). The school-to-work transition from alearning theory perspective.

8
The Career Development Quarterly, 47(4), 312-325.Da Costa, F. R. (2011).

CRENÇAS DE CARREIRA E CRENÇAS DE AUTO-EFICÁCIA NA TRANSIÇÃO DO ENSINO SUPERIOR PARA O TRABALHO. MESTRADOINTEGRADO EM PSICOLOGIA
(Secção de Psicologia da Educação e da Orientação) UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE PSICOLOGIA. Disponivel em:
https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/5088/1/ulfpie039690_tm.pdf

Holland, J. L. (1985). Making vocational choices. A theory of vocational personalities and work environments (2.ª ed.). Englewood Cliffs, New
Jersey: Prentice Hall.

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