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Os Minerais N e c e ss á rio s ao Corpo Humano

Potássio — Batatas, feijões, nozes,


azeitonas maduras, couves, espinafres,
figos, ameixas, laranjas, limões, todas
as frutas e vegetais. R
Sódio — Trigo, feijões, ervilhas, ai­
po, cenouras, azeitonas, frutas e vege­
tais.
Cálcio — Leite, queijo, nozes, figos,
feijões, substâncias de cor verde, fru­
tas e vegetais.
Magnésio — Ceceais, nozes, ervilhas,
ameixas, figos, uvas, frutas e vegetais.
Zinco — Cereais não mo |dos, feijões,
ervilhas, vegetais, batata doce, tomates, O potássio é necessário para a for­
bananas, laranjas. mação de protoplasma das células, dos
Ferro — Espinafres, feijões, ervilhas, músculos e dos glóbulos sanguíneos.
lentilhas, nozes, ameixas, figos, uvas, to­ O sódio, além do papel atribuido ao
mates morangos. potássio, neutraliza energicamente os
Magnésio — Vegetais, ananases, amo- ácidos estomacais. Regulador das pul­
ras. sações cardíacas. Indispensável na cons­
Fósforo — Cereais, ovos, leite, ervi­ trução dos ossos e dentes. Indispensá­
lhas, feijões verdes. vel, pois, na alimentação, sobretudo das
Cloro — Cereais não moídos, c d c o , crianças e mocidade. A cárie dentária
ovos, aipo, cenouras. é sinal de carência de calcio nas crian­
Enxofre — Trigo integral, lentilhas, ças. Carência de cálcio torna o sangue
ervilhas, ovos, couve-fl r, iabos, cebolas. incapaz de coagular nas feridas.
Flúor — Feijões, ervilhas, ovos, no­ Magnésio - — o mais laxativo de to­
zes, fruta, vegetais. dos os elementos. Os sais de Epsom
Silício — Ovos, nozes, morangos, ce­ são o sulfato de magnésio.
reais. Ferro — Importan.t|ssimo para os
Iodo — Oleo de figado de bacalhau, glóbulos vermelhos do sangue. Sem êle,
broclcs, espinafres, pepino, abobora, na­ produz-se a anemia. Os alimentos bran­
bos, cenouras, melão, tomates. cos não têm ferro, donde o provérbio:
Os quatro primeiros desta lista são “ Alimentos brancos não dão sangue
produtores de álcalis ou bases. O san­ vermelho”.
gue precisa de ser mantida alcalino por­ Zinco — E ’ necessário para o desen­
que a mais leve diminuição da sua al- volvimento geral.
calinidade acarreta doença. Da| a ne­ Fósforo — Formador de ossos, de cé­
cessidade de comer os alimentos que rebro, nervos, núcleos das células se­
contenham os elementos alcalinos indi­ xuais.
cados. (Cont. n a pág. 69)

NOSSA CAPA
A gravura da nessa capa mostra uma vista parcial da jachada da Biblioteca
Heber J. Grant, na Universidade de Brigham Young, em Provo, Utali, EE.UU.
A Igreja de 3esus Cristo dos Santos dos Últimos Dias acredita que a
educação seja a essência do Progresso.
“A glória de Deus e a inteligência” ê a base da religião Mormon.
São Paulo
Rua Itapeva, 378
Março de 1952
Tef.: 33-6761 Ano V ■
— N. 3

Ó R G Ã O O F IC IA L D A M IS S Ã O B R A S IL E I R A D A I G R E J A D E J E S U S C R IS T O D O S

SANTOS DOS Ú L T IM O S D IA S

s u m A r i o
“ A L IA H O N A ” é p u b li­
cada m ensalm ente no E d i t o r i a l .................................................................................... 53
B rasil pela Ig re ja de J e ­
A Ig re ja No M u n d o ............................................................ 52
sus Cristo dos Santos dos
Ü ltim os D ias. Preços das Progresso Temporal na Igreja (Curta História da
assinaturas : c a d a Igreja) 22 P ....................................................... 54
exemplar, Cr$ 4,00; por O Rum o dos R a m o s ............................................................ 67

ano, Cr- 40,00; exterior,


Cr$ 50,00. T ôda corres­ V A R IO S
po nd ência à C aix a Postal
862, São P aulo, S. P. Folder Traveling . ........................................ 58
Os M in erais N e c e s s á r io s ...................................................... 50
D iretor-R edator
C u r i o s i d a d e s ................................................................................... 71

C láud io M a rtin s dos M issionários D e s o b r ig a d o s ...................................................... 70

Santos
A R T IG O S E S P E C IA IS
Registrado sob N.° 93 do
C onstruindo 0 Espírito Através da Recreação....................... 56
Livro “ B ” n.° 1, de M a ­
tríc u la de O fic in a s Im ­ Liberdade Na E d u c a ç ã o ............................................................ 62
pressoras, Jo rn a is e P e­ As Responsabilidades em Nossos Lares
riódicos, conform e De­
Ezra T a ft Benson do Conselho dos Doze . . . . 60
creto N.° 4857, de 9-11-
1939.

Endereços dos Ramos da Igreja no Brasil


SÃO PAULO R IO GRANDE DO SU L
Sao P au lo: R u a S e m in ário, 165 - 1.° and. P erto Alegre: R u a A ndradas, 954
P inheiros: R u a B o rb a G a to , 82 Novo H a m b u rg o : R . D a v id C anabarro , 77
C am p in as: R u a Cesar B ierrenbach, 133 PARANÁ
Sorocaba: R u a M a n d e i José de Fonseca, 79
C u ritib a : R u a D r. E rm e lin o de Leão, 451
R ibe irão P reto: R u a Alvares C abral, 93
P o n ta Grossa: R u a 15 de Novembro, 354 -
S antos: R u a P araib a, 94
3.° a n d a r
R io Claro: A venida 1, 301
B a u r ú : R u a 1.° de Agosto, 1-70 SA N T A C A T A R IN A
Jo in v ile : Rua Frederico H ubner
R IO DE JA N E IR O
Ip o m é ia : E stra d a p a ra V ideira
T iju ea: R u a C am aragibe, 16
M IN A S G E R A IS
C o pacaban a: R u a D ja la m U lrich, 184
N i t e r ó i : R . Tav. de M acedo, 193 (Ica ra í) Belo H orizonte: R . R io G ra n d e do S ul, 1194

PONTOS A D IC IO N A IS PARA IN F O R M A Ç Õ E S :

A m e rican a: R u a F e rn an d o Cam argo — Edi- P iracicaba: V ila Boyce, R u a Alfredo, 5


ficio Cocque 2.° J u n d ia í: B a rão de J u n d ia í, 1125
São Carlos: E sta n c ia Suissa A ra ra q u ara : A ve n id a B rasil, 925
À Igreja
no Mundo
N A C O R E IA

Era manhã de domingo. E, como não


podia deixar de ser, havia luta na 9.a
tropa de frente.
Troavam grandes canhões, e as bom­
bas choviam na linha de frente comu­ G A L L U P - N E W M E X IC O
nista.
Em um largo vale abaixo, metralhado­ Um dos mais novos ramos da Igre­
ras detonavam ocasionalmente. Então, ja é o de Apache Fort, recentemente
do cimo de um dos mais altos montes da organizado pela Missão índia do Su­
Coréia, chegaram os sons de um hino — doeste. Faz parte do Distrito de Gila
“ O ’ Montanhas M il”. Um grupo de River e é composto de grande nume­
soldados Mormons realizava suas reu­ ro de índios Apaches e de alguns bran­
niões dominicais. cos.
Como não tivessem um capelão mor- Reunindo os fazendeiros espalhados,
mon, os homens do 213.0 Batalhão do os empregad:s do govêrno e os nativos
Campo de Artilharia Blindada decidiram na mesma área, conseguiu-se um nume­
conduzir a reunião por si próprios. Des­ ro de membros suficiente para organi­
de que chegaram ao navio que os levaria zar um ramo.
à Coréia, êles procuraram realizar — Relatórios feitos desde a organização
todos os domingos — seu culto de ado­ apresentam uma média de frequência de
ração. 65 a 85, em tôdas as organizações, in­
clusive Escola Dominical, Primária, So­
Pode-se atribuir o maior valor dessa
ciedade de Socorro e A M M . Um dos
organização a três homens: Primeiros
grandes auxílios a êste trabalho é já pos­
organização a três homens: Primeiros
Tenentes Leland H . Taft, de Murray, suírem êles uma bonita capela para suas
Paul Grimshaw de Cedar City, e Sgto. reuniões. Esta, porém, já se tornou pe­
quena para o numero crescente de pes­
Lloyd DiMille de Parowan, que traba­
lharam diligentemente para dar a todos soas que comparecem às reuniões.
os membros do batalhão um culto, o Lilli Yoigt, encarregada da Primária
mais aproximado possível dos serviços da Missão Alemã do Oeste, determinou
mormons regulares. que está seria para tôdas as crianças.
O Lugar-Tenente Taft fôra designado Assim pensando, ela convidou a tôda a
líder do grupo, antes de seguirem para a vizinhança para assistir às reuniões e,
Coréia. Êls já servira, anteriormente, como exemplo do êxito que tiveram suas
como missionário Mormon. visitas pessoais, o numero de crianças
O entusiasmo demonstrado pelo 213.0 do ramo de Neucoeln subiu de 10 a
inspirou outros mormons da zona da 65. Isto foi o resultado de apenas duas
Tropa I X a fazer semelhante esforço. horas de visitas aos visinhos.

52 A LIAHONA
Milhares de pessoas, através dos tempos, viram suas preces atendidas,
sem engano e, mesmo, miraculosamente. Mas deveríamos lembrar-nos de que
nem sempre Deus atende momentaneamente a nossos pedidos, assim como não
o faria um bom pai. Existem três importantes requisitos, diz a Bíblia, para
que uma prece seja atendida. “ . . , Se habitas em mim, minhas palavras ha­
bitam em t i . . . ” (João 15:7). Deveríamos estabelecer uma amizade simples
com Deus e dar-Lhe evidências diárias de que dependemos Dêle, como uma
fôrça condutora de nossas vidas. “ Não te afastes de Deus e Êle não se afastará
de ti” (Tiago 4.8). A pessoa que pela atitude de sua própria prece demons­
tra não precisar de Deus, a não ser para socorrê-lo em alguma crise, não deve
esperar muito auxílio. “ Esconderei meus olhos de ti e quando fizeres muitas
preces, eu não as ouvirei” (Isaias 1:15). Ninguém pode ignorar a continua
e vital influência de Deus em sua vida e, ao mesmo tempo, esperar que Êle
ouça as preces que Lhe são dirigidas em momentos dê aflição. Cristo ouviu a
prece do ladrão, na cruz, po-r causa da sinceridade de seu arrependimento.
Outra importante chave da oração é pedir somente o que estiver de
acôrdo com os propósitos eternos de Deus. “ Pedis e não . recebereis porque
pedis mal.” (Tiago 4:3) Somos frequentemente impulsionados pelo egoismo,
quando oramos. Muitas das coisas que pedimos têm muito pouca relação com:
o desenvolvimento dos propósitos de Deus. A terceira condição para obter
resposta a uma prece é ter o espírito pronto a perdoar. “ Portanto, se trouxe-
res a tua oferenda ao altar e ai te lembrares de que teu irmão tem alguma
coisa contra t i . . . ” (Matheus 5:23).

Março de 1952 53
Progresso Temporal na Igreja

Vimos como o Profeta havia deter­ sultantes de contribuições das pessoas


minado, no condado de Jackson Missou- mais abastadas de Ohio, Estado natal de
ri, que todo o chefe de família deveria Lorenzo Snow, e êsse dinheiro, junto
trabalhar e que, se assim fizesse, teria com cinqüenta dólares, dado ao Elder
o suficiente para manter a si e aos seus Charles Rich, foi usado para ajudar os
descendentes, confortável e decentemen­ pobres em Monte Pisgah. O mesmo es­
te, mas que tudo o que ultrapassasse es­ pírito de solidariedade existia, não só
sas necessidades deveria ser entregue à em Kanesville, Coucil Bluffs, e Winter
comunidade para benefício de todos. Quarters, nas margens do Missouri, co­
Na peregrinação para o Oeste, como mo também na região oeste, entre o rio
também já ouvimos, o moto era: “ Se Missouri e a bacia de Lago Salgado.
um homem procura o seu próprio bem- Quando da sua chegada ao vale do La­
estar. .. sem ouvir os preceitos do Se­ go Salgado ■ — onde pretendia estabele­
nhor, não alcançará o poder, e sua lou­ cer seu povo permanente — Brigham
cura se manifestará”. Poucos eram Yôung decretou que nenhum homem pos­
aqueles que pensavam só em si. Pelo suiria mais terra do que a quantidade es­
contrário, trabalhavam para o bem de. to­ trita, que pudesse fazer produzir. A
dos, Garden Grove e Monte Pisgah fo­ água, disse êle, faria parte do quinhão
ram fundadas com o esforço da comuni­ da terra. A madeira, existente nas mon­
dade. Certa vez Lorenzo Snow conse­ tanhas a leste do vale, não pertenceria
guiu algumas centenas de dólares, re­ a Um só nem tão pouco a um grupo de

54 A L IA H O N A
homens. Além disto, quando a primei­
ra área do vale foi arada e plantada com
batatas, milho e outras sementes, não
houve a idéia de que isso pertencia a
uma só pessôa. .Nem tão pouco saiu ca­
da homem para procurar o melhor peda­
ço de terra para cultivar. Pelo contrá­
rio, todos esperaram até que a necessi­
dade de todos c-s colonizadores estivesse
satisfeita. Nenhuma terra foi distribui-
da antes da chegada do Presidente Yo-
ung, em fins de 1848. Um pouco mais população Mormon do Oeste. Não só
tarde, a grande campina foi arada, cer­ para os moradores da cidade do Lago
cada, plantada e foi feita a colheita, prin­ Salgado, como geralmente se pensa. Um
cipalmente com o trabalho da coletivi­ armazém “ co-op” seria fundado nas prin­
dade . cipais cidades do território, e o estoque
pertenceria aos moradores da localidade
Muito cedo fundaram-se cooperativas
e êstes seriam providos com os manti­
em todo o território, com o fim de re­
mentos vindes dos principais depósitos
duzir o custo da mercadoria e conser­
da capital ou outro qualquer, localizado
var — tanto quanto possível — em tais
em ponto central — Provo ou Logan.
circunstancias, o dinheiro em casa.
Se houvesse comerciantes em qualquer
Antes de existir estradas de ferro em
das cidades onde se tornasse necessário
Utah, os artigos eram transportdaos em
fundar uma cooperativa, era de se es­
carretas tiradas per mulas ou bois. Isto,
perar que êles aderissem ao plano e,
naturalmente, era muito trabalhoso, de
realmente, quase todos assim fizeram.
forma que c-s comerciantes cobravam
A principal dificuldade dêsse empreen­
preços exorbitantes.
dimento era com respeito à sua adminis­
Quando o Presidente Young viu êsses tração. Havia poucos homens conhece­
homens do transporte acumulando for­ dores do assunto e por outro lado, nem
tunas à custa do povo, resolveu tomar todos compreendiam ou davam o justo
uma providência . A produção precisa­ valor ao movimento, daí resultando não
va aumentar e o povo se unir melhor. ter tido o sucesso almejado pelos seus
Os preços tinham que baixar. De forma organizadores. Porém, foi o começo de
que tomou duas diretrizes — aumentar a uma grande obra.
produção dentro do Estado e fazer com Naquele tempo, os homens eram esca­
que houvesse mais cooperação entre os lados para determinado trabalho. Assim
compradores e vendedores. Presidente era, porque havia necessidade de exe­
Young sabia que Utah poderia produzir cutarem certos serviços e o Presidente
para suprir quase tôdas as necessidades da Igreja escolhia os homens com quem
do povo. Muito já havia sido feito com podia contar para levá-los avante. Foi
relação aos artigos manufaturados. Foi assim que uns homens foram escolhidos
construído um engenho para fabricar para colonizar as colônias em u tah.
açucar e uma serraria a sudeste de Salt Presidente Snow que foi o quinto
Lake City. No condado de Irem come­ presidente da Igreja, além de possuir
çaram a fabricar fogões, com sucesso um elevado espírito, era um homem
vertiginoso, seguindo-se naquela mesma prático. Deu andamento ao Plano das
épeca a fundação da Instituição Coope­ cooperativas, naquela cidade, tornando-
rativa Mercantil de Zion, hoje conhecida o -conhecido e apreciado em todo o ter­
pela abreviatura Z . C , M . I . ritório nacional.
Essa organização beneficiava tôda a (Cont. n a p ág in a 59)

Março de 1952 55
Construindo o Espirito
bem que, ao apresentar nosso trabalho,
não vamos de casa em casa distribuindo
folhetos nem fazendo reuniões nas ruas,
contudo os instrumentos que nos são
dados para a realização do nosso traba­
lho são tão importante para a salvação
das almas como a distribuição de folhe­
tos e reuniões nas ruas. Somos missio­
nários ; devemos converter os fiihos dos
homens. Devemos trazer conversão a?
coração de todos os que vêm as nossas
reuniões e não devemos fazer o êrro de
A palavra do- Senhor veiu ao Profeta supor que as crianças nascem cem co­
Joseph Sm ith: nhecimento e testemunho do Evangelho.
10 . Lembrai-vos de que o valor das Elas devem ser convertidas; elas de­
almas é grande na vista de Deus. vem ser ensinadas a amar a verdade.
11. Pois, eis que o Senhor vosso Re­
Lembro-me de uma das coisas que o
dentor, padeceu a morte na carne; por­
Presidente Grant ensinou a êsse respei­
tanto, sofreu a dor de todos os homens,
to. Ele disse que êle e sua espôsa sa­
para que todos pudessem arrepender-
biam bem a taboada de multiplicações,
se e vir a Êle.
mas que nenhum de seus filhos nasceu
12. E ressuscitou outra vez dentre
sabendo a mesma. Ele disse que o mes­
os mortos, para que pudesse trazer a
mo se dá com a verdade com respeito ao
Si todos os homens, sob condição de
testemunho e conhecimento do Evange­
arrependimento.
lho. Devemos ensinar nossas crianças
13. E como se alegra Êle com a al­
a conhecer o Evangelho e auxilia-las a
ma que se arrepende!
vivê-lo, a fim de que o testemunho pos­
14. Portanto, sois chamado para
sa vir às mesmos. Esse conhecimento
proclamar arrependimento a êste povo.
e testemunho então as auxiliará a re­
15. E se acontecer que, se trabalhar-
sistir a tentação e pecado do mundo.
des todos os vossos dias proclamando
Recreação — recreação sã dos Santos
arrependimento a êste povo, e trouxer-
-j- é um dos instrumentos pelo qual po­
des a Mim mesmo que seja uma só al­
demos auxiliar os jovens desta Igreja
ma quão grande será a vossa alegria
a aprender e amar o Evangelho do Se­
com ela no reino de Meu Pai.
nhor, Jesus Cristo, e a viver na verdade.
16. E agora, se a vossa alegria fôr
grande com uma só alma que trouxes- Quando pensamos em recreação, de­
tes a Mim no reino de Meu Pai, quão vemos aceitar quatro fatos. Primeiro,
grande será a vossa alegria se Me trou- “ Os homens existem para que possam
xercles muitas almas! (D. e 18:10-16) ter alegria” ( I I Nephi 2:25). Segun­
Nós, que trabalhamos nas organiza­ do, recreação é um dos meios pelo qual
ções da Mutua, juntamente com todos obtemos alegria. Terceiro, nossos jo­
os outros que trabalham em outras or­ vens vão participar de alguma forma de
ganizações da Igreja, temos somente um recreação, boa ou má, quer nos coope­
objetivo, a salvação das almas. Em to­ remos com êles quer não. E quarto,
das as nossas atividades, somos missio­ eu e você e todos os outros trabalhado­
nários em um sentido verdadeiro. Se res desta Igreja temos a oportunidade

56 A L1AHONA
Através da Recreação
e o privilégio de auxiliar nossos jovens lugares públicos onde estão expostos aos
a escolher a forma certa de recreação. supostos atrativos das bebidas e cigar­
Olhando recreação sob o ponto de vis­ ros e os outros males do mundo. As
ta de um jovem, parece que tudo se re­ crianças, por outro lado, protestam que
sume no seguinte: Que recreação é m á ; êstes são os unicos lugares a que podem
entre quais podemos escolher? ir. Elas não- apreciam as pesadas nu­
Muitos de nossos jovens não paren- vens de fumaça que as sufocam e os
deram a providenciar sua própria re­ ocasionais embriagados que vêm, que
creação, por isso procuram diversões já certamente não auxiliarão a sua recrea­
feitas. Olham, vêm o que existe e en­ ção. Mas o que foi’ feito para eliminar
tão fazem a sua escolha. Considere a esta condição? Uma resposta imediata
sua cidade. Que recreação existe nela seria os praticamente não-existentes
para os jovens em qualquer noite da se­ bailes da Mutuo em sua cidade. Olhe
mana? Faça uma lista das coisas que para êstes bailes sôbre o ponto de vis­
os jovens podem fazer. Faça uma lis­ ta dos jovens. O baile típico de um
ta dos lugares a que êles podem ir, e ramo, ou tem uma orquestra inferior ou
você descobrirá que existem mais bi­ nenhuma. O chão torna-se perigoso
lhares, bares e “ boites” do que outra com um bando de crianças patinando ou
coisa. Então faça uma lista dos luga­ escorregando por êle, sem tomar conhe­
res desejáveis a que os jovens podem cimento dos dansarinos. Os pares não
ir, quando procuram recreação. Exami­ são encorajados e a maior parte das vê-
ne esta lista cuidadosamente. Pergunte zes o baile todo passa com os rapazes
a si mesmo se êsses lugares são atra­ de um lado, olhando as moças do outro
entes. Se você fôsse um jovem procu­ lado. Os poucos pares que se formam
rando uma noite de recreação, você es­ sentem-se embarraçados de dançar nes­
colheria alguns dos lugares da sua lista? sa situação e procuram outros lugares
Após ter feito um estudo dessa espécie, para se divertir. E os bailes Auri-ver-
verifique as recreações patronizadas de? No todo, êsses bailes são excelen­
pela Igreja. tes e bem freqüentados. Os melhores
Em muitas partes da Igreja nossos salões e orquestras são providenciados,
programas recreativos são formidáveis. mas êles acontecem somente uma vez
Em algumas seções achamos o centro de por ano. Podemos esperar que os jo­
reuniões fechados e no escuro. vens da Igreja dansem somente uma
Recentemente recebi uma carta de uma vez por ano?
jovem de 16 anos fazendo perguntas sô- Como é que você responderia a essa
bre recreação. Ela havia tido algumas jovem de l 6 anos? Os programas es­
discussões com seus pais a respeito de tão sempre funcionando no seu ramo?
ir a danças em salões públicos. Os Estão as suas salas de recreação escu­
pais objetavam por causa do fumo e da ras? Estão as suas portas fechadas con­
bebida que lá existem. Mas ela disse: tra o jovens? Se ela estão fechadas e
“ Não temos recreação patronizada pe­ as casas estão escuras, estã você deixan­
la Igreja; existem êstes lugares públi­ do os jovens a agir por si? Vão êles a
cos para ir e eu gosto de dansar nve lugares a meia-luz, onde aprendem a fu­
mais posso fazer?” Ela continua: “ M ui­ mar e a beber, onde tôda a atmosfera
ta objeção é feita pelos pais mormons,
que não aprovam que seus filhos vão a (Cont. n a pág. 63)

Março de 1952 57
be there, whether or not English is spo-

Folder Traveling ken in the large hotels, and other data


of like nature should be noted.
As you really get into the reading,
Did you ever think of collecting tra­ it will beccrne more and more fu n ! Each
vei folders as a hobby? This does not topic studied will suggest others, until
mean you should start gathering ali your knowledge of the place becomes
the folders you can find — rather, be that of an expert. In a short time the
discriminating. Choose onlv those ab- colored pictures in the folders will have
out places you find interesting. true meaning for you — so much so
You have had a yearning to visit that you will be able to speak with a
Hawaii- Your local travei agent will degree of familiarity about the localitv.
colored literature pertaining to the isl-
ands. North América? England? Alas-
ka? China? The same opportunity is
available to you.
Should you live where there are no
travei agents, a trip to the local library
will enable you to get a iist of the
steamship companies to whom a letter
can be written asking for folders cove-
ring a particular trip. Their cooperat-
ion in sending them will fairly overw-
helm you?
No only do travei agencies have pam- You can tell of the clothing habits of
phlets, but also large hotels in the ci- the people and of their customs and
ties you would iike to visit have an am- sports.
ple assortment. These tell of the hotel When the time comes actually to board
rates, services, and give information ab- the ship that will take you there, you
cut surrounding vicinity. Nearly ali will be amazed at how much this back-
countries have tourist bureaus in the ground study has helped. You will have
larger cities, and a short note to these done what most people realize, too late,
asking for descriptive booklets will soon they should have done, for you will ha­
have your mailbox overflowing. ve read and studied about the place you
Reading the travei folders will en- are to see before visiting it. Nearly ev-
courage y:-u to visit the public library eryone reads about the places visited,
for additional information. Then you when once again back home, instead of
are really on your way — for any auth- ahead of time when it would be of tre-
or who has ever been to the place in mendous advantage. It is then the learns
which you are interested lias writen of the things he missed. He busily ma-
of his visit there. kes notes of ali this for the nex trip —
but often there is no next trip.
You will find authentic histories,'
Perhaps the actual trip can never be
poetry, articles, pictures, and novels. If
taken. This need not put a stop to your
you make notes of the important facts
hobby, for much enjoyment is to be had
you read and of the interesting places
in just “folder traveling.” It can easily
to visit, you will soon have acquired
lead to other engrossing fields, such as
considerable information about the spot
the study of fbwers., While reading of
you hope some day to see. Items such
the variecl flowers at the point of inter-
as the popular flowers, the average
temperature at the season you plan to (Cont. n a pág. 69)

58 A L IA H O N A
A HISTORIA DA IGREJA nOssa fábrica de lã, onde mãntemòs ümã
colônia de uns vinte rapazes. Temos
(Cont. da pág. 55) uma seção para a fabricação de chapéus
de palha, onde empregamos uns quinze
Como psicólogo prático, Presidente
ou vinte moças.”
Sncw chegou à conclusão de que para
À proporção que a instituição expan­
ò povó ser feliz precisava três coisas:
dia, outros acionistas entravam, dando o
primeiro, alimentação para seu susten­
seu trabalho como capital, até que quase
to, casa para se abrigar e roupa para
todos, na cidade de Brigham, se torna­
vestir. Segundo: diversão para encher
ram membros da organização. E todos
as horas de lazer e terceiro, religião pa­
os acionistas empregavam seus dividen­
ra conhecimento da verdade espiritual.
dos na compra dos artigos manufatura­
Estas convicções foram a base do tra­
dos pelos inúmeros departamentos. O
balho que fêz na cidade de Brigham.
trabalho era efetuado, principlamente,
Segundo uma descrição do próprio
nos períodos de menos serviço nas fazen­
Elder Snow, foi da seguinte maneira
das, conforme declaração do seu princi­
que levou avante o plano das coopera­
pal presidente. Naquela época não cir­
tivas :
culava muito dinheiro.
Começaram com o capital aproxima­
do de três mil dólares, com que organi­
zaram um departamento mercantil. De­
pois em pouco tempo conseguiram re­ Antes da sua morte, em 1877, Presi­
unir os interêsses do povo e desta for­ dente Young anunciou como tema “A
ma obtendo seu apôio. Depois abriram irmandade da Ordem Unida” e pediu
industrias. àqueles escolhidos para falar, que mos­
Um empreendimento seguiu outro; trassem seus pontos-de-vista sôbre o as­
fábricas de lã, criação de carneiros, sunto. Entre êles estava Presidente Ge-
criaram gado, uma industria de chapéus, orge A. Smith, conselheiro da Primeira
uma ferraria, alfaiataria, uma fazenda Presidência, que disse: “ Uma Ordem
de algodão, e uma fabrica de laticínios, Unida organizaria uma comunidade pa­
produzindo aproximadamente 8.000 ra que tôda a sinceridade, talento, habi­
dólares de manteiga e queijo. Depois lidade e energia nela existentes redun­
começámos com :o negócio de gado, dasse em benefício do conjunto. Êste é
tendo no momento mil cabeças, nos su­ o objetivo dessas organizações. E ’ per­
prindo, juntamente com o rebanho de feitamente certo que em tôda comunida­
carneiros, o mercado de carnes, de pro­ de existe uma quantidade suficiente de
priedade da nossa associação. Temos energia, habilidade e trabalho para satis­
também uma industria de chapéus, na fazer as suas necessidades e garantir a
qual fabricamos tôdas as qualidades de seus membros uma vida confortável, se
chapéus de pele e de lã. Fazemos os a energia e a habilidade forem bem di­
nossos vasilhames ■ —• temos fábricas de rigidas.” Outros oradores, da mesma
louças, vassouras, escovas e melado, uma forma, acataram o movimento.
riparia e duas serrarias movidas à fôr-
A seguir, os apostolos sairam pela co­
ça hidháulica e um moinho a vapor; te­ munidade para falar sôbre o movimento
mos também uma ferraria, alfaiataria,
e organizá-lo onde encontrassem um
um departamento para o negócio de mó­ campo propício. Elders Wilford Wood-
veis e outro- para consertos e reparos de ruff e Charles C. Rich foram para o va­
diligências e carruagens. Estabelecemos le de Bear Lake, onde organizaram co­
uma fazenda de algodão, na parte sul do operativas, nas quais o povo possuia ha-
território, com 20 ou 25 acres de ter­
ra, além de fornecer os cordumes para a (Cont. n a pág. 65)

Março de 1952 59
As Respon
em no
0 Senhor implantou em cada coração
um deseje de trabalhar para construir
um lar. As intimidades entre pais e fi­
lhos, marido e mulher estão entre as
mais doces e satisfatórias experiências
nesta vida. O desejo de possuir um lar
e uma família é um impulso forte e na­
tural. Que doce lembranças surgem em
nossos corações ao mencionarmos as pa­
lavras mãe, pai, irmãos, irmãs, lar e fa­
mília ! E fei assim que o Senhor desig­ do não é suficiente preparar tudo isto e
nou tudo isso. A família é uma insti­ também mandar nossos filhos à Escola
tuição divina estabelecida por nosso Pai Dominical, à Primária, e à Associaão
Celestial. E ’ a base da civilização e, de Melhoramentos Mutuos. H á muito
particularmente da civilização Cristã. A mais para ser feito.
construção de um lar não é somente um Durante a organização da Igreja o
privilégio mas, como o casamento, a ins­ Senhor falou quanto a importante obri­
trução, o sustento e a própria educação gação dos pais na educação dos filhos.
dos filhos é um dever da mais elevada As seguintes palavras de Doutrinas e
ordem. Convênios são frequentemente citadas:
Para os Santos dos Últimos dias o “ E novamente, se em Sião ou em qual­
primeiro e grande mandamento é uma quer de suas estacas organizadas hou­
forte realidade. Ninguém está isento ver pais que tendo filhos e não os ensi­
desses sagrados deveres, não importa nam a compreender a doutrina do arre­
qual seja a sua condição na vida. O pendimento, da fé em Cristo, o filho de
Casamento, o lar e a família são esta­ Deus vivo, e do batismo, e do Dom do
belecidos por Deus como parte de seu Espírito Santo pela imposição das mãos
divinc plano para as bênçãos de seus fi­ ao alcançarem 8 anos de idade, sôbre a
lhos. As mais ricas bênçãos e mais pro­ cabeça dos pais seja o pecado” D e C
fundas alegrias desta vida e da vida fu­ 6 8 :27 —■A obrigação de ensinar os prin­
tura estão ligadas à prática destes deve­ cípios do Evangelho à juventude de Sião
res sagrados. De fato a nossa exaltação baseia-se honradamente os pais da Igre­
do reino Celestial está diretamente rela­ ja. Não somente uma obrigação de en­
cionada à família e à eternidade do ca­ sinar êstes princípios, mas como o Se­
samento. nhor disse nesta mesma revelação, “E
H á muita gente neste mundo Cristão quando alcançaram os seus filhos 8 anos
e passivamente entre os Santos dos Ú l­ de idade, deverão ser batizados para a
timos Dias que acham que fazem seu de­ remissão dos pecados e receberão a im­
ver preparando alimento, abrigo, ves­ posição das mãos.” E ’ uma obrigação
tuário, educação e acumulando rique­ dos pais vêr que estas sagradas orde­
zas que seus filhos herdarão mais tarde. nanças são executadas depois que os fi­
Contudo isto não é suficiente. Confor­ lhos tenham sido propriamente ensina­
me as revelações que o Senhor tem da­ dos. Não é privilégio dos pais permitir

60 A L IA H O N A
habilidades
so Lar
que seus filhos cresçam e escolham para •58:31-32. Esta revelação dada em
si mesmos. E ’ o seu dever educá-los Ohio alguns anos depois da organiza­
quando êles são ainda pequenos e vêr ção da Igreja, fôra dada a Olívio Cow­
que estas importantes ordenanças sejam dery para os Santos em Sião por ordem
executadas em seu favor. Ainda nesta do Senhor. Achamos também em outras
revelação o Senhor fala que é responsa­ revelações que ninguém é perdoado des­
bilidade dos pais ensinar seus filhos a ta obrigação e propriamente da educa­
orar. Isto não quer dizer somente ora­ ção dos filhos. Eu desejo, meus irmãos,
ções secretas. Estou certo de que isto que como pais, possamos merecer a re*
quer dizer para ensinar, como por exem­ comendação que o Senhor dirigiu ao pai
plo, nas orações íamiíiares, Necessita­ Abraão nestas palavras: “Porque eu o
mos de influências sãs que vêm somente tenho conhecido que êle há de ordenar a
da devoção no lar —- orar como uma seus filhos e à sua casa depois dele, pa­
família. O Senhor indica mais que êles ra que guardem o caminho do Senhor,
devem lembrar seus trabalhos, que não para obrarem com justiça e juízo, para
deve haver preguiça, e Êle fala mui cla­ que o Senhor faça vir sôbre Abraão o
ramente sôbre as crianças crescendo na que acêrca dêle tem falado”, Gen. 18-19.
ociosidade, pois diz Êle: “ Agora eu o Que coisa gloriosa não seria se pudés­
Senhor, não estou satisfeito com os ha­ semos merecer aquelas palavras de a-
bitantes de Sião, pois entre êles existem provação como maridos, pais, esposas e
ociosos, e seus filhos estão também cres­ mães de Sião!
cendo em iniqüidade; não buscam sin­ O Senhor também torna isto claro* em
ceramente as riquezas da eternidade, uma das outras revelações que Êle fala
mas os seus olhos estão cheios de avidez. da chefia dos homens nestas sagradas
Estas coisas não deveriam existir, e de­ obrigações e que quando os homens são
vem ser abolidas de vosso meio; portan­ chamados para bsipos, presidentes de
to que o meu servo Olivio Cowdery leve estacas, ou membro; das autoridades
êstes dizeres à terra de Sião”. D e C, gerais, esta obrigação não cessa. Não
importa quão grande seja a atividade,
ou o cargo para o qual fomos chamados
— esta obrigação continua. Em Doutri­
nas e Convênios o Senhor falara de dois
poderes que estão em ação no mundo,
o pcder do mal e o poder da verdade e
da luz. “ A glória de Deus é inteligên­
cia, ou em outras palavras luz e verdade.
Luz e verdade renunciam ao ser per­
verso” D e C, 93:36-37. E então as­
sinala que: “ aquele ser perverso, pela
desobediência e por causa da tradição de
seus pais, vem a tira dos homens a luz
e a verdade. Mas vos mandei que crias-
(Cont. n a pág. 64)

Março de 1952 61
Liberdade na Educação
outro qualquer abuso de liberdade, há
algo com que devemos contar porque em
contacto com idéias, verdadeiras ou fal­
sas, estão longe de fazer efeito sôbre
nossas vidas. Porém, no entanto, deve­
mos insistir nessa liberdade. Educação
sem ela é zombaria. Mas também de­
vemos insistir que teorias e persuasões
que não sejam enganadas por leis, e que
crenças não-provadas que as nistruções
literais podem ser examinadas inteligen­
temente, é um fator de salvação e uma
necessidade e progresso. Além de me­
Como as portas das escolas se abrem
para receber a mocidade de nossa gera­
ção, é bom dizer algo sôbre o que se cha­
ma geralmente liberdade acadêmica. Sa­
bemos que nas aulas deve haver liber­
dade de falar a verdade, liberdade para a
procura de novas verdades, liberdade pa­
ra a aceitação da verdade nova e para
apresentar os fatos como são.
Porém, com nossa insistência sôbre a
liberdade acadêmica, devemos igualmen­
te insistir centra a licença acadêmica;
graves dificuldades sempre aparecem
quando os homens não sabem distinguir
entre liberdade e licença. Isso não deve
ser admissível nos círculos acadêmicos, ra servilidade e obediência mecânica de­
como também não deve ser em tôdas as ve haver a inteligência e o talento e bôa
atividades humanas. vontade de fazer mais e melhores atos
Liberdade que excedem aos limites, do que se lhe tem pedido e esperado
liberdade que tem sido permitida para
que o fizesse. Aquêle que nada faz se­
chegar à corrupção, resulta em práticas
devastadas pelo engano (ma-lentendidos) não o que lhe é pedido, é um emprega­
de liberdade acadêmica, alguns dos ins­ do preguiçoso e pouco prudente. F i­
trutores da mocidade podem às vêzes ser nalmente aquêle que faz uma boa ação
levados a crêr que êles têm o direito de por sua própria vontade, está em cami­
semear descrença (incredulidade), de
nho de ser uma honra para aquêles que
julgar poder ensinar teoria não provada
como verdade inviolável, de julgar que o tem encaminhado e ensinado, e pro­
podem proclamar dogmàticamente suas mete servir em grau mais alto do que
próprias opiniões incontestàvelmente. aquêle que espera ser mandado em tudo.
* * *
O abuso de liberdade acadêmica, como

62 A L IA H O N A
ATRAVÉS DA REC R E A Ç Ã O
(Cont. da pág. 63)

é sensual e feita para esmagar todo pen­


samento de espiritualidade?
Isto nos leva de novo à salvação das
almas. A quantidade de bebidas e ta­
baco consumidas nos Estados Unidos é
alarmante. Jovens também participam
disso, e o mais trágico é que participam
pensando que Bebidas e Cigarros são
ferinas de recreação. Pense bem! Mais
de trinta e quatro milhões de dólares
foram gastos em um tipo de recreação
que, se persistindo, arrastará todos ao
inferno.
Ai está. Rapazes e moças — fuman­ 6. E agora, eis que te aigo que a
do, bebendo, embriagando-se — ajuda­ coisa de maior valor para ti, será decla­
ram a construir o total de mais de trin­ rar arrependimento a êste povo, a fim
ta e quatro milhões de dólares em um de que possas trazer almas a Mim, e
ano para um Estado. E por que? Por­ descansar com elas no reino do Meu Pai.
que os comerciantes de tabaco e bebidas Amen. (D. e C. 15:6).
fizeram-nos mais atraentes do que os Boa recreação é um dos melhores
trabalhadores da Igreja fizeram a ver­ meios de que dispomos para clamar ar­
dade. rependimento à juventude de Sião. Lem­
A Mutuo oferece um formidável pro­ bre-se que a maior parte dos jovens que
grama de recreação. Use-o. Se assim
se vêm em apuros, foi sempre durante
fizer, verá que ajudará a construir a es­
suas horas de recreação. Eles sempre
piritualidade de nossos jovens e os afas­
dão um passo em falso, pensando- ser
tará de lugares indesejáveis, e os tor­
uma forma de recreação.
nará fortes para resistir os males do
mundo. Use o programa que é ofere­ As pessoas mais velhas da Igreja e
cido, lembrando que o valor das almas especialmente os líderes da Mutuo, têm
é grande erante os olhos de Deus, e que a oportunidade de estar nas encruzilha­
você foi, chamado para clamar arrepen­ das. A forma de recreação que nossos
dimento a êste povo. Se você pensa que jovens escolhem pode significar sua des­
cutras coisas são mais importantes, lem­ truição ou salvação e você foi chamado
bre as palavras do Senhor ao Profeta pelo Todo-Poderoso para ajudá-los a
Joseph Smith, mesmo antes da organi­ colher com precisão o que é bom, o que
zação da Igreja: é certo e justo.

Acho que não há maior honra nesta terra do que ser chamado
a trabalhar para o Senhor, isto está acima do dinheiro, acima de
qualquer coisa.

Desejo que todo rapaz, na Igreja ou fora dela, saiba que a


riqueza não é boa cousa se a sabedoria não anda com ela de mãos

Março de 1952 63
AS R E S P O N S A B IL ID A D E S N O S L A R E S ... te o ministério do presidente José F.
(Cont. da p á g in a 61) Smith que um novo projeto fôra orga­
nizado e anunciado na igreja, e uma car­
ta dirigida aos presidentes das estacas,
seis os vossos filhos em luz e verdade.
bispos dos ramos e pais de Sião, da qual
D e C 93 :39-40. -— Agora Êle se refe­
eu cito o seguinte: “ Aconselhamos e
re à alguns dos lideres da Igreja. Êle
animamos a inauguração de uma reu-
chama-os seus amigos e castiga-os no
niãozinha íntima na igreja na qual em
espirito de amizade e amor. Em pri­
certos dias os pais e mães possam juntar
meiro lugar Êle se refere a Frederico
seus filhos e filhas, dar-lhes instruções
G. Williams que recentemente havia si­
sôbre o lar e ensiná-los à palavra do
do chamado para o mais alto conselho
Senhor. (Improvement Era, June, . ..
— o dos Doze: “ Mas em verdade, te di­
1915). Então, na mesma carta, a pri­
go, Meu servo Frederico G. Williams,
meira presidência deu aos pais de Is­
tu tens continuado sob esta condenação;
rael um dos maiores compromissos: “ Se
não tens ensinado luz e verdade a teus
os Santos obedecem êste conselho pro­
filhos de acôrdo com os mandamentos ;
metemos que receberão grandes bênçãos.
e aquêle sêr perverso tem, ainda poder
No lar aumentará a obediência para os
sôbre ti, e esta é a causa de tua afli­
pais. A fé desenvolver-se-á nos cora­
ção. E agora um mandamento te dou
ções da juventude de Israel e êles ga­
— se quizeres te livrar dela, deverás pôr
nharão poder para combater as influên­
em ordem a tua própria casa, pois há
cias do mal e as tentações que os cer­
muitas coisas que não estão certas em
cam.
tua casa”. D e C 93:41-43. ■ — E de
Para atender a isso a Associação de
Sidney Rigdon um caso semelhante:
“ Na verdade digo ao meu servo Sidney Melhoramentos Mutuos usou como seu
lema: Procuremos realizar uma reun-
Rigdon que em algumas coisas êle não
tem guardado os mandamentos concer­ niãozinha íntima semanal. Subsequente­
nentes aos seus filhos, portanto, que pri­ mente o presidente Heber J. Grant re­
meiro ponha em ordem a sua casa”. D afirmou as instruções préviamente da­
e C 93 :44. das e oficialmente sancionou a influên­
cia de uma hora familiar no lar com um
E então para o proféta José: “ E ago­
significativo propósito no qual o Evan­
ra, na verdade te digo José Smith F i­
gelho possa ser ensinado a nossos filhos
lho. Tu não guardaste os mandamen­
tos, é necessário que sejas repreendido e trocas de amizade e afeição possam ser
diante do Senhor; A tua família preci­ fortalecidas entre pais e filhos. E em
sa arrepender-se e renunciar a certas 4 de Janeiro de 1936 a l.a presidência
coisas, e prestar mais atenção às tuas disse mais: “Como ajuda aos pais em
palavras, ou ser removida do seu lugar desempenhar estas mais sagradas obri­
D e C 93:47-48. E quanto a Newel gações e deveres foi estabelecida uma
K. Whitney, um bispo da Igreja: “ O reuniãozinha íntima na qual em uma cer­
que digo a um, digo a todos, orai sem­ ta hora os pais e filhos reunam-se ao re­
dor de um coração familiar de uma co­
pre para que o ser perverso não tenha
munhão social e religiosa. Nestes dias
poder sôbre vôs e vos remova do lu­
quando festas sociais, jantares, negocios
gar.” D e C 93 :49.
Esta é uma séria obrigação irmãos. interessantes, etc., se realizam em tôda
No decorrer dos anos, a l.a presidência parte, no mundo profano, entre nós rea­
da igreja e outros dirigentes têm nos lizam-se reuniões familiares santamente
aconselhado e admoestado quanto aos constituídas em torno do nome do Se­
nossos sagrados deveres de pais e do en­ nhor, E isso dá uma oportunidade aos
sinamento dos filhos no lar. Foi duran­ (Cont. n a pág. 66)

64 A L IA H O N A
H IS T Ó R IA D A I G R E J A . . . alcançaram as expectativas dos chefes da
Igreja, os quais resolveram abandoná-
veres. Havia possessão privada, como las.
em outro qualquer lugar, mas as fábri­ sH* *
cas, os depósitos e outras organizações
publicas, pertenciam à comunidade. O Em períodos posteriores da Igreja, no
plano era o de produzir para suprir as Oeste, houve também muito trabalho
necessidades do povo, no tocante à ali­ econômico, porém, sob formas diferentes
mentação e rOupa. Isto não era exata­ e.. em menor escala.
mente a Ordem Unida, mas era uma ir­
..Nos lugares onde as colônias dos San­
mandade — a idéia predominante da O r­ tos dos Últimos Dias não podiam finan­
dem. ciar a construção de um canal, por exem­
Em outras comunidades “ possuiam tu­ plo, a Igreja tanto quanto possível, vi­
do em comum”, como era o caso, parece, nha em seu socorro, especialmente quan­
do a comunidade prometia um desenvol­
na igreja Cristã da antiguidade. A O r­
vimento muito maior do que o canal ori­
dem foi estabelecida em algumas colô­ ginário poderia oferecer. Esta ajuda e
nias do Little Colorado. Sendo estas co­ direção por parte da Igreja não era só
munidades pequenas, todos comiam à em Utah, mas também em Idaho, Wy-
mesma mesa, porém, cada um possuia oming e outros Estados.
seu próprio lar e sua própria fazenda e, A Igreja encorajou a construção de
em conjunto, cultivavam a terra. Du­ fábricas e fundação de industrias, sendo
rante o tempo que perdurou essa ordem, um dos exemplos mais notáveis a indus­
todos estavam satisfeitos. Depois, pre­ tria de açucar de beterraba, em u tah e
valeceram as instituições da Igreja, como Idaho. Seu iniciador foi Presidente
Sejam: “ stakes”, W ards” e sociedades Woodruff, que estava convencido de
beneficentes. que o açucar devia ser produzido por
Havia, ainda, em outras comunidades, seu povo. Por outro lado, êle desejava
a Ordem Unida conforme designada por que os. fazendeiros tivessem fontes de
Joseph Smith. Isto era principalmente renda e por outro, queria tornar a co­
o csao do condado de Sevier. Utah. munidade capaz de produzir à altura
Havia possessão privada de casas e fer­ das próprias necessidades.
ramentas, quaisquer que fôssem elas, e Como resultado da sua determinação
cada chefe de família deduziria do que e da ajuda financeira da Igreja, uma
ganhasse, o necessário para a sua ma­ fábrica foi fundada em Lehi, pequena
nutenção. Tudo mais era bem comum. cidade a algumas milhas ao sul de Salt
As casas eram construídas pela comu­ Lake City e a produção de açucar prin­
nidade ; os gêneros alimentícios eram dis­ cipiou.
tribuídos por aquêles que estavam a ser­
A fundação dessa fábrica data de
viço da comunidade; cada um era desig­
nado para fazer o serviço para o qual es­ 1891, apesar de várias tentativas terem
tava mais apto. O excedente de mercado­ sido feitas durante a administração de
rias era vendido aos residentes de Salt Brigham Young e John Taylor. Antes
Lake City e o dinheiro assim obtido era da sua nomeação para a presidência da
empregado na compra de mais terras ou
Igreja, Wilford Woodruff havia sido o
em beneficiamentos.
chefe da Sociedade Agrícola e Manu-
Estas experiências na vida econômica
tiveram um fim durante a administração fatureira, durante 25 anos — o que ex­
.do- Presidente John Taylor. A razão plica o seu grande interêsse pelos fa­
baseou-se no fato de que algumas não zendeiros e produtores em geral.

Março de 1952 65
(Cont. da pág. 64)

pais para que tenham melhores conhe­


cimentos de seus filhos e para que os
filhos conheçam e apreciem melhor os
p ais... Recomendamos aos ramos e es­
tacas que façam especiais esforços a fim
de que a vida no lar seja um céu no qual
a fé em Deus, respeito, realdade e dig­
nidade sejam virtudes dominantes (Clau- maior solidariedade familiar. Essa é
de Richard, Home Evening Handbook. uma grande obrigação. Nossa felicida­
p 2 3 )”. Durante os últimos meses o de aqui e no além, estão ligadas ao nos-
Conselho dos Doze, sob a direção da sj desempenho com o sucesso desta gran­
l.a presidência, tem dado mais conside­ de responsabilidade. Isso qualifica, meus
rações às poderosas influências que irmãos, os nossos planos e atenções e eu
ameaçam destruir os lares e enfraque­ tenho confianças em meu próprio cora­
cer as relações entre pais e filhos. Como ção de que grandes dividendos resulta­
resultado o presidente George F. R i­ rão, e de que virão grandes satisfações
chard dirigiu uma carta aos presidentes e alegrias se atenciosamente seguirmos
das estacas e bispos dos ramos reco­ êste bem como todos os outros conselhos
mendando um dêste projeto inaugurado dados pela presidência da Igreja. E eu
sob a liderança do Presidente F. Smith vos prometo, como vosso humilde servo
muitos anos atrás, O conselho chamou essa manhã, de que se obedecerdes êsse
para seu auxilio a presidência do bispa­ conselho como pais em Sião, o amor nos
do, dirigências das organizações auxi- lares e a obediência aos pais irá aumen­
liares e naturalmente o lugar do sacer­ tar ; a fé desenvolverá no coração da
dócio nas estacas e ramos. mocidade de Israel e êles ganharão fôr-
Não pode haver verdadeira felicidade ça e poder para combater as influências
separada do lar. As mais doces influ­ e tentações do mal que os rodeiam. E
ências e convívios da vida estão lá. Nós eu oro em favor dos lares de Israel em
podemos ser bem sucedidos, não importa nome de Jesus Cristo. — Ámen.
que propósitos atingimos no mundo ma­
terial, não importa que honra de homens
cheguem até nós. Não seremos bem su­
cedidos em nossas vidas se falharmos co­
mo pais e mães.
Para Todos
Possamos dar atenção ao que o Con­ Felicidade nesta vida é uma coisa que
selho nos tem dado. Possamos compre­ todos nós procuramos. Mas, frequente­
ender que mesmo nesta grande terra da mente, confundimos com aquela que é
America, favorecida tão ricamente com o somente temporária. Já foi dito que
Presidente Smith mencionou, não pode fexiste um só meio de obter o que po­
haver prosperidade e felicidade dura­ demos chamar, felicidade; é a vontade
doura nos larest não-religiosos. A in- sincera e incansavel de fazer a felicidade
tegriddae dos lares deve ser mantida. dos outros. Isso pode ser provado por
Deve ser dada mais atenção à fundação nossa própria experiência. Estranho,
espiritual nos nossos lares, de outro mo­ mas verdadeiro, é que todos os objetos
do o resultado será um grande desapon­ que desejamos ardentemente, trazem
tamento a todos nós. Um pouco mais pouca felicidade quando alcançados; as
de recreação e um pouco mais de devo­ maiores alegrias vêm das coisas inespe­
ção em nossos lares resultará numa radas, geralmente com resultado direto.

66 A L IA H O N A
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BAURU’

Tem siclo um prazer trabalhar nesta


simpática e amiga cidade de Bauru. Fun­
damos o Centro Americano de Bauru,
que nos tem sido desafio. Contudo os ci­
dadãos desta localidade têm reconhecido
o valôr desta iniciativa e colaborado bas­
tante. Prova de que os homens concien-
ciosos ainda estão anciosos para amparar
e apoiar empreendimentos que conduzi­
rão a uma civilização maior e melhor
compreensão entre os povos do mundo
incluindo melhores religiões e tolerância
fraternal. Ao iniciar êste empreendi­
mento calcula-mos que seriam necessá­ tar o necessário para darmos início às
rios aproximadamente sessenta mil cru­ nossos atividades. Em seguida necessi­
zeiros para mobiliar o centro de maneiras támos de dinheiro para comprar a tin­
a torná-lo atraente aos bons elementos ta e a mobilia mais necessária e foi en­
desta cidade. O comêço é sempre mais tão que os cidadãos de Bauru’ começa­
ram a cooperar. Ekler Jack Livingstone
difícil. Éramos extranhos em uma gran­
e eu éramos novos aqui e foi-nos sugeri­
de cidade falando a língua portuguêsa
do- que fizéssemos um livro de ouro pa­
ccm um sotaque peculiar.
ra sócios e que apresentassemos a todos
Nosso empreendimento desenvolveu- uma planta, planos e orçamentos os quais
se da seguinte maneira: foram eficientemente feitos pelo Elder
Logo no início encontramos uma sé- Elwyn Smith. Na primeira tarde en­
de em ótimo' local com espaço suficiente contramos auxílio na pessoa do Sr, A u­
para manter duas salas de aula, uma bi­ gusto França, que além da contribuição
blioteca, um auditório com capacidade material auxiliou-nos com valiosas suges­
para abrigar cêrca de cem pessoas e ou­ tões.
tro salão menor para reuniões, bem co­ À tarde daquele mesmo dia encontrou-
mo um quarto em que ficarão alojados nos na fazenda do Sr. Plinio Ferraz,
dois missionários, que pagam setecentos Presidente do Rotary Club de Bauru
cruzeiros mensais, reduzindo p a r a ........ que, homem de negócios que é, interro-
1.800,00 o aluguel da séde que é de Cr$ gou-ncs a respeito do centro por cêrca
2.500,00, aluguel êsse que é pago pelas de duas horas, quanto à maneira como
aulas de inglês. seria mantido, etc. Após ter o Sr. P li­
Entramos em entendimentos com o nio Ferraz compreendido que a nossa
proprietário, Sr. Sebastião dos Santos necessidade imediata era mobiliar o cen­
Pinto, que concedeu-nos um mês e meio tro, que os estudantes pagariam o alu­
de aluguel gratuito o que tornou possí­ guem e que a Igreja o apoiaria em caso
vel a pintura da sede bem como apron­ de necessidade, despedimo-nos deixando

Março de 1952 67
alguns folhetos explicando o motivo de tamos ainda de uma vitróla, discos, cor­
nossa missão aqui e como pagamos nos­ tinas para o palco e janelas, — isto é —
sas próprias despesas. Uuas semanas cêrca de cem metros de material; neces­
mais tarde êle assinou a primeira pági« sitamos ainda de quatro ventiladores mé­
na dc livro de ouro dando-nos o comê- dios, mais cinqüenta cadeiras, quatro
ço de que necessitávamos. quadros negros, duas mesas de ping-pong
O Sr. Plinio Ferraz convidou-nos para e ainda de várias outras coisas.
jantar no Rotary Club, ocasião em que O Centre Cultural em São Paulo en-
encontramos várias figuras proeminentes viar-nos-á livros e revistas e ainda for­
desta cidade a quem apresentámos nossos necerá filmes eeducacionais e outros ma­
planos e objetivo. Êste foi um dos gran­ teriais para os bauruenses, por intermé­
des fatores que possibilitaram o sucesso dio do Sr. Euler Barreto.
de nosso projeto. Desejamos aqui agra­ Utilizamo-nos grandemente do auxilio
decer ao Rotary Club pelo privilégio com do Presidente do Distrito, Elder Lloyd
que nos distinguiu. J. Stevens, em tôdas as oportunidades
Gostaria de falar sôbre o nosso pro­ que tivemos, para que êle nos acompa­
gresso até aqui. Apresentamos os car­ nhasse em visitas previamente estabele­
tões de sócio para aquêles que contribu­ cidas. E sua experiência e muitas su­
em com cem cruzeiros ou mais, e tam- gestões nos vieram em auxílio quando
bé damos a cada um uma assinatura a- mais necessitávamos dêle. Ele inspirou-
nual d a .“ A Liahona”, revista publicada nos neste trabalho.
pela Missão. Até agora conseguimos Recebemos sugestões a qualquer hora,
cêrca de cento e sessenta membros e a no enderêço mencionado em baixo.
metade de nosso objetivo financeiro/ Te­
* * *
mos cêrca de trinta alunos regulares de
Inglês e muitas inscrições para começar
Rua l.o de Agôsto, 1-70.
em Janeiro. Já pagamos o aluguel de
Novembro e Dezembro com o dinheiro Se você deseja colaborar conosco, com
conseguido pelas aulas de inglês, cujo contribuições em dinheiro, material ou
prêço é de setenta e cinco' cruzeiros, por bôa vontade, visite-nos ainda hoje.
dize lições em um mês. Nossos estu­
Foram organizadas duas festas cujo
dantes parecem apreciar êsse sistema e
êxito foi absoluto. O Crush Dançante e
um grupo de participantes depois de seis
a Festa da Pipóca. Temos ainda ou­
•semanas passou por um exame que foi
tros projetos para Janeiro.
dado a estudantes de dois anos de estu­
do em Curitiba, por um dos missionários Desejamos agradecer ao povo de Bau­
daqui. ru pela sua colaboração e esclarecer que
A sede pintada com Kem-Tone, o as- poderão dispôr das facilidades do Centro
. soalho raspado e encerado; foram cons­ Americano sem sentir-se na obrigação
truídos dois palcos, compramos cincoen- de freqüentar funções religiosas, para as
ta cadeiras e três mesas, instalamos lu­ quais, entretanto, todos estão cordial­
zes fluorescentes e compramos ainda mente convidados.
uma enceradeira elétrica. Foi-nos doada Por Elder Roylance Martin
uma grande e bonita secretária pelo Sr.
Irineu Biancardi que esta auxiliando-nos * * *

a conseguir o restante dos móveis para


.mobiliar a biblioteca com armários, es­ “ O o tim is ta diz que seu copo está m e­
tantes e outros acessórios. tade cheio; o pessim ista diz que está m e­
Temos cêrca de dez mil cruzeiros em tade vazio.” — S un. M ag.
mãos para comprar um piano e necessi­

68 A L IA H O N A
Nosso festa de Natal foi a mais boni­
ta em todos os anos. O programa cons­
tou de números musicais pelo côro do
ramo, poesias, discursos, histórias e até
o Papai Noel veio trazer dôces e balas
para as crianças. A sala foi lindamen­
te ornamentada com flores e pinheiros.
Pedimos a Deus que abençoe a todos
os nossos irmãos e amigos de outros ra­
mos e que êste ano lhes traga muita ale­
gria e felicidade.

O S M IN E R A IS N E C E S S Á R IO S ...
C U R IT IB A
Enxofre — Importante na formação
Muitas são as nossas atividades nes­
tes últimos tempos: Para a despedida da pele e cabelo.
da ex-presidência da A . M . M ., foi orga­ Flúor — Entra na constituição da
nizado um baile no qual se elegeu a parte branca dos olhos.
Silício — Construtor dos dentes,
“ Miss Dôce de Côco” que foi coroada
pelo atual conselheiro dessa organização unhas e cabelos.
Iodo — Necessário à glândula tjreói-
— Irmão Eloy Gonçalves.
dea, tvita o bócio. O oceano é o grande
Foram abençoadas diversas crianças reservatório de iodo. As águas das fon­
do ramo C-tavio Tupinambá e Jussara tes junto- ao mar têm mais iodo do que
Dinasil, filhos do irmão Octavio Rodri­ as do interior. O mesmo se pode dizer
gues e da Sra. Eloina G. Rodrigues; dos alimentos.
Eneide e Elair, filhas do irmão Eloy
Gonçalves e da Sra. Zilda Gonçalves;
Nancy, filha de Oswaldo e Amícia Que- FOLDER T R A V E L IN G
rolim; e Enos, filho de Enos de Castro
Deus e Irmã Matilde F. de Castro Deus.
No dia 15 de dezembro- realizou-se o est, the urge may come to visit the local
bazar da S . S . e, apesar da chuva torren­ nursery where many flowers of a like
cial, várias pessoas estiveram presente nature may be seen and procured for ho-
e puderam admirar os belos trabalhos me development. Again, the original re­
feitos pelos membros da organização e ading of the travei f.dders might inspire
por diversas outras pessoas. O bazar you to look up the religious beliefs of the
permaneceu aberto- por cinco dias, dan­ inhabitants. To some readers the idea
do assim uma oportunidade àqueles que of collecting postage stamps of the coun-
não compareceram à inauguração. try will ap-peal, while others will want to
save coins or post cards.
Nosso rebanho foi aumentado de duas
ovelhas. Na bela manhã de domingo The hobby of travei folders is a fascin-
Antonia Gonçalves e D. Elza entraram acting one — one that is capable of open-
nas águas do batismo. ing vast fields of pleasure. Give it a try!
Todos os missionários que passaram
por êste ramo nos últimos dois anos ti­ “ Ao invés de espsrar até que chegue o
veram a oportunidade de conhecer D. teu navio to m a u m a canôa e saia ao seu
Elza. Sentimo-nos felizes com o batis­ en co n tro.” — Sun. M ag.
mo destas duas irmãs.

Março de 1952 69
Missionários D n b rip k da Missão Brasileira

R oyiance M a r tin JosO;ih H olden


M u rray , U ta h H ayden, A rizona

Scctt T aggart
R o bert Everton Cody, W y om in g
Logan, U ta h

K e n n e th M c B ride
Burley, Id a h o

S tanley H ouston D ean B u s h m a n


P a n g u itc h , U ta h S t. Joseph, A rizona
CURIOSIDADES
Um dos hom ens que assinou a declaração
da In de pe n dê n c ia dos EE.U U., P rancis Hop-
kingson, 1737-1791, foi o prim eiro grande
compositor de m usica religiosa do novo
m undo .

Na B ib lia o
cavalo sem ­
pre é o s ím ­
bolo de guer­
ra e conquis­
ta, j á que a n ­
tigam ente so­
m ente era u t i­
lizado com
tais fins.

Uma pequena de seis anos estava olhando fotografias do casamento dos


pais. O pai descrevia a cerimônia e procurava explicar-lhe a significação.
De repente ela compreendeu tudo.
— O h ! exclamou Mary Jane, — foi nesse dia que você trouxe mamãe
para trabalhar para nós?
— Albertan, de Calgary

Quando Torrimy voltou para casa com o ôlho machucado e os lábios in­
chados, disse-lhe a màe em tom de censura:
— Ora, Tommy! Você andou brigando outra vez!
— Apenas evitei que um menino íèsss espancado por outro maior, expli­
cou o guri.
— Bom, voiê deu prova de coragem, filhinho. Quem era o garôto
menor ?
— Eu mamãe.
— D . L . Swanson
( “ Seleções” )
D e u s

ALEXANDRE BRAGA

Os astros, o mar, a terra, Nunca ouviste em êrmos sítios,


As nuvens, os altos céus, 0 pinheiral a gemer
No mundo, belezas, grasas, Imitando os ais extremos
Tudo brada\ “Existe Deus!” Do triste que vai morrer?

Nunca ouviste a avezinlia Não ouves, junto à lareira,


Cantando, no mês das flores, Como a chama, a crepitar,
Elevar em doces hinos Parece, em tácitas vozes,
Ao eterno seus louvores? Seu próprio autor confessar?

Não viste gentil pastor E por noites de tormentas,


Cantar leda cantilena, Quando ribomba o trovão,
Nas ermas penhas da serra, Não te parece do Eterno
Ao som de campestre avenaf Solene, horrível pregão?

Não vês além bonançosa, A avezinha, o regato,


Com mais brando murmúrio, 0 pastor, pinheiral,
Correr, por entre os seixinhos, O vento, o fogo, a procela
A linfa amena do rio? Trinam canto divinal;

Não houves, por-entre as brenhas, Doce canto, que aos 'vivent.es


A- rajada a sibilar, Brada eterno: “ Existe Deus!”
A trinar ignotos hinos “Deus!” repetem frouxos ecos
Que no céu vão ecoar? Té nas alturas dos ccs!

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