São Paulo
2004
Relatório:II Seminário Estética e História da Arte-Questões Estéticas
Por
Elaine Werneck de Capistrano
1/06/2004-Prof.Dra.Marlene Yurgel FAU-USP
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Segue um padrão de beleza mas fez com que a realidade e o olho são diferentes
.Fragmentos estilísticos da arquitetura grega será reutilizada no período neoclássico.Atualmente
nos deparamos com uma arquitetura eclética no dia a dia da urbis ,na maioria das vezes estas
construções destroem sua própria estética., nos colocando apenas esteriótipos.
3/06/2004
Prof.Dr.Francisco Alambert-FFLCH-USP -“Mário Pedrosa ou o exercício experimental de
liberdade.”
Apesar de serem escassos trabalhos sobre a história da crítica de Arte, há dois trabalhos
realizados sobre Mário Pedrosa de autoria de Aracy Amaral e Otília Arantes.
Mário Pedrosa possue como sua grande paixão a “Reinvenção da Sociedade”.O sonho da
arte moderna é o projeto que serviria para mudar a sensibilidade diante da vida.Este serviria para
mudar a sociedade também, tirando padrões pré estabelecidos.Sua frase mais conhecida é : “A
arte é o exercício experimental da liberdade”.
Eram comuns reuniões na casa do crítico ,de onde saíram obras de Ligia Pape ,Lygia Clark
e Hélio Oiticica.Surge o Parangolé –“Homenagem á Mario Pedrosa”.Nesta peça o artista utilizou
vários materiais como: imagens de jornal, bandeiras vermelhas, pedaços de telas ,fotos .Tendo
integrantes da Mangueira como participantes da obra.Há a questão da herança africana, e da
negritude inserida na História da Arte .O sujeito da História era o povo brasileiro que se
autonomiza .Neste ponto reside o diálogo com Mário Pedrosa.
Mário nasce em uma família rica de usineiros, estuda na Suíça e ingressa em direito no
Brasil, lê Marx aos dezessete anos e se torna comunista muito cedo aos 22 anos quando ingressa
no Partido Comunista.
Em 1929 ,estava a caminho da URSS ,no entanto adoecendo preferiu ficar em Berlim .Lá
conheceu pessoalmente Trostsky ,e o melhor da arte moderna ,além da Bauhaus e dos
expressionistas.Muda neste momento sua percepção tanto do caminho político como com a arte
moderna.
De volta ao Brasil ,passa a morar em São Paulo onde trabalha como procurador.
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Curioso episódio nesta época é o fato do crítico em meio a manifestação na Pça da Sé , que
levando um tiro, refugiou-se em uma galeria e lá deparou-se com quadros de Portinari ,mesmo
ferido se encanta com as obras e estabelece relações estéticas com as obras que viu no exterior.
Nos anos 30 começa a participar de grupos como o CAM ,que depois viria a ser o SPAM.
No CAM em 36 fez pela primeira vez uma conferência sobre arte moderna.
Viaja para a França onde se tornaria um dos homens de Trostsky. Mora em seguida em
Nova York pois nesta época (30/40) o movimento operário americano era o mais organizado e
eficiente que havia.
Em Nova York conhece o artista plástico Calder e neste momento ocorre um
desentendimento com Trostsky .A militância política fica em segundo plano .Seu interesse maior
passa a ser a arte moderna.
O crítico falava de assuntos complexos ,de maneira clara .Explica-se assim a sua
capacidade de organizar grupos.
Em 1947 fundam-se importantes museus e Pedrosa participa adquirindo funções
organizativas em diversos destes museus .Com excessão do MASP, pois não era ligado á
Chateubriant.
É perseguido primeiramente por ter artigos censurado .Refugia-se na embaixada do Chile
par ao México e em seguida para França onde fica até 1975 ,até a ditadura se esvanecer.
Tem contato com, artistas nacionais /internacionais. A partir de 76 ,Pedrosa se torna cada
vez mais pessimista começa a estranhar cada vez mais aspectos da arte contemporânea .Escreve
mais sobre arte do que política.Aos 80 anos ,se interessa pela cultura militante ,mais pelos
hippies e a arte povera italiana..Com os operários da fábrica de São Bernardo atua em grande
happening.Pensava a arte fora do domínio dos marchands.
Sua visão sobre como deve ser a crítica de arte resume-se em três palavras: Engajada
,Apaixonada ,política e não eclética .
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3/06/2004 –Chantal du Pont-Université du Québec à Montreal .
A artista comenta sobre o site hexagram o qual reúne cientistas e artistas. Define-se como
um centro de pesquisa entre arte e tecnologia .Sobre as técnicas artísticas que utiliza enumera:
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pintura ,desenho,fotografia ,silkscreen ,gravura ,serigrafia ,apropria-se de série de imagens
e por fim vídeo.Destas técnicas retorna á fotografia ,no entanto, o vídeo predomina entre as
técnicas escolhidas pela artista.
Foram apresentados quatro vídeos cujas principais características são resumidas pela artista
do seguinte modo:
a) questão de identidade-memória
b) a questão de busca de novas formas narrativas
c) a transcrição da palavra para outro veículo
d) a transcrição de um espaço acústico para um animado
e)há o movimento do próprio narrador de uma forma para outra
A linguagem corporal é parte da perspectiva para a escrita no vídeo.Os dois primeiros
vídeos foram escolhidos por articularem estes pontos de diferentes maneiras.
O primeiro vídeo –Um dia ,Uma Noite –Sonho de Mário Côte.
Baseia-se na Luz /Fogo/Passagem e Tempo.Baseado em história real ( baseia-se na história
de um pai que coloca o filho numa canoa para protegê-lo do incêndio da floresta) que emerge de
uma fonte acústica fragmentada .Sabe-se que compôs a musica antes de começar o filme .As
palavras são tão fragmentadas que se transformam em transcrições para as imagens .
Como transcrever sons e imagens é o ponto principal deste artista .Sua característica é ser
pictórico .Lembramos que o artista é pintor .
No segundo vídeo Flying to the Moon-2min. de Paul Landon ,utilizA fotos digitais
animadas por programa de computador.Constroe o espaço no começo da música cantada por
Frank Sinatra.Trabalha com a repetição .Possue como característica ser hipnótico .Chama a
atenção por apresentar um contexto onde há a figura humana e finalizar com uma imagem
abstrata. Este vídeo apresenta-se de modo mais conceitual que o anterior.
Os seminários nos fazem ver e pensar a estética em diferentes meios: pela tradição e
definição pela arquitetura, por seu interlocutor (Mário Pedrosa) e por sua revelação no tempo
presente através do vídeo arte. Várias questões de urgência também foram anunciadas como:
redefinir o conceito de estética dentro do atual panorama eclético e indefinível da arte, a urgência
de se formar uma história da crítica de arte no Brasil e a urgência de fornecer condições técnicas
para que os alunos interessados no vídeo arte desenvolva sua linguagem estética através deste
meio. 5