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Os Direitos Humanos e a

Globalização
 
 

Índice

Introdução

    - O que  são  os direitos Humanos?

    - Porque surgiram os Direitos Humanos?

    - Os direitos Humanos são apenas algo abstracto, que não se aplica ?

    - Existe unanimidade no reconhecimento dos direitos humanos ?

    - Existe ainda algum tipo de relutância contra estes Direitos ?

Globalização

    - O que é a Globalização ?

    - Quais as consequências da Globalização ?

Conclusão

Bibliografia

 
Introdução

Para uma melhor compreensão e organização, decidimos dividir este

trabalho em duas partes: Os Direitos Humanos e A Globalização, porque apesar

dos dois assuntos estarem interligados, existem diferenças entre eles.

Ambos foram sendo reivindicados ao longo dos tempos, e contribuem

para  existência de melhores condições de vida para todos os seres humanos,

para que possam ter a sua própria dignidade, e possam ser indivíduos cultos e

bem informados.

Quanto à verdadeira origem destes assuntos, é ainda incerto, pois

algumas pessoas, como por exemplo Guy Haarcher, defendem que desde os

tempos de Sócrates que se tenta adquirir os Direitos do Homem, e eliminar

certos poderes do Estado. Não há nenhuma data específica que possamos

dizer: ”Foi a partir deste dia que se reivindicou do direitos do Homem”, mas

podemos imaginar que desde sempre os indivíduos quiseram evoluir, ser dignos

e ter os mesmos direitos que o outros, mas podemos afirmar as primeiras

manifestações, e este é um dos pontos que neste trabalho vamos focar e

desenvolver.   

 
Direitos Humanos
O que são os direitos Humanos?

Os Direitos Humanos são um conjunto de leis, vantagens e

prerrogativas que devem ser reconhecidas como essências pelo indivíduo para

que este possa ter uma vida digna, ou seja, que não seja inferior ou superior

aos outros porque é de um sexo diferente, porque pertencem a uma etnia

diferente, ou religião, ou até mesmo por pertencerem a um determinado grupo

social. São importantes para que se tenha uma convivência em paz.

São também um conjunto de regras pelas quais não só o Estado deve

seguir e respeitar, como também todos os cidadãos a ele pertencentes.

A função dos Direitos Humanos é proteger os indivíduos das

arbitrariedades, do autoritarismo, da prepotência e dos abusos de poder. Eles

representam a liberdade dos seres humanos, e o seu nascimento está ligado ao

individualismo das sociedades que se foi criando ao longo dos tempos, e por

consequência levou á necessidade de limitar o poder do Estado sobre os

indivíduos, fazendo com que o respeitasse e aos seus interesses. Desta formas

estão associados a uma ideia de civilização, de democracia, que em conjunto

reflectem uma ideia de igualdade e de dignidade para todos os seres humanos.

A História dos Direitos Humanos já vem desde há algum tempo, pois

eles começaram e ter alguma importância no final do Séc. XVIII, pelos

filósofos Hobbes e Locke e depois mais tarde por Montesquieu, Voltaire e

Rousseau. Estes filósofos cimentaram a existência de direitos naturais


inalienáveis, tais como a existência, a liberdade, a posse de bens, e deram uma

nova concepção de obediência, limitando desta maneira a domínio do Estado. A

partir daí, os direitos humanos começaram a evoluir a começaram também a ter

uma carga diferente nos programas dos governos e passaram a traduzir-se em

declarações dos direitos fundamentais comuns a toda a Humanidade. Existem

diversos valores desses direitos particulares, individuais, naturais, inalienáveis

e intransferíveis, que ainda hoje estão longe de ser adquiridos por todos os

seres humanos.

Uma das grandes referências de todas as constituições políticas dos

estados liberais é o articulado da Declaração dos Direitos do Homem e do

Cidadão de 1789, que deu uma influencia ao garantir a liberdade pessoal, a

igualdade em direitos, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.

Valores como a dignidade humana, a igualdade perante a lei, a liberdade

de pensamento, e de um governo democrático são hoje considerados os

princípios básicos da ética política e social, pois estes valores, de origem

judaico-cristã, representam os ideais político-júridicos e filosóficos duma

sociedade que se está a transformar e a transformar o mundo.

A II Guerra Mundial foi um acontecimento até o qual muitos dos

direitos Humanos não foram respeitados, e foi quando houve, como que uma

revolta para que esses direitos fossem aplicados a todos os indivíduos a quem

não tinham sido aplicados até então. Após este acontecimento foi criada uma
declaração (Declaração Universal dos Direitos do Homem) que visa estabelecer

a paz entre as nações e o consenso entre os povos.

Há quem se refira a esta declaração como a maior prova dada até hoje

do consenso entre os povos, como por exemplo Norberto Bobio.

Ele argumenta que desde que a declaração acima referida foi aprovada

em quarenta e oito estados, foi considerada como inspiração e orientação para

o crescimento da comunidade internacional, com o objectivo de tornar a

comunidade num Estado, e de tornar também os indivíduos livres e iguais, o que

representa um facto novo na história, pois, pelas primeira vez, um sistema de

princípios fundamentais da conduta humana foi livremente aceite pelas maioria

dos habitantes da Terra e é universal pois a sua validade e a sua capacidade

para comandar o futuro dos Homens foi expressamente declarado.

Porque surgiram os Direitos Humanos?

Sendo assim, podemos considerar, que numa primeira circunstância os

Direitos Humanos surgiram devido à necessidade de protecção da população

perante a acção e a prepotência do Estado sobre eles, ou seja, era uma maneira

de afirmar a estabilidade e a segurança perante os abusos de poder, sendo

estes direitos designados por “direitos de”.

Numa segunda circunstância, em que a preocupação e o combate pelos

direitos humanos atendem uma visão mais positiva da governação do Estado e


do cumprimento das suas funções, que eram agora de assegurar as condições e

os recursos necessários para que cada um se torne indivíduo e membro da

comunidade, e é neste sentido que nos referimos quando lutamos pelo direito á

educação, ao trabalho e à assistência médica. São por isso designados como

“direitos a” ou “direitos-créditos”.

Os Direitos Humanos são apenas algo abstracto, que não se aplica?

Não, os direitos são também aplicados no quotidiano das nações e das

comunidades, e estão todos emanados na ONU, que confirmam os direitos de

minorias ou de grupos mais desfavorecidos. Um exemplo disso é a Convenção

Europeia dos Direitos do Homem-1950, declaração sobre a Concessão da

Independência aos Países e Povos Colonizados-1963, entre outros.

Na maioria das nações, tal como acontece em Portugal, os textos

constitucionais estabelecem as protecções mínimas que possibilitam ao

indivíduo viver uma vida digna, ou seja, consta um conjunto dos direitos

essências que todas as autoridades devem de respeitar. Assenta-se assim um

principio de legitimação para que o cidadão tenha uma reconhecimento jurídicos

junto das instituições sociais. Deste modo, são deliberados o direito á

satisfação das necessidades vitais (alimentação, habitação, assistência na

doença e na educação); o direito a usufruir de liberdades políticas e civis

(liberdade de pensamento, religião e associação); respeito pela integridade do

indivíduo como um só; a igualdade perante a lei; entre outros.


 

Existe unanimidade no reconhecimento dos direitos humanos?

Hoje em dia sim, existe uma grande unanimidade no que diz respeito ao

reconhecimento dos Direitos Humanos, mas nem sempre assim foi, pois nos

países ditos civilizados, o processo em nada foi pacifico e isento de conflitos, e

só muito lentamente esses estados foram reconhecendo a dignidade a que

todos merecem, independentemente dos pais, raça, cor, etc..

E também por aqueles países que seguem uma religião cujas regras

estão bem definidas e veiculadas, também foi (e ainda é) difícil de

reconhecerem estes direitos a que a todos deveriam de ser aplicados, pois

estes países seguem, de certo modo, o fundamentalismo (regresso á pureza das

tradições de uma cultura, à origem, àquilo que suporta a identidade cultural

ameaçada).

Existe ainda alguma relutância contra estes Direitos?

Em muitas regiões do planeta não são ainda cumpridos os direitos do

Homem, pois estes vão contra a tradição, a religião e o comportamento social, o

que impede os indivíduos de obterem o que lhes é devido, pondo em causa a

validade universal destes mesmos direitos.

Na verdade, o que foi decretado nas Declarações acima referidas não

são praticadas, não passando assim, em muitas ocasiões, de frases escritas num
papel. Podemos comprovar isso com os constantes casos de torturas, prisões,

invasões de domicílio, etc.

O que acontece em muitos casos é que são denunciadas essas situações

que ocorrem em determinados países, mas depois não há quem queira julgar

esses actos. Todos o vêem, todos o sentem, mas ninguém é capaz de punir os

culpados e de proteger quem não se sabe defender.

A Globalização
O que é a globalização?

Globalização significa basicamente que , hoje mais do que nunca , os

grupos e as pessoas interagem directamente através das fronteiras , sem que

isso envolva necessariamente os Estados . Isto acontece devido á nova

tecnologia e ainda porque os estados descobriram que se promove mais a

prosperidade soltando as energias criadoras das pessoas do que acorrentando-

as ,pretendendo assim o desenvolvimento tecnológico das vias e meios de

comunicação. 

 
Quais as consequências da globalização?

Este fenómeno mudou radicalmente a vida de toda a humanidade.

Do ponto de vista dos direitos humanos , um aspecto positivo é a força

de comunicação global ao actuar como um despertador da consciência cívica e

política internacional. Muitos dos casos de violação dos direitos humanos , são

hoje resolvidos graças à denúncia mediática . A comunicação social tem aqui um

lugar  de relevo ,pode ser o factor de maior pressão a nível governamental na

tentativa de correção ou intervenção em situações de ameaça desses mesmos

direitos. É importante referir também que a globalização nem sempre é

sinónimo de progresso social ,países há (por exemplo nos nórdicos) são motivo

de opressão ,pois aí os canais televisivos retratam um pais que não tem nada a

ver com aqueles onde a população vive, o que prejudica a luta pelos seus

direitos.

Do ponto de vista cultural a partilha de informação foi melhorada, no

entanto a aldeia global teve um impacto negativo ,pois verifica-se que tal

poderá levar a uma massificação e standardização , e a um mundo cada vez

uniformizado.

As tecnologias pelo mundo estão mal “divididas”. Existem zonas onde

ainda não chegaram ,outras onde só as pessoas de maior importância lhe têm

acesso e outras ainda onde embora existindo grande parte da população não

tem conhecimento disso.


No entanto ,existem países que pelo facto de serem muitos

desenvolvidos no que diz respeito ás tecnologias ,a maioria da sua população e

também em termos de informação e comunicação têm fácil acesso ás mesmas.

Outro aspecto negativo da globalização é a dependência que temos dos

“gigantes” americanos ,pois se para estes a crise chegar, por arrastamento ,

todos os outros sofrerão também.

Conclusão

Por todos os argumentos acima referidos, podemos concluir que cabe-

nos a nós, cidadãos de todo o mundo denunciar o que achamos que está mal,

mesmo que não lucremos nada com isso, nem que não seja para nosso beneficio,

não podemos pensar apenas em nós, devemos pensar também nas outras

pessoas que estão para nascer, e que vão viver no mundo que nós recriamos,

eles não podem ser sacrificados pelos erros que nós cometemos, eles não têm a

culpa dos nossos actos.

Em suma, a globalização tanto pode promover os Homenns, a sua

dominação, o esgotamento da diferença e a uniformalização cultural, como

aproximar os Homens e as culturas entre si.

“Só saberemos que a Globalização está de facto a promover a inclusão a e permitir que
todos partilhem as oportunidades que oferece, quando os homens, mulheres e crianças
comuns das cidades e aldeias do mundo inteiro puderem melhorar a sua vida. E é essa a
chave para eliminar a pobreza do mundo.”

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